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Estou grávida de 7 semanas fiz uma ultrassom e...
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Essa é uma ocorrência aceitável, que pode ser considerado normal para um bebê nessa idade gestacional. Exatamente, porque ainda se está no início da gestação e é possível que os batimentos cardíacos fetais apresentem uma certa irregularidade ou eventualmente uma baixa frequência.

Alguns estudos, no entanto, sugerem que uma frequência cardíaca persistentemente baixa abaixo de 85 batimentos por minuto (bpm) se correlaciona a um aumento do risco de perda gestacional, sendo um possível indicador de aumento do risco de aborto.

Frequências cardíacas também demasiadamente altas, acima de 200 bpm também podem indicar problemas fetais, como presença de infeções.

Os batimentos cardíaco fetais na sétima semana de gestação geralmente se encontram entre os 126 e 147 batimentos por minuto.

Batimentos cardíacos fetais no decorrer da gestação

Os batimentos cardíacos fetais se iniciam com cerca de 5 semanas de gestação, quando o coração começa a bater. Os batimentos podem se iniciar com uma frequência de 75 bpm, e durante a quinta semana apresentam uma frequência um pouco maior que 100 bpm.

Com o decorrer da gestação e melhor desenvolvimento do coração a tendência é o ritmo se regularizar e a frequência aumentar, até um ponto máximo entre a nona e décima semana, onde os batimentos tem uma média de 175 bpm, podendo atingir o máximo de 195 batimentos por minuto. Depois desse período essa frequência começa a cair novamente.

Após 12 semanas a frequência cardíaca fetal estabiliza um pouco mais, ficando entre 110 e 160 bpm, com uma média de 140 bpm.

Para mais dúvidas sobre os batimentos cardíacos fetais consulte o seu médico obstetra ou médico de família que realiza o seu pré-natal.

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Quais são as principais doenças cardiovasculares e suas causas?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

As doenças cardiovasculares são aquelas que atingem o coração ou os vasos sanguíneos, sendo as principais:

  • Hipertensão arterial
  • Infarto do miocárdio
  • Aterosclerose
  • Acidente vascular cerebral ("derrame"), sendo consideradas uma das principais causas de morte no mundo.

Os processos de desenvolvimento das doenças cardiovasculares são muito parecidos, já que quase sempre estão associados com a obstrução das artérias e suas consequências para a nutrição, oxigenação e bom funcionamento dos órgãos.

1. Hipertensão Arterial

A hipertensão arterial, ou "pressão alta", como é popularmente conhecida, modifica a função e a estrutura dos vasos e do músculo cardíaco. A pressão arterial é uma forma de medir a força que o coração está fazendo para bombear o sangue para o corpo.

Os valores aceitos como normais atualmente são de 120 mmHg por 80 mmHg. Quando a pressão arterial está igual ou superior a 140 mmHg por 90 mmHg, ela é considerada pressão alta. Valores entre o normal e alta, são considerados pré-hipertensão, o que já confere necessidade de tratamento.

A origem genética é a principal causa de hipertensão, mas também pode ser causada por estresse, hábitos de vida ruins, tumores que alteram a produção hormonal, doenças renais, entre outros.

2. Infarto do miocárdio

O infarto, conhecido como “ataque cardíaco”, ocorre quando uma parte do músculo do coração morre devido à falta de fluxo sanguíneo (isquemia). A interrupção da circulação é decorrente do entupimento das artérias que irrigam o músculo cardíaco com oxigênio e nutrientes.

A causa mais frequente é o acúmulo de gordura no sangue, por aumento do colesterol, sedentarismo e ou aterosclerose. A história de infarto no coração, na mesma família, também aumenta o risco para a doença.

3. Aterosclerose

É uma doença cardiovascular que se caracteriza pelo entupimento das artérias devido à presença de placas de gordura que se acumulam nas paredes do vaso sanguíneo. As principais causas desse acúmulo de gordura são o diabetes, o colesterol alto, a falta de atividade física e o tabagismo.

A obstrução da artéria aumenta o esforço do coração, causando a hipertensão. E quando a artéria fica completamente entupida pelas placas de gordura, as partes do coração por ela irrigadas morrem, acontece o infarto agudo do coração.

A obstrução pode acontecer em qualquer vaso do corpo, reduzindo o fluxo sanguíneo e levando a outras complicações, como acidente vascular cerebral isquêmico ("derrame"), doença arterial dos rins, trombo embolismo pulmonar (TEP).

4. Acidente Vascular Cerebral (AVC)

Popularmente conhecido como "derrame", o acidente vascular cerebral pode ser hemorrágico ou isquêmico. Quando o AVC é provocado pelo entupimento de uma artéria e consequente interrupção do fluxo sanguíneo, ele é denominado isquêmico.

Assim como no infarto do miocárdio, o processo é o mesmo, ou seja, a falta de sangue em uma determinada área do cérebro, leva à falta de oxigenação, com consequente morte dos neurônios e sintomas relacionados àquela região.

Já o AVC hemorrágico é decorrente do rompimento de uma artéria cerebral, causando extravasamento de sangue para o interior do crânio e falta de fluxo sanguíneo nas porções do cérebro irrigadas pela artéria rompida.

Saiba mais em: O que é um AVC e quais os sintomas ou sinais?

Para maiores informações sobre as doenças cardiovasculares, suas causas e como prevenir, consulte um clínico geral, médico de família ou cardiologista.

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Miocardite: quais os sintomas e como é o tratamento?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Nos casos menos severos, a miocardite pode não manifestar sinais e sintomas e geralmente cura-se espontaneamente. Os sintomas nesses casos podem ser semelhantes aos de uma gripe. Contudo, se o quadro for grave, pode haver

  • Dor no peito, falta de ar, respiração ofegante;
  • Alteração no ritmo dos batimentos cardíacos;
  • Aumento da frequência cardíaca;
  • Inchaço nos membros inferiores e nas articulações;
  • Palidez, mãos e pés frios (sinal de má circulação);
  • Cansaço, aumento do fígado;
  • Desmaios (geralmente relacionados a ritmos cardíacos irregulares);
  • Pouca produção de urina, dor de cabeça e garganta;
  • Dores musculares e articulares;
  • Erupções cutâneas, febre e diarreia.

O diagnóstico da miocardite é feito por meio de exames de sangue, eletrocardiograma, raio-x, ressonância magnética e ecocardiograma.

O eletrocardiograma serve para identificar ritmos cardíacos anormais e a condução dos impulsos elétricos do coração. O raio-x de tórax e a ressonância magnética fornecem imagens sobre a forma e o tamanho do coração, bem como a presença de edema pulmonar.

O ecocardiograma identifica aumentos de tamanho do coração, alterações nas funções cardíacas, anomalias ou lesões nas válvulas cardíacas e ainda a presença de líquido ao redor do coração.

Uma biópsia cardíaca é a maneira mais precisa de confirmar o diagnóstico da miocardite, mas raramente está indicada. Além disso, uma biópsia cardíaca pode não revelar o diagnóstico se o agente infeccioso não estiver presente no pequeno pedaço de tecido cardíaco que é removido para ser analisado, além de ser um procedimento de risco.

Qual é o tratamento para miocardite?

O tratamento da miocardite incide sobre a causa da doença, controle dos sintomas e prevenção de complicações. O tratamento inclui medicamentos que melhoram a função cardíaca, bem como outras medidas preconizadas para o tratamento da insuficiência cardíaca. Ritmos cardíacos anormais podem exigir o uso de medicamentos que ajudam a controlar o ritmo cardíaco.

Em caso de formação de coágulo sanguíneo em uma câmara cardíaca, são usados medicamentos anticoagulantes.

Podem ser indicados ainda antibióticos para combater infecções bacterianas, medicamentos anti-inflamatórios para reduzir o inchaço no coração, imunoglobulina intravenosa (medicamento feito com anticorpos) para controlar o processo inflamatório, diuréticos para remover o excesso de água do corpo.

Além de recomendações gerais como ingestão de dieta com pouco sal e evitar esforço físico.

Nos casos mais graves de miocardite, em que há complicações como trombose ou fortes alterações no ritmo cardíaco, o tratamento é hospitalar, podendo ser necessário implantar um marcapasso no coração se o ritmo permanecer anormal.

A miocardite causada por infecções virais tende a desaparecer espontaneamente em poucas semanas e não causa complicações. Por outro lado, em alguns casos a inflamação pode persistir por mais tempo, principalmente se a infecção não for causada por vírus.

O processo inflamatório persistente pode gerar danos permanentes no músculo cardíaco, com necessidade de uso de medicação durante um tempo prolongado ou até de transplante de coração, nos casos extremos, quando o miocárdio está muito fraco para funcionar e incapaz de bombear adequadamente o sangue.

O que é miocardite?

A miocardite é uma inflamação do músculo cardíaco, chamado miocárdio. Trata-se de um distúrbio pouco frequente, quase sempre causado por uma infecção que afeta o coração.

Quando há uma infecção no corpo, o sistema imunológico produz células específicas para combater a doença. Se a infecção afeta o coração, as células e substâncias que combatem a doença entram no órgão.

No entanto, esse processo pode levar a um processo inflamatório no coração, ocasionando mudanças estruturais, o coração pode tornar-se incapaz de bombear adequadamente o sangue para o resto do corpo.

Uma vez que o miocárdio está fraco, ele aumenta de volume. Trata-se de uma resposta do músculo cardíaco para poder suportar a pressão dentro do coração.

Miocardite tem cura?

Miocardite tem cura. Em geral, a pessoa fica curada quando a infecção é completamente erradicada. Porém, a melhora clínica pode variar, dependendo da causa da infecção e do estado de saúde geral do indivíduo.

Algumas pessoas com miocardite podem se recuperar completamente. Outras podem sofrer de insuficiência cardíaca permanente. As complicações da miocardite podem incluir cardiomiopatia, insuficiência cardíaca e pericardite.

Quais as causas de miocardite?

Muitos casos de miocardite são causados por vírus que atingem o coração, como influenza, coxsackie, parvovírus, citomegalovírus, adenovírus, entre outros. Também pode ser causada por infecções bacterianas, como doença de Lyme, infecção por estreptococos, micoplasma e clamídia .

Outras causas de miocardite podem incluir:

  • Reações alérgicas a certas medicações, como medicamentos quimioterápicos;
  • Exposição a produtos químicos ambientais, como metais pesados;
  • Infecções por fungos ou parasitas;
  • Radiação;
  • Distúrbios autoimunes que causam inflamação em todo o corpo;

Às vezes, a causa exata da miocardite pode não ser descoberta.

O médico cardiologista é o especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento da miocardite.

Quais as causas da pericardite (água no coração)
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

As principais causas de pericardite são:

  • Infecções virais, como gripe, catapora, caxumba, AIDS, sarampo, hepatite, herpes, entre outras;
  • Doenças autoimunes;
  • Traumatismos, lesões e perfurações no tórax;
  • Infarto agudo do miocárdio;
  • Câncer, radioterapia;
  • Insuficiência renal, entre outras.

A pericardite é uma inflamação do pericárdio, uma membrana fina de tecido fibroso que recobre o coração e o envolve como uma bolsa.

As causas mais comuns são as infecções virais, que causam inflamação de forma direta, atingindo o pericárdio.

As infecções bacterianas pulmonares, a tuberculose ou ainda infecções decorrentes de complicações de cirurgias cardíacas também podem causar pericardite se as bactérias chegarem ao coração.

Dentre as doenças autoimunes que podem causar pericardite estão o lúpus, a artrite, a esclerose e a vasculite.

A insuficiência renal pode causar pericardite devido ao acúmulo de toxinas no corpo, uma vez que os rins nesses casos perdem a capacidade de filtrar o sangue e eliminar a urina naturalmente. As toxinas acumuladas causam irritação no pericárdio, que pode inflamar e dar origem à pericardite.

Nos casos de câncer, a pericardite é desencadeada quando as células cancerosas chegam a órgãos distantes do local de origem do tumor. Se alcançarem o pericárdio, as células tumorais podem causar a inflamação.

O pericárdio também pode ficar inflamado em casos de doenças intestinais ou efeitos adversos a certas medicações.

Há ainda casos em que a pericardite não tem uma causa definida (pericardite idiopática). A doença pode evoluir de forma súbita (aguda) ou gradualmente (crônica).

Pericárdio e pericardite

O pericárdio é formado por duas camadas, separadas entre si por um pouco de líquido que atua como lubrificante. Na pericardite, a quantidade desse líquido aumenta significativamente ("água no coração"), o que pode comprimir o coração e prejudicar a sua função de bombear o sangue.

O pericárdio protege o coração e o separa dos órgãos e tecidos que o rodeiam. A membrana também serve como uma capa protetora que impede que o coração se expanda para além da sua capacidade, quando se enche de sangue.

A pericardite se torna recorrente quando o mesmo agente infeccioso volta a se manifestar depois da pericardite aguda ser tratada e curada. O sintoma mais característico nesses casos costuma ser a dor no peito, que surge após semanas ou meses do primeiro episódio.

O tratamento da pericardite pode incluir o uso de medicamentos anti-inflamatórios e antibióticos, corticoides, imunossupressores, ou ainda cirurgia em casos mais graves.

Na suspeita de pericardite, ou qualquer caso de dor no peito, procure um atendimento de emergência, de preferência cardiológica.

Veja também: Água no pulmão: quais as causas, sintomas e como é o tratamento?

Quais os sintomas da insuficiência mitral?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Os sinais e sintomas da insuficiência mitral podem incluir falta de ar, cansaço ao realizar esforço físico, palpitações, inchaço nos tornozelos ou pés, perda de consciência, ou em casos graves até mesmo a morte.

Contudo, nem todas as pessoas com insuficiência mitral manifestam sintomas, que dependem da velocidade de evolução e da gravidade do problema.

A insuficiência mitral é a doença mais comum que afeta as válvulas cardíacas. Normalmente, os casos evoluem lentamente e a pessoa pode ficar vários anos sem manifestar sinais e sintomas.

Por outro lato, sabe-se que pessoas com insuficiência mitral em estágio avançado têm má evolução do quadro com o passar do tempo.

Coração e pulmões

Nos casos mais graves de insuficiência mitral, o coração pode ficar todo dilatado e os pulmões entram em sobrecarga.

A dilatação do coração ocorre pelo acúmulo de sangue nas suas câmaras, já que o defeito da válvula mitral provoca um regurgitamento de sangue para o átrio, invertendo o fluxo sanguíneo normal.

Uma vez que o coração está sempre cheio, o sangue que deveria chegar dos pulmões também se acumula nesses órgãos, que entram em sobrecarga.

A insuficiência ou regurgitação mitral, como também é conhecida, é provocada por um defeito que impede o fechamento completo da válvula mitral. Como resultado, ocorre um regurgitamento de sangue para dentro do coração no momento em que ele deveria ser bombeado para o resto do corpo.

O tratamento da insuficiência mitral pode ser feito com medicamentos ou cirurgia, de acordo com a gravidade de cada caso.

O médico cardiologista é o especialista responsável pelo diagnóstico da insuficiência mitral.

Saiba mais em:

Quais as causas da insuficiência mitral?

Insuficiência mitral pode matar? Existe tratamento?

O que pode causar cansaço excessivo?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A causa mais frequente de cansaço excessivo são os distúrbios do sono. Pessoas que não dormem bem à noite geralmente se sentem cansadas constantemente e ficam sonolentas durante o dia.

Contudo, o cansaço excessivo também pode ser sinal de:

  • Hábitos e estilo de vida inadequadas;
  • Depressão, ansiedade, estresse;
  • Anemia;
  • Problemas cardíacos;
  • Distúrbios da tireoide;
  • Câncer;
  • Doença renal crônica;
  • Distúrbios gástricos (mau funcionamento do fígado);
  • Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), enfisema pulmonar;
  • Diabetes, entre outras doenças e condições.

Distúrbios do sono

Quando o cansaço é decorrente da má qualidade do sono, a pessoa também pode apresentar excesso de sonolência durante o dia, irritação, dificuldade de concentração e queda no rendimento pessoal e profissional.

Veja também: 8 dicas para regular o seu sono

Além de causar um cansaço excessivo e constante, os transtornos do sono podem aumentar o risco de doenças cardiovasculares como arritmias e hipertensão arterial, obesidade, alterações do crescimento, epilepsia, AVC ("derrame"), déficit de atenção, refluxo gastroesofágico, depressão, ansiedade, entre outros problemas de saúde.

Por isso trata-se de uma doença que não deve ser ignorada. Procure um tratamento assim que possível, se esse for o seu caso.

Hábitos e estilo de vida inadequados

Os hábitos e estilo de vida inadequados são causas bastante comuns de cansaço excessivo, como o consumo abusivo de bebidas alcoólicas, excesso de exercícios físicos ou sedentarismo, efeitos colaterais de certos medicamentos e maus hábitos alimentares.

Vale lembrar que cansaço e sonolência não são a mesma coisa, apesar do cansaço excessivo geralmente vir acompanhado de sono. Nos casos de cansaço excessivo crônicos, além da sonolência, a pessoa não tem motivação nem energia para fazer seja o que for.

Apesar de poder indicar algum problema de saúde, na maioria das vezes o cansaço excessivo está relacionado com hábitos e rotinas inadequadas, que podem ser identificadas e modificadas para a melhora do sintoma.

Depressão, ansiedade e estresse

São condições frequentes hoje na nossa população, e trazem como sintomas da síndrome, os distúrbios alimentares, o mau-estar, distúrbios do sono, desinteresse com o dia a dia, resultando na sensação de cansaço físico e mental, diariamente.

Anemia

No caso da anemia, o cansaço é provocado pela falta de hemoglobina. Esta proteína, que dá a cor vermelha ao sangue, é responsável por transportar o oxigênio para as células do corpo. Com menos oxigênio nas células, o corpo fica sem energia e surge o cansaço físico e mental.

Doenças cardíacas

O cansaço excessivo também pode ser causado por doenças graves, como insuficiência cardíaca e miocardite. Na insuficiência cardíaca, o coração não é capaz de bombear a quantidade de sangue necessária para o resto do corpo, gerando cansaço.

Já a miocardite é uma inflamação que atinge o coração. Os seus sintomas incluem falta de ar, cansaço, dor no peito e falta de disposição, podendo ser confundida com estresse. A doença pode ser causada por vírus, bactérias, fungos, bebidas alcoólicas ou uso drogas.

Doenças da tireoide, diabetes descompensado, doenças renais, reumatológicas, enfim, diversas patologias podem ter como um dos sintomas o cansaço, portanto é fundamental uma avaliação do clínico/a geral, ou médico/a da família, para que seu caso seja devidamente tratado e não causa riscos a mais para sua saúde.

Agende uma consulta médica.

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Quais são os sintomas das doenças cardiovasculares?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os sinais e sintomas das doenças cardiovasculares podem variar muito, conforme o tipo de doença e o órgão afetado, assim como podem não manifestar qualquer sintoma e ser diagnosticado apenas ao acaso.

As doenças cardiovasculares mais comuns na nossa população são, o infarto agudo do miocárdio, angina, acidente vascular cerebral (AVC ou "derrame") e a hipertensão arterial sistêmica. Os sintomas são específicos de cada uma das doença apresentadas.

Infarto agudo do miocárdio

O principal sintoma dessa doença cardiovascular é a forte dor no peito, que pode irradiar sobretudo para o braço esquerdo, ombro, rosto e pescoço. A dor é tipo "aperto", continua, pode permanecer por horas, mesmo se a pessoa estiver em repouso.

Outros sintomas associados são a falta de ar, suor frio, náuseas, vômitos e desmaios.

Vale lembrar que pacientes portadores de diabete mellitus costumam não apresentar dor, mas apenas suor frio, mal-estar e desmaios. Por isso, para esses pacientes, é sempre recomendado fazer contato com seu médico ou procurar uma emergência para avaliação de qualquer mal-estar.

Leia também: Saiba como identificar um infarto e conheça os sintomas

O infarto do miocárdio, também conhecido como ataque cardíaco, ocorre quando há interrupção do fluxo sanguíneo para alguma parte do coração. Como consequência, a porção do músculo cardíaco (miocárdio) sem irrigação morre pela falta de oxigênio, dando origem ao infarto e a dor no peito.

Angina

A angina não é propriamente uma doença cardiovascular, mas o sintoma anterior ao infarto. Trata-se de uma dor no peito geralmente sentida depois de fazer muito esforço físico, mas que também pode surgir devido ao frio, emoções fortes, ou ainda sem uma causa aparente.

A dor pelo mesmo motivo do infarto, a redução do fluxo sanguíneo para o coração, a grande diferença entre a angina e o infarto é que a dor na angina melhora após o repouso, pois não houve morte celular (isquemia do músculo), o fluxo sanguíneo foi restabelecido, enquanto no ataque cardíaco a dor permanece, pela lesão do miocárdio.

Leia também: O que é angina e quais os sintomas?

Acidente Vascular Cerebral

O acidente vascular cerebral (AVC), popularmente conhecido como "derrame", pode ser causado pela interrupção do fluxo sanguíneo para uma parte do cérebro (AVC isquêmico) ou pela ruptura de algum vaso sanguíneo do órgão, levando a uma hemorragia (AVC hemorrágico).

Os sintomas do acidente vascular cerebral surgem subitamente e podem incluir perda de força muscular, paralisia ou dormência no rosto, braço ou perna, sentidas em apenas um lado do corpo, dificuldade de falar, engolir, ou compreender frases, dor de cabeça, alterações visuais, confusão mental, tontura e ou desmaios.

No caso de hemorragia, o quadro é mais grave, geralmente iniciado com intensa dor de cabeça, de forma súbita, vômitos, confusão mental e desmaio/perda completa da consciência.

Veja também: Suspeita de AVC: o que fazer?

Hipertensão Arterial

A hipertensão arterial é uma doença cardiovascular silenciosa, já que não provoca sintomas na maioria das vezes, pelo menos inicialmente. Contudo, pessoas com hipertensão arterial crônica podem manifestar sinais e sintomas durante uma crise de hipertensão, tais como dor no peito, dor na nuca, tontura, zumbido no ouvido, alterações visuais, sangramento nasal, mal-estar, náuseas, vômitos, entre outros.

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Na presença de algum dos sinais e sintomas apresentados, procure atendimento médico com urgência.

Saiba mais em:

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Doenças cardiovasculares: Quais os fatores de risco e como prevenir?

Porque o coração acelera quado fico nervosa ou levo susto?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Porque você está viva e isso faz parte do seu sistema de proteção defesa\ataque, a descarga de adrenalina em situações de risco faz seu coração acelerar para melhorar sua capacidade de resposta aos estímulos que lhe parecem ofensivos.

Doenças cardiovasculares: Quais os fatores de risco e como prevenir?
Dra. Janyele Sales
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Medicina de Família e Comunidade

Existem diversos fatores de risco que favorecem o aparecimento das doenças cardiovasculares. Os principais estão relacionados com idade, diabetes, tabagismo, sedentarismo, estresse, alimentação com excesso de gorduras, outras doenças cardiovasculares prévias, níveis altos de colesterol e triglicérides no sangue e predisposição genética.

Para prevenir as doenças cardiovasculares, recomenda-se praticar atividade física regularmente, controlar o peso, não fumar, evitar o excesso de bebidas alcoólicas e sal, ter uma alimentação balanceada e saudável. Além disso, é essencial controlar o diabetes, os valores de pressão arterial e manter o controle de outras doenças cardiovasculares pré-existentes. Controlar os níveis de estresse também é importante.

Lembrando que os exercícios físicos devem ser realizados de forma regular, durante pelo menos 30 minutos, 4 a 5 vezes por semana.

O controle dos níveis de colesterol e triglicérides contribuem para evitar o acúmulo de placas de gordura na parede das artérias, o que pode ser conseguido em muitos casos através de uma alimentação saudável e prática de exercícios físicos.

O controle da pressão arterial é muito importante, uma vez que a hipertensão é um importante fator de risco para o desenvolvimento de outras doenças cardiovasculares, como infarto e AVC.

A pressão arterial pode ser controlada através de uma alimentação balanceada, saudável e com pouco sal, associada ao controle de peso e prática regular de exercícios físicos.

O acúmulo de gordura no abdômen aumenta o risco de hipertensão arterial, diabetes e colesterol alto, daí a importância em emagrecer e manter o peso dentro do normal.

Não fumar é uma medida importante para evitar doenças cardiovasculares, já que o fumo deixa os vasos sanguíneos mais rígidos, favorece a formação de coágulos e pode baixar o nível de colesterol bom (HDL) no sangue.

O estresse é um fator de risco para doenças cardiovasculares pois reduz o fluxo de sangue para o coração e deixa os batimentos cardíacos irregulares, além de aumentar o risco de formação de coágulos na circulação.

Os sintomas das doenças cardiovasculares podem variar muito, conforme o tipo de doença e o órgão afetado. Contudo, muitas vezes não causam sintomas. Quando presentes, podem incluir falta de ar, fraqueza, visão turva, sangramento nasal, tontura, alterações na memória, dor no peito, inchaço nos membros inferiores, zumbido no ouvido, fraqueza, entre outros.

Na presença de algum desses sintomas, consulte um médico de família, clínico geral ou cardiologista.

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Quais são as principais doenças cardiovasculares e suas causas?

Dor no coração: o que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
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Clínica médica e Neurologia

A dor no coração pode ter diversas causas, sendo as mais comuns: o infarto agudo do miocárdio (infarto cardíaco), pericardite e outras doenças cardíacas, doenças pulmonares, como a pneumonia e derrame pleural, ansiedade, síndrome do pânico ou mesmo excesso de gases.

A dor no coração em aperto, acompanhada de suor frio e falta de ar, normalmente está associada ao Infarto Agudo do Miocárdio. A dor pode irradiar para os braços, costas, pescoço e mandíbula, causando sensação de formigamento. Entretanto, nem todas as dores no peito, são indicativas de infarto.

1. Infarto Agudo do Miocárdio (IAM)

O infarto ocorre quando parte da musculatura cardíaca deixa de receber irrigação sanguínea e, por consequência, oxigênio. Esta falta de oxigênio leva a morte das células, o que chamamos de necrose.

A dor que se manifesta nos casos de infarto é descrita como em aperto, pontada ou queimação. Esta dor, normalmente, irradia-se para o braço esquerdo, ombro, costas, pescoço ou mandíbula, provocando sensação de formigamento.

Os fatores de risco para a doença são a idade, acima de 45 anos, pressão alta mal controlada, sobrepeso, colesterol elevado, tabagismo e história familiar de doenças cardiovasculares.

Veja mais em : Dores no braço podem ser sintomas de ataque cardíaco?

2. Angina do peito ou Angina pectoris

A angina do peito ou angina pectoris é caracterizada por uma dor em aperto no coração, provocada pela má circulação nas artérias do coração, artérias coronárias. A dor é sinal de que a musculatura cardíaca está em sofrimento por falta de oxigênio. Se o quadro de angina permanecer por tempo prolongado, desenvolve-se o infarto.

A angina pode ser classificada estável, quando melhora após o repouso, ou instável, quando não melhora, caracterizando um quadro mais grave.

A dor geralmente é precipitada por esforço físico, mas pode ocorrer acontecer a noite, em repouso, inclusive acordando a pessoa devido à dor. Algumas pessoas sentem dor no estômago ou na mandíbula.

Pessoas com colesterol elevado, alimentação com excesso de carboidratos, hipertensão descompensada, diabetes e tabagistas são mais propensas a desenvolver não só o infarto, mas também a angina de peito e acidente vascular cerebral.

Leia mais em: o que é angina e quais os sintomas? e qual a diferença entre angina estável e angina instável?

3. Costocondrite

A costocondrite é uma inflamação das cartilagens que ligam as costelas ao osso esterno (osso do meio do peito). As causas mais comuns são o excesso de atividade física e má postura.

Por vezes pode causar dor tão intensa, que se assemelha a dor do infarto, levando a pessoa a procurar atendimento de urgência.

4. Pericardite

O coração fica alojado dentro de um saco membranoso chamado pericárdio. A pericardite é, portanto, uma inflamação do pericárdio. A dor provocada por esta inflamação é muito forte e pode ser confundida com a dor do infarto.

Doenças reumatológicas e infecções dentárias não tratadas são algumas das causas comuns de pericardite.

5. Arritmias cardíacas

As alterações na frequência do ritmo cardíaco, sejam batimentos cardíacos lentos, acelerados ou fora do ritmo, são chamadas de arritmias cardíacas. Estas alterações de ritmo podem desencadear sintomas como tonturas, mal-estar, palidez, dor no coração e suor frio.

As causas mais comuns de arritmia são a hipertensão, distúrbios de tireoide, insuficiência cardíaca, anemia, doença coronariana, envelhecimento e atividade física de alta intensidade.

Pessoas saudáveis, principalmente se houver história familiar de doenças cardíacas, também podem apresentar alterações cardiovasculares de forma aguda durante a vida.

6. Pneumonia

A pneumonia é uma doença infecciosa que acomete o pulmão, apresentando como sintoma comum a dor no peito. Entretanto, na maioria das vezes a dor se diferencia por piorar com a respiração profunda e com os movimentos, inclusive tosse.

A febre é outro sinal típico da doença, mas pode não estar presente em pacientes com imunidade baixa como idosos, diabéticos e imunodeprimidos.

Outras doenças pulmonares como pleurite ou derrame pleural também podem causar dores no peito.

7. Ansiedade

Durante as crises de ansiedade as pessoas experimentam o aumento da tensão da musculatura das costelas e aumento da frequência cardíaca, que podem vir acompanhados da sensação de dor em aperto no peito. Além disso, a dor pode associar-se à respiração superficial e rápida, aumento da transpiração, náuseas e alteração do funcionamento intestinal.

A ansiedade é bastante incapacitante e pode comprometer a vida cotidiana das pessoas.

Veja também: Quais são os sintomas do transtorno de ansiedade generalizada?

8. Síndrome do pânico

As pessoas com síndrome do pânico apresentam crises repentinas de medo intenso, acredita-se que por um desequilíbrio dos neurotransmissores responsáveis por enviar sinal de "perigo", sem que realmente existam, provocando taquicardia, perda do controle de si mesmo, suor frio, falta de ar, dormência e dor no peito.

A dor no peito que ocorre durante os ataques de pânico tem início súbito, localizada no tórax e pescoço, com duração de no máximo 10 minutos.

9. Excesso de gases

O acúmulo de gases é a causa mais comum de dor no peito.

O excesso de gases intestinais empurra os órgãos da cavidade abdominal para cima, provocando a sensação de dor em pontadas no peito. Pessoas que têm prisão de ventre são muito propensas à "dor no coração" por acúmulo de gases.

O que posso fazer ao sentir dor no coração?

Procure um cardiologista se a dor cardíaca for do tipo aperto peso ou queimação, com duração superior a 10 minutos e se vir acompanhada de:

  • Tontura
  • Náusea
  • Suor frio
  • Falta de ar
  • Dor de cabeça intensa
  • Formigamento
  • Taquicardia
  • Dificuldade de engolir

Diante destes sintomas procure um médico ou unidade hospitalar imediatamente, especialmente se a pessoa for portadora de hipertensão, cardiopatias, diabetes ou história familiar de infarto agudo do coração.

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Farmacêutica-Bioquímica

Não existem complicações ou problemas cardíacos associados ao uso de sinvastatina. Na verdade a sinvastatina é até indicada para reduzir os riscos de alguns tipos de problemas cardíacos, tais como:

  • Doenças coronarianas;
  • Infarto do miocárdio;
  • Mortes devido a doenças coronarianas;
  • Hospitalização devido à angina.

Entretanto, parar de tomar a sinvastatina de uma hora para a outra pode aumentar o risco ou agravar problemas cardíacos que a pessoa já tinha antes do tratamento. Esse efeito se chama “efeito rebote”. Por isso, se toma sinvastatina e precisa parar ou não precisa mais usar o medicamento, peça orientação médica para parar de tomá-la com segurança.

Além de diminuir os riscos de problemas cardíacos, a sinvastatina reduz o risco de AVC (ou derrame). Em pessoas diabéticas que usam a sinvastatina, ela diminui o risco de complicações da circulação nas pernas, que podem levar à formação de feridas e à amputação.

Você pode querer ler também:

Referências:

Sinvastatina. Bula do medicamento.

Teixeira ZM. Efeito rebote dos fármacos modernos: evento adverso grave desconhecido pelos profissionais da saúde. Rev. Assoc. Med. Bras. 2013; 59 (6): 629-38.

Pontadas no coração podem ser ansiedade?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

Pontadas no coração podem ser sintomas de ansiedade, especialmente quando acontece uma crise muito intensa. Nesse caso, podem surgir outros sintomas comuns como:

  • Medo e suor intensos;
  • Respiração alterada;
  • Coração acelerado;
  • Tremores;
  • Sensação de frio na barriga ou de bolo na garganta.

O mal-estar causado pela ansiedade pode ser tão intenso que a pessoa muitas vezes pensa que vai morrer. Por isso, algumas vezes é preciso procurar um médico e tomar medicamentos. Se você perceber que a ansiedade é muito intensa, muito frequente e atrapalha a sua vida, procure um médico de família, um psicólogo ou um psiquiatra.

Entretanto, em alguns casos é possível tentar algumas medidas que costumam ser eficazes para sair da crise de ansiedade. Respirar profundamente por alguns minutos, relaxando ao inspirar, acalma e ajuda a sair da crise de ansiedade. Morder levemente a ponta da língua também tem o mesmo efeito.

No caso de ter problemas cardíacos, pressão alta ou diabetes, sentir dor forte no coração ou no peito, que pode irradiar para o braço, procure com urgência um pronto-socorro.

Leia também:

Referência:

Gautam S, Jain A, Gautam M, Vahia VN, GautamIndian A. Clinical Practice Guidelines for the Management of Generalised Anxiety Disorder (GAD) and Panic Disorder (PD). J Psychiatry. 2017; 59(Suppl 1): S67–S73.

Como controlar a ansiedade. Tadashi Kadomoto. Youtube

Existe um botão anti-pânico e ansiedade no seu corpo. Peter Liu. Youtube