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Implante dentário: o que é e como é feita a cirurgia?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O implante dentário consiste, na maioria das vezes, na substituição de um dente e da sua raiz por uma prótese fixa. O tratamento não só implanta um dente num espaço vago, mas confere também uma raiz para que esse dente seja fixo como um dente natural.

O implante dentário é feito de titânio ou zircônio. Trata-se de um pino semelhante a um parafuso que serve para substituir uma ou diversas raízes de dentes perdidos, permitindo depois colocar dentes artificiais (coroas) sobre esses implantes, corrigindo a mastigação e a estética. O dente artificial, ou seja, a coroa, pode ser feito de porcelana, zircônio, resina ou metal.

A cirurgia para colocar o implante dentário é relativamente simples e rápida, é feita sob anestesia local e portanto não há dor durante o procedimento cirúrgico. Exames digitais em 3D permitem que a colocação do implante dentário seja bem planejada e segura, dando à pessoa dentes com a mesma estética e funcionalidade que os dentes naturais.

Não existe propriamente uma contraindicação para a colocação de implante dentário, exceto nos casos em que a pessoa não tenha um estado geral de saúde adequado ou ideal para a realização da cirurgia. Nessas situações, cabe ao cirurgião dentista avaliar as condições de saúde do paciente e indicar ou não a colocação do implante dentário.

Como é feita a cirurgia de implante dentário?

A cirurgia de implante dentário envolve procedimentos no osso e na gengiva, já que para colocar o implante é necessário abrir a gengiva e perfurar o osso.

A cirurgia de implante dentário é feita sob anestesia local e no próprio consultório do dentista. O procedimento começa com um pequeno corte feito na gengiva para se chegar ao osso.

A seguir, o osso é perfurado para que seja colocado o implante. A perfuração é realizada com brocas muito precisas. O osso não é danificado e o orifício fica exatamente do mesmo tamanho do implante.

Feito o orifício, o implante é então introduzido no mesmo. A seguir, o local é suturado para preservar o implante e garantir a saúde bucal do paciente.

O procedimento de colocação do implante dentário dura cerca de 30 minutos.

Depois da cirurgia, ocorre um processo de osseointegração, que garante que o implante esteja fixo e firme. Esse processo pode durar de 3 a 5 meses. Depois desse período, a pessoa volta ao dentista para que seja colocado o dente definitivo.

Existe ainda o implante de carga imediata, em que a fixação do implante e a colocação da coroa ocorre no mesmo procedimento.

Nos primeiros dias pode haver um desconforto ou dores leves que podem ser aliviadas com medicamentos analgésicos.

O cirurgião dentista especialista em implante dentário é o especialista responsável pela indicação e realização da cirurgia.

O que é status pós histerectomia?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Status pós histerectomia significa "depois da retirada do útero".

Essa nomenclatura é comum em resultado de ultrassom realizo em mulher que já retirou o útero. A cirurgia de retirada do útero é chamada histerectomia ("hystera" = útero; "ectomia" = excisão, retirada). Quando a mulher fica sem o útero, este órgão não mais aparece nos exames de ultrassonografia. Por isso, no resultado, o laudo médico consta como status pós histerectomia, sinalizando que a mulher já passou pelo procedimento de retirada do útero e não possui mais esse órgão.

Esse é um resultado normal e não é motivo de preocupação na mulher que já realizou esse procedimento. É importante levar o resultado do exame ao/à médico/a que solicitou para que possa analisar outros parâmetros presentes no exame, explicar a você o resultado em detalhe e avaliar os próximos passos no acompanhamento do seu caso clínico.

Em caso de outras dúvidas, procure o/a médico/a de família, clínico/a geral ou ginecologista.

Saiba mais em:

Histerectomia: como funciona a cirurgia de retirada do utero?

Qual o risco de morte na cirurgia de vesícula?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

Sempre existe um risco de morte quando uma cirurgia é realizada. No caso da cirurgia de retirada de vesícula, por envolver o abdômen, o risco de morte é considerado maior. Ainda assim, para pessoas sem problemas de saúde submetidas a uma cirurgia que não abre o abdômen (como a laparoscopia), o risco de morte é muito baixo.

O risco de morte durante e após a cirurgia de vesícula é maior para idosos ou em cirurgias de emergência. Também é mais alto quanto pior a condição de saúde da pessoa. Alguns problemas de saúde que aumentam o risco de morte devido à cirurgia são:

  • Problemas cardíacos;
  • Ter tido algum tipo de isquemia, incluindo acidente vascular cerebral;
  • Desnutrição;
  • Problemas nos pulmões, fígado e rins;
  • Imunidade baixa;
  • Diabetes;
  • Problemas mentais, como demência;
  • Obesidade.

A maioria das cirurgias para retirada da vesícula são realizadas por laparoscopia. Este tipo de cirurgia é mais seguro que a cirurgia em que o abdômen precisa ser aberto (laparotomia). A cirurgia laparoscópica também causa menor mal-estar pós-cirúrgico. Além disso, a pessoa fica menos tempo internada no hospital e se recupera mais rápido.

Leia também:

Referências:

Lindenmeyer CC. Cálculos Biliares. Tratamento. Manual MSD.

Mohabir PK, Coombs AV. Cirugia. Risco Cirúrgico. Manual MSD.

Hajibandeh S, HajibandehS, Antoniou GA, Stavros A Antoniou SA. Meta-analysis of mortality risk in octogenarians undergoing emergency general surgery operations. Surgery. 2021;169(6):1407-16.