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Tomografia de crânio: como é feita e para que serve?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A tomografia de crânio permite visualizar o cérebro, o pescoço, os seios da face, a orelha, a mandíbula e os ossos da face, auxiliando assim o diagnóstico de diversas doenças.

O exame pode ser indicado em casos (ou suspeitas) de traumatismo craniano, tumor cerebral, aneurisma, derrame, infecção, hidrocefalia, dores de cabeça, ataques epiléticos, nódulos, alterações no comportamento ou na personalidade, entre outros.

Como é o preparo para a tomografia de crânio?

É necessário estar com 4 horas de jejum para fazer o exame. Os medicamentos habituais não devem ser suspensos, exceto se a pessoa for diabética e tomar medicações contendo metformina, como Diaformin, Glucoformin e Glifage. Nesse casos, é necessário suspender a medicação nas 24 horas anteriores e posteriores à tomografia de crânio.

Também é preciso informar o/a médico/a em caso de problemas renais, uso de marcapasso ou outro dispositivo implantado

Como é feita a tomografia de crânio?

A tomografia computadorizada de crânio é realizada com o/a paciente deitado/a de barriga para cima e com a cabeça apoiada num encosto apropriado para permanecer imóvel durante o exame. Os braços podem ficar esticados ao lado do corpo ou posicionados sobre o abdômen.

Durante o exame, a mesa em que o/a paciente está deitado/a desliza para trás e para frente entre o aparelho de tomografia, que tem a forma de um anel. O tomógrafo emite raios-X que atravessam o crânio e são captados por um scanner, fornecendo imagens bem detalhadas da cabeça.

A tomografia é feita sem anestesia e a pessoa permanece acordada durante todo o procedimento, que dura no máximo 10 minutos. A tomografia de crânio não provoca nenhum tipo de dor, assim como os exames de raio-x tradicionais.

Como é feita a tomografia com contraste?

Pode ser necessário utilizar contraste, que serve para o/a médico/a poder visualizar melhor algumas estruturas ou lesões que ficam mais visíveis com a substância contrastada, como tumores e abscessos cerebrais.

O contraste geralmente é injetado diretamente numa veia da mão ou do braço através de uma agulha pequena e normalmente é eliminado pela urina em até 24 horas.

Os meios de contraste podem causar algumas reações e efeitos colaterais em algumas pessoas, como mal-estar, indisposição, náuseas, coceira e vermelhidão. Contudo, esses sinais e sintomas costumam ser leves e desaparecem espontaneamente em pouco tempo. As reações alérgicas ao contraste são raras.

O que é tomografia e para que serve?

A tomografia computorizada (TAC) é um exame de imagem realizado com uma espécie de aparelho de raios-x, que serve para obter imagens dos órgãos do corpo. A tomografia é especialmente útil, pois permite observar órgãos e tecidos com muito mais clareza que o exame de raio-x convencional.

Em muitos casos, a tomografia permite fazer diagnósticos definitivos de doenças, sem necessidade de recorrer a outros tipos de exame.

Além do crânio, a tomografia computadorizada pode ser usada para avaliar coração, artérias, pulmões, fígado, baço, pâncreas, rins, bexiga, coluna, bacia, membros e articulações.

Quais os riscos da tomografia?

Os riscos da radiação emitida pelo aparelho de tomografia são muito baixos. Porém, no caso de crianças e jovens, podem ser tomadas algumas precauções específicas, bem como em pessoas com diabetes e doenças renais.

Indivíduos com asma ou alergias que estão em tratamento podem precisar tomar medicamentos no dia anterior à tomografia.

A tomografia deve ser evitada durante a gravidez devido à radiação. Por isso, mulheres em idade fértil que vão fazer o exame devem sempre informar o médico se estão grávidas ou em suspeita de gravidez.

Para maiores esclarecimentos sobre o procedimento e os eventuais riscos da tomografia de crânio, fale com o/a médico/a que solicitou a tomografia ou com o/a médico/a radiologista responsável pela realização do exame.

Fiz uma tomografia de crânio e apareceu uma lesão. O que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A única forma de ter certeza sobre a natureza dessa lesão, é com a ressecção da lesão ou parte dela, para fazer um exame do próprio tecido. Entretanto nem sempre essa é a melhor opção, ou está indicado imediatamente.  

Com a evolução da medicina e principalmente das imagens que dispomos hoje, muitas vezes não é necessária uma cirurgia aberta de crânio para definir uma lesão, porque os exames são capazes de avaliação detalhada. 

O granuloma eosinófilo é uma lesão óssea, benigna, que raramente atinge o cérebro, quando encontrada no crânio, de origem desconhecida e muitas vezes chega a cura de forma espontânea. Um dos motivos de não se indicar a cirurgia imediatamente.

Contudo, nos casos sintomáticos, quando há queixas de dor, edema ou sinais de crescimento da lesão, o tratamento está indicado. Os tratamentos indicados atualmente são a administração de corticoides, cirurgia, radio ou quimioterapia, dependendo de cada caso. 

Os cistos dermoides no crânio são raros e costumam surgir por volta dos 22 anos de idade. Apesar de ter um crescimento extremamente lento, o seu conteúdo pode alcançar a meninge, provocando meningite química. O tratamento cirúrgico pode ser necessário para remover o cisto dermoide. Se não for completamente retirado, o cisto tende a surgir novamente.

Já os cistos epidermoides cranianos são mais comuns que os dermoides. Na maioria dos casos o cisto é detectado entre os 50 e 60 anos. Se não forem completamente removidos também tendem a voltar e raramente evoluem para câncer (carcinoma).

Portanto o tratamento vai variar de acordo com cada caso. Nas lesões pequenas, sem sintomas, com características típicas de benignidade, está correto e comprovado o tratamento conservador, com novo exame após um ano.

Nos casos de lesão grande, ou que causem dor, edema, ou ainda que os exames não sejam muito esclarecedores, provavelmente será indicado cirurgia para ressecção e melhor avaliação da lesão. 

O diagnóstico só poderá ser feito pelo médico neurologista ou neurocirurgião, responsáveis também por definir junto ao paciente a melhor conduta.

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