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Minha barriga tem feito barulho, pode ser gases?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Barulho na barriga está relacionado com o movimento dos intestinos (peristaltismo intestinal). Esse movimento é típico do processo completo da digestão e está presente ao longo de todo o tubo digestivo, desde o esôfago e o estômago aos intestinos.

Normalmente, o movimento se dá pela presença das secreções que se misturam com a comida ingerida pela pessoa. A mistura de fezes líquidas e gases quando o intestino faz seu movimento produz esses sons que são percebidos pela pessoa e às vezes ouvidos por quem estiver por perto.

Apesar de desconfortáveis e fazer com que a pessoa fique com vergonha, esse barulho é algo natural do nosso organismo.

Quais as causas de gases intestinais?

Os gases intestinais são formados pelo ar que é engolido com a alimentação e pelas bactérias que habitam o intestino, sobretudo após a ingestão de certos alimentos como feijão, grão-de-bico, ervilhas, leite, brócolis, lentilhas, repolho, entre outros.

Pessoas que não produzem enzimas que atuam na digestão e “quebra” de alguns tipos de açúcares também tendem a produzir mais gases após a ingestão de alimentos que possuem esses açúcares. É o caso, por exemplo, dos indivíduos com deficiência de lactase, a enzima que atua na digestão da lactose, o açúcar do leite.

Os gases intestinais também podem ser causados pelo uso de medicamentos antibióticos, síndrome do cólon irritável e má absorção intestinal.

Quais são os sintomas de gases intestinais?

A presença de gases intestinais provoca dor abdominal e deixa a barriga dura e inchada, podendo causar barulhos dentro da barriga e expulsão excessiva de gases.

Algumas pessoas são mais tolerantes à produção de gases intestinais e não sentem muito desconforto, mesmo quando são produzidos em grandes quantidades, enquanto outras sentem incômodo mais facilmente.

Qual é o tratamento para gases intestinais?

Para facilitar a saída dos gases, é recomendado atividade física frequente, como por exemplo a caminhada, que ajuda a eliminação dos gases. Além disso, evitar alimentos que aumentam a produção de gases como doces, refrigerante, massas, entre outros.

O controle da produção de gases intestinais é feito através de ajustes na alimentação, evitando alimentos que aumentam a produção dos mesmos. Para identificar qual o alimento ou o grupo de alimentos que causam o problema, pode ser necessário ir eliminando cada um pouco a pouco da dieta.

Alguns medicamentos, como a dimeticona e o salicilato de bismuto ajudam a eliminar os gases e aliviam os sintomas, como a dor e o desconforto.

Na persistência dos sintomas, consulte um médico de família ou um clínico geral para uma avaliação e orientação quanto ao tratamento adequado.

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Excesso de gases: o que pode ser e como tratar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
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O excesso de gases se apresenta principalmente como eructação (popularmente conhecido por “arroto”) e a flatulência (“pum”). Podem ocorrer por uma série de motivos e o tratamento dependerá exatamente da causa desse problema.

Eliminamos gases diariamente, de forma natural, de acordo com o funcionamento do nosso intestino e quantidade de bactérias que nele habitam. A formação dos gases variam de acordo com a nossa alimentação e estilo de vida, mas trata-se de uma condição completamente normal e geralmente não indica qualquer doença.

Porém, quando ocorrem com uma frequência muito elevada ou associado a outros sintomas como: dor de barriga, perda de peso, diarreia crônica, diminuição do apetite, anemia, febre e ou sangramentos, o excesso de gases pode ser sinal de algum problema de saúde.

Quais as causas dos gases intestinais e no estômago?

A alimentação gordurosa é uma das principais causas de excesso de gases. Assim como o consumo de bebidas com gás.

A falta de exercício físico, intolerância à lactose, uso de antibióticos, síndrome do intestino irritável e constipação intestinal (prisão de ventre), são também causas comuns de excesso de gases.

No caso de gases no estômago, a origem principal é o ar engolido durante as refeições. Não reparamos, mas durante as refeições engolimos grandes volumes de ar enquanto falamos ou mastigamos rápido.

O mesmo acontece quando mastigamos um chiclete, engolimos saliva, tomamos bebidas com gás ou fumamos.

Quais os alimentos que causam gases intestinais?

Dentre os alimentos que causam mais gases intestinais, estão: os refrigerantes e bebidas gaseificadas em geral, cerveja, feijão, repolho, couve-flor, ovos, vinagre, leite e alguns laticínios, adoçantes artificiais, batata, milho e alho.

Quais os sintomas de gases?

A flatulência e a eructação são os sintomas típicos, mas ainda pode haver dores abdominais, em pontadas, inchaço, "endurecimento" da barriga e cólicas.

Como eliminar gases?

O tratamento mais simples e recomendado é:

  • Dieta
  • Praticar atividades físicas regularmente
  • Exercícios e massagens na barriga
  • Medicamentos
Dieta

Evitar ou reduzir o consumo de alimentos gordurosos, excesso de proteínas e os alimentos que sabidamente estimulam a produção de gases. Vale a pena manter um registro de alimentos e bebidas que costuma ingerir para identificar quais são os mais incômodos para o seu organismo e procurando evitá-los no futuro.

Atividade física

É importante a prática de exercícios físicos, sempre que possível, para estimular o peristaltismo do intestino, ajudando na eliminação natural dos gases.

Exercícios e Massagem para eliminar gases

Deite de barriga para cima e puxe as pernas dobradas contra a barriga.

Com as pontas dos dedos, faça movimentos circulares e profundos no abdômen, massageando a barriga no sentido dos ponteiros do relógio e insistindo nas áreas mais doloridas e inchadas.

Medicamentos

Dentre os medicamentos, os mais utilizados são a dimeticona e o salicilato de bismuto, mas primeiro tente resolver o problema com a dieta, atividade física e massagens na barriga, em caso de dor.

Alguns remédios caseiros, como o chá de funcho com erva cidreira ou o chá de semente de erva doce, parecem ajudar na eliminação do excesso de gases, para algumas pessoas.

Se apesar da dieta e atividade física os sintomas continuarem, procure um médico gastroenterologista para avaliar o caso e se preciso, solicitar exames ou prescrever um tratamento mais adequado.

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Soltar gases pela vagina é normal? O que pode ser?
Dra. Janyele Sales
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Medicina de Família e Comunidade

Gases que saem pela vagina, principalmente durante o ato sexual, são normais. O ar que entra no canal vaginal durante a relação e sai sob pressão faz um barulho semelhante ao dos gases intestinais.

Esse ar fica comprimido no interior da vagina e pode sair de forma ruidosa durante a própria penetração, quando ocorre uma mudança de posição ou ainda depois da relação sexual. São os chamados “flatos vaginais”.

Trata-se de uma situação absolutamente normal e frequente durante as relações sexuais, sobretudo em posições em que a abertura da vagina é maior, o que favorece a entrada de ar.

É preciso lembrar que o canal vaginal é uma cavidade oca, em forma de tubo. Com a penetração do pênis, o ar que está no interior da vagina pode ficar comprimido nesse tubo e sair de forma barulhenta sob pressão.

Parto normal pode causar gases vaginais?

A entrada de ar na vagina pode ocorrer em mulheres que já tiverem ou não tiverem filhos. Portanto, o parto normal não tem propriamente relação com os “gases vaginais”.

Contudo, bebês relativamente grandes que nascem por parto normal podem deixar a vagina ligeiramente mais larga, favorecendo a entrada de ar durante as relações após o parto.

Isso acontece porque as fibras musculares dos músculos do períneo podem ficar distendidas depois do parto e não voltar ao seu estado anterior, perdendo o tônus e a força de contração.

É possível diminuir a saída de gases pela vagina?

Uma forma de tentar diminuir esses "gases vaginais" é fortalecer a musculatura do assoalho pélvico e aprender a controlar esses músculos. Isso garante um maior contato do pênis com a parede do canal vaginal, diminuindo o espaço para haver entrada de ar. Além disso, esses exercícios também ajudam a prevenir a incontinência urinária e a queda dos órgãos pélvicos.

Para maiores esclarecimentos, converse com o ginecologista, médico de família ou fisioterapeuta especialista em uroginecologia.

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Arrotos constantes, o que pode ser e o que fazer?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
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Clínica médica e Neurologia

Arrotos constantes são um sinal de que o corpo está acumulando gases em excesso no estômago. O arroto frequente, também chamado eructação, pode ocorrer em situações comuns como falar muito, conversar durante a refeição ou mascar chicletes.

No entanto, pode ser também, sinal de doenças e problemas digestivos, como refluxo gástrico, gastrite, má digestão (dispepsia), hérnia de hiato, úlcera gástrica e intolerância alimentar.

Modificar os hábitos ruins, como fumar, mascar chicletes e o sedentarismo, além de evitar bebidas gaseificadas e alimentos que aumentam a produção de gases, como repolho, cebola, brócolis, trigo e batata, são as principais medidas para resolver os arrotos constantes.

Se mesmo após essas mudanças o sintoma permanecer, deve procurar um gastroenterologista, para avaliar outras medidas, pesquisar causas secundárias e incluir medicamentos que aceleram a motilidade intestinal.

1. Aerofagia (engolir ar)

A principal causa de eructação é a aerofagia, ou seja, engolir ar. As pessoas também engolem ar durante a refeição, naturalmente, por isso os arrotos depois de comer são frequentes e considerados normais.

No entanto, também pode ocorrer ao mascar chicletes, fumar, chupar balas e engolir saliva constantemente. Ansiedade, estresse, comer depressa e falar quando se está comendo é outra causa comum de engolir mais ar, causando arrotos constantes.

2. Produção excessiva de gases no estômago

Os arrotos também podem ser causados pelo aumento da produção de gases no estômago. Isso pode ocorrer com o uso de bicarbonato de sódio, bebidas com gás e determinados alimentos, como brócolis, couve-flor, couve, repolho, batata, trigo, feijão, carne de porco, cebola, pimentão verde, leite e derivados.

Bebidas gaseificadas contêm gás carbônico na sua composição que, ao chegar ao estômago, reage com o ácido clorídrico produzindo ainda mais gases. O mesmo mecanismo ocorre com o uso de bicarbonato de sódio.

3. Problemas gástricos

Doenças do sistema gástrico, como o refluxo, gastrite, úlceras, hérnia de hiato, síndrome de magenblase e intolerância alimentar, como intolerância ao glúten ou lactose, aumentam a produção de gases, levando aos sintomas de arrotos frequentes, especialmente após as refeições.

Os sintomas típicos nesse caso são: arrotos frequentes, azia, mau hálito, sensação de empanzinamento após a alimentação, cólicas e/ou diarreia.

A orientação alimentar e evitar comida de difícil digestão, devem ser orientadas por um profissional da área, o nutricionista.

O que fazer em caso de arrotos constantes?

A primeira coisa a fazer em casos de arrotos constantes é verificar a relação da eructação com a aerofagia. Para engolir menos ar, recomenda-se: Interromper o hábito de fumar, evitar o hábito de mascar chicletes, comer devagar e evitar falar durante as refeições.

Outras medidas que ajudam a evitar acúmulo de gases:

  • Evitar alimentos e bebidas que aumentam a produção de gases no estômago, como cerveja, bebidas com gás, repolho, cebola, brócolis, couve de Bruxelas, trigo e batata, carne de porco, alimentos apimentados, pimentão verde e cebola;
  • Evitar comer rápido e refeições gordurosas de difícil digestão;
  • Evitar deitar-se logo após as refeições e
  • Praticar atividade física, de acordo com as suas possibilidades, regularmente.

É importante libertar os gases produzidos no corpo, já que o seu acúmulo causa desconforto. Pessoas que já fizeram cirurgia para refluxo podem ter mais dificuldade em arrotar, assim como aquelas que necessitam permanecer muito tempo em repouso após uma cirurgia, uma vez que a posição deitada favorece a retenção de ar no estômago.

Vale lembrar que arrotar após as refeições é normal. Porém, em excesso, é indicado fazer uma avaliação. Se os sintomas persistirem, consulte o/a médico/a de família ou clínico/a geral.

Conheça mais sobre esse assunto nos artigos a seguir:

Referência:

FBG - Federação Brasileira de Gastroenterologia.

Diane Abraczinskas, et al.; Overview of intestinal gas and bloating. UpToDate; Dec 06, 2018.

Fiz uma cirurgia de retirada de vesicula há 4 meses...
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Não é normal. Para melhorar isso deve parar de comer alimentos que te fazem mal. Alimentos gordurosos (frituras, molhos, carnes com gorduras e frituras em geral) devem ser evitados por quem fez cirurgia de retirada de vesícula, deve também conversar com seu médico sobre outras formas de tratamento da sua dor.

Como aliviar os gases na gravidez?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O alívio dos gases na gravidez pode ser conseguido com a realização de algumas medidas em relação ao hábitos alimentares e às atividades físicas de modo a evitar o seu acúmulo e facilitar a sua eliminação:

  • alimentar-se várias vezes ao dia com pequenas porções a cada vez,
  • evitar consumir doces,
  • evitar o consumo de frituras e alimentos muito gordurosos,
  • evitar o consumo exagerado de alimentos formadores de gases como leite, queijos, feijões, lentilhas, couves, cebola e alho,
  • evitar bebidas com gás,
  • evitar alimentos adoçados com sorbitol,
  • mastigar bem os alimentos antes de engolir,
  • procurar fazer pequenas caminhadas diárias, de preferência após as refeições, para estimular os movimentos intestinais, a digestão e a eliminação de gases,
  • evitar o uso de roupas apertadas na barriga.

Durante a gravidez ocorre um aumento na produção da progesterona, um hormônio que provoca um relaxamento na musculatura de vários órgãos. Esse relaxamento pode causar uma diminuição dos movimentos dos intestinos, levando à uma digestão mais lenta e acúmulo de gases e prisão de ventre (obstipação).

Além disso, o estômago também é afetado facilitando o retorno de suco gástrico e gases do estômago para o esôfago (refluxo) e arrotos. Na segunda metade da gravidez, devido ao aumento do útero, que pressiona o estômago e os intestinos, esses problemas tendem a agravar-se.

Os problemas e desconfortos surgidos durante a gravidez devem ser discutidos durante as consultas de pré-natal para avaliar a necessidade do uso de medicamentos que auxiliem o alívio.

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Estou grávida de 8 semanas, posso tomar Luftal para gases?
Dra. Janyele Sales
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Sim, pode tomar. O Luftal, nome comercial da Simeticona, é um medicamento eventualmente prescrito durante a gravidez para o alívio dos gases e outros sintomas, apresenta um risco mínimo para mulheres grávidas ou com suspeita de gravidez.

Embora apresente um risco muito pequeno de complicações, o uso de Luftal está indicado apenas sob orientação e supervisão médica, de modo a ajustar a dose e tempo de tratamento de modo adequado.

Antes de tomar qualquer medicamento consulte sempre o médico que acompanha o seu pré-natal.

O que fazer para evitar os gases na gravidez?

Algumas medidas podem ser tomadas para evitar a formação de gases na gravidez, entre elas temos:

  • Comer mais devagar e em porções menores;
  • Mastigar bem os alimentos;
  • Evitar o consumo excessivo de leite, líquidos adocicados ou com gás (refrigerantes, água com gás);
  • Beba água e líquidos durante o dia, mas evite beber líquidos junto com as refeições;
  • Praticar atividade física leve e caminhadas diariamente;
  • Evitar o consumo de certos alimentos como leguminosas (feijões, lentilhas, grão de bico), cebola, batatas e doces;
  • Use roupas largas e confortáveis, evite prender a barriga.
O que fazer para aliviar os sintomas de gases na gravidez?

Além do uso de medicamentos existem alternativas naturais que podem ajudar no controle dos sintomas como o chá de erva-doce ou hortelã-pimenta, que são plantas que ajudam naturalmente a eliminar os gases.

A realização de atividade física, principalmente caminhadas após as refeições impedem a formação de gases e também contribuem para a sua eliminação, portanto a realização de caminhadas também é uma opção para o alívio desses sintomas.

Para mais informações consulte o seu médico de família ou obstetra.

Quais os exercícios físicos para eliminar gases?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
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Clínica médica e Neurologia

Um exercício simples para eliminar gases intestinais é se deitar de barriga para cima e puxar as pernas contra a barriga com os joelhos completamente flexionados, abraçando e puxando as pernas contra o abdômen.

Pode fazer um movimento de balanço, com as pernas abraçadas, para ajudar ainda mais na eliminação dos gases.

Outro exercício com boa resposta, é a massagem abdominal. A auto massagem deve ser feita com movimentos circulares e profundos na barriga, no sentido da direita para a esquerda, como se os gases estivessem sendo empurrados para fora do corpo. Insista nas regiões que estão mais doloridas e inchadas.

Quais as outras formas de eliminar gases?

1. Exercícios: as massagens abdominais e exercícios específicos, como abraça as pernas contra a barriga, auxiliam na peristalse intestinal, evitando o acúmulo dos gases.

2. Alimentação balanceada: adotar medidas como o aumento do consumo de água e alimentos menos gordurosos, facilitando na digestão.

3. Medicamentos: para eliminar os gases, podem ser usados medicamentos, como a Simeticona®.

4. Chás: alguns trabalhos indicam certos chás como facilitadores da eliminação de gases intestinais, porém não existem comprovações científicas e além disso, vale lembrar que alguns chás são contraindicados para pessoas que fazem uso de anticoagulantes, gestantes ou certas doenças crônicas como a hipertensão. Por isso é fundamental que fale com seu médico antes de qualquer tratamento, mesmo que naturais.

Como eliminar gases na gravidez?

Fazer exercícios físicos regularmente, como caminhadas, é uma boa maneira de eliminar gases intestinais na gravidez. A atividade física moderada estimula a musculatura lisa responsável pelos movimentos intestinais, favorecendo a eliminação dos gases, sobretudo em casos de prisão de ventre.

Os gases são muito comuns durante a gestação especialmente nos casos de constipação associada, o que causa grande incômodo. Sendo assim, nos casos em que apesar das atividades regulares, os sintomas persistirem, deve ser avaliado com o obstetra, a possibilidade de adicionar o uso de laxantes.

O que causa gases?

Os gases intestinais podem ser provocados por certos alimentos de difícil digestão, como alimentos ricos em fibras, por exemplo. Às vezes, o aumento repentino da ingesta de fibras na dieta pode provocar gases em excesso, embora o organismo se adapte e deixe de produzi-los com o passar do tempo.

Comer ou beber determinados alimentos ou bebidas que não são bem tolerados pelo corpo também podem causar gases. É o caso de pessoas com intolerância à lactose (açúcar do leite), que não devem consumir leite e derivados.

O uso de antibióticos, síndrome do intestino irritável, má digestão, incapacidade de absorver os nutrientes adequadamente, são outros fatores que favorecem a maior produção de gases.

Como evitar os gases?
  • Mastigue bem os alimentos;
  • Evite comer leguminosas (feijão, ervilha, grão-de-bico, lentilhas) e repolho;
  • Evite comer alimentos ricos em carboidratos, como doces e massas;
  • Evite lactose;
  • Não beba refrigerantes com gás ou bebidas gaseificadas;
  • Caminhe por 10 a 15 minutos depois de comer.
Quais os sintomas de gases?

O excesso de gases pode causar sintomas como barriga inchada, cólicas e dor no peito. Na ocorrência de gases intestinais com muita frequência, ou na presença de outros sinais e sintomas, como dor abdominal, dor no estômago ou no reto, azia, náuseas, vômitos, febre, emagrecimento, diarreia crônica, perda de apetite, anemia, fezes oleosas e fétidas ou fezes com sangue, consulte um médico clínico geral ou médico de família para uma avaliação.

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Podem ser cólicas. As cólicas são dores abdominais que ocorrem por distensão das vísceras ocas, nesse caso, as alças intestinais. E a distensão das vísceras acontece pelo aumento do acúmulo de gases no trato digestivo.

O flato (popularmente conhecido por "pum"), é o resultado dos gases produzidos pelas bactérias normalmente encontradas no intestino. O excesso da produção desses gases, seja por má alimentação, hábitos de vida ou doenças crônicas, causa uma distensão das alças, com isso os sintomas de flatulência e eructações (conhecidos por "arrotos").

A distensão das alças resulta ainda em má digestão, alterações nos trânsito intestinal, sensação de empanzinamento e náuseas ou vômitos.

O que pode causar aumento de flatos?

Existem diversos fatores que aumentam a produção de gases, mas dentre as mais comuns estão:

  • Alimentação inadequada
  • Doenças crônicas
  • Medicamentos
Alimentação inadequada

Os alimentos associados a maior produção de gases, são aqueles compostos por carboidratos de difícil digestão, como os repolhos, leguminosas, ainda, certas frutas, alimentos com teor elevado de açúcar e alimentos gordurosos.

Podemos citar como exemplos, os refrigerantes e bebidas gaseificadas em geral, cerveja, feijão, repolho, couve-flor, adoçantes artificiais alho e batata.

Doenças crônicas

As doenças que costumam causar dificuldade na digestão e ou absorção, consequentemente o aumento de flatos são: doença celíaca, intolerância a lactose, síndromes de má absorção, síndrome do intestino irritável, gastroenterites, deficiência pancreática e transtornos psicológicos como a ansiedade e estresse.

Medicamentos

Existem ainda medicamentos que podem apresentar como efeitos colaterais esse aumento de acúmulo de gases, com isso a flatulência, por exemplo alguns hipoglicemiantes e antibióticos.

Como tratar a flatulência?

Para tratar a flatulência é fundamental definir a causa ou as causas do seu problema. Na maioria das vezes basta orientações alimentares e hábitos de vida saudáveis, como atividade física regular e aumento da ingesta hídrica.

Entretanto, outras vezes pode ser necessário tratamento específico, como nos casos de síndromes gastrointestinais.

Por isso recomendamos que procure um médico gastroenterologista para avaliação e conduta.

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Gases durante a gravidez prejudica o bebê?
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
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Médico

Gases durante a gravidez não prejudicam o bebê. O aumento dos gases intestinais é um sintoma normal da gestação, experimentado por muitas mulheres, especialmente nas primeiras semanas de gravidez. Há aumento na necessidade de arrotar e de soltar flatos (puns).

Acompanhe sua gestação sempre com um ginecologista (pré-natal) e relate todo e qualquer sintoma que estiver sentindo. Ele poderá lhe prescrever um tratamento para estes sintomas ou referir uma nutricionista que lhe fará uma dieta que possa diminuir o excesso de gases.

4 Dicas para eliminar rapidamente os gases
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A presença de gases no trato gastrointestinal pode causar dores, desconforto e distensão abdominal. O acumulo de gases (flatulência) ocorre principalmente devido à deglutição de ar ou produção de gases durante o processo de digestão de alimentos.

Existem algumas formas de eliminar os gases e assim aliviar os seus sintomas, como a prática de exercícios físicos, realização de massagem, uso de medicamentos ou de chás feitos a partir de plantas medicinais.

1. Caminhadas e exercício físico

Caminhar e praticar atividade física aumenta o peristaltismo intestinal, que são os movimentos responsáveis pelo transporte do bolo fecal e gases no intestino. Assim ajuda-se o funcionamento do intestino e eliminação dos gases.

Portanto, na presença de gases pode-se imediatamente começar a caminhar ou fazer alguma atividade física como pular corda, ou alongamentos. Essas medidas ajudam a eliminar os gases logo após alguns minutos e aliviam as dores e o desconforto da distensão abdominal.

Posturas de alongamento e ioga que comprimem o abdômen, como posicionar as pernas flexionadas sobre o abdômen, também ajudam na eliminação dos gases, aliviando-os.

A prática diária de caminhada, cerca de 20 a 30 minutos, ou realização de atividade física moderada também diminuir a distensão abdominal e reduz a possibilidade de novos episódios de flatulência.

2. Massagem

A realização de massagem abdominal pode aliviar os gases, principalmente em crianças pequenas e lactentes.

Em adultos, a automassagem também é uma opção, costuma estar indicada principalmente para casos de constipação crônica, que também leva ao acumulo de gases. Após o fim da massagem espera-se que o movimento peristáltico aumente logo a seguir levando ao alívio dos gases.

Pode ser feita através das seguintes etapas:

  1. Primeiramente a pessoa deita-se com a barriga para cima, deve então começar a massagem fazendo movimentos leves com a palma das mãos, começando da região do púbis (na base da barriga) e percorrendo a barriga em direção ao tórax. Essa etapa prepara a musculatura para a massagem mais profunda e deve ser repetida cerca de 10 vezes.
  2. Depois as mãos devem ser posicionadas nas costas e levadas por cima dos quadris em direção a virilha. Esse movimento irá estimular a função intestinal e também pode ser repetido por 10 vezes.
  3. Na terceira parte deve-se aplicar uma pressão um pouco maior e fazer um movimento no sentido do intestino grosso como se estive a espremer um tubo de pasta de dente. Deve-se começar com as mãos uma sobre a outra, posicionadas sobre a região inferior direita do abdômen, próximo à virilha, que é então deslizada pela barriga em direção à caixa torácica. Depois as mãos descem em direção a região inferior esquerda. Isso ajudará a impulsionar a matéria fecal ao longo do intestino. Esse movimento pode ser feito durante dois minutos.
  4. Por fim, fazem-se movimentos circulares profundos com as mãos da região superior esquerda do abdômen para baixo e depois da região inferior direita do abdômen para cima, e intercalar durante mais dois minutos. Pode-se repetir novamente a terceira etapa.
3. Uso de medicamentos

Medicamentos, como a simeticona, também podem ser usados no tratamento dos gases, quando as demais medidas como exercício físico e massagem não apresentam resultados satisfatórios.

A simeticona ajuda a romper as bolhas de gases que se forma no trato gastrointestinal e impedindo a formação de novas bolhas. Esse medicamento começa a agir entre 10 a 30 minutos após a sua ingestão, sendo uma opção para o alívio dos gases.

A simeticona pode ser usada por crianças e adultos, consulte um médico para saber a dose mais indicada.

4. Uso de chás e plantas medicinais

Plantas medicinais como a erva-cidreira, a erva-doce e o hortelã-pimenta possuem ação contra os gases e antiespasmódica, portanto, podem ajudar no alívio das cólicas intestinais, dores e desconforto causados pelos gases.1,2

A forma de uso mais comum é através de chá, que pode ser tomado de 2 a 3 vezes ao dia.

O hortelã-pimenta também pode ser encontrado em cápsulas e é disponibilizado em farmácias do SUS, consulte um médico caso deseje fazer uso desse fitoterápico em cápsulas.

Como evitar a formação de gases em excesso?
  • Faça pequenas refeições durante ao dia, ao invés de poucas refeições com excesso de alimentos. Refeições menores são mais fáceis de digerir;
  • Mastigue a comida devagar e com cuidado para evitar que o ar seja deglutido em excesso;
  • Pratique atividade física;
  • Não fume, esse hábito aumenta a deglutição de ar e piora os sintomas de gases.
  • Evite o uso de gomas de mascar e chicletes;
  • Evite alimentos que aumentam a formação de gases, como feijões, brócolis, repolho, couve-flor, alcachofras, lentilhas, ameixas secas, maçãs, couve de Bruxelas, entre outros.

Caso os sintomas não cessem ou apresente outros sintomas como febre, vômitos, diarreia, perda de peso inexplicável, consulte um médico de família ou clínico geral para uma avaliação inicial.

Referências:

1. Brasil. Ministério da Saúde. Práticas integrativas e complementares: plantas medicinais e fitoterapia na atenção básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2012. (Série A. Normas e Manuais Técnicos) (Cadernos de Atenção Básica; n. 31).

2. Brasil. Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo. Departamento de Apoio Técnico e Educação Permanente. Comissão Assessora de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. Plantas Medicinais e Fitoterápicos. / Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo. – São Paulo: Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo, 2019. 4ª edição.

Excesso de gases pode ser câncer?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O excesso de gases normalmente não é um sinal de câncer no intestino ou cólon. Na maioria das vezes este problema é causado apenas por situações mais comuns como prisão de ventre, dieta inadequada, sedentarismo ou hábitos alimentares prejudiciais (como comer rapidamente).

O excesso de gases pode ser causado pelo consumo de certos alimentos que aumentam a produção de gases, como feijões, grãos e vegetais ricos em fibras, como repolho.

Dificilmente o câncer no intestino irá apresentar como sintoma único a flatulência, sendo frequente que surjam outros sintomas como:

  • Diarreia frequente;
  • Prisão de ventre;
  • Sangramento nas fezes;
  • Emagrecimento sem causa aparente.

Outras doenças e condições também podem ocasionar excesso de gases. Alguns exemplos são:

  • Intolerâncias alimentares (a lactose ou glúten);
  • Síndrome do intestino irritável;
  • Doença inflamatória intestinal.

Caso considere que está apresentando mais gases do que ou normal ou esteja sentindo outros sintomas como diarreia, prisão de ventre ou sangramento nas fezes, consulte o seu médico de família ou clínico geral para uma avaliação inicial. Em algumas situações pode ser necessário a avaliação por um gastroenterologista.

Referências:

Departamento de Saúde Reprodutiva e Pesquisa (SRP) da Organização Mundial da Saúde (OMS) e Escola Bloomberg de Saúde Pública/Centro de Programas de Comunicação (CPC) da Universidade Johns Hopkins, Projeto INFO. Planejamento Familiar: Um Manual Global para Prestadores de Serviços de Saúde. Baltimore e Genebra: CPC e OMS.