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Dor no estômago e dor nas costas, o que pode ser?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A dor no estômago e dor nas costas que acontecem ao mesmo tempo, sugerem um problema gastrointestinal, como gastrite, refluxo ou excesso de gases.

No entanto, existem outras causas, como: pedra nos rins, infecção urinária, inflamação de vesícula, inflamação do pâncreas (pancreatite), contraturas musculares e dissecção de aorta.

Algumas situações são menos preocupantes, mas outras podem oferecer risco de morte, como a pancreatite e a dissecção de aorta. Portanto, se apresenta os sintomas com frequência ou se a dor vier associada a febre, vômitos e queda da pressão, procure um atendimento médico para avaliação.

1. Gastrite

Na gastrite, inflamação da parede do estômago, os sintomas são de dor na "boca do estômago", dor localizada na região central da barriga, associada a outros sintomas típicos, como:

  • Azia,
  • Indigestão,
  • Sensação de barriga inchada,
  • Mau hálito.

A dor pode ser irradiada para as costas, devido ao incômodo, que leva a posturas de compensação e com isso, mau jeito e contraturas musculares.

O tratamento deve ser feito com antiácidos, alimentação balanceada, comer mais vezes e em menor quantidade, além de reduzir o peso (para pessoas acima do peso ideal) e acompanhamento regular por um gastroenterologista.

2. Refluxo

O refluxo gastroesofágico causa queimação no peito, que pode vir acompanhada de "dor no peito", que irradia para o dorso, por vezes confundida com infarto do coração, devido a sua localização e intensidade.

A azia e a dor no peito nos casos de refluxo, ocorrem principalmente após a alimentação.

O tratamento também deve ser acompanhado pelo gastroenterologista e se baseia na mudança de hábitos, alimentação balanceada e uso de medicamentos antiácidos.

3. Gases

O acúmulo de gases no abdome, pelo consumo de alimentos gordurosos ou bebidas gaseificadas, é uma causa comum de dores abdominais que irradiam para as costas.

Outros sintomas associados são a sensação de barriga inchada e episódios de arrotos e flatulência.

O alívio dos sintomas se dá com massagens, movimentação, e quando preciso, medicamento antigases, como a simeticona®.

4. Pedra nos rins

A doença renal, seja presença de pedra nos rins ou infecção renal, pode causar a dor na região nas costas que irradia para a barriga.

Na presença de pedras, a dor pode vir associada a náuseas, vômitos, suor frio e sangue na urina. Na infecção urinária que atinge os rins, é comum a presença de febre e ardência ao urinar, junto com a dor.

O tratamento deverá ser definido pelo urologista. Nos casos de infecção urinária é preciso uso de antibióticos. Na presença de pedra obstruindo o fluxo de urina, antibióticos e procedimento cirúrgico para a retirada e restabelecimento do fluxo urinário.

5. Cálculo na vesícula

A presença de pedras na vesícula causa cólicas, náuseas e vômitos, após a alimentação mais gordurosa. Essa dor pode ser irradiada para o dorso, especialmente se houver inflamação na parede da vesícula.

O tratamento definitivo é feito com a retirada do órgão por cirurgia. O cirurgião geral é o responsável pela avaliação e conduta.

6. Pancreatite

A pancreatite é a inflamação do pâncreas e tem como sintoma principal a dor que se inicia no meio da barriga e se espalha para a costas, formando uma dor em "cinturão de dor". Além da dor é comum a presença de náuseas,vômitos, suor frio e febre.

Trata-se de uma doença grave, que pode levar ao óbito se não for rápida e devidamente tratada.

O tratamento consiste em suspender completamente alimentação pela boca, medicamentos e pesquisa da causa desse problema. Se a causa for um cálculo impactado, pode ser indicado um procedimento cirúrgico de urgência.

Na suspeita de pancreatite, procure um serviço de emergência.

7. Dissecção de Aorta

A dissecção da artéria aorta, é o descolamento entre as suas paredes (interna e média), que formam um espaço e permite o acúmulo de samgue nesse espaço. O acúmulo de sangue (hematoma), causa uma fragilidade nesse vaso.

Com isso, um trauma ou aumento da pressão podem levar a ruptura da artéria. No entanto, por ser a maior artéria do corpo humano, a sua ruptura causa um sangramento grave e alto risco de morte.

Os sintomas são de dor súbita na região do tórax, que irradia para o meio das costas. O paciente pode sentir ainda, mal-estar, suor e queda da pressão.

Na suspeita de dissecção de aorta, procure imediatamente uma emergência médica.8. Dor muscular

A dor muscular, devido a um mau jeito, trauma, ou posturas ruins no dia a dia, causam dor no dorso ou em toda a parte das costas, pode também irradiar-se para o dorso, dependendo do grupo muscular comprometido.

Neste caso, o tratamento deve ser feito com repouso e uso de relaxante muscular.

Quando procurar uma emergência?

Quando apresentar dor associada a um dos sinais e sintomas listados abaixo, procure imediatamente uma emergência médica.

  • Dor em cinturão, associada a náuseas e vômitos
  • Febre alta (acima de 37.8º)
  • Queda da pressão arterial, suor frio
  • Icterícia (olhos ou pele amarelada)
  • Alteração neurológica (dor associada a desmaio ou perda da consciência).

Para maiores esclarecimentos, converse com o seu médico de família ou clínico geral.

Saiba mais sobre como tratar a gastrite e problemas gástricos nos seguintes artigos:

Referências:

FBG - Federação Brasileira de Gastroenterologia

Dor no estômago e diarreia: o que eu faço?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Diarreia associada com dor de estômago está associado, na maioria das vezes, a um quadro de intoxicação alimentar ou infecção gástrica e intestinal.

Quando esses sintomas são transitórios, a pessoa deve se hidratar e repor os líquidos que estão sendo perdidos e evitar alimentação gordurosa e apimentada.

Na presença de fezes com sangue, vômitos e febre, é indicado procurar um serviço de saúde para avaliação.

Se essa situação for constante e durar mais de uma semana, é importante consultar o/a médico/a clínico/a geral ou médico/a de família para investigação.

Leia também:

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Dor no estômago na gravidez é normal?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, na maioria das vezes, a dor no estômago na gravidez é normal. A dor de estômago é um sintoma muito comum durante a gestação e está relacionada ao aumento de determinados hormônios, alterações psicossomáticas e alterações anatômicas próprias da gravidez.

Durante a gravidez, o estômago passa a produzir maior quantidade de enzimas digestivas e ácido. Além disso, com o seu avanço, ocorre o aumento do tamanho do útero, empurrando o estômago para cima, o que favorece a ocorrência de refluxo gastroesofágico, e os sintomas de dor e queimação.

Para reduzir o sintoma, é importante diminuir o tamanho das porções de alimentos ingeridas, ou seja, comer menor quantidade de alimentos em cada refeição e realizar mais refeições por dia. Outra medida que reduz os sintomas, é não ingerir líquidos durante a refeição, evitando a dilatação do estômago.

Alimentos gordurosos e pesados também têm a digestão mais lenta, mais dificultada, o que pode prejudicar ainda mais os sintomas.

Em alguns casos, pode ser necessário o uso de medicação para aliviar as queixas.

Dor no estômago durante a gravidez pode ser intoxicação alimentar?

Se a dor no estômago vier acompanhada de diarreia, pode ser um sintoma de intoxicação alimentar, infecção no estômago ou no intestino. Nesses casos, recomenda-se manter uma boa hidratação para repor os líquidos que estão sendo perdidos, evitar alimentos gordurosos e apimentados e entrar em contato com médico/a obstetra assistente.

Se houver presença de sangue nas fezes, vômitos e ou febre, recomenda-se procurar um serviço de saúde para avaliação de emergência.

Dor no estômago durante a gravidez pode ser gastrite?

Dor no estômago acompanhada de náusea e queimação pode ter como causa uma gastrite sim. A gastrite é uma inflamação generalizada na parede do estômago, que pode causar edema e feridas superficiais.

O principal sintoma da gastrite é a dor constante no estômago em queimação, sobretudo na “boca do estômago”. A dor geralmente melhora quando a pessoa come e piora com o estresse.

Outros sintomas da gastrite incluem azia, perda de apetite, náuseas e vômitos.

A gastrite tem como uma das principais causas o aumento da produção de ácido gástrico, o que aumenta a acidez do trato digestivo alto, principalmente do estômago. O ácido gástrico em grande quantidade agride a mucosa que reveste a parede interna do órgão, causado uma reação inflamatória.

Porém, a gastrite também pode ser causada pela bactéria Helicobacter pylori, uma bactéria comum no estômago de cerca de 50% da população. A H. pylori também tem a capacidade de aumentar a acidez do suco gástrico, gerando um processo inflamatório da mucosa do estômago.

Outras causas conhecidas para dor no estômago são o estresse, uso de medicamentos, jejum prolongado, entre outras.

Para tratar a dor no estômago durante a gravidez, consulte seu/sua médico/a obstetra ou médico de família para identificar a causa e iniciar um tratamento adequado.

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Dor no estômago, enjoo e queimação. O que pode ser?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Dor no estômago, enjoo e queimação podem ser causados por gastrite, uma inflamação generalizada no estômago que o deixa mais avermelhado e provoca feridas superficiais.

Além da gastrite, a dor de estômago, o enjoo e a queimação também podem ser sintomas de outros problemas e condições, tais como jejum prolongado, gravidez, estresse, uso de certas medicações, infecção gastrointestinal, entre outros.

O que é a gastrite?

A gastrite provoca uma inflamação da mucosa que reveste o estômago. A mucosa produz várias substâncias fundamentais para a digestão. Na gastrite, devido à inflamação, a produção dessas substâncias fica prejudicada, interferindo com o processo digestivo.

Em condições normais, a parede interna do estômago fica protegida da acidez do suco gástrico. Porém, quando há lesões na mucosa, o ácido estomacal penetra na mesma, aumentando ainda mais as lesões, podendo gerar úlcera e sangramento.

Quais são as causas da gastrite?

Uma das principais causas de gastrite é o aumento da produção de ácido no estômago, que deixa a acidez do aparelho digestivo alta. O aumento do ácido estomacal prejudica a mucosa que reveste o órgão, gerando um processo inflamatório.

A gastrite também pode estar relacionada com a bactéria Helicobacter pylori, que está presente no estômago de cerca de metade da população. Essa bactéria aumenta a secreção de ácido estomacal, deixando o suco gástrico mais ácido, com consequente inflamação da mucosa que reveste o estômago.

Há pessoas que têm defesas naturais contra a H. pylori e não desenvolvem gastrite. Porém, quando a imunidade está mais baixa, essa bactéria pode agir com mais intensidade e desencadear o problema.

Com o avançar da idade, a mucosa que reveste o estômago vai ficando mais fina, tornando-se mais frágil. Por isso, o risco de gastrite aumenta com a idade.

Quais são os sintomas da gastrite?

A gastrite pode causar dor constante em queimação, que melhora quando a pessoa come e piora com o estresse. Os principais sintomas da gastrite incluem dor na boca do estômago, azia, perda de apetite, enjoo e vômitos. Em alguns casos, pode haver presença de sangue nos vômitos ou nas fezes.

Nas gastrites crônicas causadas pela H. pylori, pode ocorrer atrofia da mucosa e destruição das células produtoras de ácido e enzimas fundamentais para a digestão.

A gastrite pode causar complicações, como úlcera, formação de pólipos, câncer e tumores benignos.

Qual é o tratamento para gastrite?

O tratamento da gastrite é feito com medicamentos que diminuem a produção de ácido pelo estômago, reduzindo a dor. Se a gastrite for causada pelo uso de medicamentos anti-inflamatórios, o médico deverá rever a utilização da medicação.

Também é muito importante tratar a infecção por H. pylori através de antibióticos e outros medicamentos.

Consulte o/a médico/a de família, clínico/a geral ou gastroenterologista para uma avaliação detalhada, diagnóstico e tratamento adequados para a sua situação.

Posso tomar antibiótico com o estômago vazio?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Depende do antibiótico. Em geral, os antibióticos não devem ser tomados com o estômago vazio porque podem causar irritação gástrica, além do fato do alimento ajudar a proteger o estômago.

Porém, há antibióticos que precisam ser ingeridos com o estômago vazio ou em jejum para o alimento não interferir na absorção do medicamento.

Por exemplo, tomar amoxicilina com o estômago cheio não interfere na sua ação. Já a claritromicina é absorvida mais lentamente na presença de alimentos, demorando mais tempo para chegar à corrente sanguínea. Neste caso, o ideal é que seja ingerida com o estômago vazio.

É importante lembrar que antibióticos e outros medicamentos devem ser ingeridos com um copo cheio de água.

Posso tomar antibiótico com leite?

Não se deve tomar antibiótico com leite, pois o leite pode diminuir o efeito da medicação. Isso ocorre porque o leite estimula a produção de sucos digestivos que podem agir sobre a medicação e limitar o seu efeito.

Outra razão para não tomar antibiótico com leite é o fato do leite conter cálcio, um mineral que pode interagir com os compostos da fórmula do remédio e promover uma inativação química do mesmo, cortando o seu efeito.

Posso tomar antibiótico com chá ou café?

O chá e o café possuem cafeína, que em grandes quantidades pode aumentar os efeitos colaterais do antibiótico e também aumentar a sua excreção, além de poder causar irritação e excitação.

Beber álcool corta o efeito do antibiótico?

O álcool não corta diretamente o efeito do antibiótico, mas aumenta a eliminação de urina. Como consequência, o antibiótico é excretado mais rapidamente do organismo, diminuindo o seu efeito. A bebida alcoólica irrita a parede do estômago, assim como o medicamento, o que aumenta o risco de gastrite.

Além disso, tanto o antibiótico como o álcool são processados pelo fígado, o que sobrecarrega o órgão.

Para maiores esclarecimentos, fale com o/a médico/a que receitou o antibiótico para saber a forma correta de tomar o medicamento e siga corretamente as suas orientações.

Dor no estômago e barriga inchada, o que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

As causas mais comuns para a dor de estômago e sensação de barriga inchada, são a gastrite e excesso de gases.

Contudo, outros problemas também causar os mesmos sintomas, como uma doença inflamatória intestinal, infecção intestinal, alergias, intolerâncias alimentares, os tumores e causas psicológicas.

Para saber exatamente a causa, é preciso passar por uma avaliação médica, e algumas vezes, complementar a investigação com exames de sangue e exames de imagem.

Gastrite

Na gastrite, existe uma inflamação na parede do estômago, que dá origem a azia (sensação de queimação) no estômago, dor no estômago e barriga inchada, após as alimentações.

Para aliviar os sintomas, evite alimentos gordurosos, coma várias vezes durante o dia, em menores quantidades e beba bastante água. Além disso, é preciso procurar um gastroenterologista, para dar início ao tratamento medicamentoso e demais orientações.

Excesso de gases

O excesso de gases tem como principais sintomas as dores nas costas, barriga inchada e por vezes, a dor no estômago. Na maioria das vezes é originado de alimentação ruim, consumo de bebidas gaseificadas ou comer rapidamente.

Para aliviar os sintomas, procure se movimentar, coma mais lentamente, evite falar durante as refeições ou beber bebidas gaseificadas, como refrigerantes e bebidas alcoólicas.

Se for um sintoma muito recorrente, e mesmo com esses cuidados continuar a apresentar os sintomas, procure um gastroenterologista para uma avaliação mais cuidadosa.

Doença inflamatória intestinal

As doenças inflamatórias intestinais, como a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa, também podem causar os sintomas de dores abdominais, sensação de barriga inchada e indisposição. Outros sintomas comuns são a perda de peso, fissuras anais e presença de sangue nas fezes.

Na suspeita dessas doenças, o médico gastroenterologista, mais uma vez, é o especialista responsável por avaliar e orientar caso a caso.

Infecção intestinal

A infecção intestinal é causada pela presença de proliferação exagerada de uma bactéria no órgão, e se caracteriza pela presença de dor na barriga do tipo cólicas, sensação de inchaço pelo excesso de gases produzido pelas bactérias, dor no estômago e febre. Pode haver ainda diarreia, mal-estar, náuseas e vômitos.

A infecção deve ser tratada com orientações alimentares e antibióticos. Na presença desses sinais, procure um atendimento médico, de urgência, para iniciar rapidamente o seu tratamento e evitar complicações da doença.

Alergia e intolerância alimentar

No caso de alergia e intolerância alimentar, além desses sintomas, é comum a cólica abdominal e diarreia. As crianças são mais propensas a alergia e intolerâncias, devido à adaptação do organismo.

Por isso, se perceber que a criança sente esses sintomas de dor no estômago, barriga inchada e cólicas após consumir um certo alimento, procure o pediatra e converse sobre esse assunto, pode ser uma alergia alimentar.

Se for adulto, procure o seu médico da família ou clínico geral, para dar início a essa investigação.

Tumor

O crescimento de um tumor pode ser totalmente silencioso, ou iniciar com sintomas discretos e inespecíficos. Por isso, se apresentar os sintomas de dor no estômago e barriga inchada com frequência, associado a perda de apetite ou emagrecimento, procure um médico para avaliação.

Ansiedade, estresse

As causas psicológicas como a ansiedade e o estresse também são causas frequentes de dor no estômago, cólicas, sensação de barriga inchada e tensão muscular.

Deve ser tratado porque pode evoluir com doenças mais graves como úlcera de estômago, síndrome do intestino irritável e outras.

Neste caso, procure um psiquiatra ou psicólogo, para dar início ao seu tratamento. Para a maioria das pessoas, a ansiedade tem cura, portanto, não deixe de procurar ajuda.

Quando procurar um médico?

Existem ainda outras tantas causas de dor no estômago, nas costas e barriga inchada, como doenças do fígado, cálculo renal, problemas na vesícula ou pancreática. Sendo assim, recomendamos que não havendo um sinal de gravidade, agende com o seu médico de família ou clínico geral para avaliar e tratar o seu caso.

Mas no caso de um dos sintomas abaixo, procure imediatamente um serviço de urgência:

  • Febre,
  • Pele ou olhos amarelados,
  • Emagrecimento sem motivo aparente,
  • Vômitos que não cessam mesmo com a medicação habitual,
  • Sangramento na urina, nas fezes ou no vômito.

Para saber mais você pode ler:

6 dicas para desinchar a barriga rapidamente

Barriga inchada: o que pode ser e o que fazer?

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O que é a síndrome do intestino irritável?

Referências

MS. Ministério da Saúde.

FBG. Federação Brasileira de Gastroenterologia

Azia constante: qual é o tratamento?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A azia não é uma doença propriamente dita, mas sim um sintoma que pode aparecer isoladamente e com muita frequência quando abusamos de alguns tipos de bebidas ou alimentos. Contudo, quando a azia é constante, ela pode ser sintoma de algumas doenças do aparelho digestivo.

A regra geral para o tratamento da azia é não ingerir aquilo que faz mal. A maioria das pessoas consegue identificar facilmente os alimentos e bebidas que causam azia, embora esses alimentos variem muito de pessoa para pessoa.

Outras recomendações importantes são: evite ficar muitas horas sem comer e, quando comer, evite quantidades muito grandes de alimentos na mesma refeição. Portanto, o ideal é comer várias vezes por dia e um pouco de cada vez, além de evitar deitar logo após as refeições.

Para tratar a azia, também é importante evitar: cigarro, bebidas alcoólicas, café, açúcar, alimentos ricos em açúcar, chimarrão, alimentos gordurosos, alimentos condimentados, frutas cítricas, tomate e derivados.

O tratamento da azia também pode incluir o uso de medicamentos, como inibidores de bombas de prótons (omeprazol, pantoprazol, etc), entre outros. O objetivo da medicação é diminuir a secreção de ácido estomacal e neutralizá-lo. Nos casos mais graves de azia, pode ser necessário realizar cirurgia para tratar a origem do refluxo.

O que é a azia?

A azia é um sintoma proveniente do esôfago e em alguns casos do estômago. A azia é sentida como uma queimação ou ardência que ocorre desde a região denominada epigástrio (“boca do estômago”), passando pelo região retroesternal (osso no meio do peito), região anterior do pescoço até a garganta.

Como surge a azia?

Para entendermos porque a azia ocorre, precisamos entender que o nosso estômago é recoberto por um tipo especial de mucosa capaz de suportar o pH baixo (muito ácido) que é normal para o estômago.

Só o estômago possui esse tipo de mucosa. O esôfago e as outras partes do aparelho digestivo não têm esse tipo de tecido e, portanto, não estão protegidos da acidez estomacal.

A principal causa da azia é o refluxo de material ácido proveniente do estômago para o esôfago e garganta. Em algumas situações, quando a acidez é muito grande ou a proteção estomacal é destruída, a azia é sentida no estômago.

A azia geralmente está associada aos quadros de refluxo gastroesofágico, gastrite e esofagite. Em casos menos frequentes, pode estar associada a casos de úlcera péptica e câncer de estômago ou esôfago.

Azia constante, o que fazer?

A azia constante é um sintoma bastante incômodo e que leva um grande número de pessoas a procurar ajuda médica. Consulte o médico para uma avaliação dos sintomas, em muitos casos é necessário seguir orientações dietéticas e fazer uso de medicamento por algum tempo.

Em casos em que os sintomas não melhoram com o tratamento convencional ou que apresentam sinais de alerta como sangramento, vômitos, perda de peso, está indicada a realização da endoscopia digestiva alta.

Procure um médico de família ou clínico geral para uma avaliação inicial caso apresente frequentemente azia. Em alguns casos pode ser necessário o acompanhamento também por um médico gastroenterologista.

Conheça mais sobre esse assunto nos artigos:

Um copo de água ou leite alivia a azia?

H. pylori positivo é sinal de câncer de estômago?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Não, H. Pylori positivo não é sinal de câncer de estômago, mas sim um fator de risco para desenvolver a doença. Ainda não se sabe ao certo por qual a motivo a presença dessa bactéria contribui para o aparecimento do câncer de estômago, mas acredita-se que o H. Pylori provoque uma inflamação crônica no estômago que aumenta a predisposição para o desenvolvimento da doença.

Contudo, o Helicobacter Pylori não é por si só a causa do câncer de estômago. Existem outros fatores de risco que também devem ser considerados, como histórico de câncer na família, hábitos alimentares, fatores ambientais, entre outros. O conjunto dos fatores predisponentes é que poderão favorecer o surgimento do tumor.

Além de câncer de estômago, o H.pylori está associado a outras doenças gástricas como úlceras e gastrites. No entanto, é importante lembrar que a bactéria vive no estômago de mais de metade da população sem causar nenhum tipo de sintoma. Dentre os portadores do H. Pylori, apenas 1% deles, em média, irá desenvolver câncer.

Saiba mais em: Quais os sintomas do H. pylori?

O tratamento para erradicar o H. Pylori normalmente inclui 3 medicamentos: 1 inibidor da produção de ácido gástrico e 2 antibióticos, que devem ser administrados entre 10 a 14 dias.

Veja também: H. pylori tem cura? Qual é o tratamento?

Para maiores esclarecimentos, fale com o seu médico de família ou clínico geral.

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Referência

FBG. Federação Brasileira de Gastroenterologia.

Sinto incômodo na barriga, com um barulho de líquido...
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Pode ser um problema no trato digestivo, porém são poucas informações para direcionar os sintomas para uma doença específica.

Algumas das causas que podem resultar em incômodo no lado esquerdo do abdômen, na porção mais alta, são: Gases, má digestão, cálculo renal, intolerância a lactose e até ansiedade.

Os barulhos que ouvimos durante o processo da digestão no organismo, são resultado dos movimentos que o trato gastrointestinal realiza para empurrar o bolo alimentar até os intestinos e em seguida expelir na forma de fezes.

Trata-se de um processo natural do nosso corpo, entretanto, quando a pessoa não promove uma boa digestão, seja por falta de alguma enzima ou alimentação inadequada, esse processo fica prejudicado, sobrecarregando os órgãos, com isso gera um aumento do peristaltismo, consequentemente mais barulhos e sensação de incômodo.

Gases

Os gases são a causa mais comum, por vezes o incômodo é tão importante que pode vir associado a náuseas, vômitos, suor frio e mal-estar, sendo confundido com infarto agudo do miocárdio ou cólica renal.

Má digestão

A má digestão está relacionada principalmente aos hábitos de vida, como a alimentação ruim, com pouca fibra, grande quantidade de açucares e carboidratos, associado ao sedentarismo. Por isso, nesses casos, a orientação médica é de melhor a alimentação e iniciar uma atividade regular, pelo menos 4x por semana.

Cálculo renal

A presença de um cálculo renal pode não causar nenhum sintoma, apenas quando migra e obstrui a passagem da urina. Quando isso acontece, a parede do rim se distende, pelo aumento da pressão e causa uma dor intensa, mal-estar, suor frio, náuseas e vômitos. Algumas vezes apresenta também sangramento na urina, sintomas que direcionam para esse problema.

Intolerância a Lactose

A falta de uma enzima que degrada a lactose, ou o consumo em excesso desse nutriente, pode causar uma dor e incômodo como o apresentado, além de dificultar a digestão, levando ao acúmulo de líquido e barulho no abdômen.

Ansiedade

Pessoas ansiosas ou em momentos de estresse e emoções fortes, costumam apresentar como resposta adrenérgica, cólicas, má digestão e mal-estar.

Contudo, quanto mais informações puder acrescentar para o médico que irá avaliar o seu caso, maior a chance de um diagnóstico preciso e o tratamento correto. Por isso sugerimos como fatores que devem ser observado e se possível anotados para levar junto à consulta:

  • Qual é a frequência desse incômodo? Sente todos os dias, ou toda semana?
  • Existe relação com algum horário do dia?
  • Existe relação com algum alimento ou bebida?
  • Acontece após comer muito ou beber grandes quantidades de líquidos?
  • Apresenta mais algum sintoma, como náuseas, vômitos, tonteira ou febre?
  • Está relacionado a momentos de estresse ou ansiedade?

Juntando todos os dados possíveis sobre o que sente e como acontece, recomendamos agendar uma consulta com médico/a clínico/a geral ou gastroenterologista, para avaliação, exame físico e orientação terapêutica.

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Omeprazol para esofagite e dor no estômago. Quanto tempo demora para fazer efeito?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Normalmente, o omeprazol produz uma melhora rápida dos sintomas, dentro de poucos dias. Entretanto, feridas como úlceras e inflamação na parede do esôfago e estômago, podem levar até 8 semanas para cicatrização completa.

Pode ser necessário usar também algum antiácido, juntamente como omeprazol, para ajudar a aliviar as dores estomacais, mas sempre conforme a orientação médica.

Se você está tomando omeprazol duas semanas e não melhorou muito, deve primeiro falar com o seu médico gastroenterologista, que irá avaliar a necessidade de fazer ou não outra investigação.

Contudo, verifique se você está tomando o omeprazol da forma correta, em jejum, 15 minutos antes de cada refeição; vale também confirmar a data de validade do medicamento, e se tem seguido as orientações quanto a alimentação adequada para quem tem diagnóstico de gastrite ou esofagite. Se o medicamento não for usado corretamente, ele pode não produzir os efeitos esperados.

Como tomar omeprazol corretamente?

O correto é tomar o omeprazol antes das refeições, de preferência 15 minutos antes do café da manhã. Se for prescrito mais de uma vez ao dia, sempre 15 minutos antes de cada refeição.

Se tiver dificuldade em engolir as cápsulas, abra-as e misture o conteúdo com um pouco de suco de fruta ou água fria e beba imediatamente. Nunca mastigue ou macere os comprimidos.

Não mastigue os microgrânulos do interior das cápsulas e não os misture com leite.

Mesmo que você já esteja se sentindo melhor, não interrompa o tratamento antes do tempo determinado pelo médico.

Saiba mais sobre o tratamento da esofagite em:

Esofagite erosiva tem cura? Qual o tratamento?

Cuidados com a alimentação para quem tem refluxo

Leia também:

Ardência no estômago depois de comer: o que pode ser?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Ardência no estômago depois de comer pode ser sintoma de doença do refluxo gastroesofágico, que muitas vezes é confundida com gastrite, azia ou má digestão.

A doença do refluxo caracteriza-se pelo retorno do conteúdo ácido do estômago para o esôfago, devido ao mau funcionamento de uma válvula que separa os dois órgãos chamada esfincter.

Como resultado, o conteúdo gástrico, que inclui também o ácido que ajuda na digestão, volta para o esôfago, que não está preparado para recebê-lo.

Se não for devidamente tratado, o refluxo pode causar esofagite (inflamação do esôfago), podendo ainda provocar um estreitamento do órgão e o aparecimento de úlcera. Esses casos mais graves podem estar relacionados com câncer de esôfago.

Veja também: Refluxo tem cura? Qual o tratamento?

A sensação de ardência ou queimação sobe do estômago em direção à garganta, com regurgitação do ácido estomacal quando chega à boca.

O refluxo é mais comum quando a pessoa bebe em excesso ou come alimentos gordurosos ou muito condimentados, pois relaxam o esfincter e permitem o refluxo gástrico.

Os medicamentos antiácidos apenas aliviam os sintomas de ardência ou queimação, mas não curam o problema.

Sentir ardência no estômago depois de comer deixa de ser normal se o paciente tiver azia e regurgitação duas vezes por semana ou mais. Nesses casos, deve-se consultar o/a médico/a gastroenterologista para avaliar a situação e indicar o tratamento adequado.

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Dores no estômago na gravidez: o que fazer?
Dr. Gabriel Soledade
Dr. Gabriel Soledade
Médico

Dor de estômago é um sintoma muito comum na gestação. Em geral, melhora bastante com mudança no hábito alimentar, mas medicações podem ser necessárias.

A forma mais eficaz de evitar esse problema é fracionar a dieta, ou seja, realizar um número maior de refeições por dia, reduzindo a quantidade de alimentos ingerida em cada refeição. Dessa forma, evita-se que o estômago fique muito cheio e favoreça ao refluxo gastroesofágico.

Além disso, a ingestão de líquidos durante a refeição também prejudica esse aspecto, e é altamente contraindicado.

Evitar a ingestão de alimentos pesados e gordurosos também é fundamental.

Por fim, é muito útil também evitar deitar-se logo após as refeições. Manter a posição sentada durante ao menos uma hora pode ajudar muito.

Em alguns casos, entretanto, pode ser que alguma medicação antiácida esteja indicada.

Por isso, é muito importante que a gestante procure o seu obstetra, para uma avaliação e orientação mais apropriada.

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