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Sou laqueada e a minha menstruação está atrasada. Posso estar grávida?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

É possível engravidar mesmo que tenha feito laqueadura. Apesar de ser muito pequena, existe sim uma possibilidade da cirurgia reverter, independentemente do tempo que a laqueadura foi feita e da idade da mulher.

O que influencia a eficácia da laqueadura é o momento em que ela é feita. Sabe-se que quando a laqueadura é realizada na cesárea, as chances de reversão são muito maiores do que quando ela é feita bem depois da cirurgia.

Mesmo assim, a probabilidade de engravidar é bem pequena. Se a sua laqueadura foi feita no momento da cesárea, o risco de ficar grávida é de 0,01%. Porém, se fez a laqueadura bem depois da cesárea, a chance de engravidar é 10 vezes menor.

Portanto, se você fez laqueadura e está com mais de 15 dias de atraso na menstruação e outros sintomas de gravidez, deve falar com o médico ginecologista, médico de família ou clínico geral para fazer um exame de gravidez. Embora não seja comum, você pode estar grávida, mesmo laqueada.

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O que é bico de papagaio e quais são os sintomas?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Bico de papagaio é o crescimento anormal de uma pequena saliência óssea (osteófito) entre duas vértebras da coluna cervical, torácica ou lombar. O nome "bico de papagaio" é devido à forma desse osteófito, que também é chamado de "esporão de galo".

O bico de papagaio é uma artrose que acomete a coluna vertebral. O osteófito surge em decorrência do desgaste do disco intervertebral, cuja função é estabilizar e absorver impactos na coluna. Com o desgaste, o disco perde essa capacidade e o organismo, como defesa, produz mais osso entre as vértebras para proteger e estabilizar a coluna.

Existem diversos fatores que podem causar esse desgaste no disco intervertebral, dentre eles o envelhecimento. Muitas vezes, o bico de papagaio está associado a outras doenças, como artrites.

A presença do bico de papagaio na coluna pode causar a compressão de raízes nervosas, provocando vários sintomas.

Quais os sintomas de bico de papagaio?

Os sintomas de bico de papagaio podem incluir dor intensa no pescoço ou nas costas, rigidez, limitação dos movimentos, contraturas musculares, alteração da sensibilidade, formigamento nos braços ou pernas e diminuição da força muscular.

A dor no pescoço ou nas costas pode irradiar para ombros, braços ou pernas.

Os osteófitos ocorrem sobretudo em pessoas com mais de 50 anos de idade, devido ao desgaste natural que o disco intervertebral vai sofrendo ao longo da vida. Contudo, o bico de papagaio também pode surgir em indivíduos mais jovens.

Quais as causas do bico de papagaio?

Sedentarismo, má postura, obesidade, traumatismos na coluna, predisposição genética e envelhecimento estão entre as principais causas de bico de papagaio.

Qual é o tratamento para bico de papagaio?

O tratamento do bico de papagaio pode incluir repouso, uso de medicamentos analgésicos, anti-inflamatórios e relaxantes musculares (orais ou injetáveis), fisioterapia e exercícios específicos para a musculatura da coluna, como Pilates. Casos mais graves podem precisar de cirurgia.

O repouso, durante algumas horas ou dias, pode ser útil para aliviar as dores ou pelo menos não piorar os sintomas, principalmente se a pessoa tiver um trabalho que requer esforço físico.

A aplicação de calor no local, durante 20 minutos, também pode ajudar a aliviar as dores do bico de papagaio.

A fisioterapia pode exercer um importante papel no tratamento do bico de papagaio, atuando no alívio da dor e da inflamação e na melhora dos movimentos e da flexibilidade. Técnicas como RPG e Pilates podem trazer bons resultados, pois tonificam, alongam e fortalecem a musculatura que sustenta a coluna vertebral.

Quando as demais formas de terapia não produzem respostas satisfatórias ou dependendo do grau de compressão e da gravidade dos sintomas, a cirurgia pode ser a opção de tratamento mais indicada.

Porém, mesmo com o tratamento, o disco intervertebral não se regenera. Por isso, é importante controlar os fatores de risco e ter cuidados com a coluna no dia-a-dia.

O/a médico/a ortopedista ou neurocirurgião/ã é especialista indicado/a para diagnosticar e tratar bicos de papagaio.

Dor na coluna ao urinar e defecar, o que pode ser?
Dr. Ivan Ferreira
Dr. Ivan Ferreira
Médico

A dor na coluna ao urinar ou defecar pode ser causada pela presença de uma hérnia de disco na coluna lombar e ocorrer devido a posição mantida ou esforço exigido da coluna nessas situações. Esse sintoma pode ser provocado porque a coluna é formada por ossos (vértebras) e pela medula espinhal (conjunto de nervos que passa por um canal no interior das vértebras), para separar as vértebras e amortecer o atrito entre elas, existem os discos intervertebrais que, devido a algumas doenças ou ao envelhecimento, desgastam-se e saem do lugar, causando as hérnias de disco.

Os sinais e sintomas das hérnias de disco localizadas no final da coluna (hérnia lombo-sacra), podem ser:

  • dor que começa na região lombar, passa pelas nádegas e desce para as coxas, pernas e pés, chamada de dor ciática,
  • dor, formigamento, dormência e fraqueza nas nádegas, nas costas, nas pernas ou nos pés, ou em todos esses locais ao mesmo tempo,
  • dor aos esforços ou movimentos,
  • dormência em redor do ânus e genitais,
  • dificuldade em controlar o intestino e bexiga.

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O que pode causar dor nas costas?

Para diagnosticar essa ou outras causas de dores na coluna deve-se consultar um clínico geral ou um ortopedista.

Estalar dedos, coluna e pescoço faz mal?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

O ato de estalar os dedos, coluna e pescoço pode trazer malefícios, se repetido com frequência, pois estressa consideravelmente os tendões, cápsulas, cartilagens e ligamentos. Também aumenta a produção de líquidos internos, que pode levar ao engrossamento, lesão, dor e diminuição do movimento articular.

O estresse contínuo nas articulações pode acelerar as manifestações degenerativas normais e naturais que ocorrem nessa região, como artrose e instabilidade articular. Na coluna, pode predispor ao aparecimento de hérnias e protrusões discais. 

Se você sente necessidade de estalar as articulações para aliviar dores articulares, deverá procurar um médico ortopedista para uma melhor avaliação.

Dor no pescoço: o que pode ser e o que fazer?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A dor no pescoço surge devido a alterações ou anomalias em músculos, ligamentos, nervos ou em ossos e estruturas da coluna cervical. As principais causas de dor no pescoço são as dores miofasciais, decorrente muitas vezes de tensão muscular, traumatismos e sobrecarga da coluna cervical.

Em casos mais raros, a dor no pescoço pode ser causada por tumores, infecções ou anomalias presentes desde o nascimento.

Se a dor no pescoço não for causada por traumatismos, for persistente, intensa e irradiar para os braços ou vier acompanhada de dor de cabeça, dormência, formigamento ou fraqueza, é provável que exista alguma compressão na medula espinhal ou em algum nervo.

Tensão muscular

Dor no pescoço pode ser sintoma de tensão muscular provocada por estresse, má postura, bruxismo, colchão ou travesseiro inadequados, má posição ao dormir, entre outras causas.

A musculatura cervical fica muito contraída e diminui o fluxo sanguíneo na região, causando dor. Em alguns casos, a dor pode irradiar do pescoço para os ombros e a tensão pode até provocar dor de cabeça.

Traumatismos

Pessoas que sofreram acidente de trânsito, bateram a cabeça ao mergulhar em água pouco profunda, sofreram quedas ou se acidentaram praticando algum esporte de contato, por exemplo, também podem ter dor no pescoço devido ao estiramento dos músculos e ligamentos cervicais provocados pelo trauma.

Hérnia de disco

As dores no pescoço também podem ter origem na coluna cervical. O desgaste dos discos intervertebrais (amortecedores da coluna localizados entre as vértebras) pode gerar dor, pois diminui o espaço entre as vértebras.

Quando o núcleo do disco intervertebral extravasa (hérnia de disco), pode comprimir as raízes nervosas da medula espinhal. Nesse caso, a dor no pescoço costuma irradiar para o braço e a pessoa também pode sentir dormência ou formigamento nas mãos, além de fraqueza muscular em alguns casos.

Bico-de-papagaio e artrose

A dor no pescoço também pode ser causada por "bico de papagaio" (osteofitose) e artrose. A osteofitose caracteriza-se pelo crescimento ósseo anormal entre duas vértebras, enquanto que a artrose é um desgaste da articulação entre as vértebras.

O que fazer em caso de dor no pescoço?

O tratamento para aliviar a dor no pescoço dependo da sua causa e pode incluir medicamentos anti-inflamatórios, relaxantes musculares e analgésicos, fisioterapia, massagem, aplicação de calor ou frio, acupuntura, exercícios de alongamento, além de cuidados com a postura durante o dia e ao dormir.

A escolha de um colchão que não seja muito mole e de um travesseiro que não seja muito alto ou muito baixo também pode ajudar a aliviar a dor.

Casos mais graves de hérnia de disco e bico de papagaio podem necessitar de tratamento cirúrgico.

Traumatismos que envolvem o pescoço merecem sempre uma atenção especial e uma imobilização adequada da coluna cervical para evitar lesões na medula espinhal.

Em caso de dor no pescoço, consulte um médico clínico geral ou médico de família para que a causa do dor seja identificada e tratada.

Qual o tratamento para bico de papagaio na coluna?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O tratamento para bico de papagaio na coluna é feito através de medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios, atividade física, fisioterapia e, nos casos mais graves, cirurgia.

A atividade física e a fisioterapia devem buscar trabalhar a musculatura da coluna vertebral, através de exercícios de fortalecimento e alongamento.

Desde de que sejam adequados às limitações e às condições do paciente, os exercícios físicos são importantes para prevenir a perda de massa muscular, que provoca um aumento da dor causada pelo bico de papagaio.

Na fisioterapia, além dos tratamentos convencionais, técnicas como RPG (Reeducação Postural Global) e Pilates podem trazer bons resultados, melhorando a postura, a flexibilidade e a tonificação da musculatura da coluna.

Leia também: O que é RPG e para que serve?

Já o tratamento cirúrgico é indicado apenas nos casos mais graves, quando já existem alterações importantes no alinhamento da coluna ou lesões nos nervos causadas pelos bicos de papagaio.

Bico de papagaio não tem cura. O tratamento, que deve ser acompanhado por um médico ortopedista, visa apenas controlar a dor e melhorar a qualidade de vida do paciente.

Saiba mais sobre o assunto em:

O que é bico de papagaio e quais são os sintomas?

O que é osteofitose?

O que é hipertrofia da coluna de bertin?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A hipertrofia na Coluna de Bertin é uma variação anatômica e geralmente não está associada a nenhum problema.

Coluna de Bertin

A coluna de Bertin, ou coluna renal, é uma área do córtex renal, localizada entre duas pirâmides renais. Em média, 20% da população apresenta hipertrofia, ou seja, aumento da coluna de Bertin, apenas como variante anatômica, sem que represente um problema renal.

Entretanto, nos exames de imagem, essa hipertrofia se assemelha a imagem de uma tumoração verdadeira, por isso a preocupação em sinalizar essa variação anatômica e por vezes, repetir ou acompanhar a imagem, para confirmação diagnóstica.

Tumor de córtex renal

Nos casos de tumores de córtex renal, as imagens apresentam hipertrofia e mais algumas características sugestivas de lesão complexa, aquelas com maior risco de evoluir para câncer. Como imagem cística, paredes mais espessas, bordos irregulares, presença de septos e calcificações ou conteúdo sólido em seu interior. Além da imagem típica, o paciente costuma apresentar queixa de dores, perda de peso ou fadiga crônica, embora mais comum nos casos avançados.

Na suspeita de tumor ou cisto complexo, a opção de tratamento deve ser a retirada cirúrgica e avaliação histológica.

O exame de imagem mais fidedigno é a tomografia computadorizada.

Portanto, a hipertrofia da coluna de Bertin, não significa uma doença ou qualquer problema renal, porém em alguns casos a tomografia deverá complementar a investigação.

O médico que pediu o exame é o responsável por definir os próximos passos. Leve o exame para que seja avaliado esse resultado junto ao seu exame clínico e demais exames que tenha solicitado, afim de dar sequência ao seu acompanhamento e orientações.

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O que é hipertrofia da coluna cervical?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A hipertrofia significa o desenvolvimento aumentado ou exagerado de um tecido ou órgão, no caso, na coluna cervical. C7 indica a localização dessa hipertrofia, nesse caso, a sétima vértebra da coluna cervical.

No entanto não está claro qual estrutura está aumentada, ou hipertrofiada. Apenas com a informação descrita, podemos imaginar uma hipertrofia em das estruturas moles ao redor da medula, as mais prevalentes são: hipertrofia do ligamento amarelo e articulação interfacetária.

O resultado deve ser avaliado pelo médico neurocirurgião ou ortopedista, especialista em coluna, que junto com suas queixas e exame físico, poderá definir o problema e indicar o melhor tratamento.

Hipertrofia do ligamento amarelo a nível de C7

O ligamento amarelo é um dos ligamentos encontrados na coluna, responsáveis pela sua estabilização. Porém, esse ligamento devido a sobrecarga e episódios de instabilidade da coluna, pode sofrer um espessamento, ou hipertrofia, causando a redução do espaço dentro da coluna e consequentemente, compressão de estruturas, como uma raiz nervosa.

Nesse caso, a pessoa pode evoluir com os mesmos sintomas, de compressão do nervo no nível de C7, formigamento no braço do lado comprometido.

Hipertrofia de articulação interfacetária

A principal causa de hipertrofia de articulação interfacetária da coluna cervical é a artrose. A artrose da coluna acontece com o decorrer dos anos, por repetidos episódios de inflamação e desgaste local, seja pelo trabalho manual repetitivo e com sobrecarga, seja por falta de atividades, sedentarismo e obesidade ou por fatores genéticos

O pescoço é uma região bastante exposta, especialmente devido a tensão muscular pelo estresse e má postura, durante toda a vida, o que sobrecarrega ainda mais a região e favorece o desenvolvimento de doença óssea degenerativa.

O médico neurocirurgião ou ortopedista, especialistas em coluna, são os mais indicados para avaliar o seu caso.

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Hipertrofia Coluna de Bertin e bifidez renal tem que operar?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

A hipertrofia na Coluna de Bertin é uma variação anatômica e geralmente não está associada a nenhum problema. A bifidez renal é uma alteração anatômica que pode estar associada a estenose do ureter (obstrução do fluxo de urina) e aumento da incidência de infecção urinária. Operar ou não operar tudo vai depender do grau de alteração e das consequências dessas alterações.

Tenho uma hérnia de disco na lombar e estou com dor?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Pode usar o mesmo medicamento que o ortopedista já te receitou ou pode procurar um serviço de emergência para ser medicada novamente. Repouso e compressas quentes sobre o local da dor podem ajudar bastante.

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O que significa no Rx: VT Vértebra de transição lombo-sacra?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

VT significa "vértebra de transição", trata-se de uma variação anatômica, aonde existe uma vértebra com características lombares e sacrais ao mesmo tempo. Não quer dizer que haja um problema, porém pessoas com essa variação, apresentam uma maior predisposição a doenças de coluna.

E megapófises transversas são apófises (estrutura óssea lateral a vértebra), de tamanho maior do que o encontrado na maioria das pessoas. As vezes essa estrutura é tão maior, que chega a se comunicar com o osso da cintura, formando uma nova articulação.

Da mesma forma que a vértebra de transição, a megapófise não configura uma doença, porém parece estar relacionada ao aumento do risco de dor e doenças crônicas de coluna.

O que são vértebras e como são classificadas?

A coluna vertebral é composta por 33 vértebras, que são sobrepostas, formando o centro do nosso esqueleto. Entre as vértebras estão localizados os discos intervertebrais, formados por um cápsula externa fibrosa e um núcleo gelatinoso, exercendo o efeito de amortecedor da coluna. A compressão desse disco, decorrentes de doenças na coluna, determinam a protusão ou hérnia discal.

A coluna é dividida anatomicamente em 5 partes, são elas: coluna cervical, torácica (ou dorsal), lombar, sacra e coccígea.

As primeiras vértebras localizadas na altura do pescoço, são chamadas de vértebras cervicais, são 7, por isso simplificamos dizendo C1, C2, C3 até C7. Em seguida vem as vértebras torácicas ou dorsais, que são 12, por isso são descritas como T1 a T12, ou D1 a D12.

Depois são as vértebras lombares, que são 5, portanto, descritas como L1 a L5, as vértebras sacrais, também mais 5, em geral estão unidas, assim como as 4 vértebras coccígeas, formando o complexo sacrococcígeo e totalizando 33 vértebras na coluna da maioria da população.

Essas terminologias são utilizadas especialmente em laudos de imagem, para determinar a localização mais exata das lesões ou alterações encontradas. E ainda, como pontos de referência para procedimentos médicos.

Portanto recomendamos que leve o exame ao médico que o solicitou, para que junto com a história clínica e o seu exame médico, seja avaliada a necessidade de algum tratamento ou intervenção.

O exame radiológico configura um complemento para a suspeita clínica do médico, deve ser avaliado sempre em conjunto, não é capaz de definir sozinho uma patologia ou tratamento.

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O rim pode se deslocar, quais os sintomas e tratamento?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, o rim pode se deslocar em decorrência de traumas de grande impacto, embora o mais comum seja a ocorrência de dor local e outros sintomas, após um trauma nessa região, sem que ele seja deslocado.

Quais são os sintomas?

Os sintomas variam de acordo com o grau de lesão no rim, estando os mais comuns citados abaixo:

  • Dor local;
  • Dor ao urinar;
  • Urina amarronzada ou avermelhada (pela presença de sangue);
  • Retenção de líquido, causando edemas;
  • Redução do fluxo de urina;
  • Fadiga, cansaço, perda de apetite;
  • Prurido (coceira no corpo);
  • Dor no peito;
  • Náuseas ou vômitos;
  • Espasmos, dor muscular e convulsões;
  • Falta de ar, por acúmulo de líquido nos pulmões.

Se não houver lesão ao rim, os sintomas serão basicamente, dor intensa no local, por vezes dor ao urinar, e eventualmente pode haver sangue na urina, modificando a sua coloração.

Em caso de lesão renal, com comprometimento da função renal, o sintoma inicial será, além dos já citados, retenção de líquidos, que causa aumento de peso, inchaço nos tornozelos, pés, rosto e mãos.

Outro sintoma comum é de redução do fluxo de urina, podendo inclusive cessar completamente. Nos casos de lesão renal aguda grave, quando o paciente não urina nada, definimos como anúria, uma situação bastante perigosa, portanto, devendo procurar imediatamente um atendimento de urgência.

Contudo, há casos de lesões renais agudas em que a produção de urina não é sequer afetada.

Conforme a lesão no rim permaneça, os elementos naturalmente eliminados na urina vão se acumulando no corpo, causando outros sintomas, como a fadiga, perda de apetite, náuseas e coceira generalizada pelo corpo.

Nos casos mais avançados pode haver ainda dor no peito, espasmos musculares, convulsões e "água nos pulmões", gerando falta de ar.

Vale ressaltar que a maioria das dores que as pessoas acreditam ser de origem renal, são na verdade dores osteomusculares por causa de problemas de coluna.

Qual é o tratamento?

O tratamento da lesão no rim tem como objetivo aliviar os sintomas relatados, tratar a causa da lesão, sempre que possível, e auxiliar na restauração da função renal o mais precoce possível.

Em alguns casos, como em pequenos traumas, a prescrição de medicamentos, analgésicos, relaxantes musculares, com muita cautela, para não agredir o rim, costumam ser suficientes.

Nos casos mais graves, com comprometimento da função renal, pode ser necessário medidas de intervenção mais urgente, como a realização de filtração externa, diálise, mesmo que temporariamente, buscando evitar complicações mais graves.

Se a causa da lesão renal for uma obstrução, pode ser indicado a colocação de um cateter na bexiga ou realização de cirurgia, para remover a obstrução, restaurando o trajeto da urina.

Durante o tratamento da lesão renal, também são tomadas algumas medidas para evitar que a redução do funcionamento do rim provoque mais complicações, como suspender ou restringir o uso de medicamentos, além de diminuir a ingestão de líquidos, sódio e potássio na dieta.

Vale ressaltar que os rins também podem curar-se espontaneamente, sobretudo se a lesão permanecer por menos de 5 dias e não houver complicações, como infecções.

O/A nefrologista é o/a especialista indicado/a para diagnosticar e tratar lesões nos rins.