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Quais são os sintomas de plaquetas baixas?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Os sintomas de plaquetopenia ou trombocitopenia (plaquetas baixas) dependem do quão baixas estão as plaquetas. Considera-se plaquetopenia quando as plaquetas estão abaixo de 150.000/mm³.

Os sinais mais comuns das plaquetas baixas são os sangramentos na pele e nas mucosas, que ocorrem espontaneamente quando o número de plaquetas estão abaixo de 30.000/mm³. Nesses casos, pode haver:

  • Pequenos pontinhos avermelhados no corpo (petéquias ou hemorragias puntiformes);
  • Sangramentos pelas gengivas (gengivorragia);
  • Sangramento menstrual abundante;
  • Sangramento na urina ou nas fezes;
  • Sangramento de maior intensidade quando ocorre um ferimento;
  • Sangramento pelo nariz (epistaxe).

A plaquetopenia pode ser leve (plaquetas entre 100.000 a 150.000/mm³), moderada (plaquetas entre 50.000 e 99.000/mm³) e grave (plaquetas abaixo de 50.000/mm³).

Porém, algumas pessoas podem apresentar valores de plaquetas entre 100.000 e 150.000/mm³ sem isso ser classificado como um quadro de plaquetopenia. Isso significa que, para alguns indivíduos, pode ser normal ter as plaquetas baixas.

As plaquetas são células produzidas na medula óssea, que possuem a propriedade de coagular o sangue e de ajudar que uma ferida pare de sangrar.

É importante frisar que as plaquetas não são as únicas envolvidas da cascata de coagulação. Sendo assim, outras doenças podem levar a sangramentos, sem ocorrer alteração na contagem das plaquetas.

Plaquetas baixas: o que pode ser?

O número de plaquetas pode estar baixo devido à queda da produção de plaquetas na medula óssea, destruição das plaquetas por anticorpos ou acúmulo e destruição das plaquetas no baço.

As principais causas de plaquetopenia incluem: púrpura trombocitopênica imune (PTI), infecções virais e bacterianas, uso de certos medicamentos, gravidez, doença crônica do fígado, aumento de tamanho do baço, doenças das plaquetas e doenças da medula óssea.

O tratamento para a plaquetopenia pode ou não ser necessário, conforme as suas causas e com o número de plaquetas encontrado no sangue.

Também é importante observar a evolução da contagem das plaquetas por um período, pois há variações consideradas normais. Porém, contagem baixa de plaquetas persistente deve ser melhor investigada por um clínico geral ou hematologista.

Leia também:

Referência

SBHH. Sociedade Brasileira de Hematologia e Hemoterapia.

Sai do meu umbigo um líquido pastoso com um odor forte. O que pode ser?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Umbigo vazando líquido pastoso com odor forte ou a presença de mau cheiro no umbigo e secreção podem ser sinais de umbigo inflamado ou infeccionado. Sujeira, bactérias, fungos podem ficar alojados dentro do umbigo e começar a se multiplicar ou acumular. Isso pode causar uma infecção ou inflamação no umbigo.

Nesses casos, é observada uma secreção com mau cheiro no umbigo. A secreção de odor desagradável pode ter coloração branca, amarela, marrom ou vermelha.

A presença de secreção com mau cheiro no umbigo pode ter ainda como causas a realização de cirurgia e a presença de cistos.

Um umbigo com mau odor pode ser sinal de uma condição que precisa de atenção médica, como uma infecção ou um cisto. Por isso, deve-se procurar outros sinais e sintomas que acompanham essas condições, como:

  • Secreção branca, amarela ou verde saindo do umbigo;
  • Inchaço e vermelhidão;
  • Coceira;
  • Dor;
  • Formação de crosta ao redor do umbigo;
  • Febre;
  • Presença de caroço no abdômen.
Quais as possíveis causas de secreção com mau cheiro no umbigo?Infecção bacteriana

O umbigo é o lar de quase 70 tipos diferentes de bactérias. Se a pessoa não souber como limpar o umbigo adequadamente, essas bactérias podem causar uma infecção. Piercings no umbigo também podem ser infectados.

Infecção por fungos

A candidíase é uma infecção por fungos causada por Candida, um tipo de fungo que normalmente cresce em áreas úmidas e escuras do corpo. Pode ocorrer entre as dobras da pele, como na região da virilha e nos braços. O fungo também pode habitar o umbigo, principalmente se a pessoa não secar e limpar o umbigo adequadamente.

A candidíase deixa o umbigo vermelho e provoca coceira no umbigo, que pode ficar vazando uma secreção espessa e branca.

Diabetes

Pessoas com diabetes têm maior probabilidade de contrair infecções fúngicas, inclusive no umbigo. Isso ocorre porque o fungo se alimenta de açúcar e o alto nível de açúcar no sangue é um sinal característico de diabetes mal controlado.

Cirurgia

Quem passou por cirurgia abdominal recentemente, como reparo de hérnia, pode notar a presença de pus no umbigo. A presença desse tipo de secreção pode ser sinal de infecção, que precisa ser tratada.

Cisto de úraco

Durante o desenvolvendo do bebê dentro do útero, a sua bexiga é conectada ao cordão umbilical por um pequeno tubo chamado úraco. É assim que a urina é drenada do corpo do feto. Normalmente, o úraco fecha antes do nascimento. Porém, às vezes não fecha corretamente.

Em alguns casos, pode ocorrer o crescimento de um cisto, que é uma bolsa cheia de líquido, no úraco. O cisto pode ser infectado. Um sinal dessa infecção é a presença de um líquido cinzento ou sanguinolento que vaza do umbigo.

Outros sinais e sintomas dos cistos de úraco incluem: dor abdominal, febre, caroço no abdômen e dor ao urinar.

Cisto sebáceo

O cisto sebáceo se forma a partir das glândulas que liberam óleo na pele, chamadas glândulas sebáceas. Se o cisto estiver infectado, libera uma secreção espessa, amarela e com mau cheiro. O umbigo também pode ficar vermelho e inchado devido à presença do cisto.

Qual é o tratamento para secreção com mau cheiro no umbigo?

O tratamento depende da causa da secreção e do mau cheiro no umbigo. Para tratar uma infecção, recomenda-se manter a pele do umbigo limpa e seca.

Para tratar uma infecção causada por fungo, é indicado o uso de um pó ou creme antifúngico. Também recomenda-se limitar o açúcar da dieta. Para uma infecção bacteriana, pode ser usada uma pomada com antibiótico.

Quem tem diabetes deve falar com o endocrinologista para garantir que o nível de açúcar no sangue esteja bem controlado.

Em caso de cisto de úraco, pode ser necessário tratar primeiro a infecção com antibióticos. O cisto pode precisar ser drenado. Depois que a infecção desaparece, o tratamento envolve a remoção do cisto com cirurgia laparoscópica, realizada através de uma pequena abertura no abdômen.

Para tratar um cisto sebáceo, podem ser injetados medicamentos no cisto para diminuir o inchaço ou pode ser feito um pequeno corte no cisto para drenar o líquido. Outra opção é remover o cisto inteiro com cirurgia ou laser.

Consulte um médico clínico geral ou médico de família se tiver algum sinal e sintoma de infecção, como vermelhidão, inchaço e secreção com mau cheiro no umbigo.

Dor no estômago e dor nas costas, o que pode ser?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A dor no estômago e dor nas costas que acontecem ao mesmo tempo, sugerem um problema gastrointestinal, como gastrite, refluxo ou excesso de gases.

No entanto, existem outras causas, como: pedra nos rins, infecção urinária, inflamação de vesícula, inflamação do pâncreas (pancreatite), contraturas musculares e dissecção de aorta.

Algumas situações são menos preocupantes, mas outras podem oferecer risco de morte, como a pancreatite e a dissecção de aorta. Portanto, se apresenta os sintomas com frequência ou se a dor vier associada a febre, vômitos e queda da pressão, procure um atendimento médico para avaliação.

1. Gastrite

Na gastrite, inflamação da parede do estômago, os sintomas são de dor na "boca do estômago", dor localizada na região central da barriga, associada a outros sintomas típicos, como:

  • Azia,
  • Indigestão,
  • Sensação de barriga inchada,
  • Mau hálito.

A dor pode ser irradiada para as costas, devido ao incômodo, que leva a posturas de compensação e com isso, mau jeito e contraturas musculares.

O tratamento deve ser feito com antiácidos, alimentação balanceada, comer mais vezes e em menor quantidade, além de reduzir o peso (para pessoas acima do peso ideal) e acompanhamento regular por um gastroenterologista.

2. Refluxo

O refluxo gastroesofágico causa queimação no peito, que pode vir acompanhada de "dor no peito", que irradia para o dorso, por vezes confundida com infarto do coração, devido a sua localização e intensidade.

A azia e a dor no peito nos casos de refluxo, ocorrem principalmente após a alimentação.

O tratamento também deve ser acompanhado pelo gastroenterologista e se baseia na mudança de hábitos, alimentação balanceada e uso de medicamentos antiácidos.

3. Gases

O acúmulo de gases no abdome, pelo consumo de alimentos gordurosos ou bebidas gaseificadas, é uma causa comum de dores abdominais que irradiam para as costas.

Outros sintomas associados são a sensação de barriga inchada e episódios de arrotos e flatulência.

O alívio dos sintomas se dá com massagens, movimentação, e quando preciso, medicamento antigases, como a simeticona®.

4. Pedra nos rins

A doença renal, seja presença de pedra nos rins ou infecção renal, pode causar a dor na região nas costas que irradia para a barriga.

Na presença de pedras, a dor pode vir associada a náuseas, vômitos, suor frio e sangue na urina. Na infecção urinária que atinge os rins, é comum a presença de febre e ardência ao urinar, junto com a dor.

O tratamento deverá ser definido pelo urologista. Nos casos de infecção urinária é preciso uso de antibióticos. Na presença de pedra obstruindo o fluxo de urina, antibióticos e procedimento cirúrgico para a retirada e restabelecimento do fluxo urinário.

5. Cálculo na vesícula

A presença de pedras na vesícula causa cólicas, náuseas e vômitos, após a alimentação mais gordurosa. Essa dor pode ser irradiada para o dorso, especialmente se houver inflamação na parede da vesícula.

O tratamento definitivo é feito com a retirada do órgão por cirurgia. O cirurgião geral é o responsável pela avaliação e conduta.

6. Pancreatite

A pancreatite é a inflamação do pâncreas e tem como sintoma principal a dor que se inicia no meio da barriga e se espalha para a costas, formando uma dor em "cinturão de dor". Além da dor é comum a presença de náuseas,vômitos, suor frio e febre.

Trata-se de uma doença grave, que pode levar ao óbito se não for rápida e devidamente tratada.

O tratamento consiste em suspender completamente alimentação pela boca, medicamentos e pesquisa da causa desse problema. Se a causa for um cálculo impactado, pode ser indicado um procedimento cirúrgico de urgência.

Na suspeita de pancreatite, procure um serviço de emergência.

7. Dissecção de Aorta

A dissecção da artéria aorta, é o descolamento entre as suas paredes (interna e média), que formam um espaço e permite o acúmulo de samgue nesse espaço. O acúmulo de sangue (hematoma), causa uma fragilidade nesse vaso.

Com isso, um trauma ou aumento da pressão podem levar a ruptura da artéria. No entanto, por ser a maior artéria do corpo humano, a sua ruptura causa um sangramento grave e alto risco de morte.

Os sintomas são de dor súbita na região do tórax, que irradia para o meio das costas. O paciente pode sentir ainda, mal-estar, suor e queda da pressão.

Na suspeita de dissecção de aorta, procure imediatamente uma emergência médica.8. Dor muscular

A dor muscular, devido a um mau jeito, trauma, ou posturas ruins no dia a dia, causam dor no dorso ou em toda a parte das costas, pode também irradiar-se para o dorso, dependendo do grupo muscular comprometido.

Neste caso, o tratamento deve ser feito com repouso e uso de relaxante muscular.

Quando procurar uma emergência?

Quando apresentar dor associada a um dos sinais e sintomas listados abaixo, procure imediatamente uma emergência médica.

  • Dor em cinturão, associada a náuseas e vômitos
  • Febre alta (acima de 37.8º)
  • Queda da pressão arterial, suor frio
  • Icterícia (olhos ou pele amarelada)
  • Alteração neurológica (dor associada a desmaio ou perda da consciência).

Para maiores esclarecimentos, converse com o seu médico de família ou clínico geral.

Saiba mais sobre como tratar a gastrite e problemas gástricos nos seguintes artigos:

Referências:

FBG - Federação Brasileira de Gastroenterologia

Com quantos dias aparecem os sintomas de gravidez?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Os sintomas de gravidez começam a surgir a partir da 5ª ou 6ª semana de gestação, ou seja, cerca de 40 dias depois da mulher ter engravidado. 

Em geral, o primeiro sintoma da gravidez é a ausência de menstruação ou atraso menstrual, detectado quando a menstruação não vem no período esperado.

Após este sintoma, outros podem ser percebidos no início da gestação, como náusea, vômitos, aumento da sensibilidade nas mamas, aumento da frequência urinária e cansaço.

O atraso da menstruação geralmente é percebido pela mulher depois de uma a duas semanas que a menstruação não veio.

Algumas gestantes podem manifestar sintomas menos comuns no início da gravidez, como cólicas e sangramento, principalmente nos momentos em que o óvulo fecundado é implantado no útero.

Veja também: Quais as possíveis causas de sangramento durante a gravidez?

Há ainda grávidas que manifestam desejo por certo tipo de alimentos, sonolência diurna e alterações no paladar e no olfato.

Lembrando que os enjoos (náuseas) e os vômitos podem surgir já nos primeiros dias de gestação. Contudo, a maioria das grávidas podem nem manifestar esses sintomas e, quando presentes, costumam surgir no 1º ou 2º mês de gravidez.

Leia também: Quando começam os enjoos na gravidez?

O aumento da sensibilidade das mamas é sentido quando a mulher toca ou pressiona os seios, que podem estar mais inchados. As aréolas ao redor dos mamilos também podem ficar mais escuras.

Saiba mais em: Seios inchados fora do período menstrual: o que pode ser?

Outro sintoma comum no início da gestação é o aumento da frequência urinária, ou seja, a mulher começar a ir ao banheiro mais vezes e, muitas vezes, com urgência para urinar.

Esses sintomas de gravidez aparecem a partir da 5ª ou 6ª semana de gestação. Com o avançar da gravidez, outros sintomas vão aparecendo, tais como: inchaço abdominal, constipação intestinal, azia, desconforto na região pélvica, alteração do humor, falta de ar e tontura.

Ao detectar uma gravidez, a mulher deve procurar o serviço de saúde para iniciar os cuidados de pré-natal.

Corrimento marrom após relação sexual: o que pode ser?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Corrimento marrom após a relação sexual pode ser sinal de algum sangramento na parede da vagina ou no colo do útero, causado por relações sexuais intensas ou repetidas, ou ainda alergia ao látex do preservativo.

Nestes casos, o corrimento geralmente adquire uma cor marrom escuro devido ao sangue presente na sua composição.

De um modo geral, corrimento marrom indica a presença de sangue coagulado resultante de:

  • Restos de menstruação;
  • Traumas (por exemplo, durante a relação sexual);
  • Infecções;
  • Corpo estranho;
  • Alergia ao látex;
  • Câncer ginecológico;
  • Início de gravidez (implantação do embrião no útero);
  • Atrofia vaginal;
  • Gravidez ectópica.

Em qualquer caso de corrimento vaginal, seja marrom ou de qualquer outra cor, deve-se consultar o/a médico/a ginecologista, médico/a de família ou clínico/a geral para um diagnóstico correto e tratamento adequado.

Conheça mais sobre esse assunto nos artigos:

É normal ter cólica depois da relação sexual?

Corrimento marrom pode ser gravidez?

Corrimento marrom, o que pode ser?

É normal ter cólica depois da relação sexual?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Cólica depois da relação sexual pode sim ser normal.

Durante o ato sexual, ocorre a estimulação de diversas regiões sensíveis, que resultam em contrações musculares, que podem ser percebidas como cólicas.

E no momento do orgasmo acontece a contração do útero e da musculatura da região pélvica, o que pode também dar origem a cólicas, sempre de pequena a moderada intensidade.

Além disso, dependendo da posição sexual e do tamanho do pênis, o colo do útero pode ser facilmente alcançado. Assim, penetrações fortes e excessivas podem causar desconforto e cólica após a relação sexual.

Contudo, outras situações como a doença inflamatória pélvica, a infecção urinária e inflamações vaginais, podem ter como sintoma principal, as cólicas após relações. Nesse caso, as cólicas vêm associadas a outros sintomas como, a dor abdominal, ardência ao urinar e corrimento.

Caso você sinta cólicas fortes ou dor abdominal após as relações sexuais com frequência, especialmente se associadas a outros sintomas, consulte o médico de família, clínico geral ou ginecologista para obter um diagnóstico adequado.

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Referência:

FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

Dor nos olhos, o que pode ser?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Dor nos olhos pode ser uma sintoma decorrente de diversas causas, dentre as quais podemos citar:

Traumas diretos nos olhos

Quedas, pancadas, queimaduras, substâncias irritantes como ácidos ou bases podem causar dor nos olhos devido à úlcera ou abrasão de córnea no processo.

Corpos estranhos

Fragmentos de sujeira, poeira, madeira ou metais, plantas, lentes de contato, podem causar abrasão de córnea com o atrito, com dor nos olhos intensa associada.

Inflamações e infecções

Geralmente vêm acompanhadas de vermelhidão e lacrimejamento, além da dor nos olhos. Exemplos: uveítes (inflamação intraocular), esclerites (inflamação da esclera) e ceratoconjuntivite (inflamação da córnea).

Blefarite (inflamação comum e persistente das pálpebras)

Produz sintomas como irritação, coceira, prurido e, em alguns casos, olho vermelho. Esta doença afeta frequentemente as pessoas que têm tendência a apresentar pele oleosa e ou secura ocular.

A blefarite pode começar na infância, causando granulação nas pálpebras e continuar por toda a vida como uma afecção crônica ou iniciar apenas na fase adulta.

Hordéolo

Conhecido popularmente como terçol ou terçolho, é um pequeno abscesso que acomete a borda das pálpebras, causado por uma inflamação das glândulas sebáceas. Embora não seja grave, pode ser muito doloroso. A inflamação é normalmente causada por uma infecção bacteriana e acontece mais frequentemente em crianças.

Na maioria dos casos, o terçol pode ser combatido com maior rapidez através de compressas de água quente ou morna. Quando tratados, desaparecem após mais ou menos uma semana.

Em casos mais graves, os médicos podem utilizar uma agulha para drenar o pus acumulado. Existem também pomadas elaboradas especificamente para tratá-los, normalmente compostas por eritromicina.

Aumento da pressão intra ocular

Pode ser um início de glaucoma e neste caso pode vir acompanhado de dor de cabeça. No glaucoma, há dor intensa, mais do que a dor de uma cefaleia usual, e não melhora com analgésicos comuns.

O olho fica vermelho, como em uma conjuntivite, e a visão pode ficar turva. Se não for tratado, o glaucoma leva ao dano permanente do disco óptico da retina, causando uma diminuição progressiva do campo visual, que pode resultar em cegueira.

Defeitos ópticos

Alguns casos de defeitos de refração, como ocorre na hipermetropia, miopia ou no astigmatismo podem levar a dor ocular.

Cefaleia retro-ocular ("dor atrás dos olhos")

Comum na dengue, mas também pode ser sintoma de cefaleia comum. Deve-se distinguir a dor que ocorre em um olho, ambos, ou alternando os olhos.

A dor que alterna lados normalmente deriva de uma cefaleia primária como a migrânea (enxaqueca) ou cefaleia do tipo tensional. A dor em ambos os olhos pode ser devido a uma cefaleia primária ou secundária, como é a dor de cabeça decorrente de um quadro de sinusite.

A dor ocular unilateral (um só olho) pode ser uma enxaqueca, cefaleia em salvas, cefaleia idiopática em pontadas, neuralgia do trigêmeo do primeiro ramo ou trigêmino-autonômicas, hemicranias paroxísticas (episódicas ou crônicas). Mais raramente pode ser uma cefaleia secundária a um aneurisma cerebral, tumor cerebral. Pode ser acompanhada de lacrimejamento.

O que fazer em caso de dor nos olhos?

A prevenção deve ser realizada com bons cuidados de higiene e proteção no caso de atividades perigosas, como trabalhos de soldagem, batida de ferro sobre ferro, serragem de madeira, jardinagem, que exigem uso de máscara ou óculos de proteção, dependendo da atividade.

Em casos de blefarite, a limpeza dos olhos deve ser feita todos os dias, pela manhã, devendo atentar para quaisquer mudanças visíveis ou perceptíveis nos olhos.

Se a pessoa usa lentes de contato, deve fazer a correta higiene das mesmas e verificação de mudança de grau.

Em caso de dor nos olhos, um médico, de preferência oftalmologista, deve ser consultado para avaliação e tratamento adequado.

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Quando começam os enjoos na gravidez?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Os enjoos da gravidez se iniciam em torno da 5ª e 6ª semana de gestação, ou seja, no segundo mês da gravidez. Enjoo com ou sem vômito é um dos sintomas mais comuns no início da gestação. O enjoo pode vir como sintoma isolado ou acompanhado de outros como aumento da sensibilidade nos seios, cansaço e aumento da frequência urinária.

Em geral, os enjoos começam no segundo mês da gestação, ficam mais intensos no 2º e 3º mês e, a partir do 4º e 5º mês há melhora significativa dos enjoos. Porém, isso é relativo e cada mulher pode sentir com maior ou menor intensidade.

Os enjoos são alguns dos primeiros sintomas de gravidez, que geralmente começam a se manifestar depois de aproximadamente 40 dias que ocorreu a concepção, ou seja, na quinta ou sexta semana de gravidez. Normalmente, os enjoos e os demais primeiros sintomas surgem quando a menstruação está atrasada por uma a duas semanas.

Contudo, nem toda grávida vai sentir enjoos nas primeiras semanas da gestação. Algumas mulheres podem prolongar os enjoos para os outros meses da gravidez, enquanto outras podem nem chegar a sentir.

Além dos enjoos, quais são os outros sintomas de gravidez?

O atraso menstrual costuma ser o primeiro sinal da gestação. Depois, outros sinais e sintomas começam a aparecer, como enjoos, vômitos, aumento da sensibilidade nas mamas, cansaço e aumento da frequência urinária.

Algumas grávidas podem ter enjoos e vômitos logo nos primeiros dias de gravidez, embora não seja tão comum.

À medida que a gravidez avança, a gestante pode apresentar outros sinais e sintomas, como inchaço abdominal, prisão de ventre, azia, desconforto no baixo ventre, mudanças de humor, tonturas e falta de ar.

Outros sinais e sintomas que podem estar presentes no início da gravidez, porém, com menos frequência: cólicas ou sangramento (normalmente no meio do ciclo menstrual), escurecimento das aréolas dos mamilos, desejos alimentares, sonolência e alterações no olfato e paladar.

Os enjoos podem ser controlados e reduzidos com uso de algumas medicações, alimentos como gengibre, acupuntura, hipnose ou demais terapias. Converse sobre isso com o/a médico/a durante as consultas de pré-natal.