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Receber sexo oral pega HIV?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Receber sexo oral não pega HIV. Segundo os últimos consensos sobre as formas de transmissão do vírus HIV, divulgados por fontes direcionadas ao estudo da AIDS, como a ABIA (Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS) e a Sociedade Brasileira de Infectologia, a pessoa que recebe sexo oral não corre o risco de ser infectada pelo HIV.

Antes, pensava-se que poderia haver transmissão se a pessoa que pratica o sexo oral tivesse alguma ferida na boca, já que o vírus não é transmitido pela saliva. Por exemplo, se o praticante tivesse inflamações na gengiva, aftas ou ferimentos causados pela escova de dentes ou fio dental, poderia haver um risco de infectar quem recebe o sexo oral.

Porém, devido à presença de enzimas na saliva, o vírus é eliminado e o HIV não é transmitido para quem está recebendo.

É importante lembrar que quem realiza o sexo oral corre o risco de ser infectado pelo HIV ou outra doença sexualmente transmissível (DST). Apesar da chance ser menor do que em outras formas de contato sexual, ela existe.

Durante o sexo oral, a pessoa fica exposta ao esperma ou fluido vaginal, que são seguramente meios de transmissão do HIV. Quanto maior a carga viral do indivíduo infectado, maior será a concentração do vírus nesses fluidos e maiores serão os riscos de transmissão. Por isso, recomenda-se o uso de preservativo também durante a prática de sexo oral.

Se praticou sexo oral sem proteção e está com dúvidas, o mais indicado é fazer o teste de HIV. O exame de sangue é oferecido gratuitamente nas Unidades de Saúde do Sistema Único de Saúde (SUS).

Leia também: 

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Relação sexual sem proteção: quais os riscos?

Tive uma relação de risco onde pratiquei sexo oral e no dia seguinte tive alguns sintomas. Posso estar com uma infecção aguda pelo HIV?

A pílula Ciclo 21 é boa?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, a pílula Ciclo 21 ® é um anticoncepcional eficaz e barato, tem poucos efeitos colaterais e a maioria das pacientes se adaptam bem. A pílula Ciclo 21 ® é indicada como contraceptivo oral.

A pílula Ciclo 21 ® é um contraceptivo oral que combina os hormônios etinilestradiol e levonorgestrel. Portanto, trata-se de um contraceptivo oral combinado, que atua por supressão das gonadotrofinas.

Além de inibir a ovulação, o Ciclo 21 ® dificulta a entrada de esperma no útero e na parede interior do órgão, o que diminui as chances de implantação do embrião e, consequentemente, de gravidez.

Qual é a eficácia da pílula Ciclo 21?

Quando a pílula Ciclo 21 ® é tomada corretamente e constantemente, possui uma eficácia anual de 99,9%. Contudo, vale lembrar que a eficácia das pílulas anticoncepcionais dependem da precisão com que são tomadas. A principal causa de falha dos anticoncepcionais orais é o esquecimento de tomar a pílula.

Quais são os benefícios e riscos da pílula Ciclo 21?

Os contraceptivos orais, como o Ciclo 21 ®, podem trazer alguns benefícios para algumas mulheres como a melhora na regularidade dos ciclos, diminuição da perda de sangue e da incidência de anemia ferropriva, além de reduzir as cólicas menstruais.

A pílula anticoncepcional também reduz a incidência de cistos ovarianos e gravidez ectópica. Outros benefícios da pílula Ciclo 21 ® incluem a diminuição da ocorrência de fibroadenomas, doença fibrocística da mama, doença inflamatória pélvica, câncer endometrial, câncer de ovário e acne.

O principal risco relacionado ao uso de contraceptivos hormonais se refere ao aumento da chance de trombose venosa profunda. A incidência de casos de trombose em mulheres usuárias de pílula é de cerca de 10 em 10.000, que é uma incidência baixa mas corresponde ao dobro da incidência entre as mulheres que não usam pílula. 

Como tomar a pílula Ciclo 21?

A pílula Ciclo 21 ® deve ser tomada diariamente, no mesmo horário e na ordem indicada na embalagem. A dose indicada é de 1 comprimido por dia, durante 21 dias.

Após o término da embalagem, deve-se fazer um intervalo de 7 dias antes de começar a tomar a embalagem seguinte, ou seja, deve-se começar a tomar novamente a pílula no 8º dia depois do término da embalagem. 

Quais são os efeitos colaterais da pílula Ciclo 21?

Os principais efeitos colaterais relacionados ao uso das pílulas orais hormonais, incluindo o Ciclo 21, são:

  • Dor de cabeça, incluindo enxaqueca;
  • Sangramento de escape;
  • Retenção de líquidos, inchaço;
  • Alterações de humor, incluindo depressão;
  • Nervosismo, tontura;
  • Alterações na libido;
  • Náuseas, vômitos, dor abdominal;
  • Acne, variações de peso;
  • Dor, sensibilidade, aumento e secreção das mamas;
  • Cólicas menstruais; alteração do fluxo menstrual;
  • Ausência de menstruação.

Outros efeitos menos comuns são:

  • Aumento ou diminuição do apetite;
  • Cólicas abdominais, distensão abdominal;
  • Erupções cutâneas, melasma, hirsutismo, alopecia;
  • Aumento da pressão arterial;
  • Aumento dos níveis de colesterol e triglicerídeos.

Para a lista completa dos efeitos colaterais já relatados consulte a bula do medicamento.

Para maiores esclarecimentos sobre a pílula Ciclo 21 ®, consulte um médico ginecologista.

Caso ele ejacule dentro o efeito da pílula seria o mesmo?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, o efeito é o mesmo. O efeito da pílula do dia seguinte não está associado ao fato de ejacular dentro ou fora da vagina, seu efeito depende do tempo que leva para tomá-lo.

Deste modo, você deve usar a pílula, de preferência, nas primeiras 24 horas após a relação desprotegida, embora algumas pílulas assegurem a eficácia em até 5 dias. Quanto mais tempo demorar para tomar o medicamento, maior a chance de falha.

Vale ressaltar ainda, que a pílula do dia seguinte é um anticoncepcional de emergência, que só deve ser usado e só funciona, quando o uso é feito após uma relação desprotegida, por isso é denominado pílula do dia seguinte. Não previne a gravidez se tomar antes da relação.

Se você menstruou no mesmo dia da segunda relação desprotegida, não é preciso fazer uso de mais uma pílula. Durante a menstruação não é possível engravidar.

Ejacular dentro ou fora & a pílula do dia seguinte

A pílula do dia seguinte não tem relação com a ejaculação ser dentro ou fora, a medicação é absorvida no sangue e interfere diretamente na ovulação, impedindo assim a gravidez.

Contudo, a ejaculação dentro da vagina, aumenta bastante as possibilidades de engravidar, visto que a quantidade de espermatozoides em direção ao óvulo é maior. Sendo assim, e sabendo que o tempo de tomada da pílula interferem na sua proteção, se houver ejaculação dentro, é ainda mais importante que tome a medicação dentro das primeiras 24 horas após a relação desprotegida.

Entretanto, ejacular fora não impede uma gravidez, porque já está comprovado, que o líquido liberado antes do esperma, também pode conter espermatozoides, mesmo que em menor quantidade.

Na dúvida, faça uso de pílula de emergência o quanto antes, lembrando que o uso contínuo pode trazer danos à saúde. Não é recomendado mais de uma vez por mês.

A pílula do dia seguinte serve para quantas relações?

Apenas uma. A pílula do dia seguinte só é capaz de evitar a gravidez a cada relação sexual desprotegida. Isto significa que o seu efeito não permanece para uma relação posterior, mesmo que seja no mesmo ciclo menstrual.

Se você tomou a pílula do dia seguinte e depois disso teve uma outra relação sexual sem proteção, corre o risco de engravidar.

É indispensável que nas relações posteriores você e seu parceiro usem os métodos contraceptivos adequados (camisinha masculina, feminina ou outros métodos hormonais), para não correr riscos de saúde.

Qual a chance de engravidar se o homem ejacula dentro da vagina?

É bastante alta se a mulher estiver no seu período fértil. Se não estiver no seu período fértil, a gravidez provavelmente não ocorrerá.

É preciso lembrar que quando a mulher se encontra no período fértil o risco de gravidez existe independente da ejaculação acontecer “dentro” ou “fora”. No coito interrompido, por exemplo, alguns espermatozoides estão presentes no líquido de lubrificação pré-ejaculatória e podem ocasionar a gravidez.

Existe possibilidade de a pílula do dia seguinte falhar?

Se a pílula for usada da forma correta, a chance de falha é bastante pequena. Quanto mais próximo à relação sexual desprotegida você tomar pílula, maior é a sua eficácia.

Recomenda-se o uso nas primeiras 24 horas após o ato sexual, período no qual a eficácia da pílula ultrapassa 95%. Ao contrário, após as 72h ou mais, para as pílulas do dia seguinte, essa eficácia se aproxima de 50%.

Quando devo usar a pílula do dia seguinte?

A pílula do dia seguinte deve ser usada em último caso como, por exemplo, quando a camisinha estoura no momento da ejaculação ou quando a mulher esquece de tomar o seu anticoncepcional por dois, ou mais dias e só lembra durante a relação sexual desprotegida.

A pílula do dia seguinte é indicada também em casos de estupro.

O que pode acontecer se a pílula do dia seguinte for usada com frequência?

A pílula do dia seguinte não deve ser um hábito e não deve passar de uma dose por mês. O uso frequente pode ocasionar problemas sérios para a saúde da mulher, que incluem:

  • Sangramentos volumosos (hemorragias)
  • Anemia
  • Irregularidade do ciclo menstrual
  • Náuseas e vômitos
  • Trombose
  • Infarto (Infarto Agudo do Miocárdio)
  • Derrame cerebral (Acidente Vascular Cerebral – AVC)

Para se prevenir da gravidez, você deve utilizar um método de barreira como a camisinha feminina ou masculina. Além de prevenir a gravidez, estes métodos previnem contra infecções sexualmente transmissíveis como HIV, clamídia, gonorreia, entre outras doenças.

É possível unir o uso de anticoncepcionais orais ou injetáveis à utilização da camisinha para evitar a gravidez. Se você optar por este método, converse com um ginecologista para escolher a medicação mais adequada.

Para saber mais sobre os efeitos da pílula do dia seguinte, você pode ler:

Referência:

Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia

Dor na hora da ejaculação é normal? O que pode ser e o que fazer?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sentir dor na hora da ejaculação não é normal. A ejaculação dolorosa pode ser um sintoma de inflamação ou infecção na próstata (prostatite), na vesícula seminal ou na uretra, câncer de próstata ou ainda ser devido ao uso de medicamentos antidepressivos.

A dor, que surge no momento ou logo depois da ejaculação, parece ser causada por espasmos musculares no períneo (região entre o ânus e o pênis) e nos canais por onde passa o esperma.

Nos casos de prostatite aguda, o paciente pode sentir dor no canal, nos testículos, no períneo, na virilha ou na região da bexiga. É comum a dor surgir logo após a ejaculação e durar dias. A prostatite pode ser consequência de uma doença sexualmente transmissível.

O mais indicado é procurar o/a médico/a de família, clínico/a geral ou urologista para que a causa da ejaculação dolorosa seja devidamente diagnosticada e tratada.

Também pode lhe interessar: Dor no pênis. O que pode ser?

Sêmen ralo é sinal de infertilidade?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sêmen ralo não é sinal de infertilidade. A única forma de saber se um homem é estéril ou está com a fertilidade reduzida é pelo exame específico chamado espermograma, que irá demonstrar a quantidade e a qualidade dos espermatozoides presentes no sêmen.

A consistência do sêmen (ralo ou mais espesso) varia de homem para homem e depende também do tempo que o individuo ficou sem ter uma ejaculação. Por isso, não se pode afirmar que sêmen ralo seja sinal de infertilidade.

O número de espermatozoides considerado normal numa ejaculação é em torno de 15 a 20 milhões por cada ml de esperma e no mínimo 40% deles devem ser capazes de chegar à trompa para encontrar o óvulo, para que a mulher possa engravidar. Já o volume de sêmen normal em cada ejaculação varia entre 1,5 ml e 5 ml.

A principal causa de infertilidade masculina é a produção baixa ou inadequada de espermatozoides, além de disfunção hormonal, varicocele e processos inflamatórios.

Casos de disfunção hormonal, varicocele e processos inflamatórios podem ser revertidos com tratamento.

Para saber se há algum problema com o seu sêmen, procure o/a médico/a urologista, clínico geral ou médico/a de família.

Leia também:

Pancada nos testículos pode causar infertilidade?

Como aumentar a contagem de esperma?

7 causas de esperma grosso e como resolver

Quais remédios e o que posso fazer para aumentar a quantidade de sêmen?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O aumento da quantidade de sêmen e esperma pode ser feito com uso de um medicamento chamado Proviron® e/ou suplementos como zinco, vitamina C, cálcio e vitamina D. Tanto os medicamentos como os suplementos devem ser usados sob recomendação médica, de acordo com cada causa.

Além disso, algumas medidas simples como a prática de atividade física e hábitos alimentares saudáveis podem ser adotadas para aumentar a quantidade de sêmen.

1. Proviron®

Proviron® (mesterolona) aumenta o número e melhora a qualidade dos espermatozoides e do sêmen, o que aumenta a fertilidade masculina. É apresentado em comprimidos de 25 mg e a forma de uso e a duração do tratamento devem ser determinados por um médico de família ou urologista.

2. Zinco e ácido fólico

O zinco e o ácido fólico podem amentar a concentração do sêmen, bem como a produção de espermatozoides.

A falta de zinco está associada a baixos níveis de testosterona, o que leva à má qualidade do sêmen e aumento da infertilidade masculina. Portanto, o uso de cápsulas de zinco pode aumentar a quantidade de sêmen.

O ácido fólico ou folato, igualmente colabora para a produção do sêmen e da sua qualidade.

3. Vitamina C

O consumo de vitamina C aumenta a produção de testosterona, o que provoca o aumento da quantidade de sêmen e melhora a produção e o vigor dos espermatozoides.

4. Vitamina D e cálcio

A deficiência de vitamina D e cálcio podem interferir na saúde do sêmen. Nestes casos, se recomenda suplementos de vitamina D e uma alimentação rica em cálcio como, por exemplo, brócolis, espinafre, queijo, leite e sardinha.

Tanto a vitamina D como o cálcio ajudam a aumentar a qualidade de esperma e a tratar a infertilidade masculina.

O que posso fazer para aumentar a quantidade de esperma?

Alguns hábitos e medidas simples podem ajudar a quantidade de esperma e você pode realizá-las no seu dia a dia. Estas medidas incluem:

  • Alimente-se com alimentos ricos em vitamina A, C, E, zinco e ômega 3: cenoura, manga, mamão, espinafre, brócolis, laranja, limão goiaba, salmão sardinha, abacate, atum e amendoim são alguns exemplos.
  • Pratique atividade física,
  • Evite fumar e ingerir bebidas alcoólicas,
  • Busque reduzir ou evitar as situações de estresse e
  • Durma bem.
Quantidades normais de sêmen e espermatozoides no espermograma

O volume de sêmen normal em uma ejaculação, deve ser igual ou superior a 1,5 ml. Já a quantidade de espermatozoides deve ser superior a 15 milhões/ml de esperma.

O exame capaz de detectar a quantidade de sêmen e espermatozoide é o espermograma.

Para saber mais sobre sêmen, você pode ler:

Como aumentar a quantidade de esperma?

Qual a causa provável de diminuição abrupta de esperma?

Ejaculo pouco esperma, pode dificultar ter filhos?

O homem pode ter o esperma fraco?

Quais as causas do esperma grosso e como resolver?

Referências

Bradley D Anawalt, et cols. Approach to the male with infertility. UpToDate: May 13, 2019.

Sociedade Brasileira de Urologia – SBU.

Ejaculo pouco esperma, pode dificultar ter filhos?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Ejacular pouco esperma ou sêmen, somente, não significa dificuldade para ter filhos. Além disso, é necessário saber se o volume de esperma ejaculado está realmente abaixo do normal, o que pode variar entre 1,5 ml e 5 ml por ejaculação.

Para saber se há algo errado com o esperma é necessário a realização de um espermograma, exame que analisa o número de espermatozoides por mililitro (ml), a proporção de espermatozoides defeituosos e imaturos, e a motilidade deles.

Alterações dos espermatozoides que podem ser encontradas no esperma:

  • oligospermia (baixa quantidade de espermatozoides);
  • astenospermia (baixa motilidade de espermatozoides);
  • teratospermia (pequeno número de espermatozoides com forma normal);
  • azoospermia (ausência de espermatozoides no esperma).

As causas de ejacular pouco sêmen ou de ter baixa qualidade do esperma podem estar ligadas a situações como:

  • Sedentarismo,
  • Desidratação,
  • Uso abusivo de álcool ou outras drogas;
  • Tabagismo,
  • Infecções sexualmente transmissíveis,
  • Uso de medicamentos,
  • Alterações genéticas,
  • Excesso de aquecimento na região dos testículos e
  • Alterações anatômicas.
O que posso fazer para aumentar a quantidade de esperma?

Você pode adotar alguns cuidados na sua rotina diária para aumentar a quantidade de esperma. Estes cuidados são simples e incluem alimentação rica em vitamina A, C, E, zinco e ômega 3 (brócolis, espinafre, cenoura, limão, sardinha, salmão, atum), praticar atividade física regularmente, evitar bebidas alcoólicas em excesso, evitar o tabagismo, procurar diminuir ou evitar as situações de estresse e dormir bem.

A dificuldade para ter filhos pode estar relacionada a outros fatores, além do esperma, que devem ser esclarecidos com a consulta a um urologista ou a um especialista em reprodução humana. É importante que o casal seja avaliado e acompanhado.

Para saber mais sobre esperma ou sêmen, você pode ler:

Como aumentar a contagem de esperma?

Tem como saber se meu marido é estéril no esperma a olho nu?

O homem pode ter o esperma fraco?

Quais remédios e o que posso fazer para aumentar a quantidade de sêmen?

7 causas de esperma grosso e como resolver

Referências

Bradley D Anawalt, et cols. Approach to the male with infertility. UpToDate: May 13, 2019.

Sociedade Brasileira de Urologia – SBU.

Relação com camisinha qual probabilidade ocorrer gravidez?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Uma relação sexual com camisinha apresenta em torno de 2 a 5% de chance de ocorrer gravidez.

O coito interrompido não é uma técnica indicada enquanto método contraceptivo.

O coito interrompido, caracterizado pela ejaculação fora da vagina, pode apresentar falhas no tempo em que a ejaculação ocorre, além de poder conter esperma no líquido pré-ejaculatório. Sendo assim, a taxa de falha do coito interrompido é em torno de 20%.

Quando há utilização da camisinha, não há necessidade de ejacular fora da vagina, pois o líquido da ejaculação será armazenado pela camisinha.

A camisinha (preservativo) é um excelente contraceptivo e um método de barreira contra agentes infecciosos de doenças sexualmente transmissíveis. Embora não seja 100% eficiente, pode chegar a um valor muito próximo disto para a maioria das doenças e também para a prevenção da gravidez.

O preservativo é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e pode ser adquirido nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) ou nas Unidades de Saúde da Família (UBSF).

Leia também: O que fazer para tirar camisinha que ficou dentro da vagina?

Ardência ao urinar no homem: o que pode ser?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

As principais causas de ardência ao urinar no homem são as infecções urinárias que afetam o canal da urina (uretrite), irritações da uretra, ISTs (infecções sexualmente transmissíveis), infecções da próstata e ainda a epididimite, uma inflamação junto aos testículos.

Além da queimação ou da ardência, é importante estar atento a outros sinais e sintomas que podem estar presentes, como corrimento ou secreção, febre, calafrios, alterações urinárias, entre outras manifestações que podem indicar a presença de infecções e doenças mais graves, como prostatites e doenças sexualmente transmissíveis, por exemplo.

Gonorreia

Se a ardência vier acompanhada de dor ao urinar e secreção, pode ser um sinal de gonorreia, uma doença sexualmente transmissível causada por bactérias. Sem tratamento e prevenção (uso de preservativo), a gonorreia pode ser transmitida para outras pessoas.

A doença tem cura e é tratada com antibióticos específicos. Lembrando que o tratamento também deve se estender à parceira ou parceiro, caso esses também estejam infectados.

Veja também: Quais os sintomas da gonorreia?

Infecção urinária (uretrite)

A uretrite é um tipo de infecção urinária que afeta homens e mulheres. Trata-se de uma inflamação da uretra (canal da urina) causada na maioria das vezes por bactérias. Os principais sinais e sintomas são a ardência ao urinar e a presença de corrimento amarelado. O tratamento é feito com antibióticos.

Leia também: Quais são os sintomas e causas de uma infecção urinária?

Prostatite

A prostatite é uma inflamação ou infecção da próstata, um órgão que produz líquidos que compõem o sêmen. A doença pode ser aguda ou crônica e os sinais e sintomas podem incluir dor ou ardência ao urinar, febre, calafrios, urina escura, dor nos músculos e no órgão genital, além de alterações urinárias.

Saiba mais em: O que é prostatite e quais os sintomas?

Epididimite

A epididimite é uma inflamação no epidídimo, um órgão que liga os testículos ao canal que transporta o esperma. Pode afetar homens de qualquer idade e é causada na maioria das vezes por bactérias, muitas vezes transmitidas pela via sexual.

A epididimite pode provocar ardência ou dor ao urinar, dor e inchaço na região escrotal, dor durante a ejaculação, aparecimento de caroço no testículo, ínguas na virilha e presença de sangue no esperma.

Leia também: Epididimite: Quais os sintomas e como é o tratamento?

Irritações na uretra

O contato da uretra com alguns produtos químicos, como amaciantes de roupa, perfumes, sabonetes ou ainda medicamentos, podem causar irritação no local e, consequentemente, ardência ao urinar.

Em caso de ardência ou dor ao urinar, consulte o médico de família, clínico geral ou urologista para uma avaliação.

Leia também:

7 causas de esperma grosso e como resolver
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O esperma grosso ou sêmen grosso, pode acontecer quando o homem passa mais tempo sem ejacular, em casos de desidratação ou até em situações de ansiedade e estresse emocional, sem significar um problema.

Ao mesmo tempo, pode ser um primeiro sinal de uma doença, como uma infecção sexualmente transmissível, problemas hormonais e inflamação da próstata.

Por isso, se perceber mudanças na consistência do sêmen, especialmente se associada a mudança da cor ou do cheiro, procure um urologista para a avaliação.

1. Desidratação

O consumo de água é fundamental para a produção de quantidade e qualidade do esperma. Procure beber ao menos 1litro e meio de água a dois litros por dia. Se mesmo assim o esperma se mantiver muito grosso será preciso consultar um urologista.

2. Infecção sexualmente transmissível

As doenças infecciosas transmitidas por via sexual, como a sífilis e a gonorreia, modificam a consistência do esperma, tornando-o mais grosso. Além da consistência, o sêmen pode se apresentar amarelado e com mau cheiro. O tratamento deve ser feito com antibióticos, para isso, procure um médico de família ou urologista, para fazer a devida prescrição.

3. Problemas hormonais

A redução de testosterona ou doenças da tireoide, podem interferir na produção do sêmen, levando a uma consistência mais grossa. O tratamento deve ser feito com medicamentos, e reposição hormonal, prescritos e acompanhados pelo endocrinologista.

4. Prostatite

Um processo inflamatório, como a prostatite, inflamação da próstata, tem como sintomas, mudanças das características do esperma, aumento da frequência da micção, dor e ardência ao urinar. Se suspeitar de prostatite, pode ser indicado tratamento com medicamentos, como os anti-inflamatórios e por vezes, uma biópsia da próstata. Procure o quanto antes um urologista para avaliação e tratamento.

5. Uso de anabolizantes

O uso de anabolizantes tem como um dos efeitos adversos, interferir diretamente na produção de espermatozoides, modificando a quantidade e consistência do esperma. Essas mudanças estão também relacionados com muitos casos de infertilidade masculina. Não recorra a anabolizantes sem uma indicação médica precisa.

6. Hábitos de vida ruins (alcoolismo, tabagismo e sedentarismo)

Os hábitos de vida ruins, especialmente o alcoolismo e o tabagismo, levam a menor produção de líquido seminal (sêmen) e da quantidade e qualidade dos espermatozoides. Procure adotar hábitos de vida saudáveis, alimente-se bem e beba bastante água. Se mesmo assim não houver melhora da consistência do esperma, será preciso uma maior investigação com o urologista.

7. Estresse emocional

Situações de estresse, ansiedade, sobrecarga e cansaço físico e mental, também promovem má qualidade de esperma. Para aliviar essa situação, procure um profissional da área de psicologia, para o devido tratamento. Quanto antes compreender a doença e adotar as medidas de tratamento, melhor a sua resposta e ainda evita outras complicações da doença.

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Referência:

Bradley D Anawalt, et cols. Approach to the male with infertility. UpToDate: May 13, 2019.

Entendendo os Resultados do Espermograma
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Os resultados do espermograma servem para avaliar a quantidade e a qualidade dos espermatozoides, através da análise do volume do esperma, pH (acidez), viscosidade, cor e liquefação do sêmen, número de espermatozoides e motilidade dos mesmos.

O espermograma avalia ainda a morfologia dos espermatozoides e determina o número de leucócitos presentes no sêmen.

A tabela abaixo mostra os valores dos resultados esperados para um espermograma normal, de acordo com os parâmetros da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) e da Organização Mundial da Saúde (OMS):

Parâmetros seminais Unidade SBU OMS
Volume Mililitro (ml) 1,5 - 5,0

≥ 2,0

pH Unid/ de pH 7,2 - 8,0 ≥ 7,2
Concentração espermática

10.000.000/ml

≥ 20 ≥ 20
Número total de espermatozoides X 10.000.000 - ≥ 40
Motilidade

% grau A

% grau A + B

-

≥ 50

≥ 25

≥ 50

Morfologia oval:

convencional / estrita

% formas normais ≥ 30 / ≥ 14 ≥ 30 / -
Leucócitos 10.000.000 / ml < 1,0 < 1,0
Analisando os Parâmetros Alterados do Espermograma Ph (acidez)

O pH do esperma deve ser maior que 7,2, ou seja, praticamente neutro e apenas ligeiramente básico. Lembrando que o pH menor que 7 é ácido e maior que 7 é básico.

Ph alterado, o que pode ser?
  • Prostatite e vesiculite (podem aumentar o pH);
  • Disfunções das vesículas seminais causadas pela ausência das mesmas ou obstrução dos ductos ejaculadores (deixam o sêmen ácido, ou seja, menor que 7).
Volume ejaculado alterado, o que pode ser?
  • Diminuição do volume ejaculado, ou hipospermia, pode significar:
    • Perda de material durante a coleta;
    • Ejaculação retrógrada;
    • Obstrução dos ductos ejaculadores ou ausência das vesículas seminais.
  • Aumento do volume ejaculado, ou hiperespermia: Pode decorrer por infecção ou inflamação das glândulas acessórias.
Concentração espermática alterada, o que pode ser?

As alterações na concentração de espermatozoides são chamadas de:

  • Azoospermia: Ausência completa de espermatozoide no líquido seminal, mesmo após centrifugação; nesses casos, a amostra deve ser centrifugada e se forem encontrados espermatozoides, trata-se de uma criptozoospermia, que auxilia na diferenciação entre uma azoospermia obstrutiva ou não obstrutiva e indica que os testículos estão produzindo gametas masculinos;
  • Oligospermia: Número de espermatozoides inferior a 20 milhões/ml;
  • Astenozoospermia: Quando são encontrados menos de 50% dos espermatozoides móveis.

Concentrações abaixo de 5 milhões/ml podem indicar uma alteração endócrina (hormonal) ou genética.

Motilidade alterada, o que pode ser?

Qualquer tipo de alteração na concentração espermática ou na motilidade pode acompanhar todas as causas de infertilidade masculina.

Classificação morfológica dos espermatozoides

São utilizados 2 padrões com critérios diferentes: a proposta pela OMS e a morfologia estrita de Kruger. Esta última é uma análise morfométrica dos espermatozoides, que é útil para prognósticos em casos de fertilização in vitro.

Porém, uma vez que os padrões morfológicos variam entre os laboratórios, esse método tem sido desacreditado, pois já foram encontradas concentrações de células ovais inferiores a 14% em populações de homens férteis.

A contagem das células redondas deve ser acompanhada de coloração específica e contagem de leucócitos, sempre que a concentração de células redondas for superior a 1 milhão.

Leucócitos alterados, o que pode ser?

Um aumento no número de leucócitos pode indicar uma infecção.

É importante lembrar que o espermograma não é um teste de fertilidade, uma vez que é comum não haver diferenças significativas entre os resultados de homens com infertilidade daqueles que são férteis. Porém, o exame fornece informações importantes sobre a função reprodutiva do homem.

É fundamental que a avaliação dos resultados do espermograma seja feito por um médico, geralmente urologista ou especialistas em fertilidade.

Para saber mais sobre quantidade de esperma, você pode ler:

Tem como saber se meu marido é estéril no esperma a olho nu?

Como aumentar a contagem de esperma?

Como saber se sou estéril?

Referências

Bradley D Anawalt, et cols. Approach to the male with infertility. UpToDate: May 13, 2019.

Sociedade Brasileira de Urologia – SBU.

Sangue no esperma, o que pode ser?
Dr. Ivan Ferreira
Dr. Ivan Ferreira
Médico

Esperma com sangue (hemospermia ou hematospermia) pode ter muitas causas, porém as mais frequentes são as infecções, inflamações e traumatismos, principalmente nos homens com idade inferior há 40 anos. Já nos homens com idade acima de 40 anos ou quando há a presença de sangue no esperma repetidas vezes é necessária uma avaliação mais detalhada para a identificação das possíveis causas.

A presença de sangue no esperma pode ter as seguintes causas:

  • inflamações e infecções como uretrite, prostatite, infecção urinária, doenças sexualmente transmissíveis (DST), inflamação das vesículas seminais,
  • hipertensão,
  • cálculos ou cistos no ducto ejaculatório e vesícula seminal,
  • tumores benignos ou, embora raramente, malignos,
  • malformações de artérias e veias, principalmente em adolescentes,
  • distúrbios de coagulação como a hemofilia e problemas no fígado,
  • traumatismos causados por procedimentos médicos ou pelo próprio paciente.

A maioria dos casos de hemospermia têm melhora espontânea sem que haja necessidade de tratamento. No entanto, o urologista deve ser consultado nessas situações.

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