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Estou com pequenas manchas marrom na mão...
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Não. As manchas marrons nas mãos, também conhecidas por "mancha senil", principalmente no dorso das mãos, são chamadas melanoses e são causadas pela maior exposição solar. Também são encontradas no colo e região das costas. São manchas benignas, ou seja, não evoluem para câncer, mas que não somem espontaneamente.

A intoxicação alimentar, quando chega a causar alterações na pele ocorre por um processo alérgico, por isso as manchas são mais avermelhadas, não acometem só as mãos e causam coceira.

Por fim o câncer de pele, ou melanoma, é um tipo de câncer bastante agressivo, aonde observamos uma lesão única, não se apresenta como várias pequenas manchas, apresenta bordas irregulares e coloração misturada, com mais de um tom de marrom.

Entretanto, por existiram outros tipos de manchas que podem sinalizar doenças ou alterações no nosso corpo, é importante que procure um dermatologista para confirmar o seu diagnóstico e orientar o tratamento mais adequado.

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Quais são os sintomas do melanoma?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Os sintomas do melanoma normalmente se manifestam sob a forma de um sinal de pele ou de uma pinta de coloração negra ou acastanhada. O melanoma também pode ter coloração rósea, avermelhada ou ainda apresentar várias cores na mesma lesão, como preto, marrom, cinza, branco e vermelho.

Esse tipo de câncer de pele normalmente surge nas regiões do corpo mais expostas ao sol, com lesões que podem ser planas ou em forma de nódulos.

O tumor pode ser parecido com uma ferida que não cicatriza ou com pintas que vão crescendo lentamente. O/a paciente pode sentir coceira e dor no local da lesão.

Contudo, no melanoma, ao contrário das pintas e sinais não cancerígenos, a lesão muda de cor, de tamanho e de forma. Além disso, o câncer de pele do tipo melanoma pode apresentar sangramentos.

A assimetria e as bordas irregulares são sinais típicos do câncer de pele. Outro sinal característico é o diâmetro, que nos melanomas e outros tumores malignos de pele são superiores a 6 milímetros.

Como identificar um melanoma?

Para identificar visualmente um melanoma e outros cânceres de pele e diferenciá-lo de tumores benignos, as/os dermatologistas utilizam a chamada regra do ABCDE:

Assimetria

O tumor maligno é assimétrico, enquanto que o benigno é simétrico.

Borda

Bordas irregulares caracterizam tumores malignos, enquanto que os benignos apresentam bordas regulares.

Cor

Se a lesão tiver dois tons de cor ou mais, a chance de ser uma lesão de melanoma ou outro câncer de pele é maior. Tumores benignos apresentam um único tom de cor.

Diâmetro

Tumores malignos geralmente apresentam diâmetros superiores a 6 milímetros, enquanto que os benignos tendem a ser menores.

Evolução

O melanoma e os outros cânceres de pele normalmente aumentam de tamanho e mudam de cor. Lesões não cancerígenas geralmente não crescem e não mudam de cor.

A presença de qualquer pinta ou sinal de pele que muda de cor, formato ou relevo deve ser examinada pelo/a médico/a dermatologista.

Carcinoma basocelular nodular é grave? Quais os sintomas?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Carcinoma basocelular nodular é um tipo de câncer de pele. Os carcinomas basocelulares estão entre as formas menos graves dos tumores malignos que atingem a pele, já que o seu crescimento é lento e o risco de metástase (disseminação do câncer para outros órgãos) é bastante baixo.

Os carcinomas basocelulares têm origem na camada basal da epiderme, que é a parte mais superficial da pele. Trata-se do tipo mais comum de câncer de pele, sendo mais frequente em pessoas de pele clara, olhos claros, cabelos loiros ou ruivos e que permanecem expostas ao sol por longos períodos sem proteção.

No entanto, o carcinoma basocelular nodular pode ser agressivo no local e causar deformidades que podem ser irreversíveis. O tumor pode ser invasivo à medida que cresce, destruindo os tecidos ao redor, incluindo cartilagem e ossos. Por isso é importante identificar e tratar esse câncer de pele precocemente.

Quais os sintomas do carcinoma basocelular nodular?

O carcinoma basocelular nodular caracteriza-se pela presença de um nódulo superficial liso e brilhante na pele, indolor, com bordas redondas e bem delimitadas. A lesão apresenta uma depressão ao centro que pode virar uma ferida com crosta e sangrar com facilidade. Quando isso acontece, as lesões são difíceis de cicatrizar.

O nódulo pode ser translúcido ou de coloração rosa, de aspecto perolado e muitas vezes com pequenos vasos sanguíneos presentes na sua superfície. O tumor pode levar até 2 anos para atingir meio centímetro de diâmetro.

As áreas do corpo mais atingidas pelo carcinoma basocelular nodular são o rosto, o couro cabeludo, as orelhas, o pescoço, as pernas, os ombros e as costas, por serem as mais expostas ao sol. Em casos mais raros, também pode surgir em áreas não expostas ao sol.

O diagnóstico do carcinoma basocelular nodular é feito pela análise das características da lesão e confirmado através de biópsia.

Qual é o tratamento para carcinoma basocelular nodular?

O tratamento do carcinoma basocelular nodular é realizado por meio de cirurgia, com a retirada completa do tumor. Em alguns casos, o tratamento pode ser feito através de criocirurgia com nitrogênio líquido, terapia fotodinâmica e aplicação local de medicamentos.

Uma vez que o carcinoma basocelular nodular raramente evolui com metástase, o tratamento precoce do tumor leva à cura na maioria dos casos.

Porém, uma característica do carcinoma basocelular é o seu reaparecimento, mesmo depois da completa remoção cirúrgica do tumor. Algumas pessoas acabam por desenvolver novamente esse tipo de câncer de pele dentro de um período de 5 anos.

O médico responsável pelo diagnóstico e tratamento de todos os tipos de câncer de pele é o dermatologista.

O câncer de pele tem cura?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Câncer de pele tem cura, mas é importante que haja um diagnóstico precoce. Quanto mais cedo o câncer de pele for descoberto, maior é a chance de sucesso no tratamento e, consequentemente, de cura do paciente.

Há 3 tipos de câncer de pele: carcinoma basocelular, carcinoma espinocelular e melanoma. Dentre eles, os carcinomas representam a grande maioria dos casos.

Contudo, é o melanoma que apresenta o maior risco de morte devido ao risco de metástase (alastramento do câncer para outros órgãos do corpo). Porém, se for diagnosticado precocemente, o melanoma tem um alto percentual de cura.

A maioria dos casos de câncer de pele do tipo melanoma, quando há metástase, não tem cura. Por isso, é importante detectar e tratar a doença ainda nas fases iniciais. Apesar de não ter cura, o tratamento do melanoma nas fases avançadas permite prolongar o tempo de vida da pessoa e controlar a doença a longo prazo.

Como é o tratamento para câncer de pele?

O tratamento do câncer de pele depende do tamanho, do tipo e da localização do tumor. Os carcinomas podem ser curados por completo através de cirurgia.

Nos casos em que há um maior risco de metástase ou quando ela já ocorreu, pode ser necessário realizar radioterapia ou quimioterapia após a cirurgia.

Tratamento dos carcinomas basocelulares e espinocelularesCirurgia 

O tratamento cirúrgico consiste na remoção do tumor e também de uma área de pele ao redor, como margem de segurança. Após a retirada do tumor, os tecidos são analisados para garantir que foram extraídas todas as células cancerígenas. A remoção cirúrgica do câncer de pele tipo carcinoma tem elevadas taxas de cura.

Curetagem e eletrodissecção

Esses tipos de tratamento são usados em casos de câncer de pele em que os tumores são pequenos. Os procedimentos consistem na raspagem da lesão e na destruição do tumor com um bisturi elétrico. 

Os procedimentos devem ser repetidos algumas vezes e não são indicados para cânceres de pele mais invasivos.

Criocirurgia

A criocirurgia destrói o câncer de pele através de congelamento com nitrogênio líquido. As taxas de cura nesse tipo de procedimento são menores que na cirurgia de remoção do tumor, sendo mais usada em tumores menos invasivos, menores e recorrentes.

Cirurgia a laser

A cirurgia a laser retira o tumor por meio de raio laser, sem causar sangramentos. Trata-se de uma técnica indicada muitas vezes para pessoas com distúrbios na coagulação sanguínea. 

Cirurgia Micrográfica de Mohs

Nesse tratamento, retira-se o tumor e um pedaço de pele ao redor com uma cureta. O procedimento é repetido diversas vezes, até a eliminação completa das células cancerosas. A técnica é especialmente indicada em casos de tumores mal delimitados ou localizados na face.

Terapia fotodinâmica

Na terapia fotodinâmica, é aplicado um ácido no tumor e, depois de algumas horas, a área lesionada é exposta a uma luz intensa que ativa o ácido, destruindo o câncer de pele.

Além das cirurgias, o tratamento dos carcinomas podem inclui ainda radioterapia, quimioterapia, imunoterapia e uso de medicamentos tópicos e orais.

Tratamento do melanoma

O tratamento do melanoma depende da localização, agressividade, tamanho do tumor, idade e estado geral de saúde da pessoa. As técnicas mais utilizadas são a remoção cirúrgica e a Cirurgia Micrográfica de Mohs. Também são usados quimioterapia, radioterapia e imunoterapia. 

É importante estar atento a qualquer alteração nas pintas ou feridas na pele que não cicatrizam. Se algum desses sinais for observado, recomenda-se procurar o/a médico/a dermatologista ou médico/a de família o mais rápido possível.

Quais são os sintomas do câncer de pele?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Os sinais e sintomas do câncer de pele variam conforme o tipo de câncer. Os mais frequentes são os melanomas e os carcinomas, cujas manifestações podem incluir manchas, pintas ou feridas que sangram e não cicatrizam, com bordas irregulares e que podem ter mais de uma cor na mesma lesão (preto, marrom, vermelho).

A dor nem sempre está presente no câncer de pele e as lesões podem ser lisas, planas, rugosas ou em nódulos, de acordo com o tipo de tumor.

Carcinoma

O carcinoma geralmente não causa dor e cresce lentamente. Esse tipo de câncer de pele aparece sobretudo nas áreas da pele mais expostas ao sol, embora possa surgir em qualquer parte do corpo.

Os carcinomas dividem-se em basocelulares e espinocelulares, com sinais e sintomas bem diferentes um do outro.

Melanoma Carcinoma basocelular

A ferida fica aberta, sangra e é difícil de cicatrizar. As lesões desse tipo de câncer de pele são avermelhadas e brilhantes, muitas vezes semelhantes a uma cicatriz com margens indefinidas.

Às vezes, o tumor pode ser praticamente plano e avermelhado, fazendo lembrar uma alergia. Outras vezes as lesões são protuberantes, de coloração rosa ou avermelhada, brilhantes e peroladas, com presença de vasos sanguíneos bem finos. A parte central da lesão também pode apresentar crosta.

Carcinoma espinocelular

Os sinais e sintomas desse tipo de câncer de pele incluem lesões avermelhadas que sangram e não cicatrizam em algumas partes, as bordas são irregulares e as feridas permanecem abertas por vários dias.

Também podem surgir nódulos com a superfície áspera na pele, o crescimento geralmente é rápido e o tumor pode afetar também a boca.

As lesões do carcinoma espinocelular também podem ser semelhantes a uma verruga que está crescendo e costumam ser sensíveis ao toque.

Essa forma de câncer de pele surge sobretudo na face, no couro cabeludo, nos braços, nas pernas e mãos.

Melanoma

O melanoma normalmente é preto ou escuro, mas também pode ter coloração rosa ou avermelhada. Esse câncer de pele cresce progressivamente e pode ser semelhante a uma ferida que não cicatriza ou a uma pinta que cresce lentamente.

As lesões podem ser planas ou em nódulos, são assimétricas, as bordas são irregulares e apresentam diferentes colorações (preto, marrom, vermelho, branco, cinzento).

O melanoma pode causar coceira e dor no local, suas lesões podem ter mais de 6 mm de diâmetro e pode surgir nas unhas, planta dos pés e palma das mãos.

Leia também: Quais são os sintomas do melanoma?

O diagnóstico do câncer de pele é da responsabilidade do médico dermatologista. Qualquer pinta, mancha ou ferida na pele que muda de cor, forma ou relevo, sangra ou não cicatriza deve ser avaliada por esse profissional.

Saiba mais em: O câncer de pele tem cura?

Mancha na pele, coça, descama, parece verruga é câncer?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Câncer de pele é um tipo de lesão que pode ter várias apresentações (mancha, ferida, verruga, coça, descama, sangra), descrevendo da maneira como você descreveu pode ser câncer de pele sim, porém as lesões malignas de pele são mais comuns em pessoas de meia idade e idosos, geralmente de cor branca e olhos claros (mas pode ocorrer em todos) e com história de exposição ao sol. No seu caso precisa procurar um dermatologista, para fazer o correto diagnóstico.

Melanoma tem cura? Como é o tratamento?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim, melanoma tem cura. Apesar de ser o câncer de pele com o pior prognóstico e os maiores índices de mortalidade, o melanoma pode ser curado em mais de 90% dos casos, se for diagnosticado no início.

Na fase inicial, a doença está restrita à camada mais superficial da pele, o que facilita a remoção completa do tumor através da cirurgia. Nas fases mais avançadas, o câncer já está mais profundo, o que aumenta o risco de metástase (disseminação para outros órgãos) e reduz a probabilidade de cura.

O tratamento do melanoma depende sobretudo do tamanho, da localização e da agressividade do tumor, sendo o tratamento cirúrgico o mais utilizado.

A cirurgia excisional consiste na remoção da lesão e de uma borda de pele saudável ao redor do tumor, que serve como margem de segurança. Este procedimento tem altas taxas de cura e pode ser usado quando o melanoma é recorrente.

Enquanto que a cirurgia excisional é feita com um bisturi, a cirurgia micrográfica é realizada com uma cureta, com a qual o cirurgião retira o tumor com um pouco de pele saudável ao redor e faz uma raspagem no local.

Os tecidos removidos são analisados ao microscópio e, se ainda houver vestígios de células cancerosas, o procedimento é repetido sucessivamente até não haver mais nenhum resquício de células doentes.

A cirurgia micrográfica é indicada quando o melanoma está localizado em áreas críticas ou quando o tumor não está bem delimitado.

Já o melanoma metastático tem menos opções de tratamento e não tem cura na maioria dos casos. Contudo, alguns medicamentos administrados por via oral podem aumentar consideravelmente a sobrevida desses pacientes.

O melanoma é o tipo mais grave de câncer de pele, com a taxa de mortalidade mais alta e o pior prognóstico dentre todos os tumores malignos de pele. A doença surge nos melanócitos, que são as células produtoras de melanina (pigmento que dá cor à pele), daí o nome "melanoma.

Fatores hereditários desempenham um importante papel no desenvolvimento desse tipo de câncer de pele, que é mais frequente em pessoas de pele clara.

Indivíduos com histórico de melanoma na família, principalmente em parentes de 1º grau, devem fazer exames regulares de prevenção. A presença de qualquer pinta ou sinal de pele que muda de cor, formato ou relevo deve ser examinada pelo/a médico/a dermatologista.

Saiba mais em:

O que é melanoma?

Quais são os sintomas do melanoma?

Quais os sintomas do carcinoma basocelular?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O carcinoma basocelular caracteriza-se pela presença de um caroço ou nódulo brilhante na pele, de coloração rósea ou translúcida, muitas vezes com pequenos vasos sanguíneos na sua superfície. As lesões podem sangrar e formar feridas difíceis de cicatrizar.

No entanto, os sinais e sintomas do carcinoma basocelular podem variar de acordo com o subtipo dessa forma de câncer de pele. As lesões podem ser planas e avermelhadas, semelhantes a uma reação alérgica, ou serem nodulares, brilhantes, com tons róseos ou avermelhados. É comum formar uma crosta na porção central do tumor.

No caso do carcinoma basocelular pigmentado, pode haver formação de nódulos pontilhados com pigmentos. Já o carcinoma basocelular esclerodermiforme produz lesões semelhantes a cicatrizes com bordas mal definidas na pele, enquanto que no carcinoma basocelular superficial surgem placas vermelhas e descamativas.

Carcinoma basocelular

O carcinoma basocelular atinge sobretudo pessoas com mais de 40 anos, de pele e olhos claros, cabelos ruivos e que permanecem expostas ao sol por longos períodos sem proteção.

O tumor pode surgir em qualquer parte do corpo que sofra exposição constante aos raios solares, embora a grande maioria dos tumores apareçam na cabeça ou no pescoço.

De todos os tipos de câncer de pele, os carcinomas basocelulares estão entre os que têm melhor prognóstico, já que crescem lentamente e a disseminação para outros órgãos (metástase) é muito rara.

Porém, o carcinoma basocelular pode ser agressivo e invasivo, destruindo os tecidos ao redor do tumor, inclusive cartilagem e ossos. Se não for diagnosticado e tratado precocemente, pode causar deformidades irreversíveis.

O dermatologista é o especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento de todos os tipos de câncer de pele.

Saiba mais em:

O que é carcinoma basocelular?

Qual o tratamento para carcinoma basocelular?

Carcinoma basocelular nodular é grave? Quais os sintomas?

O que é carcinoma basocelular?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O carcinoma basocelular é um tipo de câncer de pele, originado na camada basal da epiderme (porção superficial da pele, constituída por células especializadas em constante multiplicação) ou nos apêndices cutâneos (pelos, glândulas sebáceas ou sudoríparas, por exemplo).

O carcinoma basocelular é o tipo de câncer de pele mais comum. Afeta mais homens do que mulheres e pessoas com a pele clara e antecedente de longa exposição ao sol, sem proteção.

Usualmente, se manifesta depois dos 40 anos, em áreas do corpo diretamente submetidas à radiação ultravioleta, como face, pescoço, costas e pernas.

Carcinoma basocelular

O prognóstico dos carcinomas basocelulares é favorável, porque os tumores evoluem devagar e muito raramente geram metástases. Contudo, podem se comportar com agressividade local e o diagnóstico precoce é fundamental para evitar que as feridas provoquem deformidades estéticas, muitas vezes irreparáveis.

Quais os sintomas do carcinoma basocelular?

Em geral, o primeiro sinal do carcinoma basocelular é o aparecimento de um caroço consistente, róseo ou translúcido, com pontos perolados e telangiectasias (pequenos vasos visíveis na superfície). Essas lesões podem sangrar e formar crostas e dificilmente cicatrizam.

O carcinoma basocelular também pode se manifestar sob a forma de uma ferida que não sara nem cicatriza ou ainda uma mancha rósea ou marrom que aumenta de tamanho progressivamente.

Outros sinais menos comuns são os nódulos com pontilhados de pigmentos, que caracterizam o carcinoma basocelular pigmentado, algumas cicatrizes superficiais (carcinoma basocelular esclerodermiforme) e placas avermelhadas e descamativas (carcinoma basocelular superficial).

As formas mais agressivas de carcinoma basocelular são invasivas e destroem os tecidos ao redor do tumor, podendo chegar à cartilagem e aos ossos.

Feridas que sangram com facilidade ou que não cicatrizam em aproximadamente duas semanas, feridas que formam crostas sucessivamente sem cicatrizar ou o aparecimento de uma cicatriz num local em que não havia uma ferida, são sinais suspeitos de carcinoma basocelular e precisam ser avaliados por um médico dermatologista.

O diagnóstico leva em conta as características clínicas da lesão cutânea e o resultado da biópsia.

Qual é o tratamento para carcinoma basocelular?

O tratamento de escolha do carcinoma basocelular é cirúrgico, com remoção completa da lesão. O tratamento depende das características individuais da pessoa, da localização e do tipo de carcinoma basocelular, podendo incluir ainda curetagem, congelamento, cirurgia de Mohs e aplicação local de medicamentos.

O carcinoma basocelular pode voltar a aparecer, mesmo depois da completa remoção cirúrgica do tumor. Além disso, o carcinoma aumenta o risco de aparecimento de outros tipos de câncer de pele associados à exposição ao sol.

Em geral, o carcinoma basocelular destrói o local em que se encontra o tumor. A disseminação para outras partes do corpo (metástase) é rara.

Para prevenir o aparecimento do carcinoma basocelular, recomenda-se evitar a exposição ao sol nas horas mais quentes do dia (das 10hs às 16hs), usar roupas para se proteger da luz solar, aplicar protetor solar nas áreas expostas ao sol diariamente e evitar bronzeamento artificial com UV.

O aparecimento de lesões de crescimento lento, mas difícil cicatrização, que sangram ou coçam devem obrigatoriamente passar por avaliação médica dermatológica.

Também pode lhe interessar: O que é melanoma?

O que é melanoma?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Melanoma é o tipo mais grave de câncer de pele. A doença surge nos melanócitos, que são as células produtoras de melanina (pigmento que dá cor à pele), por isso o nome melanoma.

A taxa de mortalidade do melanoma é a mais alta e o seu prognóstico é o pior dentre todos os tumores malignos de pele. Dependendo da profundidade, o melanoma pode atingir a circulação linfática e se disseminar para órgãos internos. É a chamada metástase.

Apesar de ser o mais letal, o melanoma é o câncer de pele menos comum. Mais de 90% dos tumores malignos de pele são do tipo não-melanoma, que apresentam baixos índices de mortalidade.

O melanoma é mais comum em pessoas de pele clara. A ocorrência em indivíduos de pele negra ou morena é mais rara, mas pode acontecer. Fatores hereditários desempenham um importante papel no desenvolvimento desse tipo de câncer de pele.

Quais são os sintomas do melanoma?

Em geral, o melanoma se manifesta sob a forma de um sinal de pele ou de uma pinta de coloração negra ou acastanhada. Contudo, a diferença para os sinais e pintas não cancerígenos é que o melanoma normalmente muda de cor, tamanho, forma e pode sangrar.

Melanoma

As lesões geralmente surgem nas regiões do corpo mais expostas ao sol. Contudo, também pode surgir nas unhas, planta dos pés e palma das mãos. O melanoma normalmente surge como uma lesão negra e escura, mas também pode apresentar coloração rosa ou avermelhada. É comum o melanoma mudar de cor, podendo apresentar numa mesma lesão várias cores, como preto, marrom, cinza, branco e vermelho.

O seu crescimento é progressivo, podendo parecer com uma ferida que não cicatriza ou pintas que crescem lentamente. O melanoma pode coçar e doer, podendo ter uma forma plana ou surgir em nódulos.

As bordas do melanoma são irregulares e a pigmentação termina abruptamente. O diâmetro costuma ser de mais de 6 mm.

Qual é o tratamento para melanoma?

O tratamento mais usado em casos de melanoma é a cirurgia. Porém, o seu tratamento depende do tamanho, da localização e da agressividade do tumor.

O tratamento cirúrgico do melanoma consiste na retirada da lesão e de uma parte de pele saudável ao redor do tumor, como margem de segurança. A cirurgia tem elevadas taxas de cura e pode ser realizada novamente se o tumor voltar a aparecer.

No entanto, em casos de metástase, as opções de tratamento são mais restritas e o melanoma não tem cura na maior parte dos casos. Para melanomas metastáticos, são usados medicamentos orais com objetivo de melhorar a sobrevida dos pacientes.

Apesar da sua gravidade, o melanoma tem mais de 90% de chances de cura se for diagnosticado no início. Isso porque, na fase inicial, a doença está restrita à camada mais superficial da pele, o que facilita a remoção completa do tumor através da cirurgia.

Nas fases mais avançadas o câncer já está mais profundo, o que eleva os riscos de metástase e reduz a probabilidade de cura. O melanoma metastático tem menos opções de tratamento e apresenta um pior prognóstico.

Pessoas com histórico de melanoma na família, principalmente em parentes de 1º grau, devem fazer exames regulares de prevenção com o/a médico/a dermatologista.