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Eu estou sentido uma pressão no peito o que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Pressão no peito que piora com esforço ou movimento, como no caso do arroto, nos sugere a princípio um problema gastrointestinal, como gases, gastrite ou doença do refluxo; porém pode ainda representar problemas cardiológicos, dores musculares, problemas pulmonares, ansiedade, estresse, entre outros.

Embora não seja comum os problemas cardiológicos virem associados a piora com o movimento e esforço, não podemos descartar apenas com esse dado. Principalmente pacientes com maior risco para doenças cardiovasculares, devem sempre procurar um serviço de emergência em casos de dores no peito.

Fatores de risco para doenças cardiovasculares

Podemos citar como fatores de risco para doenças cardiovasculares: hipertensão arterial, diabetes, hipercolesterolemia (colesterol alto no sangue), tabagismo, sedentarismo e história familiar de infarto agudo do miocárdio.

Causas comuns de dores no peito

Dentre as causas mais comuns de dores no peito, destacamos:

  • Angina,
  • Infarto agudo do miocárdio,
  • Gases,
  • Gastrite,
  • Doença do refluxo gastroesofágico,
  • Dores musculares,
  • Doenças pulmonares,
  • Ansiedade e estresse.

Leia também: O que fazer no caso de dor no peito?

A angina e infarto agudo do miocárdio, são transtornos cardiológicos, aonde acontece uma obstrução vascular aguda, com consequente redução na oxigenação local, gerando a dor no peito e risco elevado de morte. Sendo assim, na suspeita dessa doença procure imediatamente um atendimento de urgência médica.

Saiba mais em: O que é angina e quais os sintomas?

Os gases, gastrite ou doença do refluxo gastroesofágico, são condições relacionadas na maioria das vezes a estilo de vida ruim, com má alimentação, sobrepeso, estresse e sedentarismo. Para todas as causas existe um tratamento, com bons resultados.

Na suspeita de doenças gastroesofágica ou intestinal, procure um médico gastroenterologista, que saberá conduzir o melhor tratamento.

Pode lhe interessar também: Quem tem gastrite e esofagite sente dor no peito?

As doenças musculares em geral são desencadeadas por esforço físico ou atividades extenuantes. Nesse caso o diagnóstico é clínico e o tratamento se baseia no repouso, associado ou não, a medicamentos relaxantes musculares.

Os problemas pulmonares, como bronquite, asma, pneumonia ou derrame pleural, costumam também causar dores no peito, entretanto apresentam ao mesmo tempo outros sintomas como febre, inapetência e tosse, o que auxilia no diagnóstico precoce. O tratamento pode incluir broncodilatadores, nos casos de asma e bronquite, antibióticos, no caso de pneumonias e até abordagem cirúrgica para drenagem pulmonar nos casos de derrame.

Na suspeita de problemas pulmonares, procure um médico pneumologista.

Por fim, os sintomas de ansiedade e estresse, devido a liberação de hormônios estimuladores como a adrenalina, levam a episódios de dor no peito, angústia, falta de ar e dificuldade de engolir. O diagnóstico é clínico, mas muitas vezes exige a investigação e exclusão de outras doenças para sua confirmação diagnóstica e início do tratamento.

Visto todo o artigo descrito, no caso de dor no peito, procure seu médico de família ou clínico geral, ou ainda, seguindo as orientações, procure um médico especialista para o seu caso.

Costocondrite causa dor no esterno?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, a costocondrite é uma causa comum de dor no esterno, que é o osso do peito, localizado no meio do tórax. Todas as costelas, exceto as duas últimas, estão ligadas ao osso esterno por uma cartilagem. Essa cartilagem pode ficar inflamada e causar dor no osso externo. A inflamação da cartilagem da costela é chamada costocondrite.

Se a área em que as costelas se unem ao esterno apresentar sensibilidade e dor durante a palpação, é provável que a costocondrite seja a causa da dor no esterno. A dor da costocondrite pode ser semelhante à dor de um ataque cardíaco.

A síndrome de Tietze também causa inflamação nas cartilagens que unem as costelas ao esterno. Além de causar dor no osso esterno, a síndrome deixa o tórax inchado. Contudo, embora seja muito semelhante à costocondrite, a síndrome de Tietze é bem mais rara.

Quais são os sintomas da costocondrite?

Os sintomas mais comuns da costocondrite são a dor no esterno e o aumento da sensibilidade no peito, principalmente na junção entre as costelas e o osso do tórax (esterno). Muitas vezes a pessoa diz que está com “dor nas costelas” ou “dor no osso do peito ”.

A dor no osso esterno é aguda, aumenta ao respirar fundo ou tossir e localiza-se no meio do tórax, podendo irradiar para as costas ou para o estômago. A dor tende a diminuir quando a pessoa fica em repouso ou respira rapidamente.

Quais as causas da costocondrite?

Muitas vezes, a costocondrite não tem uma causa conhecida. Em outros casos, a inflamação pode ser causada por:

  • Lesão no tórax;
  • Exercício vigoroso;
  • Trabalho pesado;
  • Infecções virais, como infecções respiratórias;
  • Esforço para tossir;
  • Infecções após cirurgia ou devido ao uso de medicamentos intravenosos;
  • Alguns tipos de artrite.
Qual é o tratamento para costocondrite?

A costocondrite quase sempre desaparece espontaneamente em alguns dias ou algumas semanas. Em alguns casos, pode demorar meses. O tratamento da costocondrite concentra-se no alívio da dor e inclui:

  • Aplicação de compressas quentes e frias;
  • Evitar atividades que pioram a dor;
  • Uso de analgésicos, como ibuprofeno e paracetamol: podem ajudar a aliviar a dor e o inchaço no tórax.

Se a dor no esterno for intensa, pode ser prescrito um analgésico mais forte. Em alguns casos de costocondrite, a fisioterapia pode ser indicada.

O reumatologista é o especialista indicado diagnosticar e tratar casos complexos de costocondrite.

Estou com uma Dor no Peito, o que pode estar causando isso?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Nem sempre a dor no peito é associada à angina ou infarto do coração. A dor pode estar relacionada com problemas respiratórios, problemas gástricos, excesso de gases, crises de ansiedade, dor muscular, entre outros.

É importante observar o momento em que a dor começa, o que a desencadeia, qual o seu tipo (aperto, pontadas, queimação) e se vem acompanhada de mais sintomas, como tosse, febre ou náuseas.

1. Problema respiratório

Bronquite, asma ou infecções pulmonares são causas frequentes de dor no peito. Os pulmões se localizam no tórax e parte dele aloja-se por trás do coração. Por este motivo a dor pode ser confundida com uma dor cardíaca.

A dor no tórax pode se manifestar do lado direito ou esquerdo do peito e piora com a respiração profunda. Os sintomas associados são de falta de ar, chiado no peito, febre e tosse.

Um pneumologista deve ser consultado para a identificação do problema e para iniciar tratamento adequado.

2. Excesso de gases

É a causa mais comum de dor na região do tórax. Não está diretamente relacionada com problemas no coração ou órgãos localizados nessa região, mas as pessoas que têm prisão de ventre costumam apresentar esta dor com certa frequência.

Os gases acumulados nos intestinos, ao pressionar e empurrar os órgãos abdominais, provocam uma dor que irradia para o peito. A dor se caracteriza por pontadas agudas que desaparecem, mas retornam repentinamente.

Para amenizar o sintoma, pode ser feito massagem na região abdominal, que auxilia a empurrar os gases até o final do intestino e/ou adotar uma posição que facilite na sua eliminação, como deitar de bruços. Medicamentos como Luftal® também ajudam na melhora mais rápida da dor.

Saiba mais: exercício para eliminar gases

3. Úlceras no estômago

A dor provocada pelas úlceras, ou feridas no estômago, ocorrem pela inflamação das paredes. A dor pode ser facilmente confundida com a dor no coração, uma vez que os dois órgãos ficam em regiões muito próximas no interior do tórax.

A queixa é de queimação ou aperto no meio do peito, com irradiação para o lado direito ou esquerdo, de acordo com a localização da úlcera. É comum que comece logo após as refeições e venha acompanhada de náuseas, vômitos e estômago cheio.

Uma consulta ao gastroenterologista é importante para verificar a necessidade do uso de medicamentos protetores gástricos e evitar complicações, como perfuração e hemorragias.

4. Refluxo gastroesofágico

O refluxo é o retorno de parte do conteúdo gástrico para o esôfago. A dor ocorre no meio do peito e é acompanhada de queimação e dor de estômago. Há Também relatos de "bolo" ou aperto na garganta, devido aos espasmos esofágicos.

O principal tratamento é reduzir a quantidade das refeições e comer mais vezes durante o dia. Mudança de hábitos de vida, reduzir o peso e medicamentos antiácidos, ajudam no tratamento.

Ingerir chá de camomila ou gengibre também são medidas benéficas, pois melhoram a digestão e reduzem a acidez do estômago, contribuindo para a cicatrização e redução da inflamação na parede do esôfago.

Ao passar a crise, mantenha uma dieta leve e saudável sem alimentos gordurosos, ácidos ou picantes e procure uma consulta médica com gastroenterologista, para orientações específicas.

5. Ansiedade e estresse

A ansiedade e o excesso de estresse aumentam a tensão muscular nas costelas e a frequência cardíaca. Estes efeitos provocam a sensação de dor no peito. É comum em pessoas que sofrem de Síndrome do Pânico e Transtorno de ansiedade generalizada (TAG).

Esta dor é descrita como dor em aperto ou peso no "coração". Na crise, a dor vem acompanhada de sensação de bolo na garganta, dificuldade de respirar, respiração mais rápida, suor excessivo, batimentos cardíacos acelerados, náuseas e dores de barriga.

Para amenizar os sintomas é recomendado o repouso em local calmo, conversar com amigos, manter contato com a natureza, tomar chás calmantes e praticar atividades físicas prazerosas. Após a crise, é preciso iniciar tratamento definitivo, com psicoterapia e medicamentos.

Leia também: transtorno de ansiedade generalizada tem cura? Qual é o tratamento?

6. Dor muscular

As tensões e lesões musculares são comuns no cotidiano das pessoas, especialmente para quem pratica atividade física regularmente. Entretanto, também podem acontecer após episódios longos de tosse ou levantamento de objetos pesados.

Esta dor é uma dor constante, incomodativa, localizada, que pode se agravar ao respirar profundamente, pelo próprio movimento do corpo.

Para melhorar os sintomas é indicado repouso, compressas mornas na região da dor e relaxantes musculares.

7. Herpes zoster

O herpes zoster é uma doença causada pelo mesmo vírus da catapora, porém agride e inflama um nervo, causando uma dor intensa, do tipo queimação, associada a bolhas e vesículas em todo o seu trajeto. Popularmente conhecido como bicho geográfico ou "cobreiro".

A localização mais comum é a região torácica, o que confunde com um problema no coração, se for à esquerda, especialmente no início, quando as lesões de pele ainda não apareceram.

Para o tratamento são utilizados medicamentos antivirais, em comprimido e pomada, corticoides, analgésicos potentes e/ou anticonvulsivantes, dependendo da intensidade da dor.

8. Doenças na vesícula

A vesícula é um órgão que fica localizado à direita do estômago e pode inflamar devido à presença de pedras ou consumo de alimentos gordurosos. Quando ocorre a inflamação, a dor se manifesta, principalmente, do lado direito e pode ser referida no peito ou na base do pulmão.

A dor é tipo cólica, intermitente, variando de intensidade, e piora após as refeições, principalmente com o consumo de frituras e alimentos embutidos. Náuseas, sensação de estômago cheio e febre, são sintomas associados com a dor.

O tratamento é definido pelo médico gastroenterologista, ou cirurgião geral.

9. Doenças cardíacas

Os sintomas mais comuns de patologias cardíacas são: cansaço excessivo, palpitação e edema nas pernas. A dor no peito é comum apenas nos casos de obstrução de uma artéria, o infarto agudo do coração ou nos casos de inflamação no músculo do coração, a miocardite, endocardite ou pericardite.

A dor associada a distúrbios cardíacos se intensifica com o esforço físico ou exercício e vem acompanhada de: alterações na frequência dos batimentos, palpitações, inchaço generalizado, cansaço excessivo, suor frio e respiração acelerada.

As arritmias e insuficiência cardíaca, normalmente não se manifestam com dor no peito.

Na suspeita de problema cardíaco, procure um médico cardiologista para identificar possíveis disfunções e realizar o tratamento.

Leia mais: quais são as principais doenças cardiovasculares e suas causas?

10. Infarto Agudo do Miocárdio (IAM)

É a patologia que mais preocupa as pessoas ao sentir a dor no peito, especialmente se esta dor for localizada do lado esquerdo do peito.

O infarto acomete mais pessoas acima dos 45 anos, com outras comorbidades, como a hipertensão arterial mal controlada, colesterol elevado, fumantes e sedentários.

A dor é em aperto ou peso, localizada do lado esquerdo do peito e não melhora com o repouso. Pode irradiar para um dos braços, para o pescoço ou mandíbula, causando uma sensação de formigamento.

Se suspeitar de um infarto do coração é recomendado procurar o pronto-socorro mais próximo, fazer exames como dosagem de enzimas cardíacas, eletrocardiograma e Raio X de tórax.

Veja mais: O que fazer em caso (ou suspeita) de ataque cardíaco?

Procure um hospital imediatamente nestes casos

Como existem causas diversas para dor no peito, é importante ir ao hospital sempre que houver qualquer uma dessas situações:

  • A dor não passar com o repouso
  • A dor durar mais de 20 minutos
  • Sentir tonturas
  • Apresentar suor frio
  • Tiver dificuldade para respirar
  • Dor de cabeça intensa

Pessoas com pressão alta ou Insuficiência Cardíaca, devem usar os medicamentos prescritos pelo cardiologista e somente ir ao hospital nas situações acima ou caso a dor permaneça por mais de 20 minutos.

Saiba mais: O que fazer em caso de dor no peito?

Dor no peito ao respirar: o que pode ser? Pode ser grave?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A dor no peito ao respirar pode ser provocada por situações simples, como cansaço (fadiga), dor muscular, um trauma ou por doenças graves como problemas no coração e pulmão.

A dor muscular é a causa mais comum, porém outras causas como a pericardite, infarto do coração e a embolia pulmonar, apresentam os mesmos sintomas e podem ser graves, com alto risco de morte.

Portanto, se você está sentindo dor no peito ao respirar procure atendimento médico o mais rápido possível, para excluir as doenças de maior risco e realizar o tratamento adequado a tempo.

Dor no peito ao respirar pode ser infarto?

Normalmente, o infarto ou ataque cardíaco é a primeira preocupação de uma pessoa que sente dor no peito. Entretanto, a dor ao respirar não está relacionada ao infarto.

A dor do infarto ocorre do lado esquerdo do peito, em aperto ou ardor, que pode irradiar para o ombro, costas, braço esquerdo e para a mandíbula. Geralmente, dura em torno de 30 minutos e não passa mesmo quando a pessoa fica em repouso.

A dor no peito pode vir acompanhada de suor frio, falta de ar, tontura, vômito, agitação, ansiedade e sensação de morte.

Por ser uma situação de elevado risco de vida, uma emergência médica, é fundamental que procure atendimento hospitalar o mais rápido possível. Quanto mais rápido for iniciado o tratamento, maiores são as chances de recuperação.

8 causas mais comuns de dor no peito ao respirar e o que fazer 1. Fadiga, Dor Muscular

Geralmente ocorre após longos episódios de tosse, levantar objetos pesados ou a prática de atividade física. É uma situação bastante comum que pode levar a dor no peito ao respirar ou com a movimentação de tronco e braços. Ou seja, piora com o movimento e respiração profunda, e melhora com o repouso.

Pode ocorrer também quando a pessoa é submetida ao estresse ou medo excessivos. Estas situações provocam contração muscular intensa, o que provoca dor.

Para melhorar a dor muscular, é preciso manter repouso, aplicar compressas mornas sobre a região dolorida, alongar a musculatura do peito e se preciso, usar medicamentos para dor, como anti-inflamatórios e relaxante muscular.

2. Fratura de costelas

As fraturas de costelas geralmente estão relacionadas à história de traumas como quedas, acidentes de carro, agressões, prática de esportes radicais e outros impactos. É comum em idosos que sofrem de osteoporose.

A dor provocada pela fratura de costelas é intensa e acontece principalmente quando a pessoa respira profundamente e ao torcer o tórax. Além da dor, pode ocorrer dificuldade respiratória, deformidade das costelas fraturadas (arcos costais) e hematomas no tórax.

A fratura de costelas, por si, não é um quadro grave. Entretanto, as costelas fraturadas podem perfurar os pulmões, vasos sanguíneos ou outros órgãos, situações que colocam a vida em risco.

Por este motivo, ao suspeitar de fraturas de costela é importante buscar uma emergência hospitalar para avaliação médica e assim evitar complicações.

3. Pneumonia

A pneumonia é uma infecção do pulmão que causa dor aguda no peito ao respirar e ao tossir. Pode ser provocada por bactérias, vírus ou fungos. Os sintomas mais comuns da pneumonia incluem:

  • Febre alta
  • Tosse
  • Dor no tórax
  • Mal-estar generalizado
  • Falta de ar
  • Secreção de muco purulento de cor amarelada ou esverdeada
  • Prostração

Em caso de suspeita de pneumonia, procure um médico de família ou pneumologista. O tratamento é feito com uso de antibióticos, remédios para febre, tosse e analgésicos para aliviar a dor.

4. Derrame Pleural

O derrame pleural é o acúmulo de líquido no espaço pleural que se localiza entre a duas pleuras, que são membranas finas que revestem os pulmões. Geralmente é causado por infecções, lesões, problemas cardíacos, renais ou pelo uso de medicamentos.

A dor no peito ao respirar profundamente e ao tossir e a dificuldade respiratória são os sintomas mais comuns de derrame pleural.

O tratamento depende da quantidade de líquido acumulado no espaço pleural. Em casos mais leves, pode não ser necessário tratamento. Entretanto, em derrames mais graves com maior volume de líquido, o tratamento consiste na drenagem cirúrgica do líquido acumulado. Este procedimento é feito em ambiente hospitalar.

5. Pneumotórax

O pneumotórax é a presença de ar entra as pleuras (membranas finas que recobrem os pulmões).

A dor do pneumotórax ocorre na região do peito, apenas no lado acometido, do lado esquerdo ou direito. É acompanhada de falta de ar que começa subitamente.

O tratamento depende do seu tamanho, gravidade e do estado clínico do paciente. Em casos mais brandos a pessoa com pneumotórax é internada e colocada em observação para perceber se o ar acumulado entre as pleuras está sendo absorvido pelo organismo ou realizar uma pequena punção com seringa e agulha na parede do tórax para retirar o ar.

Nos casos mais graves, a drenagem torácica é indicada e realizada por um cirurgião ou pneumologista, também no hospital.

6. Embolia pulmonar

A embolia pulmonar é a obstrução súbita de uma artéria do pulmão provocada, geralmente, por um coágulo de sangue. Os sintomas mais comuns são:

  • Dor torácica: se inicia de forma súbita e vai aumentando de intensidade,
  • Falta de ar,
  • Respiração acelerada (taquipneia),
  • Batimentos cardíacos acelerados (taquicardia) e
  • Palidez.

A embolia pulmonar é uma emergência médica e, por este motivo, a pessoa deve ser levada rapidamente para o hospital. O tratamento inicial consiste em ofertar oxigênio e medicamentos que impedem o aumento e formação de novos coágulos.

7. Pericardite

A pericardite é uma inflamação do pericárdio, membrana como um saco que envolve e protege o coração.

Os sintomas são de dor no meio do peito, em pontadas e geralmente piora quando a pessoa respira profundamente, tosse e engole. Também se agrava quando a pessoa se deita. Entretanto, é comum sentir alívio quando ao permanecer sentada ou quando inclina o corpo para frente.

O tratamento é feito de acordo com as características e gravidades da doença. São usados medicamentos analgésicos, antitérmicos, anti-inflamatórios e antifúngicos. Em alguns casos, o internamento hospitalar pode ser necessário.

8. Câncer de Pulmão

O tipo mais comum de câncer de pulmão, tem como causa principal, o tabagismo.

Os sintomas mais comuns são a dor no peito ao respirar, tosse crônica e falta de ar. A pessoa também pode apresentar tosse com sangue, perda de apetite, emagrecimento, fadiga e fraqueza.

O tratamento depende do tipo, da localização do tamanho e da gravidade do câncer. Podem ser utilizados quimioterapia, radioterapia ou cirurgia, de forma separadas ou combinadas. O pneumologista é o médico indicado para acompanhar e tratar pessoas com câncer de pulmão.

Quando devo me preocupar?

Ao sentir dor no peito ao respirar, você deve atentar para os seguintes sintomas:

  • Dor no peito ao respirar que permanece por mais de 20 minutos
  • Falta de ar
  • Náuseas e vômitos
  • Tosse crônica ou com sangue
  • Suor frio
  • Tontura

Na presença de um ou mais desses sintomas, peça ajuda e procure o mais rápido possível, um atendimento médico ou uma emergência hospitalar.

Não use nenhum medicamento para aliviar a dor sem orientação médica.

Se você quer saber mais sobre dor no peito, consulte:

Dor no peito: o que pode ser e o que fazer? Como saber se é Infarto?

O que fazer no caso de dor no peito?

Por que tenho uma gripe que nunca sara?

Verdades e mitos sobre pneumonia

Referências

  • Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia
  • Sociedade Brasileira de Cardiologia
Estou sentido dor em cima do peito e queimação, pode ser esofagite?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim. Dor no peito associado a queimação podem ser sintomas de esofagite, embora existam outras causas, com maior gravidade, que devem ser excluídas.

A esofagite é uma inflamação no esôfago, localizado na caixa torácica, causada principalmente por refluxo gastroesofágico, apesar de haver muitas outras causas, como no link: O que pode causar esofagite?

Os sintomas mais comuns de uma esofagite são: Sensação de queimação no peito, pescoço e garganta, que pioram após as refeições; Azia; Regurgitação frequente; Rouquidão; Mau hálito e nos casos mais crônico, tosse seca.

Apesar de esofagite ser a hipótese mais provável neste caso, é fundamental a exclusão de outras causas que podem ser desde benignas, como a ansiedade e os gases, até potencialmente graves, como o Infarto agudo do miocárdio; úlceras de estômago ou esôfago; lesões ósseas em arcos costais; Herpes Zoster em estágios iniciais e doenças pulmonares, como pneumonia e tumores.

Portanto, o mais adequado nesse caso é que procure um médico gastroenterologista ou clínico geral para avaliação e solicitação de exames que confirmem esse diagnóstico. Após a confirmação do diagnóstico poderá ser prescrito um tratamento adequado e específico, além das orientações dietéticas para seu caso.

Saiba mais sobre o assunto em:

Dores no peito,poderia ser por tomar energético?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Há chances sim dos energéticos causarem este tipo de sintoma, porém a única maneira de ter certeza é suspendendo o uso e afastar outras causas (ir ao médico e fazer exames).

Dor no peito: o que pode ser e o que fazer? Como saber se é Infarto?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A dor no peito preocupa a todos, pelo medo de ser um sinal de infarto no coração (infarto agudo do miocárdio). E embora essa não seja a causa mais comum de dor torácica, é uma das causas que mais oferece risco de vida, por isso deve mesmo ser sempre investigada.

Hoje existem protocolos bem estruturados de atendimento nas emergências médicas, com excelentes resultados quando a doença é tratada a tempo.

Na suspeita de um infarto agudo do miocárdio, procure um serviço de emergência imediatamente.

Como saber se a dor no peito é infarto?

Os sintomas característicos de infarto agudo do miocárdio (IAM) são:

  • Dor ou desconforto no peito, de início súbito,
  • Localizada no lado esquerdo do peito (ou no meio do peito),
  • Tipo aperto, pressão ou desconforto, contínua,
  • A dor pode ser irradiada para o braço esquerdo, pescoço, mandíbula ou dorso (do mesmo lado),
  • Sintomas associados: Suor frio, tontura, náuseas, vômitos, fraqueza, mal-estar e falta de ar.

Vale ressaltar que portadores de diabetes podem não apresentar a dor no peito, mas apenas os sintomas de mal estar, suor frio, náuseas e vômitos. Por isso, em caso de diabetes, com esses sintomas, procure imediatamente um serviço de emergência para avaliação médica cardiológica.

Tipos de dores no peito

Na avaliação da dor no peito, a descrição da sua localização, pode auxiliar na pesquisa da causa desse problema. Entenda com a tabela abaixo, os principais diagnósticos, para cada tipo de dor torácica.

Tipos de dor O que pode ser?
Dor no peito à esquerda

Infarto agudo do coração, Dor muscular, Pneumonia, Asma, Pneumotórax, Derrame pericárdico, Gases.

Dor no meio do peito Refluxo gástrico, Espasmo esofagiano, Infarto agudo do miocárdio, Pericardite, Endocardite, Derrame pericárdico, Dissecção de Aorta, Hérnia de hiato, Asma, Ansiedade, Gases.
Dor no peito à direita Dor muscular, Pneumonia, Pneumotórax, Derrame pericárdico, Embolia, Pedras na vesícula, Gases.
Dor no peito que piora com a respiração profunda Pneumonia, Derrame pleural, Pneumotórax, Embolia pulmonar, Pericardite.
21 causas de dores no peito diferentes de infarto 1. Angina

A angina é considerada por alguns como o "princípio de infarto". De fato, a angina se caracteriza pela dor no meio do peito, tipo aperto, desconforto ou pressão, que pode ser irradiada para o braço esquerdo, pescoço, mandíbula ou dorso, e assim como no infarto, é causada pela falta de sangue em uma área do miocárdio (músculo do coração).

A grande diferença, é que a falta de sangue não é completa, a obstrução é parcial, portanto, o fluxo não é totalmente interrompido fazendo com que a dor dure menos de 15 a 20 minutos. A dor não é contínua, ela não dura mais de 20 minutos.

Quando a dor se mantém por mais de 20 minutos já caracteriza uma angina "instável" ou infarto.

No caso de angina, procure imediatamente um serviço de emergência médica. O tratamento é realizado com medicamentos sublinguais (para efeito mais rápido), com intuito de dilatar os vasos do coração, restituindo a circulação.

2. Endocardite

A endocardite é uma infecção no endocárdio (camada mais interna do coração). Os sintomas mais comuns são a febre, suor noturno, perda de peso, tosse e mal-estar.

Devido a tosse frequente, não é raro a presença de dor ou desconforto no peito. Entretanto não é um sintoma específico para essa doença. Contudo, por se tratar de uma doença grave com elevada taxa de mortalidade, deve entrar no grupo de causas possíveis a ser investigada.

O tratamento é feito com antibioticoterapia intravenoso, em ambiente hospitalar.

3. Pericardite

A pericardite é a infecção no pericárdio (uma espécie de "bolsa" que recobre o coração). A doença pode ser causada por uma infecção (bacteriana, fúngica ou viral), por trauma, uso crônico de medicamentos, doenças autoimunes ou pela presença de células neoplásicas (tumores).

Os sintomas característicos são a dor torácica no lado esquerdo do peito, que se irradia para o pescoço ou dorso, que melhora quando está sentado e piora quando se deita (decúbito dorsal).

O tratamento depende da gravidade do quadro e do agente causador dessa infecção. Sempre em ambiente hospitalar, pode ser tratado apenas com antibióticos venosos, ou associado a cirurgia.

4. Derrame pericárdico

O derrame pericárdico é o acúmulo de líquido no pericárdio. Os sintomas mais frequentes são a dor no peito do lado esquerdo, ou mais ao centro, tipo pressão ou aperto, associado a febre baixa, tosse e cansaço extremo.

O tratamento depende da causa do problema, do volume de líquido encontrado e do quadro clínico. Podendo ser conservador, com medicamentos, tratamento da causa e acompanhamento. Ou cirúrgico de urgência para os casos com falta de ar intensa e queda da pressão arterial.

5. Dissecção de aorta

A dissecção de aorta é uma emergência médica, uma das doenças que mais mata, se não tratada imediatamente. Chama-se dissecção, quando uma das camadas dos vasos se rompe, causando um extravasamento de sangue entre os folhetos do vaso.

Com o aumento da pressão entre essas paredes dos vasos, acontece uma ruptura do vaso, e sendo a aorta o maior vaso do corpo humano, o sangramento costuma ser fatal.

Os sintomas inicialmente são leves e inespecíficos, com dor entre os ombros, no meio do peito, sensação de peso no peito, dor no abdômen, fraqueza e ou mal-estar. O diagnóstico pode ser feito no exame clínico nos casos de aneurisma de grande volume na cavidade abdominal, ou por exames de imagem se for na região do tórax.

O tratamento é baseado no tamanho da dissecação, queixas e condições clínicas da pessoa.

6. Pneumonia

A pneumonia é a infecção do tecido pulmonar, geralmente decorrente de uma gripe mal curada. O principal sintoma é de dor no peito, em aperto ou pontadas, do lado acometido, que piora com a respiração profunda. Apresenta ainda, tosse produtiva, com secreção amarelada ou esverdeada, febre alta, falta de ar, fadiga e inapetência.

O tratamento é realizado com antibióticos. O médico da família, clínico geral ou pneumologista são os profissionais responsáveis pela confirmação desse diagnóstico e iniciar o devido tratamento.

7. Crise de asma (doenças crônicas do pulmão)

O processo de inflamação ou de fibrose encontrado nos problemas crônicos do pulmão, como a crise de asma, DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica), dificultam a passagem de ar devido ao edema, causando como sintomas: a dor no peito, ou desconforto tipo pressão, mais comum no meio do peito ou difusa, com dificuldade de respirar, sibilos ("chiado") e tosse seca.

A crise de asma pode evoluir para o óbito se não for devidamente tratada. O tratamento se baseia em medicamentos dilatadores para os brônquios, corticoides, nebulizações e oxigênio.

Na suspeita de crise de asma, procure imediatamente um serviço de emergência médica.

8. Pneumotórax

O pneumotórax é o acúmulo de ar entre as pleuras do pulmão (membranas que recobrem os pulmões). O afastamento das pleuras, que costumam ser "coladas", causa dor intensa tipo pontadas ou "agulhadas", que piora muito com a respiração profunda.

O tratamento depende do volume de ar encontrado e do quadro clínico. Nos casos mais leves, de pequena quantidade de ar, o tratamento é tratar a causa do problema e acompanhamento. Mas nos casos de grande quantidade de ar, impedindo uma boa ventilação, a drenagem torácica deverá ser indicada.

9. Derrame pleural

O derrame pleural é o acúmulo de líquido entre as pleuras dos pulmões (membranas que recobrem os pulmões). Pode ser originado de traumas, infecções ou doenças autoimunes.

A separação das pleuras pelo líquido acumulado, causa dor no peito, no lado acometido, que piora com a respiração profunda. Pode haver também, febre, falta de ar e cansaço associados.

O tratamento depende da causa e do volume de líquido acumulado. No caso de comprometimento da respiração, está indicado drenagem torácica, para restabelecer a expansão dos pulmões, e possibilita coleta do material para análise.

10. Trauma

No trauma torácico, pode haver contusão ou fratura de costela(s). As fraturas resultam em dor intensa no local do trauma, dificuldade de respirar e de falar devido à dor, pôr 5 a 7 dias em média. O tratamento é repouso absoluto, para consolidação da lesão, e analgésicos potentes.

No trauma grave, com mais de 8 costelas fraturadas ("tórax instável"), a dificuldade respiratória pode evoluir para parada respiratória, o que pode ser fatal. Nesses casos o tratamento exige internação hospitalar, com monitorização, vigilância respiratória e quando necessário, intubação orotraqueal para assegurar uma boa oxigenação ao organismo, até sua consolidação.

11. Tuberculose pulmonar

A tuberculose pulmonar é uma doença endêmica no nosso país, altamente contagiosa, causada pela bactéria M. tuberculosis. Os sintomas típicos são de tosse seca ou produtiva, sudorese noturna, febre vespertina, cansaço e fraqueza.

A tosse é contínua, com duração de mais de 3 semanas, fato que acaba por desencadear a dor no peito, do lado comprometido, do tipo pressão ou pontadas.

O tratamento é baseado em medicamentos antibióticos específicos e orientações gerais. Esses medicamentos são oferecidos gratuitamente pelo Ministério da saúde, nos postos de saúde da cidade, aonde deve realizar também o acompanhamento solicitado pela equipe.

12. Embolia pulmonar

A embolia pulmonar é uma obstrução súbita de artérias do pulmão, impedindo o fluxo de sangue nessa região, com consequente isquemia ou infarto pulmonar. A causa mais comum é a formação de um coágulo nas veias da perna, que caem na circulação e chegam aos pulmões, aonde o calibre de veia é menor, impedindo a sua passagem.

É mais uma emergência médica, com alta taxa de mortalidade se não tratada dentro das primeiras horas.

O tratamento é realizado com medicamentos anticoagulantes, para dissolver esse coágulo (ou êmbolo), restabelecendo o mais rápido possível, o fluxo de sangue naquela região. Quanto antes for recanalizado o vaso, menor a chance de sequelas.

13. Excesso de gases

Os sintomas de dores no peito devido a excesso de gases, são dores do tipo cólica ou em "pontadas", mais intensas na região abaixo das costelas. Tem como principal característica, a melhora da dor com a mudança de posição e ou com a eliminação de gases.

As dores por excesso de gases costumam estar associadas ao sedentarismo, alimentação gordurosa ou consumo excessivo de bebidas gaseificadas, como os refrigerantes e a água com gás.

Para evitar a formação excessiva de gases, é importante manter hábitos de vida saudáveis, como a prática regular de atividades físicas, alimentação saudável e preferir o consumo de água e sucos naturais. O uso de chás naturais e massagem auxiliam na melhora dos sintomas.

Nos casos de dor refratária, podem ser utilizados os medicamentos à base de simeticona (dimeticona), capazes de unir as bolhas de gás e acelerar a sua eliminação.

14. Refluxo gástrico / azia

A doença do refluxo se caracteriza pelo retorno de uma parte do conteúdo do estômago para o esôfago, que origina a queimação no meio do peito, com sensação de peso ou "aperto" na região.

Isso acontece porque o conteúdo gástrico já foi misturado e contém uma quantidade de suco gástrico, um líquido ácido produzido no estômago para auxiliar a digestão dos alimentos.

Porém a parede do esôfago não é preparada para receber um conteúdo ácido, sendo assim, esse refluxo gera uma irritação na mucosa esofagiana, desencadeando os sintomas.

O refluxo é popularmente conhecido por azia.

Para reduzir o refluxo, é necessário comer mais vezes em menor quantidade, evitar beber líquidos junto com a comida, e evitar se deitar logo após as refeições.

O tratamento específico para cada caso, deverá ser definido por um médico gastroenterologista, após a identificação da causa do refluxo.

15. Espasmo esofagiano

Os distúrbios esofagianos alteram a sua motilidade, gerando contrações fortes, que chamamos de espasmos. A causa mais comum é a doença do refluxo, mas os espasmos podem ser desencadeados também por tabagismo, situações de estresse, alimentos ácidos, entre outros.

O sintoma de espasmo esofagiano é uma dor no meio do peito, tipo aperto ou pressão, de moderada a forte intensidade, intermitente, que piora após as refeições ou em situações de estresse importante ou crise de pânico.

O tratamento dependerá da causa do problema e da gravidade dos sintomas.

16. Tumor de esôfago

Nos casos de tumores, os sintomas são causados principalmente pela compressão de estruturas próximas. As queixas mais comuns são de dor no meio do peito, dificuldade de engolir, rouquidão e ou tosse.

Com a evolução da doença podem apresentar ainda, emagrecimento sem causa aparente, mal-estar, inapetência, febre baixa e sudorese.

Nesses casos, deve procurar seu médico da família e ou clínico geral para iniciar uma investigação ampla e assim possibilitar o tratamento mais indicado.

17. Gastrite

A gastrite é uma inflamação na mucosa do estômago, causada por diversas situações, como o uso crônico de medicamentos anti-inflamatórios, alimentação inadequada, infecção pela H.Pylori ou estresse contínuo.

A inflamação origina os sintomas de dor no meio do peito, dor abdominal, náuseas, má digestão, falta de apetite e perda de peso nos casos mais avançados.

A dor típica da gastrite é uma dor em queimação, conhecida popularmente como azia, que piora após as refeições ou com jejum prolongado, no meio do peito.

O tratamento se baseia na orientação alimentar, redução de fatores de risco, como tabagismo e alcoolismo, e medicamentos que reduzem a acidez do estômago, para restabelecer a mucosa gástrica, os inibidores de bomba de prótons.

Nos casos de infecção pela bactéria H.Pylori, é necessário o uso de antibióticos

18. Hérnia de hiato

A hérnia de hiato é a passagem de parte do estômago para o tórax, através do diafragma, o que causa grande desconforto ou dor no meio do peito, do tipo aperto ou pressão.

O tratamento depende da gravidade, tamanho da hérnia e condições de saúde de cada pessoa. A doença é mais comum no idoso, e por isso as opções devem ser bem avaliadas. Uma opção é a orientação alimentar e acompanhamento. Nos casos que não melhoram ou com muitas queixas, pode ser indicada a cirurgia para a correção da hérnia.

19. Pedras na vesícula

A vesícula é o órgão responsável por armazenar a bile e liberar para o intestino na presença de alimentos, com o objetivo de auxiliar na digestão. A presença de pedras pequenas na vesícula não interfere nesse processo, pois são eliminadas junto com as fezes sem que a gente perceba.

No entanto, as pedras grande ficam impactadas no seu interior e causam dor tipo cólica, do lado direito do abdômen, que se irradia para a região torácica à direita, quando se contrai para enviar a bile para os intestinos.

Esse é o motivo da dor se agravar logo após as refeições, e principalmente nas refeições mais gordurosas, quando é necessário enviar maior quantidade de bile para a digestão.

O tratamento se inicia com orientações alimentares, mas pode evoluir para cirurgia nos casos de dor crônica, inflamação aguda ou complicações graves, como a pancreatite por cálculos biliares.

O mais adequado é que trate adequadamente com as orientações dietéticas, para evitar as complicações que podem ser fatais.

20. Crises de ansiedade

A dor no peito causada por ansiedade, costuma se localizar no meio do peito, do tipo aperto ou pressão, por vezes referida como "angústia no peito". Além disso, costuma estar associada a outros sintomas como: falta de ar, palpitação, formigamento no rosto ou nos braços, "bolo na garganta", pelo espasmo esofagiano, náuseas ou vômitos.

Isso acontece, porque durante uma crise de ansiedade ou pânico, o cérebro funciona da mesma maneira do que em uma situação de perigo real, preparando o organismo para a reação de fuga. Com isso aumenta os batimentos cardíacos, contrai a musculatura, aumenta a pressão arterial, reduz o calibre dos vasos, entre outras modificações, que originam todos esses sintomas.

No entanto, a única maneira de diferenciar com exatidão uma crise de ansiedade e o infarto do coração, é através do exame médico e exames complementares. Não existe um exame que confirme a ansiedade, trata-se de um diagnóstico de "exclusão".

No caso de dor no peito com os sintomas acima citados, o mais recomendado é que procure um atendimento médico de emergência, para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento necessário.

21. Dor muscular

A dor muscular ou contratura muscular é uma das causas mais comuns de dor no peito. Pode ser decorrente de uso excessivo da musculatura, como em frequentadores assíduos de academia, por trauma, posturas ou movimentos repetidos, entre outras situações.

A dor muscular se caracteriza por piorar com o movimento e ou palpação, e melhorar com repouso e uso de medicamentos relaxantes musculares.

O tratamento irá depender da intensidade da dor, basta manter-se em repouso de 1 a 2 dias, ou associar o uso de anti-inflamatórios e analgésicos comuns.

Quando deve procurar uma emergência / urgência?

Em caso de dor no peito, procure atendimento médico com urgência se:

  • A dor no peito tiver início súbito e vier acompanhada de sintomas como suor frio, mal-estar, dificuldade em respirar, batimentos cardíacos aumentados, náuseas e/ou vômitos;
  • A dor no peito se espalhar para mandíbula, braço esquerdo ou costas;
  • A dor no peito for forte e não melhorar após 20 minutos;
  • É portador de angina e o desconforto no peito se torna mais intenso subitamente ao praticar atividades leves ou dura mais tempo que o habitual;
  • Os sintomas de angina surgirem enquanto você estiver em repouso;
  • História prévia de ataque cardíaco ou embolia pulmonar;
  • Dor no peito associado a tosse com catarro verde e ou amarelado.
  • A dor no peito tiver início súbito e vier acompanhada de dificuldade para respirar, especialmente após viagem longa, permanecer muito tempo sentado (a), acamado(a) ou imobilizado(a) por cirurgia, por exemplo.

Em caso de dor no peito, verifique a ocorrência de outros sinais e sintomas procure um serviço de urgência, visto que as doenças cardiovasculares estão entre as principais causas de morte na população, e se iniciam com queixa de dor no peito.

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Dor torácica: o que pode ser?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A dor torácica é um incômodo ou uma dor sentida à frente do corpo, entre o pescoço e a parte superior do abdômen, ou seja, no peito ou tórax. Por isso, dor torácica, dor no peito e dor no tórax são diferentes formas de dizer a mesma coisa.

Muitas pessoas que experimentam uma dor no peito têm medo que seja um ataque cardíaco. No entanto, a dor torácica pode ter muitas causas. Algumas não são perigosas para a saúde, enquanto outras são graves e, em alguns casos, podem pôr a vida em risco.

Qualquer órgão ou tecido no peito pode ser a fonte da dor no tórax, incluindo coração, pulmões, esôfago, músculos, costelas, tendões ou nervos. A dor torácica também pode se espalhar para o peito a partir do pescoço, do abdômen ou das costas.

Quais as possíveis causas de dor torácica? Problemas cardiovasculares que podem causar dor torácica

Angina ou ataque cardíaco (infarto): O sintoma mais comum é a dor no peito que pode ser sentida como dor opressiva, forte pressão ou dor constritiva. A dor torácica pode irradiar para o braço, ombro, mandíbula ou costas.

Ruptura da parede da aorta: a artéria aorta é um grande vaso sanguíneo que transporta o sangue do coração para o resto do corpo. A ruptura da parede da aorta causa dor súbita e intensa no peito e na parte superior das costas.

Pericardite: é a inflamação do saco de tecido fibroso que envolve o coração, o pericárdio. A pericardite causa dor no meio do tórax.

Problemas pulmonares que podem causar dor torácica
  • Coágulo de sangue no pulmão (embolia pulmonar);
  • Colapso do pulmão (pneumotórax);
  • Pneumonia: causa dor no peito aguda, que geralmente piora ao tossir ou respirar fundo;
  • Inflamação da pleura (tecido fibroso que reveste os pulmões): pode causar dor torácica, que geralmente piora quando a pessoa tosse ou respira fundo.
Problemas do sistema digestivo que podem causar dor torácica
  • Espasmos ou estreitamento do esôfago (órgão em forma de tubo que transporta alimentos da boca para o estômago);
  • Cálculos biliares: causam dor que piora após uma refeição, geralmente uma refeição gordurosa;
  • Acidez gástrica ou refluxo gastroesofágico;
  • Úlcera gástrica ou gastrite: causa dor em queimação quando o estômago está vazio e melhora depois de comer.
Outras causas de dor torácica
  • Ataque de pânico e outros transtornos de ansiedade: a dor torácica geralmente vem acompanhada de respiração rápida, tremor das mãos, sudorese e sensação de ansiedade;
  • Inflamação na junção das costelas ao osso esterno (costocondrite), localizado no centro do tórax;
  • Herpes zoster, popularmente chamado de “cobreiro”: causa dor aguda que se estende do peito às costas, além de formigamento e erupções cutâneas. Os sintomas ocorrem apenas do lado direito ou esquerdo do corpo, e apresentam uma localização em faixa, segundo o trajeto do nervo;
  • Inflamação dos músculos e tendões entre as costelas.
O que fazer em caso de dor torácica?

Procure atendimento médico com urgência se a dor torácica for sintoma de infarto, angina ou embolia pulmonar. Nesses casos, a dor no peito tem características diferentes, de acordo com as causas, e vem acompanhada de outros sinais e sintomas.

Os sintomas de infarto incluem:

  • Dor torácica que começa de repente, acompanhada de sensação de pressão ou esmagamento no peito;
  • A dor no peito pode irradiar para a mandíbula, braço esquerdo ou meio das costas, entre as escápulas (omoplatas);
  • Dor no peito acompanhada de náusea, tontura, transpiração, aumento da frequência cardíaca (coração acelerado) e dificuldade respiratória;

Pessoas que sabem que têm angina devem procurar um serviço de urgência se:

  • O desconforto no peito se torna mais intenso de repente, durar mais que o normal ou ocorrer após uma atividade leve;
  • Os sintomas de angina podem ocorrer enquanto a pessoa está em repouso ou após atividade física ou fortes emoções (angina instável ou angina estável).

A embolia pulmonar também precisa de atendimento médico urgente. A embolia pulmonar ocorre quando um coágulo de sangue (trombo) chega aos pulmões.

Nesses casos, a pessoa poderá sentir dor no peito súbita e aguda, com dificuldade para respirar, principalmente após uma longa viagem, permanecer tempo prolongado na cama ou ficar muito tempo sem se movimentar.

Se além desses sintomas, uma perna estiver inchada ou mais inchada que a outra, pode ser um coágulo sanguíneo, que se desprendeu parcialmente do vaso sanguíneo e chegou aos pulmões, podendo causar embolia pulmonar.

Para os demais casos, procure atendimento médico se tiver dor torácica que dura mais de 3 dias ou se a dor no peito vier acompanhada de febre, tosse com catarro verde amarelado ou dificuldade para engolir.

Características de Dor no Peito que pode ser muito grave
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os tipos de dor no peito que indicam gravidade, são a dor em aperto, com um ou mais dos seguintes sintomas:

  • Duração maior do que 20 minutos
  • Irradiação para o braço esquerdo, mandíbula ou para as costas
  • Início súbito associado a falta de ar
  • Febre alta e/ou dificuldade de respirar
  • Suor frio, náuseas e mal-estar (especialmente em pessoas diabéticas).

As doenças que causam dor no peito e oferecem risco imediato, estão geralmente relacionadas à problemas no coração, como o infarto ou problemas pulmonares.

Portanto, se apresentar um tipo de dor que preocupe, como as citadas acima, especialmente se já for portador de outras doenças como pressão alta (hipertensão) e diabetes, procure imediatamente um serviço de urgência médica.

Causas de dor no peito que precisam de atendimento de urgência 1. Infarto (ataque cardíaco)

A dor no peito causada por infarto tem início súbito, é contínua (dura mais de 20 minutos) e localiza-se no lado esquerdo ou no meio do peito.

A dor caracteriza-se pela sensação de pressão ou aperto no peito, podendo irradiar para braço (geralmente esquerdo), pescoço, mandíbula ou costas. Há pessoas que referem como um "desconforto" no peito.

Os sintomas associados ao infarto são a falta de ar, suor frio, tonturas, náuseas, vômitos, fraqueza e sensação de mal-estar. Na suspeita de um infarto do coração procure uma emergência imediatamente ou chame uma ambulância através do número 192.

Recomendações enquanto aguarda atendimento médico:

  • Não ficar sozinho, pedir ajuda;
  • Desapertar as roupas;
  • Não fazer esforço;
  • Esperar pelo socorro num lugar arejado;
  • Respirar profundamente.
2. Angina

A dor no peito da angina é semelhante à dor do infarto, tipo aperto ou pressão, localizada no meio do peito, que pode irradiar para braço esquerdo, pescoço, mandíbula ou costas. Contudo, a dor não dura menos de 20 minutos e melhora com o repouso.

Embora não seja tão grave como um infarto, a angina é um sinal de que não está chegando sangue suficiente no coração e pode evoluir para o infarto a qualquer momento.

Por isso, no caso de angina, a pessoa também deve dirigir-se imediatamente a um hospital.

3. Pericardite

Trata-se de uma infecção do pericárdio, uma membrana de tecido fibroso que envolve o coração. Provoca dor no peito do lado esquerdo, que irradia para pescoço ou costas, com melhora na posição sentada e piora quando a pessoa se deita.

Outros sintomas que podem estar presentes são a dificuldade para respirar, piora da dor quando respira fundo, muito cansaço, febre e tosse.

4. Miocardite

A miocardite é uma inflamação no músculo do coração, que pode ocorrer, por exemplo, após uma virose ou doença infecciosa. Trata-se de uma complicação cardíaca grave.

Os sintomas são de dor no peito, cansaço extremo e dificuldade de respirar.

5. Pneumonia

A pneumonia é uma infecção pulmonar. O principal sintoma da pneumonia é a dor no peito, que pode ser em aperto ou pontadas que piora ao respirar fundo.

A dor também pode se localizar em um dos lados, à direita ou à esquerda do tórax, conforme o local afetado pela doença.

Outros sintomas comuns da pneumonia incluem tosse com catarro amarelado ou esverdeado, febre, falta de ar, fadiga e perda de apetite.

O tratamento da pneumonia deve ser feito com antibióticos, para isso precisa de uma receita médica controlada.

6. Pneumotórax

O pneumotórax é o acúmulo de ar entre as duas membranas que revestem os pulmões, as pleuras. O principal sintoma é a dor intensa no peito, apenas de lado, no pulmão acometido pelo pneumotórax, tipo pontada ou agulhada, que piora com a respiração profunda.

Dependendo da causa e da rapidez que o pneumotórax se instala, pode causar dificuldade respiratória e insuficiência respiratória.

7. Dissecção de aorta

A dissecção da aorta acontece quando as camadas do vaso se descolam, formando um hematoma entre elas, que enfraquece o vaso e causa os sintomas de dor no meio do peito, sensação de aperto no peito, dor entre os ombros, dor abdominal, fraqueza e mal-estar.

Se a artéria continuar com o sangramento, pode romper o vaso e levar a uma hemorragia grave. Por isso, na suspeita de dissecação de aorta, é importante procurar um serviço de urgência imediatamente.

8. Embolia pulmonar

A embolia pulmonar ou tromboembolismo pulmonar (TEP), ocorre quando um coágulo de sangue obstrui uma artéria do pulmão, interrompendo o fluxo sanguíneo no local. Além de dor no peito, a embolia pulmonar causa falta de ar súbita, tosse com ou sem sangue na secreção, chiado no peito, palpitação e aumento da frequência respiratória.

9. Câncer de pulmão

Os principais sintomas do câncer de pulmão são a dor no peito e a tosse crônica com expectoração purulenta ou sanguinolenta. Também é comum haver apenas desconforto no peito e rouquidão.

Com a evolução da doença, a pessoa pode apresentar febre, perda de peso, fraqueza, aumento do fígado, dor de cabeça, náuseas e vômitos.

Por vezes, a doença é silenciosa, descoberta ao acaso, sem qualquer sintoma, especialmente nos estágios iniciais.

10. Tumor de esôfago

Pode causar dor no meio do peito, dificuldade para engolir, rouquidão e tosse, devido a sua localização. À medida que a doença evolui, apresenta perda de peso, mal-estar, falta de apetite, febre e aumento da transpiração.

Quanto antes for diagnosticado, maiores as chances de cura da doença.

O que fazer em caso de dor no peito?

Procure atendimento médico com urgência se a dor no peito for intensa, durar mais de 20 minutos e irradiar para mandíbula, braço esquerdo, dorso ou se a dor vier acompanhada de algum dos seguintes sinais e sintomas:

  • Suor frio;
  • Mal-estar;
  • Dificuldade para respirar;
  • Batimentos cardíacos acelerados;
  • Náuseas;
  • Vômitos;
  • Tosse com sangue ou com catarro (verde ou amarelado).

A dor no peito pode ser sintoma de condições e doenças graves, que necessitam de atendimento urgente devido ao risco de morte. Procure imediatamente um serviço de urgência na presença de algum desses sinais e sintomas.

Dor no peito é sintoma de ataque cardíaco?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A dor no peito é o sintoma mais comum de um ataque cardíaco. A dor do infarto geralmente é: intensa, não melhora com o repouso e dura mais de 20 minutos, podendo irradiar do meio do peito para o braço (principalmente braço esquerdo), ombro, pescoço, mandíbula, abdômen ou costas. O ataque cardíaco também pode causar sensação de aperto, peso ou pressão no tórax.

Além da dor no peito, os sintomas do infarto do miocárdio podem incluir: ansiedade, tosse, sudorese fria, tontura, vertigem, náusea, vômito, batimentos cardíacos rápidos ou irregulares, dificuldade para respirar, falta de ar e desmaio.

Contudo, algumas pessoas, principalmente idosos, diabéticos e mulheres, podem ter pouca ou nenhuma dor no peito. Nesses casos, o ataque cardíaco pode se manifestar apenas com quadro de sudorese fria, cansaço, mal-estar e fraqueza, dificultando o rápido diagnóstico. Devemos estar sempre atentos a essa possibilidade.

O que fazer se tiver sintomas de ataque cardíaco?

A primeira coisa a fazer na presença de sinais e sintomas de um ataque cardíaco é levar a pessoa para um hospital com urgência. Se não for possível, ligue para o número 192 para chamar uma ambulância. Enquanto aguarda pelo socorro:

  1. Peça para a pessoa se sentar ou deitar;
  2. Desaperte qualquer roupa apertada;
  3. Pergunte à pessoa se ela toma algum medicamento para dor no peito, como a nitroglicerina, e ajude-a a tomá-lo;
  4. Não deixe a pessoa sozinha, exceto para pedir ajuda, se necessário;
  5. Não espere para ver se os sintomas desaparecem;
  6. Não dê nada à pessoa por via oral, a menos que tenha sido prescrito um medicamento, como a nitroglicerina, para casos como esse de dor no peito.

No caso da pessoa estar inconsciente e não reagir, inicie a massagem cardíaca:

Coloque uma mão sobre a outra e faça 30 compressões fortes e ritmadas no meio do peito da vítima, usando o peso do próprio corpo para fazer a compressão (procure manter um ritmo de cerca de 100 a 120 compressões por minuto). Continue a massagem cardíaca até à chegada do socorro.

Veja também: Saiba como identificar um infarto cardíaco e conheça os sintomas

O que causa um infarto?

A maioria dos ataques cardíacos é causada por um coágulo de sangue que “entope” uma das artérias coronárias, que são responsáveis pela irrigação sanguínea do músculo do coração (miocárdio). Com a interrupção do fluxo sanguíneo, o coração sofre com a falta de oxigênio e as células cardíacas morrem.

A obstrução da artéria coronária também pode ser causada pela formação de uma placa de gordura, composta principalmente por colesterol, que se acumula nas paredes do vaso sanguíneo, obstruindo parcial ou totalmente a irrigação sanguínea do miocárdio. Essa falta de sangue leva a morte do músculo cardíaco, denominado "isquemia" do coração.

A falta de sangue e oxigenação adequadas no miocárdio, é a causa do sintoma de dor no peito. Por isso, se já tem a dor, já está havendo sofrimento do músculo, por isso a urgência em procurar atendimento médico.

Um ataque cardíaco é uma emergência médica. Quanto mais rápido a pessoa receber atendimento, menor será a extensão da lesão, com menos danos ao coração e maior a chance de sobreviver ao infarto.

Leia também: doenças cardiovasculares: quais os fatores de risco e como prevenir?