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Qual pomada usar para picada de insetos?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

As pomadas mais usadas são as pomadas com corticoides, as pomadas antialérgicas e aquelas com substâncias naturais, que acalmam a pele, como a cânfora e a calamina.

A pomada de corticoides têm uma resposta mais rápida e eficaz, mas não deve ser usada em grande quantidade ou por mais de 5 dias consecutivos, devido aos efeitos colaterais da medicação.

Por isso, quando são muitas picadas ou para pessoas que têm frequentemente esse problema, o recomendado é optar por pomadas antialérgicas ou naturais. No entanto, se houver sinais de infecção, como vermelhidão, calor local, dor ou secreção amarelada, a melhor opção são as pomadas com antibióticos.

Na dúvida, converse com o seu médico de família ou dermatologista.

Pomadas para picada de inseto e como usar
Pomadas Como usar

Corticoide:

Cutisone®, Topison®, Advantan®, Benevat®, Betaderm® e Betnovate®

Aplicar pequena camada, uma a 2 vezes ao dia, por 5 dias.

Antialérgico:

Andontol®, Caladryl®, Polaramine®, Fenergan®

Aplicar pequena camada, 2 a 3 vezes ao dia, por 5 a 7 dias.

Naturais:

Minancora® e Fisiogel®

Aplicar pequena camada, 2 a 3 vezes ao dia, por 5 a 7 dias.

Antibiótico:

Bactroban®, Verutex®, Nadiclox®, (Mupirocina ou Ácido fusídico)

Aplicar pequena camada, uma a 2 vezes ao dia, por 4 a 5 dias consecutivos.

Outras substâncias antibióticas tópicas, a princípio, não são indicadas para feridas infectadas, devido o risco de aumentar a ferida.

O antibiótico, mesmo em pomada, precisa de receita controlada para compra, por isso se houver sinais de infecção, procure o quanto antes um médico de família ou dermatologista para avaliação e prescrição da receita.

O que fazer no caso de uma picada de inseto
  • Colocar gelo no local
  • Limpar a ferida
  • Aplicar pomada

Nunca aplicar pomada na mão de uma criança. A criança pode coçar os olhos ou levar a mão à boca enquanto espalha o produto e com isso apresentar sinais de intoxicação. Nenhuma pomada deve ser ingerida.

Qual remédio usar para picada de insetos?

No caso de feridas grandes ou com coceira intensa, o tratamento pode incluir medicamentos orais, sendo os mais usados: Hixizine®, Polaramine®comprimido ou solução, Allegra® e Loratadina®.

Com evitar a picada de inseto?

As medidas mais indicadas são o uso regular de: tela (mosquiteiro), repelentes e roupas adequadas quando estiver em ambientes ao ar livre, principalmente região tropical e estações do ano mais quentes.

Evitar o uso de desodorantes, perfumes e cremes perfumados e horários de maior atividade de insetos, como o nascer e o pôr do sol, também são medidas eficazes contra picadas.

Se mantiver placas, coceira ou sinal de infecção nas feridas (vermelhidão, dor ou secreção amarelada), procure rapidamente um serviço médico. A infecção é uma complicação das feridas de picadas de insetos, que deve ser tratada com antibióticos.

Saiba mais sobre esse tema nos artigos:

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Como devo tratar uma picada de aranha? Quais os sintomas e mordidas perigosas?

Percevejo: o que fazer em caso de picada e como prevenir?

Referência:

SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria) - Departamento Científico de Dermatologia. Dez, 2016.

FIOCRUZ - Ministério da Saúde do Brasil.

Qual o tratamento para mordida de rato?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O tratamento para mordida de rato consiste, primeiramente, na lavagem da ferida com água e sabão, deixando que a água escorra por alguns minutos sobre o local da mordida. Após a lavagem, o sabão deve ser totalmente removido para não atrapalhar a ação dos medicamentos que poderão ser aplicados. 

A irrigação com soro fisiológico a 0,9% e a imobilização do membro afetado, com elevação do mesmo, também fazem parte da conduta em caso de mordida de rato. Além de não colocar nenhum produto na ferida como pó de café, açúcar ou outras substâncias.

É provável que a vítima receba vacina ou soro antirrábico, evitando doenças que embora sejam raras, podem ser transmitidas por mordedura de roedores, como as infecções em geral, a raiva, e a febre por mordida de rato (FMR), esta então, uma doença ainda menos frequente, causada pela bactéria Streptobacillus moniliformis. 

A FMR se caracteriza por febre, erupção cutânea e artrite. Se não for tratada, pode evoluir com  pneumonia, endocardite e sepse, com prognóstico muito ruim, em média 10% dos casos chegam ao óbito.

O tratamento da febre por mordida de ratos é feito com antibióticos, sendo a penicilina o medicamento de escolha.

Em casos de mordidas de rato ou qualquer outro mamífero, a vítima deve dirigir-se ao serviço médico de urgência o mais rápido possível.

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Como ocorre a transmissão da hanseníase?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A transmissão da hanseníase se dá pelo contato prolongado e frequente com uma pessoa infectada pelo bacilo e que não esteja em tratamento. A pessoa infectada expele bacilos (bactérias) através do sistema respiratório superior quando ela fala, tosse ou espirra, por meio da saliva e secreções nasais. 

Como a bactéria tem uma baixa infectividade, apenas o contato por vários anos e frequente com a pessoa infectada é capaz de ocasionar a transmissão da hanseníase. Quando a pessoa inicia o tratamento para erradicar a doença, a transmissão é interrompida.

Hanseníase é uma doença infecciosa causada pelo Mycobacterium leprae, uma bactéria que acomete a pele e os nervos periféricos. Ela é uma doença de baixa infectividade, ou seja, o seu poder de contágio é baixo.

Vale lembrar que tocar uma pessoa com hanseníase não transmite a doença. Isso significa que a hanseníase não é transmitida pelo contato físico, mas sim pela inalação contínua de gotículas de saliva ou secreções do nariz infectadas pelo bacilo.

Outra informação pouco conhecida é que a grande maioria das pessoas é imune à hanseníase e não desenvolve a doença, mesmo se forem infectadas.

Quais são os sintomas da hanseníase?

A hanseníase se manifesta por meio de manchas claras, avermelhadas ou escuras, que não são vistas facilmente. Os limites dessas manchas são irregulares e a sensibilidade no local fica alterada. No local das lesões, também ocorre queda de pelos e não há transpiração.

Na fase aguda da doença, podem surgir nódulos ou inchaço nas orelhas, nas mãos, nos cotovelos e nos pés.

Se algum nervo periférico for afetado, a pessoa sente dormência, perda de força muscular e os dedos ficam retraídos, tornando o membro afetado incapacitado. 

A evolução da hanseníase é lenta. Os sintomas só aparecem depois de 2 a 6 anos que ocorreu o contágio. 

Por isso, quanto mais cedo a doença é diagnosticada, mais rápido o tratamento poderá ser iniciado, permitindo a quebra da cadeia de transmissão do bacilo. O exame físico, diagnóstico e tratamento são fornecidos gratuitamente nas unidades de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS).

Existe algum medicamento que pode tirar o efeito da vacina da gripe?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim. Alguns medicamentos, como os imunossupressores e corticoides (em dose alta - dose imunossupressora), podem interferir no resultado da vacina da gripe e da maioria das vacinas.

Os medicamentos imunossupressores, ou seja, que baixam a imunidade, podem reduzir ou cortar o efeito da vacina da gripe. Isso porque o objetivo de qualquer vacina é ativar uma resposta do sistema imunológico da pessoa, produzindo anticorpos específicos contra uma determinada doença, para prevenir futuras infecções.

Assim, tomar um medicamento que inibe o sistema imune certamente irá influenciar na eficácia da vacina, como a da gripe.

Depois de interrompido o tratamento imunossupressor, o organismo pode demorar de 3 meses a 1 ano para recuperar a sua capacidade de responder a uma vacina.

Alguns exemplos de medicamentos imunossupressores (mais utilizados):

  • Azatioprina (Imuran);
  • 6-Mercaptopurina (PuriNethol);
  • Metotrexate (Metotrexate);
  • Ciclosporina (Sandimmun).

No caso dos corticoides, se estiverem sendo utilizados há menos de duas semanas ou com doses que não reduzam a ação do sistema imunológico, não irão cortar ou influenciar o efeito da vacina da gripe, portanto pode ser vacinado/a. 

Se a pessoa estiver tomando corticoides há mais tempo, mesmo que em doses baixas, ou estiver em uso de doses altas de corticoides, deverá adiar a vacinação.

Medicamentos antibióticos, como Benzetacil por exemplo, não cortam nem interferem na resposta à vacina da gripe, podendo ser tomados sem problemas.

O mais indicado, se o paciente estiver tomando qualquer medicamento e decidir tomar a vacina da gripe, é informar ao/a médico/a que prescreveu o remédio, para confirmar se poderá ser vacinado naquele momento, e ainda avaliar a necessidade de alterar sua prescrição e/ou orientar sobre outras precauções.

Também pode lhe interessar: Vacina da gripe: quem pode ou não pode tomar?

Quais são os sintomas da hepatite B?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Os sintomas da hepatite B variam conforme a fase da doença. Na fase aguda, ou seja, no início, a pessoa pode não sentir nenhum sintoma ou apresentar quadro inespecífico com febre, cansaço, dor abdominal, náuseas, vômitos, urina escura, dor nas articulações e icterícia (pele e olhos amarelados).

Esses sintomas ocorrem em cerca de 30% dos casos de hepatite B e grande parte dos pacientes recuperam-se sem complicações. Em casos raros, a hepatite aguda pode evoluir para hepatite fulminante, em que há uma grande destruição das células do fígado. Os sintomas nessas situações podem incluir confusão mental, sonolência, dificuldade para respirar e hemorragias.

Numa pequena parte das pessoas (cerca de 5%), a hepatite B se torna crônica. Nessa fase, a doença não costuma causar sintomas. Quando presentes, eles são decorrentes da insuficiência e cirrose do fígado, tais como icterícia, acúmulo de líquido no abdômen (ascite), inchaço nas pernas e nos pés, pequenas hemorragias, como na gengiva ao escovar os dentes, aumento do baço e confusão mental.

Indivíduos com hepatite B crônica podem apresentar complicações relacionadas à doença, como cirrose hepática e câncer de fígado.

O que é hepatite B?

A hepatite B, assim como os outros tipos de hepatite, é uma inflamação do fígado. A doença é causada pelo vírus HBV. Outras formas de hepatite podem ser causadas por bactérias, consumo excessivo de álcool, medicamentos, fatores genéticos, entre outras causas.

Vírus HBV

A hepatite pode provocar lesões graves no fígado que podem evoluir para cirrose hepática ou câncer de fígado. A hepatite B está entre as formas mais graves de hepatite, podendo tornar-se crônica, evoluir para câncer e levar à morte. 

As principais formas de transmissão da hepatite B são através de relações sexuais sem proteção e partilha de seringas.

Qual é o tratamento para hepatite B?

O tratamento da hepatite B aguda é feito com repouso e dieta. O objetivo nessa fase é permitir que o fígado se recupere. Se a hepatite for crônica, são utilizados medicamentos específicos para controlar a infecção e as lesões provocadas no fígado.

A prevenção da hepatite B pode ser feita através da vacinação, podendo prevenir o contágio em mais de 90% dos casos. A vacina contra hepatite B é administrada em 3 doses.

A prevenção da hepatite B é feita com vacina, uso de preservativo nas relações sexuais e o não compartilhamento de objetos cortantes e perfurantes como agulhas, seringas e alicates de unha não esterilizados. A vacina contra hepatite B é disponibilizada gratuitamente nas Unidades de Saúde do SUS (Sistema Único de Saúde).

Saiba mais em:

Existe vacina para a hepatite b?

Tenho a pele amarela desde que nasci. Posso ter hepatite?

Febre chikungunya é contagiosa?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A febre chikungunya não é contagiosa, ou seja, não é transmitida de pessoa para pessoa. A única forma de transmissão conhecida é através da picada do mosquito Aedes aegypti e Aedes albopictus infectados pelo vírus CHIKV.

O principal transmissor do vírus nas cidades é o mosquito Aedes aegypti. Nas zonas rurais e silvestres, o chikungunya é transmitido sobretudo pelo Aedes albopictus.

Porém, existe outra possibilidade de transmissão do vírus, que é da mãe para o feto durante o parto, caso a mãe esteja no período de transmissão da doença (viremia).

Não há evidências de transmissão do vírus da febre chikungunya pelo leite materno.

O mosquito adquire o vírus chikungunya (CHIKV) ao picar uma pessoa infectada durante o período de viremia, que vai desde um dia antes do aparecimento da febre até ao 5º dia da doença, quando o indivíduo ainda tem o vírus na corrente sanguínea.

Quais são os sintomas da febre chikungunya?

Os principais sintomas da febre chikungunya incluem febre alta (acima de 38,5ºC) de início rápido e forte dor nas articulações de mãos, pés, dedos, tornozelos e punhos. A pessoa pode apresentar ainda dor de cabeça, dores musculares e manchas vermelhas na pele.

Os sintomas da doença começam cerca de 2 a 12 dias depois da picada do mosquito, podendo chegar a 14 dias em alguns casos. É o chamado período de incubação da febre chikungunya.

Contudo, há pessoas que não manifestam sinais e sintomas e nem todos os que são picados pelo mosquito ficam doentes. Uma vez infectada, a pessoa fica imune à doença pelo resto da vida, independentemente de manifestar sintomas ou não.

Qual é o tratamento para o chikungunya?

O tratamento da febre chikungunya visa apenas aliviar os sintomas através de medicamentos para febre e anti-inflamatórios para as dores articulares, uma vez que não há um tratamento específico para a doença. Ainda não existe vacina contra a febre chikungunya.

Grande parte dos casos de febre chikungunya tem evolução benigna e a doença é auto-limitante, ou seja, resolve-se espontaneamente. Casos de morte são raros, sendo relatados principalmente em recém-nascidos e pessoas com outras doenças associadas.

Como prevenir a febre chikungunya?

Não existe vacina contra a febre chikungunya, nem medicamentos específicos para tratar a doença. Dessa forma, a única forma de prevenção é eliminando o mosquito.

Também recomenda-se utilizar repelentes, mosquiteiros e roupas que cubram bem o corpo para evitar a picada do mosquito, principalmente se a pessoa for viajar ou residir em áreas com surtos de chikungunya.

Qual o tratamento para gonorreia?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O tratamento para gonorreia é feito com medicamentos antibióticos, como a azitromicina, preferencialmente em doses únicas assistidas pelo médico para garantir que o tratamento seja realizado devidamente e as bactérias não adquiram resistência aos antibióticos.

Caso a pessoa possua parceiro/a fixo/a, é importante que o tratamento da gonorreia seja feito por ambos/ambas ao mesmo tempo para evitar nova infecção.

Durante o tratamento da gonorreia, também é importante que o casal ou a pessoa infectada não tenha relações sexuais.

Na gravidez, o tratamento da gonorreia deve ser iniciado o quanto antes pela gestante, pois a infecção aumenta as chances de abortamento espontâneo, parto prematuro e cegueira no bebê.

Como prevenir a gonorreia e quais são seus sintomas?

A melhor forma de prevenir a gonorreia é através do uso de preservativo em todo e qualquer tipo de relação sexual, já que esse é o principal meio de transmissão da doença.

Saiba mais em: Só se pega gonorreia ao fazer sexo ou há outras maneiras?

Em caso de contágio, os sintomas geralmente aparecem após o período de incubação da bactéria, que é de 2 a 8 dias. Depois, a pessoa sente dor e ardência para urinar e surge um corrimento amarelado ou esverdeado que pode vir acompanhado de sangue.

Vale lembrar que a presença de corrimento em mulheres não significa necessariamente que ela esteja com gonorreia ou outra IST (Infecção Sexualmente Transmissível). Os corrimentos podem ter outras causas e são relativamente frequentes no sexo feminino.

Veja também: Corrimento Vaginal é Normal?

Se não for devidamente tratada, a gonorreia pode causar infertilidade, gravidez ectópica, artrite, meningite bacteriana, além de complicações ósseas e cardíacas.

O diagnóstico é feito mediante o exame clínico do/a, os sinais e sintomas, além de exames laboratoriais. Recomenda-se que pessoas sexualmente ativas façam periodicamente um autoexame e observem os seus órgãos genitais. Na presença de qualquer alteração ou cheiro diferente, consulte o/a médico/a de família, ginecologista, urologista.

O que é citomegalovírus e qual o tratamento?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O citomegalovírus (CMV) pertence à família do herpesvírus, a mesma dos vírus do herpes simples, herpes zoster e da catapora. O citomegalovírus traz com ele uma característica comum em todos os vírus dessa família: quem se infecta, passa a ter o vírus como companheiro definitivo pelo resto da vida, ou seja, permanece portador de uma infecção crônica em estado de latência.

O citomegalovírus é considerado um dos micro-organismos mais oportunistas em pessoas com o sistema imunológico comprometido.

A infecção pelo vírus ocorre pelo contato com secreções corporais contaminadas, da mãe para o filho durante a gestação ou durante o parto, transfusão de sangue, transplante de órgãos, entre outras formas.

As infecções pelo citomegalovírus são raras em pessoas saudáveis. Porém, em indivíduos com o sistema imune fragilizado, o vírus causa sintomas e pode provocar graves complicações, muitas vezes com acometimento de órgãos.

Qual é o tratamento para citomegalovírus?

O tratamento para a infecção pelo citomegalovírus é realizado com medicamentos antivirais. Porém, esses medicamentos causam toxicidade sobre os glóbulos sanguíneos e os rins, sendo isso uma grande preocupação.

Por isso, exigem cuidado na administração intravenosa e acompanhamento clínico e laboratorial criterioso. O tratamento tem duração variável, mas deve ser feito por pelo menos um mês.

Quais são os sintomas do citomegalovírus?

Na fase aguda da infecção, o citomegalovírus pode provocar algumas manifestações clínicas inespecíficas, como febre, gânglios aumentados (ínguas), dor de garganta, aumento do fígado e baço, bem como presença de linfócitos atípicos ao hemograma.

Nesta fase, não é necessário tratamento antiviral específico, pois é um quadro benigno, que se resolve em alguns dias ou semanas.

Como é feito o diagnóstico do citomegalovírus?

O diagnóstico do citomegalovírus é feito através da coleta de sorologia que detecta a presença de anticorpos contra o vírus. Os mais comuns são da classe IgG (imunoglobulina G) e IgM (imunoglobulina M).

Os anticorpos IgM estão presentes somente na fase aguda da infecção e os IgG, que também surgem na fase aguda, permanecem por toda a vida, constituindo o que se chama de cicatriz sorológica.

Quais as complicações do citomegalovírus?

Depois da fase aguda da infecção o vírus permanece latente, mas, no futuro, pode comportar-se como oportunista, quando há deficiência imunológica, provocando doenças mais sérias e preocupantes. Nesses casos, pode acometer diversos órgãos, causando doenças graves, que comprometem o aparelho digestivo, os pulmões, o sistema nervoso central e a retina.

Quando acomete o trato gastrointestinal, causa lesões ulceradas e muito dolorosas. A complicação mais comum provocada pelo citomegalovírus nos pacientes com HIV/AIDS é a coriorretinite, um comprometimento ocular, com prejuízo visual, que pode levar à cegueira, se não houver tratamento para recuperar a competência imunológica do doente.

O/a médico/a infectologista é especialista responsável pelo tratamento da infecção por citomegalovírus.