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Bebê não defeca, o que fazer?
Dr. Ivan Ferreira
Dr. Ivan Ferreira
Médico

Se o bebê não defeca por algum tempo pode ser resultado de uma fase normal de adaptação do seu intestino ao leite ou a outros alimentos e, geralmente, não é preciso fazer nada.

Bebês que são alimentados com outros leites, como o de vaca e leite em pó (fórmulas lácteas) ou que já comem outros tipos de alimentos, têm geralmente mais dificuldades para evacuar.

É frequente ficarem 1 ou 2 dias sem defecar e depois quando o fazem, o cocô sai pastoso ou liquido.

Nesses casos pode-se ajudar o bebê fazendo massagens suaves em sua barriga e dobrando gentilmente suas pernas e coxas sobre o abdômen.

Quantos dias o bebê pode ficar sem fazer cocô?

A frequência com que o bebê faz cocô varia muito desde o seu nascimento até cerca de 1 ano de idade.

Isso ocorre porque o seu intestino está se adaptando ao leite e a outros alimentos que vão sendo introduzidos na sua dieta. As cólicas até os 3 meses de idade também são resultado dessa fase.

Geralmente, nos primeiros 14 dias de vida, o bebê evacua de 2 a 7 vezes por dia. Essa frequência vai reduzindo até chegar ao 5º mês, para 1 a 3 vezes ao dia, podendo mudar até 1 ano de idade.

Existem situações, que são consideradas normais, em que o bebê alimentado somente com o leite materno pode ficar períodos de 4 a 10 dias, ou até mais, sem evacuar, mas quando evacua seu cocô sai normal (pseudoconstipação).

Porém, é importante observar as seguintes características para saber se o bebê está realmente tendo obstipação, para que sejam tomados os cuidados necessários:

  • Faz cocô duro e ressecado;
  • Faz esforços para evacuar, às vezes ficando vermelho;
  • Tem dor e dificuldade para evacuar;
  • Há presença de sangue no cocô;
  • Não ganha peso.

Essa situação deve ser analisada pelo pediatra, que possivelmente orientará mudanças nos hábitos alimentares, como a ingestão de líquidos e fibras alimentares, alterações no leite em pó e até o uso de medicamentos laxantes.

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Para que serve e como usar o supositório de glicerina?

Até que idade uma pessoa cresce?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A pessoa cresce até chegar à puberdade. Os homens costumam crescer, em média, até os 18 anos e as mulheres por volta dos 15 anos.

A criança tem a maior fase de crescimento durante o primeiro ano de vida, depois reduz a velocidade até chegar ao "estirão" da puberdade. Após a puberdade as cartilagens dos ossos se calcificam, devido ao estímulo hormonal, determinando o fim do crescimento.

Até que idade o homem cresce?

O homem cresce em média até os 18 anos, quando atinge a puberdade, mas esta fase do desenvolvimento variar de acordo com a sua herança genética, alimentação e hábitos de vida.

Portanto, o crescimento dos homens varia entre os 16 e os 20 anos, da seguinte maneira:

  • Do nascimento até o 1º ano = cresce 25 centímetros;
  • De 1 aos 3 anos = cresce 12,5 centímetros por ano;
  • Dos 3 anos até atingir a puberdade = cresce 10 a 12 centímetros ao ano.
Até que idade a mulher cresce?

A mulher cresce, por mais 2 a 3 anos após a primeira menstruação (menarca). A menarca é considerada normal desde os 9 até os 16 anos.

Sendo assim, o crescimento da mulher pode terminar já aos 11 ou 12 anos, quando a menarca ocorre entre os 9 e 10 anos, ou mais raramente, até os 18, quando a menstruação demora mais para acontecer. Em média, a mulher cresce até os 15 anos.

A curva de crescimento no sexo feminino é um pouco menor quando comparada ao sexo masculino, provavelmente devido à ação hormonal. Nas mulheres, o crescimento anual varia da seguinte forma:

  • Do nascimento até o 1º ano = cresce 25 centímetros;
  • De 1 aos 3 anos = cresce 12,5 centímetros por ano;
  • Dos 3 até atingir a puberdade = cresce 8 a 10 centímetros ao ano.
Como estimular o crescimento?

Fatores externos representam apenas 20% do estímulo do crescimento, porém, para muitas pessoas é uma diferença considerável, especialmente para quem tem uma expectativa de crescimento baixa.

Alimentação saudável, atividade física regular, sem a presença de peso ou estímulo em excesso e a boa qualidade de sono, são medidas que comprovadamente, estimulam o crescimento da pessoa.

No caso de baixa estatura por problemas de saúde, como doenças genéticas, doenças da tireoide e/ou desnutrição, existem tratamentos mais específicos. O médico endocrinologista é o responsável por identificar a causa e tratar o problema.

Como parar de crescer?

Interromper o crescimento está indicado nos casos de crescimento exagerado, que deve ser analisado de forma criteriosa por um especialista, no caso, um médico endocrinologista.

Uma pessoa muito alta devido a sua herança genética, os pais e/ou avós também altos, provavelmente não é um problema. Porém, pessoas que apresentam um crescimento anormal ao esperado e discordante da sua família, pode ser sinal de um problema, e por isso deve ser investigado.

Uma causa comum de crescimento anormal é o tumor benigno de hipófise. A hipófise é uma glândula localizada em baixo do cérebro, que produz entre outros hormônios, o GH (hormônio do crescimento). O tumor estimula uma produção exagerada de GH, que em concentrações elevadas, desenvolve a acromegalia, no adulto e gigantismo, na criança.

O tratamento pode ser medicamentoso ou cirúrgico. O endocrinologista é o médico responsável por essa avaliação e conduta.

Saiba mais sobre esse tema nos artigos:

Referências:

Sociedade brasileira de pediatria.

SBEM - Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.

O que causa inflamação nas amígdalas e qual o tratamento?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A inflamação na garganta é principalmente ocasionada por infecção causada por vírus ou bactérias ou por uma associação dos dois micro-organismos. As infecções virais ocorrem sobretudo em crianças de até 3 anos, enquanto as bacterianas são mais comuns em jovens e adultos. Essa infecção bacteriana da garganta é denominada amigdalite.

A inflamação nas amígdalas também pode ser causada por alérgenos, queda de pH que leva à irritação da mucosa das amígdalas (refluxo gastroesofágico), irritação causada por fumaça de cigarros ou álcool, frio e baixa umidade do ar.

O que é amigdalite?

A amigdalite é uma doença infecciosa que atinge as amígdalas (estruturas de defesa do nosso corpo).

Qual é o tratamento para amigdalite?

O tratamento da amigdalite bacteriana é feito com antibióticos específicos e deve ser seguido de maneira rigorosa nos horários determinados conforme prescrição médica até o final do tratamento.

Suspender a medicação assim que desaparecem os sintomas, geralmente após 48 horas do início do tratamento, pode provocar complicações graves, como febre reumática, escarlatina, glomerulonefrite pós-estreptocócica e psoríase gutata. Isso porque a bactéria ainda permanece ativa no organismo e pode se tornar resistente ao antibiótico.

O tratamento para a amigdalite de causa viral inclui analgésicos e anti-inflamatórios para alívio dos sintomas como dor e febre.

Se a amigdalite for crônica, outras causas devem ser pesquisadas para descobrir a razão da inflamação e buscar o tratamento adequado.

A cirurgia para remoção das amígdalas (amigdalectomia ou tonsilectomia) só é indicada em casos específicos que não respondem ao tratamento clínico, causam grande incômodo ao/à paciente (caso da amigdalite caseosa) ou se repetem várias vezes ao ano, as chamadas amigdalites de repetição.

Contudo, o tratamento da amigdalite depende ainda de fatores como a idade da pessoa, condições de saúde, tipo de amigdalite, gravidade e evolução da infecção, bem como da tolerância do indivíduo às medicações e aos procedimentos médicos.

Recomendações durante o tratamento da amigdalite
  • Prefira ingerir bebidas mornas, alimentação líquida ou pastosa, sopas ou alimentos macios, uma vez que são mais tolerados durante as crises;
  • Tome muito líquido para hidratar as mucosas;
  • Não deixe de tomar os remédios prescritos pelo/a médico/a, mesmo após os sintomas da amigdalite bacteriana desaparecerem, para evitar complicações da doença;
  • Nunca se automedique. Medicamentos usados sem indicação favorecem o aparecimento de bactérias resistentes.
Quais são os sintomas de amigdalite?

Os sintomas mais comuns da amigdalite incluem febre, dor de garganta, dores no corpo, falta de apetite, halitose (mau hálito), dor de cabeça, prostração, dificuldade para engolir e, às vezes, inchaço dos gânglios do pescoço e da mandíbula, que têm a função de evitar a propagação da doença pelo organismo.

Ao observar a garganta, observa-se aumento do volume das amígdalas, vermelhidão, presença, ou não, de pontos brancos de pus, comuns nas amigdalites bacterianas.

É importante observar os sintomas para não os confundir com os de outras doenças como gripe e mononucleose.

Como é feito o diagnóstico da amigdalite?

O diagnóstico é clínico e simples, feito através da história clínica e com exame físico da cavidade oral (oroscopia), através do qual é possível diferenciar a amigdalite viral da bacteriana.

Nas amigdalites bacterianas, existe uma inflamação importante nas amígdalas, com inchaço e vermelhidão bastante visíveis, associada ao aparecimento de placas de pus na garganta e amígdalas.

Nas amigdalites virais, a infecção costuma ser mais branda, atinge preferencialmente a região da orofaringe (amígdalas e faringe) e não há presença de pus (com exceção do vírus Epstein-Barr, que causa a mononucleose infecciosa).

Como prevenir a amigdalite?
  • Evite o tabagismo. Fumantes ativos e passivos estão mais propensos às infecções das amígdalas;
  • Evite ambientes com ar-condicionado, que resseca as mucosas e diminui a resistência das amígdalas;
  • Mantenha uma alimentação saudável para equilibrar a resistência do corpo;
  • Tome muito líquido para hidratar as mucosas sempre.

Em amigdalites de repetição, é importante afastar a hipótese de refluxo gastroesofágico, responsável pela mudança no pH da garganta e que pode facilitar o surgimento de inflamações.

Na suspeita de amigdalite, um/a médico/a de família, clínico/a geral, pediatra ou otorrinolaringologista deverão ser consultados para confirmação diagnóstica, orientação e tratamento adequados.

Leia também:

O que é amigdalite caseosa?

Fezes com muco em bebês e crianças é grave? O que pode ser?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Fezes com muco em bebês e crianças podem não representar uma doença grave. Em bebês, quando ocorre a dentição, por conta da deglutição da saliva, um potencial irritante intestinal, pode haver evacuação com muco.

Um pouco de muco nas fezes pode ser algo normal, no entanto, caso note grande quantidade de muco nas fezes, acompanhado de outros sintomas, como diarreia, sangue nas fezes ou febre, deve procurar um médico para uma avaliação.

Principais causas de muco nas fezes de bebês e crianças

Algumas possíveis causas de evacuação com muco são: infecções intestinais, doença inflamatória intestinal ou síndrome do intestino irritável.

Infecções intestinais

Podem ser causadas por vírus, bactérias ou protozoários, que normalmente se associam a um aumento no número das evacuações e dor abdominal. As infecções intestinais causam um estado inflamatório do trato gastrointestinal, chamada gastroenterite. Além da diarreia e dores abdominais, outros sintomas vômitos, presença de muco ou sangue nas fezes, em alguns casos também pode ocorrer febre.

Infecção intestinal causada por vírus

As infecções intestinais causadas por vírus é a principal causa de sintomas de gastroenterite em crianças pequenas. Em alguns casos de gastroenterite viral pode surgir muco nas fezes, embora esse seja um sintoma normalmente mais frequente e exacerbado nas infecções intestinais de origem bacteriana.

Costumam ser quadros auto-limitados, com duração de alguns dias. Nos casos em que a criança apresenta grande quantidade de diarreia ou vômitos é essencial manter a hidratação, através do aumento da ingesta hídrica ou mesmo do uso de soro de reidratação.

Medicamentos para aliviar a dor abdominal ou a febre podem ser prescritos por um médico quando necessário.

Infecção intestinal causada por bactérias

As gastroenterites bacterianas causam com maior frequência a presença de sangue e muco nas fezes. A criança também pode apresentar febre, mal-estar e ficar mais prostrada.

A abordagem também consiste no controle rigoroso da hidratação. Sendo que em alguns casos pode ser necessário prescrever medicamentos antibióticos.

Estas doenças, se causadas por bactérias ou protozoários, muitas vezes requerem tratamento com medicações específicas;

Doenças inflamatórias intestinais

São doenças crônicas, capazes de causar uma reação inflamatória da mucosa do sistema digestivo. Existem três doenças inflamatórias intestinais: a doença de Crohn, a retocolite ulcerativa e a colite indeterminada.

Normalmente se associam a evacuações com sangue, aumento no número de evacuações e dor abdominal. Estas doenças requerem tratamento específico.

Síndrome do intestino irritável

A Síndrome do intestino irritável é uma doença capaz de causar diarreia com muco em crianças dos 6 meses aos 5 anos.

A criança pode apresentar alteração do hábito intestinal com aumento da frequência das evacuações, que usualmente se associa a dor abdominal e alternância entre diarreia e constipação. Para uma melhor avaliação do hábito intestinal e para determinar se será necessário tratamento, você deve procurar um pediatra.

Quando devo me preocupar com o muco nas fezes de bebês e crianças?

A presença de muco nas fezes é motivo de preocupação e deve ser melhor avaliada quando a criança também estiver apresentando:

  • Sangue nas fezes;
  • Sinais de desidratação: boca seca, choro sem lágrimas, sede constante. Não urina há mais de 4 ou 6 horas, se for bebê ou não urina há mais de 6 ou 8 horas, se for uma criança mais velha;
  • Dor abdominal intensa;
  • Falta de apetite ou sede e deixa de comer ou beber líquidos por horas;
  • Mudança de comportamento, como ficar mais sonolento, desanimado ou choroso;
  • Prostração;
  • Febre alta.

Na presença de algum dos sintomas descritos, consulte um médico de família ou pediatra.

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Meu filho tem 10 anos e seu pênis é muito pequeno...
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O especialista para maiores esclarecimentos nessa área é o Pediatra ou urologista pediátrico.

Entretanto, segundo seu relato, seu filho apresenta um desenvolvimento do pênis considerado normal para idade.

Como é o desenvolvimento normal do pênis da criança?

O desenvolvimento normal do pênis de criança é se manter nas mesmas proporções durante toda a infância, e iniciar seu crescimento apenas quando a puberdade se inicia, devido à ação da testosterona, o que acontece em média aos 12 anos de idade.

Esse crescimento se dá por etapas, e pode durar até os 18 anos de idade ou mais. As primeiras estruturas a crescer e se desenvolver são os testículos e a bolsa escrotal, por vezes parece bastante desproporcional, dando a impressão de um pênis ainda menor.

Em seguida, por volta dos 14 ou 15 anos, o pênis começa a ganhar comprimento. Só ao final da puberdade que acontece o aumento na largura (espessura), ganhando a forma final do órgão, que permanece durante toda fase de vida adulta.

O que é pênis recolhido?

O pênis pode se encontrar recolhido, por exemplo em caso de exposição maior ao frio, em situações de medo e ansiedade.

Pode ser considerado pênis recolhido ou pênis "embutido", aqueles que parecem um tipo de pênis muito pequeno, ou menor do que o esperado, mas na verdade é resultado da presença de grande quantidade de gordura abdominal. Comum em meninos com sobrepeso ou obesidade.

Outras situações, que devem ser investigadas pelo especialista, essas sim são alterações que precisam de acompanhamento e tratamento, são o micro pênis, pênis pequeno, pênis sepultado e fusão peno escrotal. Porém, são situações raras que o pediatra é capaz de diagnosticar precocemente.

Para mais esclarecimentos, consulte um médico pediatra ou urologista pediátrico.

Veja também: com quantos anos o pênis começa a crescer?

Que remédio posso usar para acabar com a cólica do bebê?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os remédios que podem ser usados para amenizar as cólicas do bebê devem ser prescritos e orientados pelo/a médico/a pediatra.

Em geral são usados os medicamentos com ação antiespasmódica, como luftal®, milicon® ou a funchicórea®; e os probióticos, que vem se mostrando eficazes, embora não sejam todos.

Antes de prescrever medicamentos, e por vezes mascarar algum problema maior, é fundamental que a criança seja avaliada pelo/a pediatra, para confirmar o diagnóstico de cólica fisiológica do bebê, ou seja, pela imaturidade do seu organismo.

Medidas para aliviar os sintomas de cólica do seu bebê:
  • Procure manter a calma, para acalmar também o bebê;
  • Mantenha o seu bebê aquecido;
  • Coloque o bebê de bruços, no seu colo e embale, massageando a barriguinha;
  • Com o bebê deitado massageia sua barriguinha, em movimentos circulares, no sentido da direita para a esquerda levemente; ou ainda faça exercícios com suas perninhas, dobrando em direção ao abdômen e esticando lentamente, para ajudar a eliminar os gases que porventura estejam aumentando a dor;
  • Coloque compressa morna na barriguinha, sempre com pano, ou bolsa de gel, sempre com muita atenção à temperatura!!
  • Durante a cólica evite a amamentação, pois estimula a peristalse aumentando a dor abdominal.

Os antiespasmódicos são remédios muito usados para aliviar cólicas causadas por gases intestinais. Esses medicamentos ajudam a dissolver as bolhas que retêm os gases no intestino, aliviando as cólicas do bebê.

A funchicórea® é um medicamento fitoterápico, produzido com erva-doce (funcho) e chicória, que ajuda a aliviar a prisão de ventre e a cólica do bebê. Por conter sacarina (adoçante), o seu uso divide a opinião dos pediatras, que questionam se o efeito calmante do remédio não seria devido ao seu sabor adocicado.

E por fim, os probióticos, vem mostrando uma melhora em cerca de 50% dos bebês que fazem uso na dose adequada, acredita-se que por alterar a flora intestinal do bebê, reduzindo a inflamação local e com isso, melhora da dor. Contudo, mais estudos precisam replicar essa resposta e confirmar o mecanismo de ação dos lactobacilos vivos.

O pediatra é o médico indicado para diagnosticar as causas das cólicas e prescrever medicamentos ou alterações na alimentação do bebê.

Saiba mais em:

O que pode causar cólicas no bebê?

O que fazer em caso de tosse alérgica infantil?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A primeira coisa a fazer em caso de tosse alérgica infantil é afastar a criança da causa da alergia e manter a casa bem ventilada. Os medicamentos e xaropes antialérgicos devem ser usados apenas com indicação médica nos momentos de crise ou quando a tosse atrapalha as atividades da criança. Deve-se evitar o uso de antitussígenos, porque eles impedem o reflexo da tosse, que, na verdade, é um mecanismo de defesa e de proteção da via aérea.

Muitas vezes a tosse alérgica pode ser tratada em casa, com aplicação de soro fisiológico nas narinas várias vezes ao dia e inalação com soro fisiológico. Essas medidas ajudam a limpar e fluidificar as vias respiratórias, eliminando assim o agente causador da alergia.

Além disso, é importante oferecer muito líquido à criança, de preferência água, para favorecer a eliminação do muco. Elevar a cabeceira da cama também ajuda a aliviar a tosse alérgica durante a noite, para que a criança possa dormir melhor.

É importante realmente ter a certeza de que se trata de apenas um quadro simples de tosse alérgica, desencadeada pela presença de alérgenos como ácaros, pó, fumaça, e caracterizada por ser uma tosse seca, que pode vir acompanhada de outros sintomas alérgicos como vermelhidão nos olhos, espirros ou prurido nasal.

Em muitos casos, a tosse considerada alérgica pelos pais é, na verdade, um sintoma decorrente de outra doença como asma, rinossinusite ou tosse de origem infecciosa, quando isso ocorre deve-se tratar a doença em questão para de fato impedir a ocorrência da tosse.

A tosse é um mecanismo de defesa do corpo para expulsar agentes irritantes que estão em contato com a mucosa respiratória, porém, existem alguns sinais de alerta que devem fazer a família levar a criança imediatamente ao serviço de saúde, são eles:

  • Lábios ou pele azulados.
  • Dificuldade em respirar.
  • Ruído agudo quando a criança inspira (estridor).
  • Sequência de tosse incontrolável e repetitiva.
  • Febre alta.
  • Persistência e agravamento da tosse por mais de 10 dias.
  • Prostração, falta de apetite, dificuldade para dormir.

Na presença de qualquer um desses sintomas um médico deve avaliar a criança.

Leia também:

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Qual a diferença entre tosse alérgica e tosse normal?

Tosse seca: o que pode ser e o que fazer?

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Referências

ODUWOLE O.; UDOL E.E.; OYO-ITA, A.; MEREMIKWU, M.N. Haney for acute cough in chlidren (Review). Cochrane Database of Systematic Reviews, v.4, 2018.

SBP - Sociedade Brasileira de Pediatria.

SBPT - Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia.

Supositório de glicerina pode ser usado em bebês?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

Sim, o supositório de glicerina pode ser usado em bebês.

O supositório de glicerina pediátrico é mais fino e comprido, sendo anatomicamente feito para ser usado em crianças. Deve ser aplicado um supositório por dia quando necessário, ou usar de acordo com as instruções do médico. Deve-se introduzir o supositório por via retal pela parte mais achatada e segurar com a ponta dos dedos a outra ponta até que seja alcançado o fluxo fecal.

A prescrição deve ser feita pelo médico pediatra, que avaliará a necessidade do uso do supositório e associação com outras medicações.

Para saber mais sobre supositórios, você pode ler:

Supositório infantil: para que serve e como usar

Para que serve e como usar o supositório de glicerina?

O supositório de glicerina faz mal?

Referência

SBP. Sociedade Brasileira de Pediatria.