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Quais os sintomas da laringite?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Os sintomas da laringite incluem rouquidão e alterações vocais, perda abrupta da voz, dor na garganta, dificuldade para engolir, febre, tosse seca, garganta seca e dificuldade para respirar (laringite bacteriana).

Porém, os sintomas mais característicos da laringite são a rouquidão e as alterações da voz, uma vez que a laringe é onde estão localizadas as cordas vocais. Assim, quando a laringe está inflamada, as cordas vocais ficam inchadas e vibram de outra forma, deixando a pessoa rouca.

A laringite aguda é a principal causa de rouquidão e perda repentina da voz, sendo na maioria das vezes provocada por uma infecção viral.

As laringites agudas também podem surgir depois de gripes ou resfriados mal curados, provocando sintomas semelhantes aos da gripe, como febre, dor no corpo, tosse seca, nariz entupido e coriza.

As laringites bacterianas são bem mais raras que as virais e frequentemente estão associadas à dificuldade respiratória, o que requer uma avaliação médica urgente. O/a paciente pode apresentar também tosse produtiva e dor para engolir e falar.

O que é laringite e quais são as causas?

A laringite é uma inflamação da laringe, localizada na porção final da garganta. Pode ser causada por vírus, bactérias ou irritação na laringe.

Pessoas que estão constantemente expostas a substâncias irritantes, como fumaça de cigarro, ou que apresentam uma produção excessiva de ácido no estômago, têm mais chances de desenvolver laringite.

As infecções respiratórias, a bronquite, a sinusite e o uso excessivo da voz também constituem fatores de risco para o desenvolvimento da laringite.

A laringite crônica pode durar semanas e está diretamente relacionada com o consumo de bebidas alcoólicas e o hábito de fumar. Esse tipo de laringite também pode ser causado por câncer de laringe, refluxo gastroesofágico, doenças autoimunes, entre outras.

A laringite também pode ser provocada por refluxo. Nesses casos, a inflamação tem como causa a subida constante do conteúdo ácido do estômago para a garganta.

Qual é o tratamento para laringite?

O tratamento da laringite pode incluir o uso de medicamentos anti-inflamatórios, analgésicos, antibióticos ou corticoides, de acordo com a causa e o tipo de laringite.

Muitas vezes, a laringite resolve-se espontaneamente apenas com alguns cuidados e algumas medidas, como descansar a voz, manter o ambiente constantemente úmido (de preferência com umidificador), não pigarrear, beber bastante água, não fumar e evitar permanecer em ambientes com fumaça de cigarro.

Se a laringite for causada por refluxo gastroesofágico, o tratamento deve incidir sobre o refluxo.

Casos de laringite crônica decorrente do uso excessivo da voz podem necessitar de cirurgia, quando as cordas vocais estão danificadas. Também é importante fazer um tratamento para a voz nesses casos.

Na presença de algum desses sintomas ou em caso de rouquidão sem uma causa aparente, procure o/a médico/a de família, clínico/a geral ou otorrinolaringologista para uma avaliação adequada.

Clenil A serve para tosse?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

Clenil A não é um medicamento que, sozinho, seja indicado para tosse. No entanto, pode ser indicado com outros medicamentos. Isso porque é um corticoide que atua diretamente no pulmão, evitando a falta de ar.

Por ter ação anti-inflamatória, o Clenil A pode ajudar a diminuir a tosse associada a:

  • Asma e outros problemas que afetam os pulmões e causam falta de ar;
  • Doenças inflamatórias e alérgicas do nariz e da faringe.

O Clenil A não atua imediatamente na falta de ar, sendo que o seu efeito só é percebido gradualmente, ao longo 2 a 3 semanas de tratamento.

Clenil A só deve ser usado quando for indicado por um médico.

Leia também:

Referência:

Clenil A. Bula do medicamento.

Tenho uma amígdala maior que a outra: isso é normal?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Estes são sintomas de uma pessoa que sofre de amidalite crônica (amídalas grandes, geralmente uma maior que a outra; vários episódios de inflamação na garganta e produção de secreção dura e com mal cheiro das amídalas). Um adulto para se livrar destes problemas de garganta só tem duas coisas para fazer: cirurgia (retira as amídalas e elas não incomodam mais) ou homeopatia (em alguns casos consegue um bom controle).

Antibiótico ajuda a eliminar o catarro?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

Os antibióticos não são indicados para eliminar o catarro. No entanto, se a causa do catarro for uma infecção respiratória, o médico poderá prescrever um antibiótico para tratá-la. Neste caso, o antibiótico não é usado para eliminar o catarro, mas sim para tratar a infecção.

Para ajudar a eliminar o catarro, é importante beber bastante água. Dependendo do caso, o médico também pode indicar inalação com soro para deixar o catarro menos grosso, facilitando a sua eliminação.

Além dessas medidas, existem medicamentos e xaropes próprios para ajudar a eliminar o catarro, tais como:

  • Acetilcisteína;
  • Carbocisteína;
  • Xaropes à base de bromelina.

Alguns dos problemas de saúde que podem causar a formação de catarro são bronquite aguda ou crônica, enfisema pulmonar, pneumonia ou fibrose cística.

Leia também:

Referências:

Fluimucil. Bula do medicamento.

Mucolitic. Bula do medicamento.

Laringite tem cura? Qual o tratamento?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, laringite tem cura e o tratamento depende da causa e extensão da inflamação da laringe.

Podendo se limitar a orientações de repouso, umidificação da garganta e hidratação, até medicamentos como corticoides e adrenalina, para casos mais prolongados ou graves.

Portanto o tratamento pode variar entre:

  • Repouso,
  • Hidratação;
  • Diminuir o uso da voz;
  • Anti-inflamatórios;
  • Analgésicos;
  • Antialérgicos;
  • Antibióticos;
  • Corticoides e
  • Adrenalina.

No caso da laringite viral, a causa mais comum de laringite na nossa população, o melhor tratamento é manter uma boa hidratação, repouso e diminuir o uso da voz. Forçar a voz durante um quadro de laringite aguda pode provocar ferimentos graves nas cordas vocais.

A laringite bacteriana necessita de tratamento com antibióticos orais, além dos cuidados já citados anteriormente. A evolução do quadro com piora, representada pela dificuldade para respirar ou engolir, indica que deve ser levada imediatamente a um serviço de urgência.

Nos casos de laringite por reações alérgicas, causa menos comum, podem ser usados medicamentos antialérgicos, até adrenalina, quando evolui com edema local e mais uma vez, dificuldade de respirar ou engolir. Outra situação de emergência médica.

Já as laringites crônicas, qe podem ser causadas por doenças sistêmicas como o refluxo gastroesofágico, necessitam de tratamento específico e por vezes, pode ser necessário a associação de corticoides orais.

Outros medicamentos que podem ser usados para aliviar os sintomas da laringite, como anti-inflamatórios e analgésicos, serão definidos através da avaliação médica.

Na suspeita da laringite, procure atendimento médico, de preferência com otorrinolaringologista.

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Diferenças entre Amigdalite, Faringite e Laringite

Qual o tratamento para edema de língua?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O tratamento para edema de língua depende da sua causa. Se o edema for devido a uma mordida na língua ou a machucados causados por aparelhos de dentes, por exemplo, o inchaço e a dor podem ser aliviados chupando um pedra de gelo ou comendo alimentos gelados, como sorvete.

No entanto, as causas para o edema de língua são muito variadas e podem incluir doenças ou situações graves que necessitam de tratamento médico especializado, como infecções, tumores, hipotireoidismo, choque anafilático, entre outras.

Veja também: O que pode causar edema de língua?

Se não for devidamente tratado, o inchaço na língua pode trazer complicações como:

  • Dificuldade para engolir;
  • Dificuldade para respirar, devido ao bloqueio das vias aéreas;
  • Desconforto.

Para determinar a origem do edema de língua deve-se consultar o/a médico/a de família, clínico/a geral ou otorrinolaringologista, que poderão prescrever um tratamento adequando ou encaminhar para outro/a especialista.

Posso tomar anti-inflamatório para sinusite?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

Os anti-inflamatórios podem ser utilizados nos casos de sinusite. Os anti-inflamatórios não-esteroides, como ibuprofeno ou nimesulida, podem ser indicados pelo efeito analgésico, para tratar sintomas como a dor de cabeça. Há também fitoterápicos, como o spray Sinustrat com Luffa operculata, que contém substâncias que têm efeito anti-inflamatório.

Outros exemplos de anti-inflamatórios que podem ser usados são sprays nasais com mometasona, budesonida ou fluticasona (corticoides). Os corticoides de uso oral são indicados apenas nos casos de sinusites causadas por alergias graves que não respondem ao tratamento com anti-histamínicos.

Entretanto, é muito importante consultar o médico para verificar se o que você tem é de fato sinusite e o que está causando o problema. Isso irá determinar o tratamento, que pode incluir o uso de fluidificantes e até de antibióticos.

Você pode querer ler também:

Referências:

Rev. Bras. Otorrinolaringol. 73 (5): 627-31 • Out 2007 • https://doi.org/10.1590/S0034-72992007000500007

Estudo comparativo entre diversas técnicas de confecção de modelo experimental de sinusite inflamatória em coelhos. Henrique Olival CostaGiulliano Enrico Ruschi e LuchiArthur Guilerme AugustoMarilia CastroFlavia Coelho de Souza

Hisbello S. Campos. Gripe ou resfriado? Sinusite ou rinite? JBM JANEIRO/FEVEREIRO, 2014 VOL. 102 N 1. : 41-50

Ruth de Souza Medeiros, Thaís Alves Queirog, George Borja de Freitas, Ítalo de Macedo Bernardino, José Wilson Noleto Ramos Júnior, Julierme Ferreira Rocha. PREVALÊNCIA DE COMUNICAÇÃO BUCO-SINUSAL EM EXODONTIAS DE TERCEIROS MOLARES. The Open Brazilian Dentristy Journal. 2020; 1(1): 119-131.

EDNA SAYURI SUYENAGA, LUCI ROSETE DOS SANTOS, LETÍCIA DE SÁ MARTINS, FRANCIE BUENO. O RISCO DO USO DE PLANTAS MEDICINAIS INDICADAS POR ERVATEIROS NO

TRATAMENTO DA SINUSITE EM PORTO ALEGRE. Estudos, Vida e Saúde. 2007; 34(6): 833-42.

Fundação Otorrinolaringologia. Sinusite.

Distúrbios do sono: Quais os principais tipos e como identificá-los?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Existem dezenas de distúrbios do sono. Os principais tipos de transtorno são classificados nos seguintes grupos: Insônia, distúrbios respiratórios do sono, narcolepsia, distúrbios do ritmo circadiano, parassonias, manifestações motoras noturnas e sintomas noturnos isolados.

Insônia

A insônia é um dos distúrbios do sono mais comuns e caracteriza-se pela dificuldade em adormecer ou manter o sono. A falta de uma ou várias noites de sono reparador pode trazer prejuízos na qualidade de vida e até na saúde da pessoa.

As insônias podem causar alterações de humor, irritabilidade, sonolência durante o dia, cansaço, dificuldade de concentração, prejuízos na memória, falta de motivação, aumento do risco de acidentes automobilísticos ou de trabalho, aumento da tensão muscular, dor de cabeça, entre outras consequências.

Insônias crônicas, ou seja, que duram mais de 3 meses, também aumentam o risco de depressão. Por outro lado, já se sabe que boa parte dos casos de insônia estão também relacionados a estados de ansiedade ou depressão.

Leia também: Qual o tratamento para insônia?

Distúrbios Respiratórios do Sono

Esse grupo de transtornos do sono engloba os distúrbios que provocam alterações no padrão normal da respiração. O mais frequente é a síndrome da apneia obstrutiva do sono, mais conhecida como apneia do sono. Esse distúrbio do sono causa obstrução das vias aéreas, podendo diminuir a concentração de oxigênio no sangue.

Os principais sintomas da apneia do sono incluem ronco, interrupções da respiração (apneias) durante o sono, sonolência excessiva durante o dia, dificuldade de concentração e prejuízos na memória.

Dentre as principais causas da apneia obstrutiva do sono estão a obesidade, as anomalias do crânio e da face e os distúrbios hormonais. Esse distúrbio do sono é mais comum em homens, principalmente entre os mais idosos e aqueles que têm história de apneia do sono na família.

Saiba mais em: Apneia do sono tem cura? Qual o tratamento?

Narcolepsia

Esse distúrbio do sono tem como principal sintoma a sonolência excessiva durante o dia. Outras características comuns da narcolepsia incluem cataplexia, paralisia do sono, fragmentação do sono noturno, alucinações, entre outras manifestações.

A narcolepsia geralmente começa a se manifestar entre os 10 e os 20 anos de idade, prejudicando a formação da personalidade, o desempenho escolar e acadêmico, além de aumentar o risco de acidentes de trânsito e trabalho.

A cataplexia, uma manifestação frequente desse distúrbio do sono, caracteriza-se por episódios repentinos de perda de força muscular durante o dia, muitas vezes causados por alterações emocionais

As alucinações ocorrem quando a pessoa está na transição entre dormir e acordar, manifestando-se normalmente sob a forma de experiências visuais, auditivas ou que envolvem diversos sentidos.

Já a paralisia do sono é a perda dos movimentos que ocorre ao adormecer ou, principalmente, ao acordar. A pessoa está consciente, mas perde temporariamente a capacidade de se movimentar.

Leia também: O que é narcolepsia e quais são os sintomas?

Parassonias

As parassônias são distúrbios do sono que provocam eventos físicos, experiências desagradáveis e alterações comportamentais quando a pessoa está no ínicio do sono, durante o sono ou ao despertar.

As parassônias geralmente ocorrem durante a fase REM do sono, que é o estágio do sono profundo. Dentre os tipos mais comuns de parassônias estão o despertar confusional, o sonambulismo, o terror noturno e as parasssônias relacionadas ao sono REM.

O despertar confusional caracteriza-se por comportamentos confusos ou confusão mental ao acordar. No sonambulismo, o indivíduo desperta durante o sono profundo e caminha enquanto permanece com a consciência alterada durante um espaço de tempo.

Já os terrores noturnos manifestam-se sob a forma de gritos, choro e medo intenso. A pessoa dificilmente acorda durante os episódios, já que esse distúrbio ocorre na fase do sono profundo. Depois, ficam confusos e não se lembram do ocorrido.

As parassônias do sono REM têm como sintomas os comportamentos anormais, os pesadelos e a paralisia do sono frequente.

Os distúrbios comportamentais que ocorrem na fase do sono profundo (REM) podem interromper o sono ou até machucar a pessoa, ou quem estiver dormindo com ela. O transtorno interrompe o relaxamento muscular que ocorre durante o sono REM, o que leva a pessoa a se movimentar de acordo com os sonhos que tem.

Já os pesadelos são sonhos ruins recorrentes, normalmente ligados ao medo e à ansiedade. Esse distúrbio do sono prejudica a qualidade do sono e a execução de tarefas durante o dia.

Veja também: Quais são as fases do sono e o que acontece em cada uma delas?

Distúrbios no Ritmo Circadiano

Esse distúrbio do sono é causado por alterações no relógio biológico do corpo e prejudica a qualidade de vida e do sono. Sua principal causa é o estilo de vida em que há pouco tempo dedicado ao sono. Tratam-se de pessoas que têm um padrão de sono diferente daquele adotado pela sociedade em geral, dormindo normalmente menos ou com horários de sono diferentes das outras pessoas.

Manifestações Motoras Noturnas

Esses distúrbios do sono têm como sinais e sintomas certos tipos de movimentos que prejudicam o sono. Dentre os mais comuns estão a síndrome das pernas inquietas, os movimentos periódicos dos membros e os bruxismo.

A síndrome das pernas inquietas provoca uma vontade muito forte de mexer as pernas durante o repouso, principalmente ao final do dia e à noite. O desconforto geralmente alivia ao movimentar as pernas ou andar.

Veja também: Síndrome das pernas inquietas tem cura? Qual é o tratamento?

Os movimentos periódicos dos membros podem ser decorrentes da síndrome das pernas inquietas, embora também possam ocorrer isoladamente. Esse distúrbio do sono caracteriza-se pela realização de movimentos repetitivos de braços ou pernas durante o sono.

O bruxismo associado ao sono caracteriza-se pelo ranger dos dentes de forma repetitiva durante o sono. O bruxismo pode fazer a pessoa acordar, prejudicando a qualidade do sono, além de causar dor na articulação da mandíbula e desgaste dos dentes.

Sintomas Noturnos Isolados

O distúrbio do sono mais comum desse grupo é o ronco. Trata-se de um ruído proveniente da via aérea superior, sobretudo durante a inspiração.

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É importante lembrar que os distúrbios do sono causados por transtornos mentais, doenças neurológicas ou outro tipo de problema de saúde não são considerados distúrbios do sono, mas sintomas da doença de base.

O tratamento dos distúrbios do sono pode incluir o uso de medicamentos, mudanças no estilo de vida, entre outras intervenções médicas de diferentes especialidades, como neurologia, psiquiatria, pneumologia e otorrinolaringologia.

Saiba mais em:

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