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Quais os sintomas da hiperplasia prostática benigna?
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Médico

A hiperplasia prostática benigna (HPB) normalmente se inicia em homens com mais de 40 anos e quando se associa a sintomas do trato urinário inferior (LUTS) pode provocar grande impacto na qualidade de vida. A hiperplasia do estroma e do epitélio da próstata pode provocar estreitamento da uretra prostática, com dificuldade para urinar.

Os sintomas da hiperplasia prostática benigna podem ser:

  • Obstrutivos (jato fraco, esforço para urinar, jato interrompido, hesitação, gotejamento, incontinência, esvaziamento);
  • Irritativos (urgência para urinar, polaciúria - ir várias vezes por dia ao banheiro e urinar pouco, dor suprapúbica, noctúria - mais de um episódio de micção à noite, entre outros).

O diagnóstico pode ser feito através da história clínica (presença de LUTS), exame físico detalhado, exame digital da próstata (toque retal), PSA e exame de urina, e complementado com biópsia de próstata, citologia urinária, entre outros, dependendo se a suspeita é de HPB ou câncer.

No caso de suspeita de HPB ou câncer de próstata, um médico urologista deve ser consultado o quanto antes, para avaliação e tratamento corretos.

Qual o tratamento para hiperplasia prostática benigna?
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Médico

O tratamento para hiperplasia prostática benigna pode ser farmacológico (com medicamentos) ou cirúrgico, em casos mais graves da doença.

Após a avaliação inicial com anamnese (história clínica) detalhada, exame físico incluindo exame digital da próstata (toque retal), exame de urina e PSA, segue-se com a realização de um questionário (IPSS - International Prostate Symptom Score) que avalia os sintomas LUTS do paciente no último mês (citados acima) e fornece um escore que varia de 0 a 35 (paciente assintomático a muito sintomático).

Se o IPSS for menor do que 8, segue-se com observação clínica do paciente. Se for maior que 8, são realizados novos testes diagnósticos opcionais (fluxometria, resíduo pós-miccional).

Se o paciente preferir métodos não invasivos de tratamento, pode-se optar pela observação clínica ou terapia medicamentosa (alfa-bloqueadores, inibidores da 5-alfa redutase, fitoterápicos ou terapia combinada).

Se o paciente preferir o tratamento invasivo, são realizados novos exames opcionais e opta-se por uma técnica minimamente invasiva (termoterapia transuretral com microondas, ablação transuretral com agulha, endopróteses uretrais ou stents, dilatação uretral com balão, ultrassom focado de alta intensidade, coagulação intersticial com laser, termoterapia induzida com água ou injeção intra prostática de etanol).

Finalmente, pode ser realizado o tratamento cirúrgico "padrão ouro", a ressecção transuretral de próstata, que leva à melhora dos sintomas em torno de 85% após um ano e 75% após três anos, com melhora do fluxo urinário em cerca de 95%.

No caso de suspeita de HPB ou câncer de próstata, um médico urologista deve ser consultado o quanto antes, para avaliação e tratamento corretos.

Quanto tempo de abstinência para fazer biópsia de próstata?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A abstinência sexual não está entre os cuidados indicados para a realização de biópsia de próstata. Portanto, a princípio não há problemas.

Como o exame de biópsia, é a retirada de pequenas amostras, através de uma agulha inserida diretamente na próstata, o ato sexual, traumas ou outras situações, não parecem causar qualquer mudança na configuração desse tecido.

Diferente do exame de PSA, aonde os valores encontrados no sangue, são relacionados com a produção dessa proteína pela próstata. E como situações de ejaculação e pequenos traumas aumentam o estímulo dessa produção, os resultados podem ser aumentados gerando um exame "falso-positivo". Quando os valores aumentados são devido a situações adversas e não a doenças na próstata.

Cuidados para realização de biópsia de próstata

Os principais cuidados e recomendações antes da realização de biópsia de próstata são:

  • Urocultura prévia - inclusive o exame de urina com presença de bactérias, impede a realização do procedimento, é preciso tratar a infecção antes para evitar complicações;
  • Antibióticos - O uso de antibiótico preventivo não é uma opção unânime entre os urologistas, mas a maioria opta pela dose única de ciprofloxacina®, com objetivo de reduzir o risco de infecção urinária após a biópsia;
  • Lavagem intestinal - A lavagem também é um procedimento adotado pela maioria dos serviços, mas não é obrigatória. Auxilia no momento do exame e parece reduzir os riscos de complicações, como a infecção;
  • Checar todas as medicações em uso antes da biópsia é um procedimento unânime e obrigatório. O uso de anticoagulantes deve ser suspenso pelo risco aumentado de sangramento durante e após a biópsia e
  • Jejum de pelo menos 4 horas.

Para mais informações procure seu médico urologista.

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