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Cloridrato de ciprofloxacino serve para dor de garganta?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

A dor de garganta pode ser tratada com cloridrato de ciprofloxacino, mas apenas quando for causada por uma infecção por bactérias estreptocócicas.

Em geral, as infecções de garganta são causadas por vírus, não por bactérias. Nesses casos, não é indicado tomar ciprofloxacino, pois é um antibiótico e não vai ter efeito sobre o vírus.

Como a dor de garganta é um sintoma, é importante ir ao médico para identificar a causa e tratá-la adequadamente.

O cloridrato de ciprofloxacino também poe ser indicado para o tratamento de outras infecções:

  • Pneumonias,
  • Infecções nos olhos e ouvidos;
  • Sinusites;
  • Infecções urinárias e nos rins;
  • Infecções genitais;
  • Infecções do trato gastrointestinal;
  • Infecções nos ossos e articulações;
  • Peritonite;
  • Sepse.

Para comprar e usar o cloridrato de ciprofloxacino é preciso ter receita médica.

Leia também:

Referências:

Cloridrato de ciprofloxacino. Bula do medicamento.

Cheng AG. Infecção da garganta. Manual MSD.

Forte ardência e coceira no nariz, garganta e ouvidos... que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Estes são sintomas típicos de rinite alérgica. Entretanto, existem outras causas para esses mesmos sintomas, portanto deve procurar um médico otorrinolaringologista ou médico alergista para confirmar o seu diagnóstico e definir o melhor tratamento.

Rinite alérgica

A rinite alérgica, significa inflamação na mucosa nasal por causas alérgicas, que por sinal é a causa mais comum de rinites. Os alérgenos relacionados aos processos de rinites alérgicas mais encontrados são: poeira, ácaros, pelos de animais e fungos. Contudo, outras situações podem desencadear reação na mucosa nasal, como mudanças bruscas de temperatura, especialmente no frio, episódio de infecção, viroses, exposição ao cigarro e outros poluentes.

Os principais sintomas nos casos de rinite são:

  • Coriza,
  • Congestão nasal,
  • Coceira no nariz, coceira nos olhos e céu da boca,
  • Espirros,
  • Lacrimejamento e
  • Olheiras.

Porém, podem apresentar ainda, distúrbios de sono, roncos, apneia do sono, tosse, respiração bucal, dor de cabeça, rouquidão, diminuição do paladar e do olfato.

A duração da crise varia especialmente de acordo com a exposição. Enquanto estiver exposto ao alergênico, a crise de rinite se manterá. Ao confirmar o diagnóstico, deverá buscar as causas da reação alérgica para interromper o estímulo e com isso os sintomas apresentados.

O diagnóstico é baseado na história clínica e no exame médico, poucas vezes é necessário a solicitação de exames complementares.

Dependendo do caso e da intensidade dos sintomas, pode ser indicado o uso de medicamentos antialérgicos e/ou corticoides, afim de aliviar os sintomas e interromper o processo alérgico, acelerando a sua melhora.

Outras causas dos sintomas apresentados são: sinusite, faringite, resfriado, viroses, entre outros.

O médico responsável por essa avaliação, definição do diagnóstico e devido tratamento é o otorrinolaringologista ou médico alergista.

Existe alternativa a Benzetacil para inflamação na garganta?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A Benzetacil é apenas uma das opções de tratamento de infecção de garganta entre outras que existem. Outros antibióticos comumente utilizados são: a amoxicilina, a azitromicina, a claritromicina, eritromicina, clindamicina ou a cefalexina.

A escolha irá depender da bactéria causadora da faringite bacteriana, na maioria dos casos, os estreptococos beta-hemolítico do grupo A, e também da gravidade da infecção.

Vantagens e desvantagens do tratamento oral

Os antibióticos orais usados no tratamento das faringites bacterianas possuem a vantagem de serem facilmente tomados, não requerem a aplicação de uma injeção que costuma ser demasiadamente dolorosa e não apresentam riscos secundários a esse método de administração medicamentosa.

Por outro lado, geralmente o tratamento com medicamentos via oral dura mais dias, cerca de 5 a 10 dias, enquanto que com a injeção de penicilina benzatina (Benzetacil) a aplicação é de uma única injeção, uma única vez.

No tratamento com antibioticoterapia via oral é essencial que o tempo de uso do medicamento seja respeitado, só assim é possível diminuir o risco de transmissão e a ocorrência de complicações, como a febre reumática.

Em relação a eficácia sabe-se que para o tratamento da faringite estreptocócica tanto o tratamento com a injeção dose única de penicilina benzatina, quanto o uso de amoxicilina por 10 dias são igualmente eficazes.

A escolha do tratamento deve levar em conta a custo-efetividade, a segurança do método e a facilidade de adesão.

Alergia a penicilina

Para pessoas que apresentam alergia a penicilina está recomendado o tratamento com antibióticos do grupo das cefalosporinas (cefalexina e cefadroxil) ou com a eritromicina ou claritromicina.

Para mais esclarecimentos sobre o tratamento da faringite bacteriana, converse com o seu médico de família ou clínico geral.

Tenho uma amígdala maior que a outra: isso é normal?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Estes são sintomas de uma pessoa que sofre de amidalite crônica (amídalas grandes, geralmente uma maior que a outra; vários episódios de inflamação na garganta e produção de secreção dura e com mal cheiro das amídalas). Um adulto para se livrar destes problemas de garganta só tem duas coisas para fazer: cirurgia (retira as amídalas e elas não incomodam mais) ou homeopatia (em alguns casos consegue um bom controle).

Sexo oral posso pegar algum tipo de corrimento na garganta?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, pode pegar algum tipo de infecção incluindo Infecções sexualmente transmissíveis como o HPV, o herpes, a sífilis e a gonorreia e a infecção por clamídia. Algumas dessas doenças podem gerar sintomas como dor de garganta, desconforto ou eventualmente secreção na garganta. Por isso, é importante usar preservativo mesmo durante o sexo oral.

A transmissão de algumas doenças como o HIV, hepatite B e Hepatite C acontecem mais raramente por essa via sexual, mas há um risco de transmissão baixo se houver feridas ou lesões na boca, já que a principal forma de transmissão é com o sangue contaminado.

O risco de infecções aumenta se houver feridas ou pequenas lesões na boca, que podem ser desencadeadas pela própria escovação dos dentes.

A ejaculação na boca também aumenta o risco de contaminação, embora em algumas doenças como no caso do herpes, sífilis e gonorreia já exista um risco de transmissão mesmo que não ocorra contato oral com o sêmen.

O risco também é maior para quem faz o sexo oral do que para quem o recebe, contudo em algumas situações é possível haver uma contaminação de quem recebe, por exemplo, no caso do herpes oral, da gonorreia e da sífilis.

HPV e sexo oral

O HPV é um vírus que pode ser transmitido através da relação sexual por via oral, pode não causar nenhum sintoma ou mesmo desaparecer espontaneamente durante algum tempo. No entanto, alguns estudos vem demonstrando que a relação entre a infecção da orofaringe pelo HPV e o aumento do risco de câncer de garganta.

A transmissão no sexo oral ocorre principalmente quando uma pessoa faz sexo oral em uma outra que apresenta o pênis ou a vagina contaminados com o HPV.

Sífilis e sexo oral

Pode ser transmitida pelo sexo oral, é uma doença que pode também passar despercebida logo após a sua contaminação, já que pode originar uma lesão ulcerada indolor que desaparece espontaneamente com o tempo, mas a bactéria causadora da doença fica latente no organismo podendo ser transmitida e causar diferentes sintomas meses ou anos após a infecção inicial.

A transmissão da sífilis no sexo oral pode acontecer tanto na pessoa que faz sexo oral em uma outra que apresenta sífilis, ou na pessoa que recebe sexo oral de outra pessoa que apresenta sífilis.

Herpes vírus

O herpes é um vírus causador de lesões bolhosas que contém líquido no seu interior (vesículas), que estouram e formam crostas, essas lesões costumam ser muito dolorosas e levam a uma sensação de queimação no local onde estão presentes.

Também nesse caso a transmissão também ocorre de duas formas, tanto em fazer sexo oral a um parceiro com herpes na área genital, ânus, nádegas ou no reto pode resultar em herpes nos lábios, boca ou garganta, quanto receber sexo oral de um parceiro com herpes nos lábios, boca ou garganta pode resultar em herpes na área genital, ânus, nádegas ou reto.

Gonorreia

A bactéria da gonorreia pode ser transmitida pelo sexo oral com uma pessoa infectada, o que leva a faringite gonocócica, que é uma infecção que pode não causar sintomas ou pode levar a dor ou desconforto da garganta e ser confundia com outras infecções de garganta.

Fazer sexo oral em um homem com um pênis infectado pode causar gonorreia na garganta ou receber sexo oral de um parceiro com gonorreia na garganta também pode resultar em gonorreia.

Caso apresente sintomas sugestivos de algumas infecção sexualmente transmissível ou tenha mais dúvidas sobre a forma de prevenção consulte um médico de família.

Grávida pode tomar antibiótico para garganta?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Sim. Porém precisa tomar algo específico para a garganta que posso ser usado na gravidez e somente com receita médica.

Pigarro e catarro na garganta: o que causa e como tratar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade
O que é o pigarro?

O pigarro é uma irritação na garganta caracterizada por uma necessidade de limpar a garganta, devido a um incomodo na região, como se tivesse algo presente na garganta.

Geralmente, essa sensação é decorrente do edema (inchaço da região), presença de catarro ou substâncias irritantes.

Embora o pigarro esteja associado a presença de catarro, ambos não são a mesma coisa. O pigarro é a sensação de um incomodo e irritação na garganta, que pode estar presente mesmo que não haja catarro.

Inclusive, é muito comum em situações em que a garganta se encontra mais seca, como na persistência de tosse irritativa.

Leia também: Tosse com catarro: o que pode ser e o que fazer?

O que pode causar o pigarro constante na garganta?

Diferentes condições podem gerar o pigarro na garganta, que pode tornar-se constante e prejudicar a qualidade de vida.

A presença de catarro, secreção e edema decorrente de doenças infeciosas ou alérgicas como sinusite, resfriados, gripe ou rinite é uma das causas mais frequentes. O tabagismo e outras doenças como o refluxo gastroesofágico também são causas importantes.

Como tirar o pigarro da garganta?

O tratamento para o pigarro na garganta irá depender principalmente da causa. Por exemplo, se a causa for a doença do refluxo gastroesofágico deve-se tratar essa doença.

Da mesma forma, o pigarro causado por rinossinusites e outras doenças da via respiratória só irão melhorar ao tratar essas doenças.

Portanto, em caso de pigarro constante e persistente é necessário procurar um médico para uma avaliação diagnóstica e orientação sobre o melhor tratamento.

Medidas caseiras

Contudo, existem algumas medidas caseiras que podem ser feitas para aliviar o desconforto causado pelo pigarro e presença de catarro na garganta. São elas:

  • Mantenha a garganta úmida, através da ingestão frequente de água. Essa é umas das principais medidas para aliviar o desconforto causado pelo pigarro. É importante manter-se bem hidratado;
  • Pratique a lavagem nasal. Lave o nariz frequente com soro fisiológico ou soluções salinas, essa medida ajuda a higienizar suavemente a via aérea, impedindo o acúmulo de secreções;
  • Umedeça a casa e os ambientes. Evite permanecer muito tempo em locais secos, como em ambientes com ar condicionado. Se for necessário permanecer em ambientes assim, lembre-se de manter-se bem hidratado e fazer a lavagem nasal frequentemente;
  • Não fume. O tabaco é um dos principais irritantes da via aérea e uma importante causa de pigarro crônico. Ou seja, que persiste e se mantém constante no decorrer de muito tempo. Portanto, caso seja fumante e deseje parar de fumar, procure ajuda profissional.
Existe algum remédio para pigarro na garganta?

Não existe um remédio específico para o pigarro, o tratamento do pigarro irá depender da sua causa. Casos de pigarro oriundos de rinite alérgica ou tosse alérgica persistente podem melhorar através do uso de anti-histamínicos.

Se o pigarro for decorrente de refluxo gastroesofágico, pode ser necessário o uso de remédios inibidores de bomba de prótons.

Em muitas situações de pigarro ocasionado por infecções respiratórias virais, o pigarro irá melhorar espontaneamente com o decorrer do tempo, basta fazer as medidas de cuidado e umidificação das vias aéreas, como lavagem nasal e hidratação.

Em casos de infecções bacterianas, como a sinusite bacteriana, pode ser necessário o uso de antibióticos.

A lavagem nasal com soro fisiológico é uma medida que pode aliviar o pigarro na maioria das situações. Portanto, é sempre recomendado para o tratamento e alívio do pigarro na garganta.

Quando devo procurar um médico?

Procure um médico quando o pigarro ou catarro na garganta esteja incomodando e sendo persistente, ou seja, caso dure mais que uma semana sem melhoras, mesmo com as medidas descritas acima.

Também procure um médico de família ou clínico geral, caso tenha outros sintomas como

  • Febre;
  • Azia;
  • Tosse há mais de 2 semanas;
  • Outros sintomas incômodos.

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Incômodo na garganta como se tivesse algo, o que pode ser?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Existem diferentes causas para a sensação de ter algo preso na garganta. No entanto, as mais comuns são:

  • Problemas do esôfago

As doenças que afetam o esôfago são causas frequentes de sensação de ter algo preso na garganta. Nestes casos, a sensação é acompanhada de azia, má digestão e pode ser mais intensa ao deitar, ou após grandes refeições.

  • Ansiedade ou estresse

A ansiedade é outra causa frequente da sensação de bolo na garganta. Crises de ansiedade ou estresse podem desencadear sintomas físicos como a sensação de algo preso na garganta, palpitações, sensação de falta de ar, mal-estar, tremores e sudorese.

  • Crises de alergia

Embora menos frequente, crises de alergias também podem causar irritação na garganta, com sensação de coceira ou de “garganta arranhada”. Pessoas que sofrem de doenças alérgicas como rinite alérgica ou asma podem ter a sensação de algo na garganta toda vez que entram em contato com substâncias alérgenas.

Como aliviar a sensação de incômodo na garganta

Para aliviar e evitar o incômodo na garganta algumas medidas podem ser tomadas, como:

  1. Beber líquidos: a ingestão de líquidos pode ajudar a umidificar a garganta, aliviando a sensação de garganta seca. Prefira sempre beber líquidos mais quentes ou mornos porque incomodam menos a garganta.
  2. Relaxar e descansar: às vezes apenas ficar mais calmo, em um ambiente tranquilo, ou tentar manter-se entretido com algo, como um filme ou a leitura de um livro pode ajudar a esquecer um pouco a sensação de incômodo na garganta. Nas situações em que o incômodo na garganta é causado por estresse ou ansiedade, relaxar é especialmente importante, sendo que exercícios de respiração ou meditação podem ser utilizados para ajudar.
  3. Evitar substâncias que podem irritar mais a garganta: em crises de alergias deve-se evitar ao máximo o contato com alérgenos ou irritantes das vias aéreas como fumaça e perfume.
  4. Ter cuidados com a alimentação: para casos em que o incômodo na garganta é causado por refluxo gastroesofágico é essencial ter alguns cuidados como não consumir comidas picantes, ácidas ou que contenham cafeína e também reduzir o consumo de álcool e tabaco. Também é importante evitar ingerir excesso de comida e evitar deitar após as refeições.

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Garganta e nariz fecham na hora de comer, o que pode ser?
Dr. Ivan Ferreira
Dr. Ivan Ferreira
Médico

A sensação de fechamento ou entupimento do nariz e garganta, embora pouco frequente, pode ocorrer devido à rinite alérgica, que é uma irritação dentro do nariz (mucosa) provocada por uma reação de sensibilidade exagerada à alguns tipos de alimentos e temperos, causando também espirros, coceira no nariz e coriza (aumento da secreção nasal).

A ansiedade também pode causar sensação de fechamento da garganta e do nariz na hora de comer, estando relacionada à outros distúrbios psicológicos ou alimentares, como a anorexia nervosa ou bulimia.

O otorrinolaringologista é o médico especialista em problemas do nariz e garganta, que poderá realizar o diagnóstico, o tratamento e encaminhamentos que forem necessários.

Nó e bolo na garganta: saiba se é ansiedade e o que fazer
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

Nó na garganta pode ter outras causas, mas está normalmente associado à ansiedade. Não é à toa que o termo aparece em muitas músicas e poemas, associado a outras manifestações, como o aperto no peito.

Além do nó na garganta e do aperto no peito, outros sintomas comuns de ansiedade são:

  • O coração bate muito rápido;
  • Tremores;
  • Medo intenso;
  • Suor intenso.

Ela também pode causar falta de ar, enjoo, frio na barriga e dor de estômago.

Algumas manifestações da ansiedade são mais leves, outras mais graves.

Sentir ansiedade em alguns momentos é normal. Se está iniciando uma nova atividade, um novo emprego, um novo relacionamento, vai senti-la como uma excitação, associada à alegria.

Também é normal sentir alguma ansiedade em situações que causam desconforto, como foi o caso da pandemia.

Ela passa a ser um problema quando for frequente, por um período prolongado e / ou se for muito intensa. Isto pode fazer com que apareçam sintomas como o nó ou bolo na garganta, falta de ar, dor de estômago e insônia, entre outros.

O que você pode fazer quando o nó na garganta aparece?

Muitas pessoas conseguem resolver o problema e viver sem grandes prejuízos sociais e profissionais apenas usando essas dicas para controlar a ansiedade:

Respire profundamente

Respirar calmamente é uma técnica infalível para controlar uma crise de ansiedade que está começando. Você só respira calma e profundamente quando está calmo e quando faz isso o seu cérebro acredita que esteja tudo bem. A respiração pode ser feita da seguinte maneira: inspire lentamente contando até 3; conte até 3 e retenha o ar; expire lentamente, contando até 6. Você deve manter essa respiração por pelo menos 2 minutos. Feche os olhos durante a prática, se puder.

Morda a língua

Há outra forma de controlar uma crise de ansiedade: morda levemente a ponta da língua. É uma técnica baseada nos conhecimentos da acupuntura e do do-in. Funciona!

Mude o foco

A ansiedade vem como um mecanismo natural do ser humano de tentar evitar a dor. Tente mudar o foco. Busque o que pode lhe dar prazer. Inclua em sua rotina caminhar, entrar em contato com a natureza, ler um bom livro, ouvir boa música, escrever, desenhar, pintar, fazer exercícios físicos ou artesanato, estar com pessoas queridas ou com seus animais de estimação.

Meditação e ioga

As práticas de meditação e de ioga requerem disciplina, pois leva algum tempo para sentir seus resultados.

A meditação ajuda no controle dos sintomas da ansiedade tanto quanto um tratamento com medicamentos. Há vídeos e aplicativos que ajudam a começar.

A prática de ioga traz benefícios para além do exercício físico. Técnicas de respiração, relaxamento, meditação e foco no agora são os pontos que ajudam a controlar a ansiedade e são trabalhados nas aulas.

O que pode causar a ansiedade?

É muito difícil especificar quando o transtorno de ansiedade tem início. Por isso, você pode ter dificuldade para perceber como ele começou e se há uma ou mais causas para isso.

A ocorrência de vários eventos negativos na vida aumenta muito a chance da ansiedade se tornar um problema. Doenças graves como câncer e problemas cardíacos também podem ser responsáveis pelo aumento da ansiedade.

O problema muitas vezes começa na infância e persiste na vida adulta. A ansiedade é um problema de saúde mental comum para crianças e adolescentes.

Manifestações mais graves da ansiedade

Algumas manifestações de ansiedade podem ser disfuncionais, ou seja, atrapalhar seu rendimento nas atividades e sua vida. Neste caso, são problemas de saúde mental que podem causar doenças como a depressão, hipertensão e problemas cardíacos quando persistem por muito tempo. Se você se identificou com o problema, precisa descobrir o que fazer para aliviar os sintomas psicológicos e físicos que ele causa.

São manifestações graves da ansiedade:

Transtornos de ansiedade generalizada

Você pode identificar que está sofrendo um transtorno de ansiedade generalizada se sentir com frequência e por um período prolongado:

  • Apreensão: preocupação excessiva com o futuro; medo do desconhecido; sentir-se “no limite”;
  • Tensão muscular: inquietação, tremores ou dificuldade para relaxar. Pode sentir dores no corpo como consequência;
  • Tontura; sensação de nó ou bolo na garganta; dor ou frio no estômago;
  • Taquicardia, suor excessivo ou respiração ofegante (sem ter feito exercício físico).
Crise de pânico

Uma crise de pânico se caracteriza por uma ansiedade muito intensa em um dado momento. Ela manifesta-se como medo intenso, palpitação, sudorese, dor no peito, tremedeira, enjoo, frio na barriga e medo de morrer. O mal-estar é tão intenso que a pessoa sente necessidade de procurar um médico.

Fobia

É o medo persistente que não tem sentido e que “trava” você em certas situações. São fobias comuns o medo de multidões ou de estar só fora de casa; de sangue; lugares altos, abertos ou fechados; viagens de trem, carro ou avião. Quem tem uma fobia faz de tudo para evitar a situação que causa o medo.

Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC)

A pessoa com transtorno de obsessão tem pensamentos indesejáveis. Podem ser dúvidas, pensamentos negativos, sobre contaminação, sexo ou religião, entre outros. Eles causam sofrimento e perda de tempo, atrapalhando a vida da pessoa.

A pessoa com transtorno compulsivo tem comportamentos que não consegue controlar. São as manias de contar, verificar, repetir, tocar em objetos e fazer movimentos. Comer, comprar e beber em excesso também são compulsões. Isto acontece devido à ansiedade. A falta de controle gera ainda mais ansiedade e sentimento de culpa.

No transtorno obsessivo-compulsivo, a pessoa age para aliviar os pensamentos obsessivos. Um exemplo de TOC é lavar as mãos o tempo todo, sem necessidade.

Estresse pós-traumático

Algo muito grave acontece (física ou psicologicamente) como “gatilho” para essa manifestação da ansiedade. A pessoa tem recordações perturbadoras do que aconteceu, pesadelos e até alucinações. Isso causa grande estresse físico e psicológico. As consequências são reações assustadas e irritabilidade, dificuldades de concentração e para se relacionar, falta de motivação e problemas para dormir.

O que fazer quando a ansiedade vai além do nó na garganta?

Se você percebe que a ansiedade atrapalha muito no seu trabalho, na sua vida familiar ou social, é necessário recorrer à avaliação de um médico de família, psicólogo ou psiquiatra para ter certeza do diagnóstico e estabelecer o tratamento mais adequado. As alternativas para tratar os transtornos de ansiedade são:

Psicoterapia

A psicoterapia é usada como tratamento não farmacológico (sem medicamentos). Normalmente é por onde se começa. Ela é considerada fundamental mesmo para quem precisa usar medicamentos.

Há muitas opções. Entre elas, a terapia cognitivo-comportamental se destaca. É muito efetiva, principalmente para os pacientes com ansiedade crônica. São necessárias pelo menos de 8 a 10 sessões. O trabalho consiste em modificar pensamentos e crenças negativas que a pessoa tem e desencadeiam os sintomas físicos.

Farmacoterapia

Alguns dos medicamentos que podem ser indicados são antidepressivos e ansiolíticos. Os antiarrítmicos podem ser indicados para o tratamento de alguns sintomas.

Os ansiolíticos e antidepressivos devem ser receitados por um psiquiatra. Em muitos casos, o tratamento com antidepressivos dura de 6 a 12 meses, mas pode ser mais longo.

O tratamento farmacológico deve estar aliado a tratamento psicológico e psicossocial.

Intervenção psicossocial

As intervenções psicossociais consistem na tentativa de agir sobre fatores sociais e psicológicos externos que podem causar ou acentuar a ansiedade. Problemas familiares, econômicos, de saúde e escolares são os alvos das intervenções.

Envolver as pessoas que convivem com o paciente para que auxiliem na melhora é fundamental para trabalhar estas questões e diminuir a ansiedade que causam.

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Referências:

Gautam S, Jain A, Gautam M, Vahia VN, GautamIndian A. Clinical Practice Guidelines for the Management of Generalised Anxiety Disorder (GAD) and Panic Disorder (PD). J Psychiatry. 2017; 59(Suppl 1): S67–S73.

Narmandakh A, Roest AM, de Jonge P, Oldehinkel AJ. Psychosocial and biological risk factors of anxiety disorders in adolescents: a TRAILS report. Eur Child Adolesc Psychiatry. 2021; 30(12): 1969–1982.

Aktar E, Bögels SM. Exposure to Parents’ Negative Emotions as a Developmental Pathway to the Family Aggregation of Depression and Anxiety in the First Year of

Life. Clin Child Fam Psychol Rev. 2017; 20(4): 369–390.

Como controlar a ansiedade. Tadashi Kadomoto. Youtube

Existe um botão anti-pânico e ansiedade no seu corpo. Peter Liu. Youtube

Tomei amoxicilina e fiquei com incomodo na garganta
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Eventualmente isso pode ocorrer, além da garganta, o estômago também pode sofrer com o uso de medicamentos. O importante é notar se não existe nenhum sinal de alergia, se houver precisa suspender o remédio.

Existe injeção para tratar dor de garganta?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

Usar alguma injeção para dor de garganta normalmente só é necessário quando não se consegue engolir.

A escolha do melhor medicamento injetável para tratar a dor de garganta vai depender da causa da dor. Pode incluir antibióticos, no caso de infecção; anti-inflamatórios; ou uma combinação dos dois. O médico é quem avalia o caso e decide o que é necessário.

Mas há alguns recursos que podem ser usados para aliviar os sintomas antes de ser necessário recorrer à injeção. Alguns exemplos são:

  • Fazer gargarejo com água morna e sal;
  • Usar sprays e/ou pastilhas com benzocaína;

Também é possível tomar medicamentos por via oral, quando é possível engolir. O ideal é que sejam indicados pelo médico. Eles podem ser um anti-inflamatório ou um antibiótico, dependendo da causa da dor de garganta.

Leia mais sobre tratamentos para dor de garganta em:

Referência:

Fried MP. Dor de garganta. Tratamento da dor de garganta. Manual MSD.