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Sapinho na boca: Quais os sintomas e como tratar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O sapinho na boca, também chamado pelos médicos de candidíase oral, caracteriza-se pelo aparecimento de placas esbranquiçadas na língua, parte interna das bochechas e céu da boca. Os sinais e sintomas incluem ainda dificuldade para sentir o sabor dos alimentos e sensação de algodão na boca.

Bebês com sapinho na boca apresentam pequenos pontos brancos que se parecem com restos de leite. Essas manchinhas brancas são difíceis de sair, podem ser dolorosas e surgir nos lábios, parte interna das bochechas, gengivas e língua.

É importante não raspar ou tentar tirar os pontinhos brancos da boca do bebê, pois além de provocar dor e sangramento, pode piorar a infecção. O sapinho na boca do bebê também pode causar perda de apetite e prejudicar a amamentação.

Em pessoas com imunidade baixa, a candidíase oral pode cobrir toda a boca, a língua e chegar ao esôfago, causando dificuldade e dor para engolir. Os sinais e sintomas nos casos mais graves podem incluir febre, tosse e distúrbios digestivos.

Tratamento

O tratamento do sapinho na boca é feito com medicamentos antifúngicos. A administração da medicação pode ser por via oral, sob a forma de comprimidos, ou tópica, aplicada diretamente sobre o local.

Pessoas que usam dentadura devem manter uma boa higiene da prótese, ter uma alimentação saudável e estar atentas ao tempo de uso da dentadura.

O tratamento do sapinho pode incluir ainda a suplementação nutricional, já que é comum indivíduos com infecções fúngicas frequentes terem também carências nutricionais.

O que pode causar sapinho na boca?

A candidíase oral é uma infecção fúngica que afeta a boca, sendo mais comum em pessoas com imunidade baixa, como pacientes com HIV, transplantados renais, diabéticos, indivíduos que usam dentaduras e próteses dentárias, entre outros. O uso prolongado de medicamentos antibióticos também pode favorecer o aparecimento de sapinho na boca.

Caso apresente sintomas sugestivos de sapinho na boca, consulte o seu médico de família para uma avaliação.

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Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Produção excessiva de saliva ao acordar é um distúrbio chamado hipersalivação matinal idiopática. O excesso de saliva pode ter muitas causas, como inflamações e infecções orais, refluxo gastroesofágico, doenças neurológicas (Parkinson, paralisia cerebral), pressão alta e uso de medicamentos.

Outras causas frequentes de hipersalivação incluem gravidez, doenças no fígado, úlceras orais, radioterapia e intoxicação por metais pesados, como mercúrio e chumbo.

A hipersalivação também pode ser causada por fraqueza ou falta de controle dos músculos faciais, da língua, boca ou garganta, o que dificulta a deglutição de saliva, ainda que a produção não seja excessiva. 

Dentre os medicamentos que podem aumentar a produção de saliva estão os tranquilizantes e os anticonvulsivantes.

A hipersalivação em geral pode ser controlada engolindo a saliva. Contudo, quando há algum distúrbio sensorial, o organismo não reconhece o excesso de saliva produzido. Já nos casos em que há perda ou falta de controle da musculatura, a pessoa não consegue deglutir a saliva.

Outras causas menos comuns para a hipersalivação são a macroglossia (língua aumentada) e cirurgias na cabeça e pescoço.

Para diagnosticar a causa da sua hipersalivação matinal e definir o tratamento adequado, é necessário agendar consulta com médico clinico geral, médico da família ou estomatologista.

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Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A causa mais comum de edema no lábio é a reação alérgica. Outras causas possíveis são: infecções, dermatites, doenças autoimunes e até mesmo câncer.

Reação alérgica

O edema no lábio geralmente é originado por uma reação alérgica, que pode ser associada a algum alimento, bebida, picada de insetos, contato com substâncias irritantes e ainda, traumatismo ou exposição ao frio.

A reação alérgica costuma vir acompanhada de coceira local. A grande preocupação é que essa reação alérgica progrida e leve ao edema das estruturas internas da boca, o que poderia dificultar a respiração e causar risco de morte, o Angioedema ou edema de glote.

Por isso, se além do edema labial perceber edema na língua, coceira na garganta, tosse ou alteração no tom da voz, deve procurar imediatamente m serviço de emergência médica.

Entretanto, felizmente, a maioria dos casos de reação alérgica, evolui com melhora espontânea dentro de poucas horas.

Outras causas de edema labial

Nos casos de infecção, é normal que tenha se iniciado por uma ferida, e apresente além do edema sinais como coloração avermelhada, calor local, dor e pontos amarelados ou esbranquiçados (coleção de pus). Nessa situação deve procurar atendimento médico para iniciar tratamento com antibioticoterapia, evitando uma complicação grave de infecção na face, a celulite de face.

As dermatites e doenças autoimunes são situações menos preocupantes, mas que merecem toda atenção para que a causa seja definida e o tratamento possa ser iniciado. E o câncer, uma doença grave, mas lentamente progressiva, não costuma se apresentar de forma abrupta, geralmente uma lesão aparece pequena e vai aumentando gradativamente e não causa dor.

Procure um médico clínico geral, médico de família ou dermatologista para avaliação, diagnóstico e tratamentos adequados para cada caso.

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Pressão baixa, desmaios, boca e unhas roxas e queda de cabelo, o que pode ser?
Dr. Ivan Ferreira
Dr. Ivan Ferreira
Médico

Pressão baixa, desmaios, boca e unhas roxas e queda de cabelo pode ser um distúrbio endocrinológico chamado doença de Addison, também conhecida como insuficiência adrenal crônica ou hipocortisolismo, é um distúrbio causado pelo mal funcionamento das glândulas adrenais, que ficam na região acima dos rins, no qual ocorre uma redução significativa da produção do hormônio cortisol e, algumas vezes, da aldosterona.

Alguns sintomas da insuficiência adrenal crônica são: fadiga e fraqueza, emagrecimento, queda de cabelos, escurecimento da pele nas áreas mais expostas ao sol e nas dobras do corpo, pressão baixa, tontura e desmaios, dores na barriga, na cabeça e musculares, diarreia, irritabilidade e depressão, vontade de comer sal e alimentos salgados, hipoglicemia, enjoos e vômitos.

A doença de Adisson pode ser causada por uma alteração do sistema imunitário do organismo que o leva a produzir anticorpos contra suas próprias glândulas adrenais e que passam a agredi-las. A insuficiência adrenal crônica também pode ser provocada por outras doenças como a tuberculose, AIDS, tumores, hemocromatose, sarcoidose, hiperplasia adrenal congênita e pelo uso crônico de alguns medicamentos.

O  diagnóstico e tratamento da insuficiência adrenal é feito pelo endocrinologista.

O que fazer para curar afta na boca?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Para curar aftas na boca, língua, gengiva ou bochechas, recomenda-se aplicar pomadas com analgésico e corticoide para aliviar a dor e controlar a inflamação. O tratamento também inclui fazer bochechos com enxaguantes antissépticos bucais para diminuir a irritação no local e aplicar gel protetor na mucosa da boca.

O uso de pomadas só é possível quando a afta está localizada em locais de fácil acesso, como língua, boca (lábios), gengiva e parte interna da bochecha. A aplicação de medicamentos tópicos em aftas na garganta, por exemplo, é inviável. Nesses casos, o tratamento é feito com gargarejos e medicamentos por via oral, quando necessários.

Em alguns casos, podem ser prescritos medicamentos antibióticos para curar a infecção secundária que pode estar causando a afta na boca. Para tratar as aftas maiores, que apresentam sintomas intensos e duração prolongada, pode ser indicado também o uso de corticoide por via oral.

Alguns produtos e terapias como bicarbonato de sódio, nitrato de prata e aplicação de laser, agridem a base da afta e destroem as terminações nervosas, o que pode aliviar os sintomas em alguns casos. Porém, esses tratamentos não aceleram a cicatrização nem são capazes de curar a afta.

Durante o tratamento da afta, também deve-se evitar alimentos quentes, ácidos ou apimentados, que podem irritar ainda mais a lesão.

Que remédio posso usar para afta?

Os remédios mais usados para tratar aftas são as pomadas à base de policresuleno, acetonido de triancinolona e amlexanox. Todas essas pomadas servem para acelerar a cicatrização da ferida e possuem algum anti-inflamatório ou corticoide nas suas composições. Não existe um remédio específico capaz de curar a afta.

Como usar pomada para afta?Policresuleno

Aplique a pomada diretamente na afta utilizando um algodão ou cotonete e enxague bem a boca após a aplicação.

O medicamento não deve ser ingerido, devido ao risco de causar graves lesões no esôfago. Se houver ingestão acidental, beba água em abundância e procure atendimento médico.

Acetonido de triancinolona

Lave as mãos antes de aplicar o medicamento. Aplique um pouco de pomada na afta, sem esfregar, até formar uma película fina. Recomenda-se aplicar apenas o necessário para cobrir a ferida com uma película fina de pomada. A aplicação deve ser feita à noite, antes de ir dormir.

A pomada de acetonido de triancinolona não é indicada em casos de tuberculose, úlcera e não deve ser usada para tratar herpes labial.

Amlexanox

Lave as mãos antes de aplicar a pomada e seque suavemente a afta com um pano limpo e seco. Aplique uma fina camada da pomada sobre a ferida, sem esfregar.

A aplicação do medicamento deve ser feita 4 vezes por dia, depois das refeições e antes de dormir.

A pomada amlexanox não é indicada para menores de 18 anos, idosos com mais de 65 anos e pessoas que estão em tratamento de doença dos rins ou do fígado.

O que é afta?

A afta é uma pequena ferida que surge na boca, que provoca muita dor e ardência. A lesão pode aparecer no lábio, na gengiva, na língua ou em qualquer parte da mucosa bucal, podendo surgir em grupos ou isoladamente.

As aftas podem ter formato redondo ou ovalado e ter coloração esbranquiçada, avermelhada ou amarelada. Dependendo do tamanho ou do número de lesões, a afta pode causar dificuldade para comer, beber e falar, febre, mal-estar e aumento dos gânglios do pescoço.

Em geral, a afta desaparece espontaneamente depois de 7 a 14 dias sem deixar cicatrizes, mesmo sem tratamento. Contudo, pode ser indicado o uso de produtos, medicamentos e outros tratamentos para diminuir os sintomas e prevenir infecções.

Quais as causas da afta?

As causas da afta nem sempre são conhecidas. Acredita-se que o aparecimento da ferida esteja associado a uma sensibilidade exacerbada a uma bactéria encontrada na boca e a uma anormalidade do sistema imune. Nesse caso, os anticorpos atacam as bactérias e a superfície da mucosa oral, causando afta.

Contudo, sabe-se que algumas condições podem causar aftas, como traumatismos, mordidas na língua ou na bochecha, escovagem muito intensa dos dentes, movimentação de dentes afiados ou mal posicionados e mastigar alimentos muito duros. Existem ainda fatores de risco que favorecem o desenvolvimento de aftas, como:

  • Predisposição genética;
  • Casos de afta na família;
  • Alterações hormonais;
  • Ansiedade;
  • Estresse;
  • Sono irregular;
  • Refluxo gastroesofágico;
  • Falta de ferro, zinco, vitamina B12 ou ácido fólico (vitamina B9);
  • Problemas odontológicos;
  • Menstruação;
  • Menopausa;
  • Má higiene bucal;
  • Má alimentação;
  • Imunidade baixa;
  • Doenças;
  • Uso de medicamentos.
Como evitar aftas na boca?

Uma das formas de prevenir as aftas é afastar os fatores de risco e as causas, quando possível, além de evitar o consumo de certos tipos de alimentos e bebidas, como:

  • Alimentos apimentados ou muito condimentados;
  • Alimentos processados com sal, como amendoim e batata frita;
  • Frutas cítricas ou ácidas (limão, laranja, abacaxi, tangerina, kiwi, morango);
  • Alimentos muito duros;
  • Alimentos ou bebidas quentes;
  • Açúcar branco;
  • Chocolate.

O tratamento da afta tem como principais objetivos aliviar a dor, diminuir o tempo de duração da úlcera e reduzir a frequência de novos episódios. As aftas menores, com menos de 1 cm, tendem a curar-se espontaneamente em 7 a 10 dias sem deixar cicatriz. Já as maiores, com mais de 1 cm, podem durar até 6 semanas e deixar cicatriz.

Se as aftas não cicatrizarem dentro de um período máximo de 10 dias, você pode consultar o/a dentista, médico/a de família ou clínico/a geral para uma avaliação.

Quais são os sintomas de câncer de boca?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Os principais sinais e sintomas do câncer de boca são o aparecimento de manchas, feridas, caroços ou inchaços nos lábios, céu da boca, gengiva, bochecha, língua, glândulas salivares ou amígdalas (garganta). As feridas decorrentes do câncer bucal não cicatrizam. As manchas têm coloração avermelhada ou esbranquiçada e podem surgir em qualquer local da cavidade oral ou nos lábios.

Outros sintomas que podem estar presentes nesses tipos de tumores malignos incluem:

  • Sensação de dormência em qualquer parte da boca;
  • Sangramentos sem uma causa aparente;
  • Dores na garganta que não passam;
  • Mobilidade dos dentes;
  • Rouquidão persistente;
  • Sensação de ter alguma coisa “entalada” na garganta;
  • Dificuldade para movimentar a língua.
Câncer no lábio

Dependendo do tamanho e da localização do tumor, o câncer de boca pode prejudicar o hálito e causar dificuldade para engolir, mastigar ou falar. Em fases mais avançadas, o câncer bucal pode provocar ainda perda de peso.

Os caroços ou nódulos também podem aparecer no pescoço. Nesse caso, não se trata do tumor em si, mas de gânglios linfáticos, também conhecidos como linfonodos, que estão com o tamanho aumentado. Trata-se de uma resposta do sistema imunológico ao tumor, já que esses gânglios participam do sistema de defesa do corpo.

Veja também: Linfonodos aumentados pode ser câncer?

O câncer de boca costuma surgir com mais frequência na mucosa localizada embaixo da língua, na lateral da língua e na porção posterior do céu da boca.

As lesões do câncer bucal normalmente não provocam dor na fase inicial e vão se tornando progressivamente mais dolorosas com o tempo.

Quais as causas do câncer de boca?

Pessoas que fumam, tomam bebidas alcoólicas frequentemente ou se expõem excessivamente ao sol são as mais propensas a desenvolverem câncer na boca.

O tabagismo e o álcool são as principais causas de câncer de bucal. A fumaça do cigarro provoca diversas alterações na mucosa oral e tem uma ação cancerígena direta sobre as células que recobrem essa mucosa.

Por isso, quem fuma tem de 5 a 7 vezes mais chances de desenvolver câncer de boca do que alguém que não fuma. Além disso, quanto maior o número de cigarros, maior é o risco de desenvolver a doença.

Contudo, há ainda outros fatores de risco que favorecem o aparecimento desse tipo de câncer, como:

  • Má higiene bucal;
  • Dentes quebrados não restaurados ou próteses que podem causar lesões ou irritação na gengiva ou nos lábios;
  • Falta de vitaminas;
  • Infecção por HPV;
  • Ingestão frequente de bebidas quentes;
  • Excesso de peso;
  • Exposição a produtos como amianto, agrotóxico, solventes, poeiras de madeira, couro, cimento, cereais e têxtil, formaldeído, sílica e fuligem de carvão.

Mais de 90% dos casos de câncer de boca são do tipo carcinoma. Os melanomas, linfomas e sarcomas são tumores malignos pouco comuns que afetam a cavidade oral.

Câncer de boca tem cura?

Se for detectado e tratado corretamente nas fases iniciais, o câncer de boca tem boas chances de cura. No entanto, o câncer bucal tem altas taxas de mortalidade, principalmente devido ao diagnóstico tardio da doença.

O tratamento do câncer de boca é feito através de cirurgia e radioterapia. Os tratamentos podem ser realizados em conjunto ou isoladamente.

O diagnóstico precoce do tumor aumenta de forma significativa as taxas de sobrevivência, por isso é fundamental para o sucesso do tratamento e para a cura do câncer bucal.

Vale lembrar que nem toda ferida, mancha ou caroço na boca é um sinal de câncer, mas é importante que essas manifestações sejam avaliadas por um dentista estomatologista.

Nasceu um caroço no lábio inferior o que pode ser isso?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A presença de um caroço no lábio pode ser um sinal de algumas doenças, sendo as mais comuns:

  • Cisto (mucocele),
  • Lesão cicatricial pós traumática,
  • Aftas,
  • Herpes labial,
  • Lago venoso,
  • Fibroma ou
  • Câncer bucal.
Cistos (mucoceles)

Mucoceles são cistos comuns, sobretudo no lábio inferior, resultantes de pequenas "mordidas" na região. Alguns desaparecem espontaneamente, outros precisam ser removidos cirurgicamente. Não é considerado uma lesão pré-cancerosa.

Lesão cicatricial pós traumática

A lesão pós traumática tem características variadas, que seguem de acordo com o tipo de trauma sofrido, mas em geral são superficiais, dolorosas porém cicatrizam rapidamente.

Aftas

As aftas são feridas inflamatórias, altamente dolorosas e superficiais. Localizadas principalmente nas mucosas da boca, região mais interna, com limites bem definidos, bordos elevados e coloração esbranquiçada no seu interior. Sua melhora também costuma ser espontânea.

Herpes labial

O herpes labial é uma doença crônica, causada pelo herpes simples tipo 1, que se caracteriza pela presença de pequenas vesículas encontradas nos lábios (quando em atividade), que após alguns dias liberam o líquido encontrado no seu interior, dando por fim lugar a uma ferida. A ferida é bastante dolorosa.

O herpes labial é altamente contagioso, principalmente na fase em que a lesão está liberando a secreção e o tratamento é feito com comprimidos e pomadas antivirais (Aciclovir®).

Lago venoso

O lago venoso é uma dilatação venosa no lábio inferior, ou outras regiões da boca. Sua coloração é mais escura e trata-se de uma lesão benigna. Contudo, devido sua semelhança a lesões pré-cancerígenas, deve sempre ser investigada por um especialista (dermatologista).

Fibroma

São lesões nodulares, que se caracterizam pela forma pendular, ou seja, semelhantes a uma verruga, de consistência firme e indolor. São tratados com ressecção cirúrgica.

Câncer bucal

As lesões malignas são feridas localizadas em qualquer região da boca, bastante comum nos lábios porque são regiões muito expostas ao sol e pouco protegidas. Caracterizadas por feridas de difícil cicatrização e indolor. Trata-se de uma doença silenciosa apesar de por vezes muito agressiva. Por isso na presença de lesão escura e indolor nos lábios recomendamos procurar o mais breve possível um médico dermatologista para avaliação.

Leia também: Quais são os sintomas de câncer de boca?

Procure um/a médico/a dermatologista, para avaliar seu caso e dar início a uma investigação diagnóstica o quanto antes. O tratamento deverá ser baseado no diagnóstico definitivo.

Tenho a boca seca constantemente. O que pode ser?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A boca seca pode ser um sinal de que o corpo não está produzindo saliva suficiente. Suas principais causas são: uso de medicamentos, pouca ingestão de água, nervosismo ou estresse, envelhecimento e tratamentos com radiação na cabeça e no pescoço.

Muitos medicamentos, como anti-histamínicos, descongestionantes e medicamentos para pressão alta, ansiedade, depressão, dor, doença cardíaca, epilepsia, asma ou outras condições respiratórias, podem deixar a boca seca.

A boca seca pode ainda ter como causa:

  • Quimioterapia (pode afetar a produção de saliva);
  • Lesão dos nervos envolvidos na produção de saliva;
  • Síndrome de Sjögren;
  • Diabetes;
  • HIV ou AIDS;
  • Doença de Parkinson;
  • Fibrose cística;
  • Doença de Alzheimer;
  • Retirada de glândulas salivares devido a infecção ou tumor;
  • Tabagismo;
  • Consumo de bebidas alcoólicas e outras drogas.

A falta de saliva na boca permite que as bactérias produtoras de ácido aumentem. Isso pode causar mau hálito, cáries e doenças gengivais, aumento do risco de infecção por fungos (candidíase) e feridas na boca ou infecções.

A xerostomia, termo médico para "boca seca", pode trazer problemas para a saúde bucal, uma vez que a saliva ajuda a proteger os dentes contra as cáries, previne infecções, atua na digestão dos alimentos e favorece a mastigação e a deglutição.

A falta de saliva pode causar uma sensação pegajosa e seca na boca e na garganta. A saliva também pode ficar mais espessa e pegajosa. A xerostomia pode vir acompanhada de outros sinais e sintomas, como:

  • Lábios rachados e ressecados;
  • Língua seca e áspera;
  • Incômodo para quem usa prótese;
  • Perda do paladar;
  • Dor de garganta;
  • Sensação de queimação ou formigamento na boca ou na língua;
  • Sede;
  • Dificuldade para falar, mastigar e engolir.
O que fazer em caso de boca seca?

Dentre as medidas indicadas para tratar o problema estão o uso de chicletes ou balas sem açúcar para estimular a salivação, medicamentos que aumentam a produção de saliva, umidificador no quarto durante a noite, saliva artificial e lubrificante de lábios, aumentar o consumo de água, além de mudanças na alimentação. Para diminuir o risco de cárie, pode ser indicada a aplicação local de flúor.

Na alimentação, algumas mudanças podem ajudar a diminuir a secura na boca, como:

  • Comer alimentos macios e fáceis de mastigar;
  • Incluir alimentos frescos na dieta, evitando alimentos quentes, condimentados e ácidos;
  • Consumir alimentos com alto conteúdo líquido, como aqueles com molho ou caldo;
  • Ingerir líquidos nas refeições;
  • Mergulhar alimentos duros ou crocantes em um líquido antes de engolir;
  • Evitar bebidas açucaradas, álcool e lavagem bucal à base de álcool;
  • Evitar alimentos e bebidas ácidas;
  • Evitar alimentos secos e ásperos, que podem irritar a língua ou a boca;
  • Evitar fumar e consumir tabaco em geral.

O tratamento para a boca seca consiste em identificar a causa e corrigi-la ou afastá-lado paciente. Não sendo possível, como nos casos de tratamentos com radiação ou medicamentos, o tratamento visa apenas amenizar os sintomas.

Procure um médico de família, clínico geral ou dentista para uma avaliação caso apresente sintomas de boca seca.

Febre, dor de garganta e tem bolhas na boca, o que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Febre, dor de garganta e presença de bolhas na boca são sintomas comuns de garganta inflamada, ou um processo de inflamação ou infecção em uma das estruturas encontradas dentro da boca.

Esses sintomas se apresentam com frequência nos quadro de amigdalite (inflamação das amigdalas), aonde além dos sintomas descritos o paciente costuma apresentar focos de pus, "amarelados" nas amigdalas e muita dificuldade para engolir; faringite (inflamação na faringe),  laringite (inflamação na laringe) ou mesmo quadro viral inespecífico, as viroses e resfriados.

A febre é um sintoma de defesa do organismo, nos mostrando que o corpo está reagindo adequadamente contra algum agente agressor, seja ele vírus ou bactéria, e com isso produzindo anticorpos para eliminar a doença. Porém algumas vezes não basta só a nossa defesa imunológica. Nos casos de infecção bacteriana, por exemplo, é necessário o uso de antibióticos para combater o germe e completar o tratamento definitivo, além de evitar complicações.

Por isso, nesses casos de febre, dor de garganta e lesões na boca, é necessário que procure um atendimento de emergência, e seja avaliado por um médico. O diagnóstico quase sempre é simples, determinado apenas pela avaliação e exame físico, possibilitando a prescrição do tratamento específico.

Saiba mais sobre o assunto nos links:

Diferenças entre Amigdalite, Faringite e Laringite

Dor e dificuldade ao engolir. O que pode ser e o que fazer?

Garganta inflamada, o que fazer?

Água oxigenada clareia os dentes? Faz mal usar na boca?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Água oxigenada não clareia os dentes, apesar do peróxido de hidrogênio, que é a água oxigenada, ser utilizado na composição do gel clareador. Porque a água oxigenada vendida em farmácias possui uma concentração muito baixa de peróxido de hidrogênio e não contém os compostos que dão mais estabilidade à essa substância.

Para clarear os dentes, a água oxigenada deveria ter uma concentração muito mais elevada, sendo um produto completamente diferente do gel clareador, o que sem os devidos cuidados, poderia causar danos a mucosa de dentro da boca.

A sensação de dentes limpos que as pessoas referem está relacionada com o fato de a água oxigenada remover o esmalte do dente e, com ele, as manchas e a sujeira.

A desmineralização do esmalte deixa-o poroso e favorece o acúmulo de alimentos e a formação de manchas, aumentando a necessidade de mais bochechos. É um ciclo vicioso.

Faz mal usar água oxigenada na boca?

Sim. Faz mal usar água oxigenada na boca, por diversas razões:

  • O peróxido de hidrogênio, quando quebrado dentro do corpo, libera radicais livres, que estão associados ao envelhecimento dos tecidos e alguns tipos de câncer;
  • Pode provocar irritação e lesão na mucosa bucal, garganta e gengiva, com maior risco de efeito carcinogênico, ou seja, pode levar ao desenvolvimento de câncer de boca àquele que tenha predisposição genética;
  • Pode destruir o esmalte, dentina, cemento, polpa e gengiva;
  • Além da água oxigenada promover o desenvolvimento de câncer bucal, ela potencializa o efeito de outros agentes indutores do câncer de boca, garganta, esôfago, estômago e intestino, como cigarro, álcool, vírus, entre outros;
  • A água oxigenada deixa as mucosas bucais e a gengiva vermelhas devido à agressão, com início de dissolução dos tecidos e inflamação;
  • Queima e pode até necrosar (matar as células) das papilas gengivais;
  • Desmineraliza o esmalte do dente, deixando-o mais poroso, o que faz com que o alimento se acumule provocando um aspecto de sujeira.

O clareamento de dentes deve ser feito por um dentista e mesmo que o paciente opte por um método caseiro, com gel clareador, deve haver supervisão e orientação do profissional.

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Sapinho na boca de bebê: O que é, quais os sintomas e como tratar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O sapinho é uma infecção causada por fungos, muito comum em bebês pequenos. Podendo afetar a boca (candidíase oral) ou a região ao redor do ânus, com tendência para se manifestar em períodos em que o organismo do bebê está com a imunidade mais baixa.

O sapinho na boca ocorre sobretudo em bebês que usam mamadeira e chupeta, já que o fungo causador da candidíase oral pode se proliferar facilmente nesses objetos.

Sintomas

Os sinais e sintomas que caracterizam a presença de sapinho na boca do bebê são pequenos pontos brancos semelhantes a restos de leite, que podem surgir nos lábios, nas gengivas, na parte interna das bochechas e na língua.

As manchinhas são difíceis de sair da boca e podem ser dolorosas. Por isso não se deve tentar tirá-las ou raspá-las, pois pode piorar o quadro e causar ainda mais dor ao bebê.

Os casos mais graves de sapinho podem provocar ainda febre, tosse, inapetência e problemas estomacais

Vale lembrar que a mãe pode ser infectada pelo bebê através da amamentação. Nesses casos, o sapinho se manifesta no bico do seio, causando coceira, descamação e ardência no local.

Tratamento

O tratamento do sapinho em bebês é feito com medicamentos antifúngicos que são aplicados diretamente na boca da criança. Não se trata de uma doença grave, mas é necessário tratá-la adequadamente para que a infecção não se agrave.

O tratamento também deve ser feito pelas mães que estão amamentando para evitar que sejam infectadas ou perpetuem essa infecção.

Prevenção

Para prevenir o aparecimento de sapinho na boca do bebê, recomenda-se higienizar adequadamente as chupetas, as mamadeiras, mordedores, e todos os objetos que fizerem parte do dia a dia do bebê, sobretudo se o bebê ainda não tiver completado 6 meses de vida.

Também deve ser evitado que a criança coloque coisas na boca, ou receba beijos de adultos na boca, já que esse hábito pode favorecer o desenvolvimento do fungo.

O tratamento do sapinho na boca do bebê pode demorar meses e deve ser acompanhado pelo/a médico/a pediatra.

Saiba mais em:

Sapinho na boca: Quais os sintomas e como tratar?

Quais são os sintomas da candidíase?

Remédio para boca amarga
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O remédio para aliviar o sintoma de boca amargando, vai depender do motivo desse sintoma. Por vezes, nem é preciso o uso de medicamentos.

No caso de má higiene, gravidez ou desidratação, causas comuns de boca amarga, medidas simples como maior cuidado com a escovação dentária, beber ao menos 2 litros de água por dia e o consumo de alimentos cítricos, podem ser o suficiente.

Já nos caso de problemas no estômago, diabetes, hipotireoidismo e problemas de fígado, os medicamentos são necessários e específicos para cada caso. Portanto, é preciso definir a causa da boca amarga, para planejar o tratamento mais adequado.

Gosto amargo na boca, o que pode ser? O que fazer? 1. Má higiene oral

Para tratar a sensação de boca amargando devido ao cuidado com a boca e dentição, os especialistas recomendam uma higiene oral cuidadosa, que inclui:

  • Escovar os dentes de 3 a 4 vezes ao dia, após as refeições;
  • Usar diariamente fita dental e enxaguante bucal (pelo menos uma vez ao dia);
  • Beber 2 litros de água por dia e
  • Fazer escovação e limpeza dentária duas vezes ao ano, com um profissional.

Se mesmo assim a boca continuar amargando, procure um médico para uma avaliação e pesquisa de outras causas, de modo a planejar o tratamento direcionado ao seu caso.

2. Problemas no estômago

Os problemas de estômago como a gastrite e refluxo gastroesofágico, são causas comuns de queimação, mau hálito, sensação de estômago cheio e boca amarga.

Os sintomas aparecem principalmente após as refeições e consumo de alimentos gordurosos ou de difícil digestão. A obesidade e hábitos ruins como tabagismo e alcoolismo aumentam o risco de refluxo.

O tratamento é baseado em:

  • Orientações alimentares — comer mais vezes em pequenas quantidades;
  • Evitar se deitar logo após as refeições;
  • Evitar alimentos pesados e gordurosos (de difícil digestão) e
  • Medicamentos inibidores da bomba de próton — omeprazol e o pantoprazol;

O médico gastroenterologista é o responsável por essa avaliação, diagnóstico e tratamento.

3. Gravidez

Durante a gravidez, grande parte das mulheres apresenta algum problema periodontal, devido à presença de receptores de estrogênio e progesterona na gengiva. Com isso, é comum a queixa de alteração de paladar e boca amarga, o que torna tão importante o acompanhamento com a odontologia, no período pré-natal.

No entanto, nesse período não é indicado o uso de anti-inflamatórios orais e nem de omeprazol. Sendo assim, se houver sinal de inflamação ou infecção, é preciso avaliação médica, e na maioria das vezes, o uso de antibióticos.

Sendo assim, o tratamento se baseia em:

  • Comer mais vezes durante o dia, em pequenas quantidades;
  • Aumentar o consumo de água durante o dia;

Algumas mulheres referem importante melhora com o consumo de alimentos cítricos, como limonada ou picolé de limão, embora não haja comprovação científica.

4. Medicamentos

Os suplementos vitamínicos, antidepressivos, alguns antibióticos e antiarrítmicos, podem desencadear alterações no paladar e boca amarga, como efeito colateral, devido às substâncias que o compõe.

Por isso, se perceber a relação entre o gosto amargo na boca após o início de uma dessas medicações, converse com o seu médico, para avaliar o ajuste da dose ou substituição deste remédio.

5. Resfriados

Os resfriados, gripes, sinusite e rinite, causam maior proliferação de bactérias e germes dando origem a sensação de boca amarga ou mau hálito.

Nestes casos, o tratamento inclui:

  • Aumentar o consumo de água por dia;
  • Fazer gargarejos com água morna e uma pitada de sal, para higienizar a garganta;
  • Manter alimentação saudável, para favorecer a imunidade do organismo.

Contudo, se os sintomas permanecerem ou você começar a apresentar outros sintomas como: febre, dificuldade de engolir e mal-estar, é preciso procurar uma avaliação médica. Esses sintomas podem indicar um processo de infecção, com indicação do início de antibióticos.

6. Candidíase

A candidíase e outras infecções fúngicas, que podem ocorrer também pela má higiene oral ou situações de baixa imunidade, causam além do gosto amargo na boca, placas esbranquiçadas e mau hálito.

O tratamento deve ser feito com o uso de antifúngicos, em pomadas e/ou comprimidos. O médico clínico geral ou médico de família, podem indicar o melhor tratamento.

7. Doenças crônicas

As doenças crônicas como a diabetes, doenças renais e problemas no fígado, também causam boca amarga, mau hálito ou boca seca, e precisam de maior atenção. São doenças que evoluem com complicações graves. Por isso, se houver suspeita de uma das doenças citadas, procure imediatamente uma avaliação médica e orientação mais adequada.

8. Quimioterapia e Radioterapia

Os tratamentos complementares para câncer, especialmente quimioterapia, radioterapia ou ambos combinados, sabidamente causam efeitos colaterais como náuseas, inapetência, queda de cabelos e alterações no paladar como a boca amarga.

Neste caso, uma alimentação balanceada prescrita por um profissional da área, nutricionista ou nutrólogo, ajuda na melhora dos sintomas, embora na maioria das vezes, possa perdurar até o término do tratamento.

Existe remédio caseiro para boca amarga?

Sim. Dependendo da causa da boca amarga, pode ser resolvida apenas com medidas simples e tratamentos naturais, que incluem:

  • Higiene oral adequada
  • Bochechos diários com enxaguante bucal
  • Gargarejos com água morna e bicarbonato de sódio
  • Chá de camomila
Quando devo me preocupar?

Você deve se preocupar nos casos de boca amarga prolongada por mais de 7 dias, ou associada a sintomas como: febre, pele amarelada, perda de peso ou dificuldade de engolir. Procure imediatamente um atendimento médico para avaliação e devidas orientações.

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Referência:

  • ABO — Associação Brasileira de Odontologia
  • Denis Lafreniere, et al.; Evaluation and treatment of taste and smell disorders. UpToDate, Jul 12, 2020.
  • Katsuyuki Yoshida, et al.; Dysosmia and dysgeusia associated with duloxetine. BMJ Case Rep. 2017 Nov 23.