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O que pode acontecer com quem tem CPK alterado?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

CPK (creatinofosfoquinase) é uma enzima que desempenha um importante papel na regulação do metabolismo dos tecidos contráteis, como os músculos esquelético e cardíaco, sendo encontrada em elevadas concentrações nesses tecidos, assim como no cérebro.   Em casos de acidente vascular cerebral (AVC), infarto e edema pulmonar, infarto do miocárdio, trabalho de parto, atividade física intensa, acometimentos musculares (miopatias), quadros de hipotireoidismo, paciente em diálise ou na fase avançada da doença renal, a CPK fica com níveis elevados.

Já em situações de perda de massa muscular, doenças hepáticas alcoólicas, hepatites virais, doenças do tecido conjuntivo, artrite reumatoide, pacientes idosos, terapia com esteroides ou tamoxifeno, os níveis de CPK ficam diminuídos

O exame de CPK serve como marcador inicial de lesão cardíaca observada no infarto agudo do miocárdio e em algumas doenças da musculatura esquelética.   

Todo exame deve ser mostrado para o/a profissional que o solicitou para completar a avaliação. Um exame não deve ser interpretado isoladamente, pois sempre deve-se correlacionar com o quadro clínico e os sintoma que a pessoa apresenta.

Fosfatase alcalina alta, o que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A fosfatase alcalina alta no sangue, pode ocorrer por uma série de situações, desde doenças até condições naturais como a gravidez e o crescimento ósseo na maturidade.

Causas de fosfatase alcalina alta no sangue1. Doenças no fígado e vesícula biliar
  • Coledocolitíase (cálculo no ducto biliar);
  • Colangite (inflamação do ducto biliar);
  • Obstrução de vias biliares;
  • Hepatites virais (infecção viral no fígado);
  • Cirrose (fibrose no fígado);
  • Esteatose hepática (gordura no fígado);
  • Tumor no fígado (benigno ou maligno, sendo o maligno o que mais aumenta essa taxa).
2. Doenças ósseas
  • Consolidação de fraturas;
  • Tumores ósseos;
  • Osteomalácia (fraqueza, desmineralização dos ossos);
  • Raquitismo (ossos fracos por carência de vitamina D);
  • Hiperparatireoidismo;
  • Doença de Paget (doença óssea, beniga).
3. Gravidez

Na gravidez, os valores de fosfatase alcalina se elevam de duas até cinco vezes do valor de referência, devido à produção dessa enzima pela placenta.

A placenta é um dos locais que a produz, especialmente no terceiro trimestre. Portanto, no final da gestação, é comum um aumento expressivo dessa enzima, sem que sinalize um problema.

4. Uso de medicamentos

O uso de medicamentos que sobrecarregam o fígado, podem aumentar as taxas de fosfatase alcalina no sangue. Como exemplo podemos citar o alopurinol, anticonvulsivantes, antibióticos como gentamicina e tetraciclina e opioides, como a morfina.

5. Outras situações que aumentam a fosfatase alcalina
  • Doenças inflamatórias intestinais;
  • Doença renal.
O que é a fosfatase alcalina?

A fosfatase alcalina (FA) é uma enzima produzida em diferentes tecidos do corpo humano, como fígado, ossos, rim, intestino e placenta. A sua função ainda não está bem esclarecida, mas na prática médica, a sua dosagem é solicitada para investigação de problemas hepáticos, problemas nas vias biliares e doenças ósseas.

Nas situações de atividade óssea aumentada, os níveis de FA estarão elevados. Como na fase de crescimento, nas lesões ósseas, tumores e doenças crônicas como osteomalácia (enfraquecimento e desmineralização dos ossos).

Na infância, os níveis da enzima aumentam gradualmente, nos meninos as taxas são superiores às meninas, chegando a atingir valores quatro vezes maior do que na idade adulta. Após os 10 a 12 anos de idade, os níveis tendem a diminuir e aos 20 anos são similares para homens e mulheres.

Qual o tratamento para a fosfatase alcalina alta?

Para os casos que elevam as taxas de FA não associados a uma doença ou um problema, como os casos de fase de crescimento e gravidez, não existe necessidade de tratamentos.

No entanto, para os casos de tumores, hepatite ou doenças ósseas, o tratamento será definido de acordo com cada caso.

Quais são os valores de referência da Fosfatas alcalina?

Os valores de referência podem variar de acordo com o método de avaliação utilizado por cada laboratório. Por isso os valores devem estar claramente citados no resultado dos exames.

Faixa etária Masculino (Unidade/Litro) Feminino (Unidade/Litro)
Recém-nascido 150 a 600 150 a 600
6 meses a 9 anos 250 a 900 250 a 900
10 a 11 anos 250 a 730 250 a 950
12 a 13 anos 275 a 875 200 a 730
14 a 15 anos 170 a 970 170 a 460
16 a 18 anos 125 a 720 75 a 270
Acima de 18 anos 50 a 250 50 a 250

A interpretação dos resultados do exame deve ser realizada pelo médico que o solicitou, em conjunto com a história e o exame clínico. Para maiores informações, procure um médico clínico geral ou médico da família.

Plaquetas baixas o que pode ser?
Dr. Ivan Ferreira
Dr. Ivan Ferreira
Médico

Somente o resultado de plaquetas baixas, pode não representar nada. É necessário que haja um exame clínico e a realização de outros exames para se fazer um diagnóstico.

Existem algumas doenças ou situações que podem provocar plaquetas baixas como as leucemias, a púrpura trombocitopênica idiopática, o mieloma múltiplo, válvulas cardíacas metálicas,o lúpus eritematoso sistêmico, alguns medicamentos, entre outras causas.

No entanto, os sinais mais comuns quando o número de plaquetas está muito baixo são as hemorragias na pele, nas gengivas, sangramentos menstruais abundantes ou cortes na pele que demoram muito para parar de sangrar.

O clínico geral ou o hematologista são os médicos que podem orientar o diagnóstico no caso do resultado de exame com presença de plaquetas baixas.

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Bactérias na urina são sinal de infecção urinária?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, a presença de bactérias na urina é o principal sinal de uma infecção urinária, principalmente se o resultado do exame indicar também presença de leucócitos e nitrito. Pessoas saudáveis e sem sintomas de doenças normalmente não apresentam bactérias na urina.

Em algumas situações pode aparecer bactérias na urina em pequena quantidade, sem outras alterações. Nesses casos, pode ser que a amostra de urina foi contaminada e o exame precisa ser repetido.

Também há casos em que a pessoa pode ter bactérias na urina e não apresentar sintomas de infecção urinária. É a chamada bacteriúria assintomática, mais comum em pessoas idosas, com diabetes ou que utilizam sonda vesical.

A infecção urinária geralmente é causada pela bactéria E. coli, proveniente do intestino. Quando há infecção, é comum encontrar também leucócitos e nitrito na urina.

Os leucócitos são glóbulos brancos, ou seja, são as células de defesa do organismo. A presença deles na urina, normalmente, indica alguma inflamação nas vias urinárias, geralmente infecção urinária.

A associação entre nitrito e infecção urinária deve-se ao fato das bactérias converterem o nitrato, um metabólito abundante na urina, em nitrito.

Além de bactérias na urina, uma pessoa com infecção urinária também poderá apresentar os seguintes sintomas:

  • Aumento da frequência urinária;
  • Dor ou ardência durante a micção;
  • Vontade urgente de urinar;
  • Dor lombar;
  • Febre;
  • Corrimento amarelado na uretra.

Saiba mais em: Quais são os sintomas e causas de uma infecção urinária?

O diagnóstico da infecção urinária na maioria das vezes é clínico, ou seja, é feito apenas através da avaliação do médico sobre o relato dos sintomas e a realização do exame físico.

No entanto, em alguns casos, pode ser necessário solicitar o exame de urina tipo 1 que mostra a presença de bactérias e de uma urocultura (exame de urina tipo 2), que irá identificar a bactéria causadora da infecção e qual o melhor antibiótico para tratá-la.

É importante lembrar que cabe ao médico que solicitou o exame de urina interpretá-lo, uma vez que os resultados devem ser analisados em conjunto com a história clínica, os sintomas e o exame físico do paciente.

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Referências

Brasil. Ministério da Saúde. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Urologia. Brasília: Ministério da Saúde, 2016.

Que doenças o hemograma pode detectar?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O hemograma pode ajudar a detectar doenças como anemia, alguns tipos de câncer como leucemia, infecções e inflamações, problemas no sistema imunológico, entre outras. 

Através da análise dos leucócitos (glóbulos brancos), hemácias (glóbulos vermelhos) e plaquetas, o hemograma fornece ao médico informações importantes sobre as células do sangue, sendo muito útil para auxiliar o diagnóstico ou acompanhar a evolução de diversas doenças. Contudo, o hemograma não detecta gravidez, drogas ou doenças como diabetes, DST e HIV.

O hemograma avalia os três grupos de células sanguíneas: hemácias, leucócitos e plaquetas.

As hemácias, também conhecidas como glóbulos vermelhos, são as células sanguíneas responsáveis pelo transporte de oxigênio. Níveis elevados de hemácias indica policitemia, o que pode prejudicar as demais células e deixar o sangue espesso. Se o hemograma detectar uma diminuição das hemácias, pode ser sinal de anemia ou hemorragia.

Veja também: Hemácias normocíticas e normocrômicas é anemia?

Os leucócitos ou glóbulos brancos são as células de defesa do corpo. A contagem dos glóbulos brancos serve para detectar infecções ou inflamações, avaliar a necessidade de se fazer uma biopsia da medula óssea ou analisar a resposta do organismo a tratamentos com antibióticos, quimioterapia ou radioterapia.

Quando os leucócitos estão elevados (leucocitose), pode ser sinal de infecção, leucemia, infarto do miocárdio, gangrena ou morte (necrose) de algum tecido. Se o número de glóbulos brancos estiver reduzido (leucopenia), pode indicar uma depressão da medula óssea causada por infecções virais ou tratamento do câncer, além de ingestão de mercúrio ou exposição ao benzeno. Dentre as doenças que podem causar leucopenia estão febre tifoide, influenza, sarampo, hepatite infecciosa e rubéola.

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As plaquetas são as células sanguíneas responsáveis pela coagulação. A contagem do número de plaquetas serve para avaliar a capacidade de coagulação do sangue, bem como diagnosticar ou verificar as causas de um aumento ou diminuição dessas células.

Assim, o hemograma pode auxiliar o diagnóstico de uma grande variedade de doenças e problemas de saúde, como:

  • Hemorragias;
  • Doença cardíaca;
  • Alterações do sistema imunológico;
  • Distúrbios na medula óssea;
  • Câncer;
  • Processos infecciosos e inflamatórios;
  • Reações a medicamentos e tratamentos.

O resultado do hemograma deve ser avaliado pelo médico que solicitou o exame.

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Plaquetas altas, o que pode ser?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

As causas de plaquetas altas podem ser:

  • fisiológicas (não denotam doenças): exercício, trabalho de parto, uso de epinefrina, após hemorragia;
  • infecciosas e/ou inflamatórias: retocolite ulcerativa, poliarterite nodosa, artrite reumatóide, sarcoidose, cirrose hepática;
  • distúrbios do baço: após esplenectomia (retirada cirúrgica do baço), atrofia ou agenesia do baço, trombose da veia esplênica;
  • neoplasias: carcinomas, linfomas;
  • doenças hematológicas: síndromes mieloproliferativas, trombocitose familiar, anemia ferropriva (por deficiência de ferro), anemias crônicas, hemofilia, mieloma múltiplo;
  • miscelânea: após procedimentos cirúrgicos e traumas, doenças renais, síndrome de Cushing e uso de medicamentos (epinefrina, isotretinoína, vincristina).

Plaquetas altas podem não causar sintomas ou podem ocorrer náuseas, vômitos, perda de noção espacial (labirintite) e formigamento nas extremidades.

A avaliação da causa da plaquetose e se será necessário tratamento deverá ser feita pelo médico hematologista.

Fezes com muco em bebês e crianças é grave? O que pode ser?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Fezes com muco em bebês e crianças podem não representar uma doença grave. Em bebês, quando ocorre a dentição, por conta da deglutição da saliva, um potencial irritante intestinal, pode haver evacuação com muco.

Um pouco de muco nas fezes pode ser algo normal, no entanto, caso note grande quantidade de muco nas fezes, acompanhado de outros sintomas, como diarreia, sangue nas fezes ou febre, deve procurar um médico para uma avaliação.

Principais causas de muco nas fezes de bebês e crianças

Algumas possíveis causas de evacuação com muco são: infecções intestinais, doença inflamatória intestinal ou síndrome do intestino irritável.

Infecções intestinais

Podem ser causadas por vírus, bactérias ou protozoários, que normalmente se associam a um aumento no número das evacuações e dor abdominal. As infecções intestinais causam um estado inflamatório do trato gastrointestinal, chamada gastroenterite. Além da diarreia e dores abdominais, outros sintomas vômitos, presença de muco ou sangue nas fezes, em alguns casos também pode ocorrer febre.

Infecção intestinal causada por vírus

As infecções intestinais causadas por vírus é a principal causa de sintomas de gastroenterite em crianças pequenas. Em alguns casos de gastroenterite viral pode surgir muco nas fezes, embora esse seja um sintoma normalmente mais frequente e exacerbado nas infecções intestinais de origem bacteriana.

Costumam ser quadros auto-limitados, com duração de alguns dias. Nos casos em que a criança apresenta grande quantidade de diarreia ou vômitos é essencial manter a hidratação, através do aumento da ingesta hídrica ou mesmo do uso de soro de reidratação.

Medicamentos para aliviar a dor abdominal ou a febre podem ser prescritos por um médico quando necessário.

Infecção intestinal causada por bactérias

As gastroenterites bacterianas causam com maior frequência a presença de sangue e muco nas fezes. A criança também pode apresentar febre, mal-estar e ficar mais prostrada.

A abordagem também consiste no controle rigoroso da hidratação. Sendo que em alguns casos pode ser necessário prescrever medicamentos antibióticos.

Estas doenças, se causadas por bactérias ou protozoários, muitas vezes requerem tratamento com medicações específicas;

Doenças inflamatórias intestinais

São doenças crônicas, capazes de causar uma reação inflamatória da mucosa do sistema digestivo. Existem três doenças inflamatórias intestinais: a doença de Crohn, a retocolite ulcerativa e a colite indeterminada.

Normalmente se associam a evacuações com sangue, aumento no número de evacuações e dor abdominal. Estas doenças requerem tratamento específico.

Síndrome do intestino irritável

A Síndrome do intestino irritável é uma doença capaz de causar diarreia com muco em crianças dos 6 meses aos 5 anos.

A criança pode apresentar alteração do hábito intestinal com aumento da frequência das evacuações, que usualmente se associa a dor abdominal e alternância entre diarreia e constipação. Para uma melhor avaliação do hábito intestinal e para determinar se será necessário tratamento, você deve procurar um pediatra.

Quando devo me preocupar com o muco nas fezes de bebês e crianças?

A presença de muco nas fezes é motivo de preocupação e deve ser melhor avaliada quando a criança também estiver apresentando:

  • Sangue nas fezes;
  • Sinais de desidratação: boca seca, choro sem lágrimas, sede constante. Não urina há mais de 4 ou 6 horas, se for bebê ou não urina há mais de 6 ou 8 horas, se for uma criança mais velha;
  • Dor abdominal intensa;
  • Falta de apetite ou sede e deixa de comer ou beber líquidos por horas;
  • Mudança de comportamento, como ficar mais sonolento, desanimado ou choroso;
  • Prostração;
  • Febre alta.

Na presença de algum dos sintomas descritos, consulte um médico de família ou pediatra.

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Posso ter relação sexual um dia antes do exame transvaginal?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim, pode ter relação sexual no dia anterior ao exame transvaginal ou até mesmo no próprio dia que não irá interferir no resultado. Também é possível realizar o exame se você estiver menstruada. 

Algumas informações sobre o exame transvaginal:

  • Informe o/ médico/a se você tiver alguma sensibilidade ou alergia ao látex;
  • Use roupas confortáveis;
  • Esteja atenta à higiene local após o ultrassom, pois pode ficar um pouco de gel no canal vaginal;
  • Após o procedimento não é necessário fazer nenhum tipo de repouso e você pode voltar às suas atividades normalmente logo a seguir ao exame.

O preparo para a realização do exame transvaginal é simples, sendo geralmente feito com a bexiga vazia ou parcialmente cheia. O procedimento não costuma provocar dor, nem antes nem depois.

O/a profissional de saúde poderá explicar os passos para a realização do exame transvaginal e dar oportunidade para que você tire possíveis dúvidas em relação ao ultrassom.