Perguntar
Fechar
Uma úlcera pode virar câncer?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A úlcera gástrica não se transforma em câncer, embora a principal causa de formação de úlceras seja a presença da bactéria Helicobacter pylori, e esta bactéria sim, está comprovadamente reconhecida como um dos fatores de alto risco para o câncer gástrico.

A Helicobacter pylori é uma bactéria que causa gastrites e úlceras no estômago, mas que está presente em quase metade da população e nem todos evoluem com câncer, o que comprova que outros fatores também influenciam nesse resultado.

Os fatores de maior risco para a evolução de um câncer no estômago são a presença de H.Pylori, gastrite atrófica (GA) e a metaplasia intestinal (IM), evidenciadas em exames de endoscopia. Outros fatores descritos são: Uso excessivo de sal na alimentação, obesidade, história familiar de câncer de estômago, alcoolismo e tabagismo. 

Em relação ao tratamento, atualmente o mais indicado é a erradicação da bactéria assim que diagnosticado úlcera gástrica, para reduzir o risco de câncer associado a acompanhamento médico regular.

Para maiores esclarecimentos sobre as possíveis complicações da sua úlcera, tratamento e acompanhamento, agende consulta com seu médico gastroenterologista.

Veja também: O que é úlcera gástrica e quais os sintomas?

Úlcera gástrica tem cura? Qual o tratamento?

Alguns remédios podem causar úlceras? O que fazer para evitar?

Como tratar queimação no estômago?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O tratamento da queimação no estômago depende da causa, podendo ser feito com:

  1. Mudanças de hábitos alimentares
  2. Medicamentos e ou
  3. Cirurgia
Mudanças de hábitos alimentares

Algumas medidas e mudanças de hábitos de vida que ajudam a aliviar a queimação no estômago:

  • Beber chá de hortelã ou suco de batata;
  • Comer pão puro, pois o pão atua como uma esponja, absorvendo parte do ácido estomacal;
  • Não fumar;
  • Diminuir as porções das refeições, comendo em menor quantidade e mais vezes durante o dia;
  • Evitar café, bebidas gasosas e alcoólicas;
  • Evitar comer alimentos gordurosos, ácidos e muito condimentados;
  • Emagrecer, se estiver acima do peso.

Leia também: 5 Alimentos que quem tem gastrite deve comer

Medicamentos

Os medicamentos mais utilizados são antiácidos ou medicamentos que diminuem a produção de ácido estomacal ou favorecem o esvaziamento do estômago.

Se for diagnosticado gastrite com presença da bactéria H.Pylori, deve ser administrado também antibióticos.

A história clínica e exame médico ajudam na definição da causa desse problema, entretanto quando não for suficiente, exames complementares serão solicitados para essa definição e proposta terapêutica.

Cirurgia

Dependendo da causa da queimação, o tratamento é cirúrgico.

Por exemplo em situações de úlceras no estômago com sangramento, ou sem resposta ao tratamento medicamentoso, a cirurgia pode ser indicada.

Pode ser um problema passageiro, provocado por estresse ou ingestão de alimentos ácidos, mas se for constante pode ser sintoma de doenças como gastrite, refluxo gastroesofágico ou até mesmo câncer de estômago.

Leia também: Ardência no estômago depois de comer: o que pode ser?

Quais são as causas de queimação no estômago?

Dentre as principais causas de queimação no estômago estão:

  • Doença do refluxo gastroesofágico;
  • Gastrite;
  • Úlcera;
  • Estresse;
  • Tabagismo;
  • Bebidas alcoólicas;
  • Alimentos ácidos, gordurosos e condimentados;
  • Câncer gástrico.

Casos de queimação no estômago recorrentes devem ser investigados por um/a médico/a gastroenterologista para um diagnóstico e tratamento adequados.

Também podem lhe interessar:

Queimação no estômago: medidas caseiras e remédios e para aliviar a azia

Como tratar queimação no estômago?

Refluxo tem cura? Qual o tratamento?

Queimação no estômago pode ser gravidez?

Qual a dieta recomendada para quem tem gastroenterite?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A dieta para quem tem gastroenterite viral ou bacteriana deve incluir:

  • Alimentos de fácil digestão e pouca quantidade de fibras;

    • Sopa de frango, Hortaliças, pão torrado, legumes cozidos ou frutas sem casca;

  • Líquidos, sobretudo água, água de coco;
    • Sucos de fruta e bebidas isotônicas também ajudam a repor líquidos e eletrólitos;

Devem ser evitados:

  • Refrigerantes, sucos industrializados, café;
  • bebidas alcoólicas;
  • Alimentos gordurosos;
  • Frituras;
  • Leite e derivados.

No caso de episódios de vômitos, situação comum nas gastroenterites, que dificulte a ingestão de água, recomenda-se chupar cubos de gelo para manter alguma hidratação, e procurar atendimento médico de emergência, principalmente se for criança. Pode ser necessário a introdução de medicamentos para tratamento conjunto.

É preciso ter algum cuidado com os sucos, pois as fibras das frutas, ou a acidez, como da laranja, tendem a irritar o trato gastrointestinal, estimulando a peristalse e consequente piora de sintomas como vômitos e diarreia. As frutas mais indicadas são: maçã, banana e goiaba.

Os demais alimentos devem ser reintroduzidos na dieta gradualmente, começando com aqueles que são mais leves e de fácil digestão, como arroz, cereais e carnes magras.

Adultos com baixa imunidade e idosos devem incluir na dieta soluções de hidratação oral para prevenir a desidratação.

A gastroenterite em bebês e crianças requer atenção ainda mais especial, devido ao maior risco de desidratação, estando indicado administração de soluções de hidratação oral, que podem ser adquiridas em farmácias.

O aleitamento materno ou leite em fórmula de uso habitual devem ser mantidos, juntamente com a solução de hidratação oral. A criança deve ser alimentada tão logo ela sinta fome.

Em caso de gastroenterite, consulte um/a médico/a clínico/a geral, médico/a de família ou gastroenterologista e siga corretamente as orientações quanto ao tratamento e à dieta indicados.

Saiba mais em:

Quais os sintomas da gastroenterite viral? Como é o tratamento?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Os principais sintomas da gastroenterite viral são: diarreia líquida, vômitos, náuseas, dor na barriga, falta de apetite e febre. A gastroenterite pode causar ainda fadiga, dores musculares, dor de cabeça e perda de peso.

Nos casos de gastroenterite viral em que a diarreia e os vômitos são persistentes, pode haver desidratação. Quando isso acontece, outros sinais e sintomas podem estar presentes, como boca seca, diminuição do volume de urina e da frequência urinária, urina escura e sensação de engrossamento da língua.

Os sintomas da gastroenterite aguda geralmente começam a se manifestar depois de 1 a 2 dias que ocorreu a infecção pelo vírus. As manifestações podem durar alguns dias ou permanecer por até uma semana.

A gastroenterite pode ser grave se não houver um tratamento adequado para evitar a desidratação, principalmente em crianças, idosos e pessoas com o sistema imunológico debilitado.

Como é o tratamento da gastroenterite viral?Medicamentos

Na grande maioria dos casos de gastroenterite os medicamentos não estão indicados. Em alguns casos podem ser usados medicamentos voltados para controlar os sintomas, como febre e vômitos e prevenir a desidratação Em geral, os sintomas desaparecem espontaneamente em até 3 dias.

Os antibióticos só são usados em alguns casos específicos de gastroenterite bacteriana e são contraindicados para as gastroenterites virais.

Hidratação

Para combater a desidratação, são indicados soros específicos de reidratação oral. Nos casos mais graves, a pessoa precisa ficar internada para receber líquido por via intravenosa.

É muito importante aumentar a ingestão de líquidos durante o episódio de gastroenterite viral.

Além do soro de hidratação oral, são considerados líquidos adequados: sopa, água de coco, água. São inadequados: refrigerantes, líquidos açucarados, chás, sucos comercializados, café

Dieta

A dieta habitual deve ser mantida, não é necessária a mudança para dietas especiais. Mas é importante que a alimentação seja leve e em pequenas quantidades, com intervalos menores entre as refeições. Os alimentos ricos em açúcar e gorduras devem ser evitados.

Sempre que possível, a pessoa deve procurar evitar ficar sem comer por mais de 4 horas. Com a melhora dos sintomas, pode-se incluir gradualmente alimentos moles na dieta, como banana, arroz, cereais cozidos e pão torrado.

Durante o tratamento da gastroenterite viral, também é importante seguir algumas recomendações, como:

  • Aumentar a ingestão de água e líquidos, bebendo pequenas quantidades de cada vez;
  • Ingerir bebidas isotônicas para repor os sais minerais perdidos;
  • Ficar em repouso.
O que é gastroenterite viral?

A gastroenterite viral é uma infecção aguda causada por vírus que atinge o estômago e o intestino, causando uma inflamação desses órgãos. O vírus pode estar presente na água, em alimentos contaminados ou em pessoas infectadas.

As outras formas de gastroenterite são causadas por bactérias e parasitas. A infecção pode ocorrer pelo ar, pelo contato da mão contaminada com a boca e pela ingestão de água ou alimentos infectados.

Gastroenterite viral é contagiosa?

A gastroenterite viral é altamente contagiosa e pode ser facilmente transmitida para crianças e adultos. Para evitar a transmissão, a pessoa infectada deve lavar bem as mãos depois de ir ao banheiro e antes de manusear alimentos.

Contudo, o ideal, para se evitar a transmissão da gastroenterite para outras pessoas, seria a permanência da pessoa infectada em casa durante pelo menos 2 dias, até a melhora dos sintomas, sobretudo a diarreia e os vômitos.

Em caso de sintomas de gastroenterite como:

  • Aumento da frequência das dejeções líquidas,
  • vômitos frequentes,
  • sangue nas fezes,
  • recusa para ingestão de líquidos,
  • febre,
  • diminuição da atividade,
  • presença de sinais de desidratação,
  • piora do estado geral

Consulte um médico clínico geral, um médico de família ou um pediatra.

Sangue nas fezes, o que pode ser?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A presença de sangue nas fezes pode ter muitas causas. Quando o sangue existente nas fezes tem coloração vermelho vivo, pode indicar que o sangramento ocorreu nas regiões baixas do sistema digestivo (intestino grosso, reto e ânus). Esse tipo de sangramento pode ser causado por hemorroidas, fissuras anais, lesões causadas por algum tipo de trauma nessas regiões, vermes, pólipos, diverticuloses, doenças inflamatórias intestinais (doença de Crohn e retocolite ulcerativa) ou tumores.

Quando esse sangramento ocorre na boca, esôfago, estômago ou duodeno (parte superior do intestino delgado), as fezes tendem a apresentar uma coloração bem escura e um cheiro forte característico (melena), principalmente após sangramentos mais intensos. Entre as causas para estes sangramentos temos as lesões traumáticas, úlceras, esofagites, varizes esofagianas, pólipos e tumores.

Sangue nas fezes em pequena quantidade

O sangramento retal mais comum é aquele em que se observa uma pequena quantidade de sangue nas fezes ou o sangue só é notado no papel higiênico. Na grande maioria dos casos, esses pequenos sangramentos não indicam nada de grave e são causados principalmente por hemorroidas e fissuras anais.

As causas incluem principalmente hemorroidas, fissuras anais, pólipos intestinais, inflamação na porção final do intestino ou no ânus, úlceras no reto, câncer no reto ou no ânus e endometriose intestinal.

No caso das hemorroidas, os sintomas incluem dor ao evacuar e presença de pequenas quantidades de sangue nas fezes. O sangramento pode ser percebido sob a forma de gotas de sangue que surgem após evacuar ou no papel higiênico ao se limpar.

Leia também: Como saber se tenho hemorroidas e quais os sintomas?

As fissuras anais causam dor intensa ao evacuar e o sangue pode ser notado em pequenas quantidades nas fezes, no vaso sanitário ou no papel higiênico.

Sangue nas fezes em média e grande quantidade

Se houver uma quantidade moderada ou grande de sangue nas fezes ou quando as fezes estão com uma coloração bem escura (melena), é provável que o sangramento tenha origem mais interna, como no cólon, no duodeno ou no estômago.

Nesses casos, as causas mais comuns incluem úlcera no estômago ou intestino, lesões no esôfago, doença diverticular do cólon, câncer de intestino, infecção intestinal, doença inflamatória do intestino e angiodisplasia (presença de vasos sanguíneos dilatados na camada interna do intestino grosso).

O gastroenterologista, proctologista, clínico geral ou médico de família são os especialistas que diagnosticam e tratam os problemas do sistema digestivo, como no caso de presença de sangue nas fezes.

Leia também:

Tive um sangramento anal o que pode ser?

Esteatose hepática tem cura? Qual o tratamento?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

A esteatose hepática pode ser revertida com o tratamento e mudanças no estilo de vida. Não existe tratamento específico. O alvo deve ser o tratamento dos fatores de risco:

  • Obesidade
  • Diabetes mellitus
  • Dislipidemia (problema de colesterol)
  • Psoríase

O uso de medicações, como corticoides, estrogênio, amiodarona, antirretrovirais, diltiazem e tamoxifeno, pode ser a causa da esteatose.

Perder peso é uma das medidas mais aconselhadas. Apesar disso, não é recomendado perder mais de 1,5 kg por semana. Praticar atividade física de forma regular é essencial, porque contribui para a diminuição do colesterol e aumenta o efeito da insulina.

É muito importante controlar o colesterol e o diabetes, e quando for possível, substituir remédios que possam contribuir para a esteatose.

Alguns medicamentos apresentam resultados questionáveis, como a metformina (no caso de pacientes não-diabéticos), vitamina E e C, losartana e orlistat (Xenical®). Assim, estes exemplos não são formalmente indicados.

Se voc}e tem esteatose hepática deverá ser seguido pelo médico gastroenterologista. O controle da obesidade, do diabetes mellitus e da dislipidemia deverá ser feito pelo médico endocrinologista.

Leia também:

O que não pode comer quem tem problemas de fígado?

Esofagite causa perda de peso? O que fazer para evitar isso?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Esofagite pode causar perda de peso, pois pode ocasionar disfagia, que é a dificuldade para deglutir, levando a pessoa a comer menos e emagrecer. Para evitar esse quadro, é importante tratar a esofagite e prevenir novos episódios.

A pessoa com disfagia tem a sensação de que a comida fica entalada no peito e isso pode fazê-la comer menos. Também é comum haver dor no peito ao engolir os alimentos, o que também interfere na alimentação e favorece a perda de peso.

Contudo, é importante lembrar que o emagrecimento não está entre os sinais que caracterizam a esofagite. É uma consequência a longo prazo da esofagite não tratada. 

A perda de peso associada à disfagia progressiva para alimentos sólidos deve ser vista como um sinal de alerta, pois pode indicar a presença de câncer de esôfago. 

A longo prazo, a esofagite de refluxo pode favorecer o desenvolvimento de câncer de esôfago, pois o refluxo pode levar a uma condição denominada esôfago de Barrett.

O esôfago de Barrett surge devido ao suco gástrico, que ataca as células que revestem o esôfago. Como resultado, essas células sofrem modificações e ficam semelhantes às células do estômago para poderem resistir ao ácido estomacal.

Portanto, trata-se de uma reação de defesa do organismo, mas que deve ser acompanhada de perto. O esôfago de Barrett pode evoluir para câncer em até 1% dos casos.

O tratamento da esofagite pode ser realizado através de mudanças no estilo de vida e uso de medicações como os inibidores de bomba de prótons (omeprazol, pantoprazol, etc). 

Pessoas que têm esofagite e apresentam perda de peso devem procurar um médico clínico geral ou médico de família para uma avaliação inicial.

Saiba mais em:

Esofagite pode dar câncer se não tratar logo?

O que é esofagite erosiva e quais os sintomas?

Esofagite erosiva tem cura? Qual o tratamento?

O que é a síndrome do intestino irritável?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

A síndrome do intestino irritável é uma alteração da motilidade do tubo digestivo caracterizada clinicamente por anormalidades do hábito intestinal (constipação e/ou diarreia) e dor abdominal, na ausência de patologia orgânica demonstrável.

O diagnóstico é baseado no preenchimento dos Critérios de Roma III, que são citados abaixo:

  • Dor ou desconforto abdominal recorrente durante mais de três dias no mês, nos últimos três meses, com duas de três características:
  1. alívio com a defecação;
  2. início associado à alteração na frequência das evacuações (mais de três vezes/dia ou menos de três vezes/semana);
  3. início associado à alteração na forma (aparência) das fezes (fezes endurecidas, fragmentadas, em “cíbalos” ou “caprinas” e fezes pastosas e/ou líquidas).

Outros sintomas podem estar presentes a auxiliar no diagnóstico, como:

  • esforço excessivo durante a defecação;
  • urgência para defecar;
  • sensação de evacuação incompleta;
  • eliminação de muco durante a evacuação;
  • sensação de plenitude ou distensão abdominal;
  • antecedentes de sintomas anteriores sem explicação médica;
  • agravamento depois das refeições;
  • sintomas com duração superior a seis meses;
  • piora com o estresse;
  • acompanhado de ansiedade e/ou depressão.

Leia também: Distensão abdominal: Quais as causas e como tratar?

Alguns sintomas e condições devem ser "alertas" para uma investigação mais acurada, para descartar outros diagnósticos. São eles:

  • Aparição dos sintomas depois dos 50 anos de idade;
  • Sintomas de aparição recente
  • Perda de peso não-intencional
  • Sintomas noturnos
  • Antecedentes familiares de câncer de cólon, doença celíaca, doença inflamatória intestinal
  • Anemia
  • Sangramento retal
  • Uso recente de antibióticos
  • Tumorações abdominais/retais
  • Elevação de marcadores inflamatórios
  • Febre

O diagnóstico e o tratamento devem ser feitos pelo médico gastroenterologista.