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Posso tomar dipirona com dengue?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Quem está com dengue pode tomar Dipirona. Os medicamentos que não devem ser usados quando se está com dengue são os medicamentos à base de ácido acetilsalicílico, presentes no AAS ou Aspirina. Essas medicações aumentam a chance de provocar hemorragias e, por isso, devem ser evitadas durante a dengue.

Além do ácido acetilsalicílico, quem está com dengue também deve evitar medicamentos anti-inflamatórios como o Ibuprofeno, a Nimesulida e o Diclofenaco. A contraindicação é a mesma da dipirona, ou seja, pode aumentar o risco de hemorragia.

Quais são os sintomas da dengue?

A dengue é uma infecção viral transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Na Dengue Clássica, os sintomas são semelhantes a um resfriado: febre, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dor muscular e nas articulações, cansaço, manchas vermelhas pelo corpo, entre outros.

A dengue hemorrágica provoca dor abdominal intensa e constante. A dipirona, nesses casos, não alivia a dor. A febre normalmente termina de forma repentina e dura no máximo 5 dias.

A dengue hemorrágica também pode provocar outros sinais e sintomas, como vômitos persistentes, agitação, letargia, aumento da frequência cardíaca, enfraquecimento da pulsação, transpiração excessiva, extremidades do corpo frias e arroxeadas, hemorragias espontâneas, pressão baixa, entre outros.

Qual é o tratamento para quem tem dengue?

A dengue clássica não possui um tratamento ou medicamento específico. O tratamento, em geral, é realizado com hidratação e medicamentos para aliviar a febre e a dor no corpo, como a dipirona e o paracetamol.

A dengue hemorrágica requer uma observação cuidadosa devido ao risco de choque. A pessoa com essa forma de dengue deve ser observada continuamente para que os primeiros sinais de choque sejam logo identificados.

Nesses casos, o risco é maior quando a pessoa começa a deixar de ter febre, normalmente após 3 dias do começo dos sintomas.

Aos primeiros sinais de choque, os líquidos perdidos devem ser repostos rapidamente e a acidose metabólica deve ser corrigida.

Na presença desses sintomas, é importante procurar um serviço de saúde. Não tome medicamentos sem prescrição médica.

Como é a cirurgia de hérnia umbilical e qual é o tempo de recuperação?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A cirurgia de hérnia umbilical pode ser feita através de um corte na região umbilical (método aberto) ou por videolaparoscopia, através de "furinhos" no abdômen.

Cirurgia aberta de hérnia umbilical

O método aberto pode ser realizado com anestesia peridural. A cirurgia começa com uma incisão na região umbilical para localizar a hérnia. O corte geralmente é pequeno, mas varia conforme o tamanho da hérnia. Pessoas obesas podem precisar de uma incisão maior do que as magras.

Após a incisão, o médico empurra a hérnia umbilical para dentro do abdômen. A abertura da parede abdominal por onde saiu a hérnia é fechada com pontos. Em alguns casos, pode ser necessário reforçar o local com uma tela para diminuir as chances da hérnia umbilical voltar a aparecer.

Cirurgia de hérnia umbilical por videolaparoscopia

Já a cirurgia por videolaparoscopia geralmente é realizada com anestesia geral, embora também possa ser feita com epidural. A cirurgia por videolaparoscopia é considerado um procedimento pouco invasivo.

No início, injeta-se gás carbônico no abdômen do paciente para aumentar o espaço e facilitar o procedimento.

Depois, são feitos três furos com cerca de 1 cm no abdômen e uma pequena câmera é introduzida na parede abdominal através de um desses orifícios. A câmera permite ao cirurgião visualizar a hérnia umbilical em um monitor de vídeo.

Os outros furinhos no abdômen servem para o médico realizar o procedimento com os instrumentos cirúrgicos necessários. A hérnia umbilical é então empurrada para dentro da barriga e a abertura na parede abdominal que permitiu o extravasamento da hérnia é fechado com uma tela.

Qual é o tempo de recuperação da cirurgia de hérnia umbilical?

O tempo de recuperação da cirurgia de hérnia umbilical é relativamente rápido e depende da técnica utilizada. O tempo de internação é de 12 a 24 horas.

Geralmente, em cerca de 3 a 5 dias, a pessoa já pode voltar às atividades do seu dia a dia. Já o retorno às atividades profissionais pode acontecer após 1 a 2 semanas, desde que não tenha que levantar peso, o que deve ser evitado por 10 dias.

As possíveis complicações e reações da cirurgia de hérnia umbilical incluem dor, lesão de algum nervo, infecção e, em alguns casos raros, o reaparecimento da hérnia.

A cirurgia é a única forma de curar definitivamente a hérnia umbilical. Todos os outros tratamentos têm como objetivo apenas aliviar os sintomas. A escolha do tipo de tratamento cirúrgico para a hérnia umbilical depende da idade, do tamanho da hérnia, da presença de outras doenças ou obesidade, além da preferência do próprio paciente.

Dores no abdômen, febre, vômito e enjoos, o que fazer?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Dores no abdômen, febre, vômito e enjoos podem ser sintomas de dengue, intoxicação alimentar (virose), apendicite, entre outras doenças. O melhor a fazer nesses casos é não se automedicar e procurar atendimento médico o mais rápido possível.

No caso da dengue, a pessoa pode apresentar os seguintes sintomas:

  • Febre alta, em torno de 40ºC;
  • Dores musculares;
  • Dor nas articulações;
  • Dor abdominal;
  • Dor de cabeça e nos olhos;
  • Náuseas;
  • Vômitos;
  • Indisposição;
  • Manchas vermelhas no corpo.

Já a intoxicação alimentar é um tipo de virose do aparelho digestivo, que pode ser causada por vírus (enterovírus) ou bactérias, como a Escherichia coli. São mais comuns no verão e podem causar sintomas como:

  • Diarreia;
  • Náuseas;
  • Vômitos;
  • Febre;
  • Mal estar;
  • Cólicas intestinais.

As dores no abdômen, a febre, o vômito e os enjoos também podem ser sinais de apendicite e, neste caso, o paciente deve ser submetido a uma cirurgia de emergência o mais rápido possível.

Se o apêndice (porção do intestino que está inflamada) "romper", pode haver extravasamento de fezes para a cavidade abdominal evoluindo com sepse, conhecida por infecção generalizada que pode levar à morte.

Os sintomas típicos da apendicite são:

  • Dor abdominal, por vezes localizada no lado inferior direito (mas nem sempre);
  • Náuseas;
  • Vômitos;
  • Febre;
  • Perda de apetite.

Porém, a apendicite também pode provocar outros sintomas, como:

  • Dor na "boca do estômago" ou ao redor do umbigo;
  • Gases;
  • Indigestão;
  • Diarreia ou prisão de ventre;
  • Mal estar geral;
  • A febre pode não estar presente no início dos sintomas, mas pode ocorrer com a evolução do problema.

Por isso, devemos ressaltar que nesse caso o mais adequado é procurar atendimento médico o mais rápido possível para identificar e tratar a causa desse problema.

Quem tem dengue pode tomar dipirona e paracetamol?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Quem está com dengue pode tomar tanto Dipirona quanto Paracetamol. Os medicamentos que não devem ser usados quando está com dengue são os medicamentos à base de ácido acetil salicílico, presentes no AAS ou Aspirina. Essas medicações aumentam a chance de provocar hemorragias e, por isso, devem ser evitadas durante a dengue.

Outros medicamentos que devem ser evitados em casos de dengue são os anti-inflamatórios, como Ibuprofeno, Nimesulida e Diclofenaco.

Contudo, o Paracetamol é uma medicação que usada cronicamente induz hemorragia (sangramento). Por ser tóxica ao fígado e pelo fígado ser o órgão responsável pela produção dos fatores de coagulação, o uso crônico do Paracetamol concomitante no momento da dengue pode agravar a hemorragia.

Quais são os sintomas da dengue?

A dengue é uma infecção viral transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti.

Na dengue clássica, os sintomas são semelhantes a um resfriado: febre, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dor muscular e nas articulações, cansaço, manchas vermelhas pelo corpo, entre outros.

A dengue hemorrágica pode causar dores abdominais fortes e contínuas que não melhoram com Dipirona ou Paracetamol. A febre costuma cessar subitamente até o 5º dia da doença.

Outros sinais e sintomas que podem estar presentes na dengue hemorrágica incluem vômitos persistentes, agitação ou letargia, pulsação rápida e fraca, extremidades frias e arroxeadas, sangramentos espontâneos, queda da pressão arterial, aumento da transpiração, aumento da frequência cardíaca e da transpiração, entre outros.

Qual é o tratamento para dengue?

Não existe um tratamento ou medicamento específico para a dengue clássica. O tratamento em geral é realizado com repouso, hidratação e medicamentos analgésicos e antitérmicos para aliviar a febre e a dor no corpo, como o Paracetamol e a Dipirona.

Na dengue hemorrágica, a pessoa deve ser observada com cuidado para que sejam identificados os primeiros sinais de choque. O período de maior risco é a transição da fase febril para a fase sem febre, o que geralmente acontece depois do 3º dia do início dos sintomas.

Assim que se verificarem os primeiros sinais de choque, a pessoa deve ser internada para corrigir rapidamente os líquidos perdidos e a acidose metabólica.

Na presença desses sintomas, é importante procurar um serviço de saúde. Não tome medicamentos sem prescrição médica.

Saiba mais em: Dengue pode virar hepatite, meningite ou pneumonia?

A quantidade de plaquetas altera no caso de dengue?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim. Pacientes com dengue geralmente possuem uma redução na taxa de plaquetas.

A dengue é uma infecção viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti que se manifesta classicamente com os sintomas: febre, dor de cabeça, dor no fundo dos olhos, dor no corpo, muscular e nas articulações, e, em alguns casos como Dengue Hemorrágica, manifestando com sangramentos.

Durante a dengue, algumas alterações sanguíneas são detectadas por exame de laboratório. Uma dessas alterações é a redução na contagem das plaquetas no Hemograma. Isso se deve ao fato da presença de anticorpos produzidos pelo sistema imune no combate ao vírus. Como consequência, a pessoa pode observar pequenas manchas avermelhadas na pele (petéquias), além de manchas arroxeadas (equimoses).

A pessoa com dengue deve procurar um serviço de saúde para os cuidados devidos e orientações. Alguns exames poderão ser solicitados de acordo com a necessidade e o quadro clínico de cada pessoa.

Conheça mais sobre o assunto nos artigos:

Qual exame detecta a dengue?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Existem 3 exames que detectam a dengue: NS1, PCR e o teste de sorologia IgM. A aplicação desses exames para diagnosticar a dengue depende de quando os sintomas tiveram início e quanto tempo depois a pessoa procurou atendimento médico.

Além disso, fatores epidemiológicos e individuais, como risco de gravidade, são levados em consideração pelo médico no momento de saber qual exame solicitar, ou se é necessário solicitar.

Se o paciente procurar atendimento nos primeiros 5 dias após o aparecimento dos sintomas, o diagnóstico preciso da dengue pode ser feito através dos exames:

  • NS1: Serve para identificar a proteína NS1 do vírus da dengue presente no sangue, podendo detectar até 80% dos casos da doença;
  • PCR: Este exame é capaz de detectar o material genético do vírus da dengue e tem uma eficácia ainda maior, de 90%.

Caso os sintomas tenham surgido há mais de 5 dias, é necessário fazer um teste de sorologia. O objetivo desse exame é detectar o anticorpo IgM produzido pelo sistema imunológico para combater o vírus da dengue.

O diagnóstico da dengue é sempre feito com esses exames?

Não, em uma situação de epidemia, os exames específicos para diagnosticar a dengue podem ser deixados de lado.

O exame geralmente só é feito em locais que não estão em situação de epidemia ou estão no início de uma infestação do mosquito, para orientar o combate ao inseto. Também podem ser realizados em pessoas com alto risco de desenvolver formas mais graves da doença e precisam assim de um diagnóstico mais preciso e rápido.

Nos lugares em que já existe uma epidemia, o diagnóstico muitas vezes é clínico-epidemiológico, sendo feito através de:

  • Observação dos sintomas:
    • Febre, geralmente em torno de 40ºC, que dura entre 4 e 7 dias;
    • Dor de cabeça intensa, que também se sente atrás dos olhos;
    • Manchas vermelhas pelo corpo;
    • Indisposição;
    • Dores musculares;
    • Náusea e vômito
  • Exame de sangue para verificar os níveis de plaquetas (pessoas com dengue geralmente apresentam taxas de plaquetas mais baixas que o normal - leia também: A quantidade de plaquetas altera no caso de dengue?). 
  • Informação se o local de residência do paciente é uma região endêmica de dengue ou se o mesmo esteve em alguma dessas regiões.

A grande dificuldade em diagnosticar a dengue está na semelhança dos seus sintomas com os de outras doenças comuns como gripe, viroses ou até mesmo algumas infecções bacterianas. 

Em caso de suspeita de dengue, procure um serviço de saúde com urgência e não tome nenhum medicamento sem indicação de um médico.

É possível pegar dengue duas vezes?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim. É possível pegar dengue mais de uma vez.  

A dengue é uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes. Atualmente existem 4 tipos diferentes de vírus da dengue (DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4). 

Quando a pessoa infecta com um tipo de vírus, ela será imune a esse vírus para o resto da vida, não se infectando novamente pelo mesmo vírus. Porém, a pessoa poderá adquirir a dengue com um outro tipo de vírus e, assim, apresentando novamente a doença

Uma infecção da dengue pela segunda vez pode ser, em alguns casos, mais grave, fazendo com que o sistema imunológico da pessoa reaja de forma acentuada provocando quadros de Dengue Hemorrágica

A dengue pode ser prevenida com medidas de controle do mosquito, uso de telas, mosqueteiros, inseticidas e repelentes, além de saneamento adequado evitando água parada. 

Qual é o tratamento para a dengue?
Dr. Gabriel Soledade
Dr. Gabriel Soledade
Médico

O tratamento para dengue inclui basicamente hidratação e alívio sintomático. A dengue é uma doença infecciosa causada por um vírus, e que se caracteriza, na sua forma clássica (simples), por febre, dor de cabeça atrás dos olhos, dores musculares, dores nas articulações e vermelhão na pele. Nas formas graves, ela pode evoluir para a dengue hemorrágica, em que há sangramento espontâneo, perda de líquido da circulação sanguínea e consequente mau funcionamento dos órgãos.

Por se tratar de infecção viral, não existe um tratamento específico. Sendo assim, o mais importante é tentar evitar a transformação da dengue clássica em dengue hemorrágica.

A forma mais adequada de se fazer isso é por meio da hiper-hidratação, ou seja, o paciente deve ingerir grandes quantidades de líquido. Em alguns casos, pode ser necessário internar a pessoa, e fazer essa hidratação com soro através da veia. Além disso, analgésicos e outros sintomáticos podem ser prescritos no sentido de aliviar as febres e dores.

Leia também: Dengue pode virar hepatite, meningite ou pneumonia?

Todo o tratamento precisa ser indicado e acompanhado por um médico clínico geral ou infectologista.

E é fundamental ressaltar que não devem ser usados medicamentos que contenham ácido acetilsalicílico ou seus derivados, já que eles podem induzir a graves complicações nos quadros de dengue. No Brasil, esses medicamentos são identificados pelos dizeres "ESTE MEDICAMENTO É CONTRAINDICADO NO CASO DE SUSPEITA DE DENGUE".