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Dúvidas sobre Anticoncepcional Injetável
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Neste artigo, estão as dúvidas sobre mais frequentes sobre anticoncepcional injetável, ouvidas pelos médicos nos consultórios.

1) É possível engravidar tomando anticoncepcional injetável?

Não. É praticamente impossível engravidar tomando anticoncepcional injetável, de forma correta. Se fizer a aplicação no dia recomendado pelo médico, a chance de engravidar é menor do que 0,5%.

2) Quando tomar a segunda dose?

A segunda dose e as próximas doses, vão depender do seu anticoncepcional. Existem os medicamentos mensais e os trimestrais. No caso dos mensais, o anticoncepcional deve ser aplicado a cada 30 dias. Os anticoncepcionais trimestrais, devem ser aplicados a cada 90 dias, ambos são aplicados independente da menstruação.

3) Após a segunda dose já estou protegida?

Sim. Após a segunda dose já estará protegida.

4) Posso tomar injeção menstruada?

Sim, pode e deve tomar. A segunda dose e as doses subsequentes não devem ser baseadas na menstruação.

Os anticoncepcionais, orais ou injetáveis, tem como efeito colateral a irregularidade menstrual, por isso é comum nos primeiros meses, principalmente, que a menstruação atrase ou que venha mais de uma vez.

Portanto, é muito importante que siga exatamente a data recomendada para a aplicação, independente da menstruação, para que a eficácia da medicação seja mantida.

5) Qual é o dia certo para tomar a injeção de anticoncepcional a primeira vez?

Na maioria dos anticoncepcionais, é o primeiro dia da menstruação. Porém alguns tipos específicos, como por exemplo o Perlutan®, recomenda que a primeira dose seja feita entre o 7º e o 10º dia do ciclo.

O primeiro dia do ciclo é o primeiro dia da menstruação. Com o início da menstruação temos certeza de que não está grávida, o que permite de forma segura aplicar a injeção de anticoncepcional.

6) Comecei a tomar a injeção este mês, já estou protegida?

Depende. Algumas medicações garantem eficácia completa após 7 dias, outras após 15 ou 30 dias do início do seu uso, por isso o mais recomendado é que aguarde pelo menos os 30 dias, ou mantenha outro método contraceptivo durante todo o primeiro mês, por exemplo, fazer uso de camisinha.

A partir do segundo mês, seja qual for o medicamento em uso, estará protegida.

7) Estarei protegida o mês todo, não corro risco de engravidar?

Sim. A partir do segundo mês do uso do anticoncepcional, estará protegida durante todo o mês. Desde que seja feito o uso de maneira correta.

Os fabricantes comprovam a segurança e estimam que o risco de gravidez seja menor do que 0,5%, para a maioria das injeções disponíveis no mercado.

8) Se eu tiver relação sem proteção nos primeiros dias após começar a usar a injeção de anticoncepcional, posso engravidar?

Sim. Existe uma pequena chance de ficar grávida se tiver relação sem proteção, logo nos primeiros dias depois de tomar o anticoncepcional injetável.

A eficácia do medicamento varia de acordo com o fabricante, organismo da mulher, entre outros fatores, por isso recomendamos no primeiro mês fazer uso de mais um método contraceptivo, como o uso da camisinha.

A partir do segundo mês, tomando a medicação corretamente, estará protegida.

9) Uso anticoncepcional injetável trimestral, vou menstruar a cada 3 meses?

Não. Não existe regularidade na menstruação com o uso dos anticoncepcionais trimestrais. No início, pode menstruar mensalmente, mas com o passar dos meses ocorre ausência das menstruações, irregularidade menstrual ou até mesmo sangramentos entre o ciclo, chamado sangramento de "escape".

10) Uso anticoncepcional injetável e estou tendo menstruação (sangramento contínuo). O que pode ser?

Efeito colateral da medicação. Anticoncepcionais injetáveis podem causar irregularidade menstrual e sangramento vaginal contínuo. Normalmente, nesses casos, é importante uma reavaliação com o seu ginecologista, para ajuste de dose ou substituição da medicação.

O anticoncepcional oral de alta dosagem pode ser uma opção de tratamento. O fato de ter esse sangramento não indica gravidez nem falta de eficácia do medicamento, apenas um efeito colateral deste anticoncepcional.

Outros efeitos colaterais comuns são: náuseas, dores de cabeça, aumento de peso, inchaço, sensibilidade nas mamas e diminuição da libido. Vale ressaltar que não são todas as mulheres que desenvolvem os efeitos colaterais.

11) Esqueci de tomar no dia certo. Tem algum problema tomar atrasado?

Não tem problema, você pode tomar a medicação atrasada, porém lembre-se que nesses casos a eficácia pode ser menor durante esse mês.

Os anticoncepcionais injetáveis de uso mensal têm uma tolerância de 1 dia, no máximo 2 dias de segurança, enquanto os trimestrais têm uma tolerância um pouco maior, de até uma semana, para quem já faz uso há mais de 1 ano.

Sendo assim, e devido a grande variedade de medicamentos, o mais seguro é que pense neste mês como se fosse o primeiro mês de uso novamente.

Tome a medicação, mas faça uso de mais um contraceptivo, como a camisinha durante esse mês. A partir do próximo mês, tome no dia em que recomeçou e a eficácia da medicação já será completa.

Lembrando que o anticoncepcional protege a mulher, apenas de uma gravidez não programada. Para se proteger de doenças sexualmente transmissíveis, é preciso fazer uso de contraceptivo de barreira, como a camisinha, em todas as relações.

12) Parei de tomar o anticoncepcional injetável há vários meses e a menstruação não veio ainda. O que fazer?

Se parou de usar o anticoncepcional e mantém relações, deve fazer uso de outro contraceptivo para evitar uma gravidez não planejada. Se existe a chance de estar grávida, ou seja, manteve relação sem camisinha ou outro contraceptivo, o mais aconselhável é que faça um teste de gravidez, ou procure um atendimento médico.

No entanto, se não manteve relações sem proteção, o mais provável é que a ausência da menstruação seja ainda um efeito do anticoncepcional injetável que estava usando. Os anticoncepcionais injetáveis, especialmente os trimestrais (3 em 3 meses), podem causar amenorreia (falta de menstruação), por muitos meses após a última aplicação.

13) Quando vou conseguir engravidar após parar as injeções?

Pode engravidar desde o primeiro que interrompe a medicação. Essa resposta varia de acordo como o organismo de cada mulher.

Aspectos emocionais, alimentares, estilo de vida e até condições de saúde do pai, influenciam nessa resposta. Mas em relação à medicação, desde o momento que para o anticoncepcional, principalmente o mensal, o organismo volta de organizar e preparar o corpo da mulher para a ovulação e possível gravidez.

14) A pílula do dia seguinte pode cortar os efeitos da injeção de anticoncepcional?

Não. A pílula do dia seguinte também é um anticoncepcional e não interfere na ação dos outros anticoncepcionais.

Trata-se de um método de emergência para evitar a gravidez quando existe alguma falha no método contraceptivo usado. Por exemplo, quando está na primeira cartela, ou primeiro mês de uso de anticoncepcional injetável e houve relação sem outra proteção. Fora isso, não existe indicação de tomar pílula do dia seguinte com a injeção.

15) Quando será meu período fértil com o uso de anticoncepcional injetável?

Não existe período fértil quando se toma anticoncepcional. O anticoncepcional atua no organismo mantendo as taxas hormonais estáveis, impedindo assim que ocorra a ovulação, data que representa o período fértil.

O período fértil compreende a data provável da oculação, mais 3 dias antes e 3 dias após, um total de 7 dias (uma semana). Entretanto, para que ocorra a ovulação, é preciso haver um pico de hormônio, que a medicação não permite.

16) Tomei a injeção e no momento da aplicação ocorreu um refluxo do líquido. Corro risco de engravidar? Tenho que aplicar novamente?

Quase todas as injeções quando aplicadas tem um pequeno extravasamento do líquido. Esse pequeno refluxo não diminui a eficácia da injeção, por isso não há risco de gravidez e não deve tomar outra injeção.

Apenas certifique-se de que a pessoa que aplica é habilitada e está aplicando no local exato. E lembre-se que o primeiro mês não confere toda a eficácia estipulada pela medicação, apenas a partir do segundo mês de uso, com algumas exceções.

Porém, não sendo a primeira dose, e havendo uma perda significativa da dose, a própria profissional, sendo ela capacitada e da área da saúde, saberá te indicar que deve tomar cuidado durante esse mês. Mas nova dose não é indicada mesmo nessas situações.

17) Em vez de menstruação, desceu apenas uma "borra". Posso estar grávida ou isso é normal?

Sim, é normal. Quando se usa anticoncepcional, principalmente os injetáveis, a menstruação costuma ser diferente e pode sim mudar de um mês para outro. Mas se tomou sempre certo, o risco de gravidez é muito baixo, em torno de 0,4 a 1% apenas. O provável é que seja um sangramento de "escape".

18) Como trocar o anticoncepcional injetável?

Para trocar o anticoncepcional e não correr riscos de engravidar, é recomendado fazer uso de um método de barreira a mais, como a camisinha, nos primeiros 7 dias, ou durante o primeiro mês da troca, dependendo da medicação.

A maneira exata depende da medicação que está em uso e qual será a nova, o médico que prescreve deve esclarecer todas essas dúvidas. Em geral, na data da próxima injeção, deve aplicar a nova medicação.

19) Posso tomar qualquer anticoncepcional de primeira vez?

Não. Inclusive nem todas as mulheres podem tomar anticoncepcionais. Mulheres com alto risco de câncer de mama, história de câncer na família, ou risco para doenças tromboembólicas (AVC, infarto do coração e trombose na perna), também não deve fazer uso de anticoncepcionais hormonais.

Por isso, antes de inciar essa medicação, seja oral ou injetável, é precisar ser avaliada por um médico da família ou ginecologista.

20) Tomei o anticoncepcional atrasado (dias depois) e agora minha menstruação está atrasada, posso estar grávida?

Sim. O anticoncepcional injetável garante uma proteção de 1 ou 2 dias de atraso apenas, por isso, se a aplicação do remédio foi atrasada e houve relação sem outro meio de proteção, pode estar grávida e sendo assim, o mais recomendado é que faça um teste de gravidez para ter certeza.

No entanto, o uso regular de anticoncepcional, seja injetável ou oral, causa com frequência uma irregularidade menstrual. A diminuição do sangramento e a falta de menstruação (amenorreia), são efeitos colaterais comuns desses medicamentos.

De qualquer forma, antes de tomar a próxima dose, o mais seguro é realizar o teste de gravidez, de farmácia ou de sangue, para evitar problemas de malformação, caso esteja grávida.

Para maiores esclarecimentos, converse com o seu médico da família ou ginecologista.

Importante ainda, saber que nem todas as mulheres podem tomar anticoncepcionais, é preciso avaliar os riscos e benefícios de acordo com as condições de saúde e história familiar de doenças como a trombose.

Saiba mais sobre esse assunto no artigo:

Tive relações sem camisinha depois de 3 dias de tomar anticoncepcional injetável. É possível engravidar?

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Sangramento de escape pode ser considerado menstruação?

Referência

FEBRASGO. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

Tomei pílula do dia seguinte e a menstruação não desceu. O que fazer?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Se tomou a pílula do dia seguinte e a menstruação não desceu, isso é normal e pode acontecer mesmo quanto a pílula do dia seguinte foi eficaz. Nos casos de atraso menstrual em mulheres que usam a pílula anticoncepcional, a mulher pode continuar tomando sua medicação regularmente, mesmo não vindo a menstruação. Provavelmente no próximo ciclo haverá um reajuste e o ciclo menstrual habitual será retomado.

A pílula do dia seguinte pode atrasar a menstruação devido ao desequilíbrio hormonal que ela provoca. Após o uso da medicação, o organismo precisa se readaptar e reajustar o ciclo menstrual. Isso pode demorar algum tempo a depender de qual momento do ciclo menstrual você utilizou a pílula do dia seguinte.

Quando a pílula do dia seguinte é usada próximo do período que viria a menstruação habitual, esse atraso pode ser de mais de 1 semana, prolongando o ciclo menstrual.

Normalmente, depois de tomar a pílula do dia seguinte, a menstruação volta a descer cerca de uma semana depois da data prevista.

Se a menstruação não ocorrer depois de 4 semanas da tomada da pílula, convém fazer um exame de gravidez.

Pílula do dia seguinte atrasa sempre a menstruação?

Não, nem sempre a pílula do dia seguinte atrasa a menstruação. Embora o atraso da menstruação seja um efeito colateral comum da pílula do dia seguinte, ele não ocorre na maioria dos casos.

De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), para aproximadamente 57% das mulheres que tomam o anticoncepcional, a menstruação vem na data prevista. A maioria das mulheres apresenta pouca ou nenhuma alteração relevante no ciclo menstrual.

Ainda segundo a OMS, cerca de 15% das usuárias que tomam a pílula do dia seguinte podem apresentar um atraso de até 7 dias na menstruação. Aproximadamente 13% das mulheres que usam a medicação podem apresentar um atraso menstrual de pouco mais de 7 dias. Em 15% das mulheres, a pílula do dia seguinte pode antecipar a menstruação em até uma semana.

A pílula do dia seguinte não é o único método anticoncepcional que pode atrasar ou ainda antecipar a menstruação. O anticoncepcional injetável trimestral, o DIU de cobre e os implantes também podem causar irregularidade menstrual.

Depois de tomar a pílula do dia seguinte a menstruação volta ao normal?

Sim, depois de tomar a pílula do dia seguinte a menstruação volta ao normal. A irregularidade ocorre no período menstrual imediatamente seguinte ao uso da pílula. Com a vinda da menstruação, o ciclo volta ao normal.

A irregularidade no ciclo menstrual causada pela pílula do dia seguinte resolve-se espontaneamente. O uso correto do anticoncepcional não provoca alterações duradouras ou permanentes na data da menstruação.

No entanto, o uso repetitivo da pílula do dia seguinte pode tornar as alterações menstruais mais intensas, tornando difícil para a mulher prever a vinda da menstruação e identificar o seu período fértil.

Para maiores esclarecimentos sobre o uso da pílula do dia seguinte, consulte um médico clínico geral, médico de família ou ginecologista.

Para saber mais sobre a pílula do dia seguinte, você pode ler:

Como saber se a pílula do dia seguinte funcionou?

Sangramento após tomar pílula do dia seguinte é normal? Por que ocorre?

Pílula do dia seguinte dose única pode falhar?

Tomei a pílula do dia seguinte. Posso engravidar?

Referência:

FEBRASGO. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

Dor e caroço no local da injeção: o que pode ser e o que fazer?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A ocorrência de dor e caroço no local de injeção intramuscular é relativamente comum sendo considerada uma complicação deste procedimento.

Essas complicações podem ocorrer tanto no braço, quanto nos glúteos, que são os locais em que mais comumente se aplica injeções.

Na maioria dos casos, esses sintomas melhoram com o decorrer do tempo e medidas simples com aplicação de calor ou frio, e massagens no local ajudam a aliviar.

A reação adversa mais relatada é a dor no local da injeção, podem ainda ocorrer, inchaço e formação de nódulo no local.

Por que ocorre dor e forma-se caroço no local da injeção?

Esta ocorre porque a pele e tecido subcutâneo são ricamente inervados e os receptores da dor são estimulados pela agulha, quando penetra e disseca o tecido conectivo.

O músculo é menos inervado, mas a infusão de solução pode ser muito dolorosa, pela irritação devida à própria solução e ao pH. A injeção de penicilina benzatina, por exemplo, é aplicada no glúteo e por conter uma formulações que contém microcristais costuma causar dor.

Após a aplicação da injeção também pode ocorrer a formação de hematomas ou escurecimento da área onde foi aplicada a injeção. A pigmentação da pele e hemorragia ocorrem por extravasamento de sangue após lesão de capilares e vasos.

Quando a limpeza e assepsia do local da injeção não foi feito corretamento pode levar a infecção no local da picada da agulha, que pode evoluir para a formação de abcessos.

O que fazer se tiver dor ou caroço no local da injeção?

Usualmente medidas locais são suficientes para aliviar a dor ou desfazer o inchaço ou caroço que se forma no local de aplicação da injeção. As principais medidas a serem tomadas são:

Aplicação de calor local

Pode-se aplicar compressas quentes no local onde foi aplicada a injeção. O calor alivia a dor da injeção e promove uma melhor e mais rápida distribuição do medicamento que foi aplicado.

Aplicação de compressa fria

Embora a compressa quente ajude a aliviar a dor, a aplicação de frio ajuda a reduzir o inchaço. Portanto, caso o que esteja incomodando mais seja o inchaço e vermelhidão no local de aplicação, a compressa fria pode ser utilizada ao invés da compressa quente.

Massagem com movimentos circulares

Realizar pequenos movimentos suaves na região onde apresenta inchaço pode facilitar a drenagem de líquido acumulado e também ajuda no controle da dor.

Uso de analgésicos simples

O uso de analgésicos simples como paracetamol e dipirona pode ser útil para casos de dores moderadas e mais persistentes.

Na maioria dos casos essas medidas são suficientes para aliviar a dor e desfazer o inchaço ou nódulos que tenham surgido no local da injeção.

No entanto, caso não haja melhora ou apresente sinais de infecção no local da injeção como saída de pus, vermelhidão, inchaço e dor intensa, ou ainda outros sintomas como febre, consulte um médico para uma avaliação.

Principais complicações das injeções intramusculares

Além da dor e de nódulos, outras complicações das injeções intramusculares podem ocorrer, como:

  • Diminuição da sensibilidade do membro;
  • Formação de abscesso;
  • Infarto e necrose local;
  • Atrofia da pele e tecido adiposo;
  • Contratura muscular;
  • Fibrose tecidual;
  • Hematoma;
  • Lesão do nervo ciático, quando a injeção é aplicada no glúteo.
O que pode causar complicações no local da injeção?

A ocorrência de complicações depende de alguns fatores, como:

  • Tipo de medicação introduzida: pode ser irritante, estar diluída em solvente oleoso ou de absorção lenta, ou apresentar alta concentração;
  • Volume injetado incompatível com a estrutura do músculo: volumes maiores precisam ser aplicados em músculos que suportem a quantidade de medicamento injetado, caso contrário pode causar dor e inflamação;
  • Escolha inadequada da agulha e da seringa;
  • Desconhecimento pelos profissionais da anatomia e farmacologia, bem como falta de prática e habilidade;
  • Múltiplas injeções em um só local.

Se você apresentar complicações após injeção intramuscular, deverá procurar o serviço de saúde em que foi aplicada para maiores orientações.

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Referência

Ministério da Saúde. Programa Nacional de Imunizações — PNI.

Tomo anticoncepcional e a menstruação não veio, posso estar grávida?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Caso tenha ocorrido alguma irregularidade no uso do anticoncepcional existe o risco de gravidez sim, mas caso o uso do anticoncepcional tenha sido correto, sem nenhuma falha, dificilmente você pode estar grávida.

É um efeito adverso comum dos anticoncepcionais hormonais causarem irregularidade menstrual, diminuição do fluxo menstrual ou a total ausência da menstruação (amenorreia).

Uso irregular do anticoncepcional e atraso da menstruação

Se você tomou o anticoncepcional de forma irregular, esqueceu de tomar a pílula ou ainda apresentou diarreia, vômitos, ou usou algum medicamento que interfere na eficácia da pílula (rifampicina, anticonvulsivantes, barbitúricos ou antirretrovirais), pode estar grávida.

Caso a menstruação se mantenha atrasada por mais de 15 dias, realize um teste de gravidez para confirmar ou afastar essa hipótese e, se a dúvida persistir, consulte um médico para uma avaliação.

Uso regular do anticoncepcional e atraso da menstruação

Se, por outro lado, você toma anticoncepcional corretamente e não houve nenhuma falha no método, como esquecimento de comprimido ou atraso para tomar a injeção, a possibilidade de gravidez é muito baixa, menos de 1% de chance.

As mulheres que utilizam anticoncepcional apresentam o sangramento mensal reduzido ou mesmo ausência de menstruação. Isso acontece, pois, os hormônios dos anticoncepcionais tentam imitar o ciclo menstrual da mulher, mas de uma maneira que não ocorra a ovulação e, por consequência, a gravidez.

Dessa forma, a camada interna do útero (endométrio) fica constantemente fina e muitas vezes não há o que descamar e nesses casos não ocorre a menstruação.

Por isso, caso tenha mesmo feito o uso correto da pílula a chance de gravidez é mínima, e você pode continuar a tomar a pílula normalmente. É possível que a menstruação venha na próxima pausa da cartela.

Caso o atraso menstrual persista por mais tempo, consulte um médico para uma avaliação.

A menstruação não veio com o anticoncepcional injetável

Em mulheres que recorrem ao anticoncepcional injetável trimestral ou mensal, o atraso ou mesmo ausência da menstruação, é ainda mais comum, principalmente, com o uso da injeção trimestral.

Portanto, no caso de a menstruação não vir com o anticoncepcional injetável e o uso do anticoncepcional for correto e regular praticamente não há risco de gravidez.

No entanto, caso o uso da injeção tenha sido irregular como esquecimentos da aplicação ou atrasos, é importante consultar o médico para uma avaliação.

Lembre-se sempre que existem outras causas para o atraso menstrual, além da gravidez, como prática excessiva de atividade física, estresse, Síndrome do ovário policístico, distúrbios da tireoide, uso de medicamentos e outras doenças.

Para mais informações:

Parei de tomar o anticoncepcional e a menstruação não veio mais. Isso é normal?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Após a parada do uso do anticoncepcional, a mulher retorna o seu ciclo menstrual geralmente nas próximas 4 semanas.

No entanto, é possível que o ciclo menstrual demore um pouco mais para retornar e voltar ao normal, algumas mulheres podem apresentar atraso menstrual, ciclos irregulares ou mesmo a ausência de menstruação até 6 meses após parar de tomar a pílula, ou anticoncepcional injetável.

Após esse período é provável que a amenorreia ou irregularidade se deva a outras razões e não ao uso do contraceptivo. Por isso, caso a sua menstruação demore mais do que 3 meses para voltar, procure já um médico para uma avaliação.

É importante avaliar se a ausência da menstruação se deve ao uso prolongado da pílula ou é secundária a outras condições, como gravidez, disfunções hormonais ou outras doenças.

Além disso, diferentes condições podem afetar a regularidade da menstruação ou mesmo provocar a sua ausência e coincidir com a parada do uso do contraceptivo. Alguns fatores que podem fazer com que a mulher deixe de menstruar ou apresente ciclos irregulares são:

  • Obesidade;
  • Excesso de exercícios físicos;
  • Magreza excessiva;
  • Estresse;
  • Síndrome dos ovários policísticos,

Quando a mulher parar de tomar a pílula anticoncepcional o primeiro sangramento observado é chamado de sangramento de abstinência e ocorre por conta da diminuição repentina dos níveis hormonais, portanto apenas o segundo sangramento após interromper a pílula corresponde a menstruação.

Vale ressaltar que a ausência da menstruação ou alterações menstruais podem ocorrer em usuárias de qualquer forma de contraceptivo hormonal, seja pílula ou injeção.

Caso após parar de tomar a pílula a mulher tenha mantido relações sexuais desprotegidas é possível a ocorrência de gravidez, mesmo que o ciclo menstrual ainda apresente irregularidades. Na suspeita de gravidez é importante a realização de um teste diagnóstico, como o Beta-HCG na urina ou no sangue.

Para mais informações consulte o seu ginecologista ou médico de família.

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O que faz a mulher menstruar duas vezes no mesmo mês?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A mulher pode menstruar duas vezes no mesmo mês quando ela possui um ciclo menstrual curto. Sendo assim, o intervalo entre uma menstruação e outra é menor de 28 dias e, ocasionalmente pode coincidir de duas menstruações ocorrerem no mesmo mês, o que pode ser considerado normal.

Menstruar duas vezes no mesmo mês não é necessariamente sinal de problema ou doença. Anticoncepcionais, alterações hormonais e estresse são as principais causas.

Alguns fatores podem fazer a menstruação descer duas vezes no mesmo mês são:

  • Estresse e alterações emocionais;
  • Miomas, câncer, ovários policísticos, cisto no ovário;
  • Uso de medicamentos, como anticoncepcionais;
  • Alterações hormonais e emocionais;
  • Cirurgia no ovário;
  • Laqueadura.

O uso de anticoncepcional injetável pode ocasionar sangramentos de escape ao longo do ciclo menstrual. Mesmo assim, a mulher deve continuar o uso normal da medicação, devendo tomar a injeção na data programada.

Do mesmo modo, se você está usando anticoncepcional oral e, mesmo assim, sua menstruação está vindo duas vezes ao mês (sangramento de escape), observe se você esqueceu de tomar a pílula alguns dias. É também possível que a dosagem do tipo de pílula que você está usando não seja adequada ao seu organismo e precisa ser reavaliada pelo ginecologista.

Se você fica menstruada duas vezes ao mês com alguma frequência, consulte seu médico de família, clínico geral ou ginecologista para avaliação do seu estado de saúde, bem como ponderar uma possível troca de método contraceptivo, caso esses sangramentos de escape estejam causando desconforto.

Se você se interessa por este assunto, pode ler:

Menstruação veio duas vezes no mês: posso estar grávida?

Sangramento de escape pode ser considerado menstruação?

FEBRASGO. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

Não quero engordar, qual pílula anticoncepcional tomar?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

As pílulas anticoncepcionais indicadas para quem não quer engordar são aquelas que possuem baixas doses de hormônios, pois estão associadas a menos efeitos colaterais como a retenção de líquido, principal responsável pela sensação de ganho de peso.

Existem anticoncepcionais que não engordam?

De forma geral, os anticoncepcionais orais não engordam. A sensação aumento de peso ocorre pela retenção de líquido e não pelo ganho de gordura corporal.

Anticoncepcionais com menor chance de causar sensação de ganho de peso Anticoncepcionais de drospirenona como progestágeno

Os anticoncepcionais à base de uma substância chamada drospirenona de progestágeno são os anticoncepcionais com menor chance de provocar a retenção de líquidos. Por este motivo, estes medicamentos reduzem a sensação de aumento de peso.

Anticoncepcionais com baixa dosagem de estradiol

Os contraceptivos com dosagem baixa de estradiol podem ser uma opção para as mulheres que possuem predisposição à retenção de líquidos.

DIU (dispositivos intrauterinos)

O DIU de progestágeno libera lentamente o hormônio progestágeno que tem absorção muito baixa pelo organismo e, deste modo, tem menor chance de provocar retenção de líquido.

Por outro lado, o DIU de cobre é um contraceptivo não hormonal, isto é, ele não libera nenhum hormônio. Por isso, não causa retenção de líquido.

Anticoncepcionais injetáveis engordam?

Há comprovações científicas de que o anticoncepcional injetável trimestral, por ter dosagem muito elevada de hormônios, provoca aumento de peso.

Uma das explicações para este efeito é que estes contraceptivos bloqueiam a atividade dos ovários e, por consequência, a produção de hormônios androgênios (hormônios masculinos) que levam à redução de músculos (massa magra) e aumento de gordura corporal. Além disso, estes medicamentos promovem a redução da libido.

Ainda não há comprovação científica de que as pílulas (anticoncepcionais orais) causam este mesmo efeito no organismo. A sensação de ganho de peso provocada pelas pílulas está relacionada mais diretamente à retenção de líquidos.

Como escolher o seu anticoncepcional?

Para escolher com maior segurança o seu método contraceptivo é fundamental consultar um ginecologista, médico de família ou clínico geral. Estes profissionais farão uma avaliação inicial para efetuar a indicação da medicação mais apropriada ao seu caso.

Durante a consulta, informe ao médico se você tem tendência a reter líquidos para que a escolha do anticoncepcional não agrave esta condição. Em geral, quanto menos hormônio, menor a retenção de líquido.

É preciso deixar bem claro que o que funciona para uma paciente, pode não ser adequado para outra.

Os efeitos colaterais dos contraceptivos variam para cada mulher e nem todas ganham peso com o uso da pílula. Algumas podem até emagrecer, tomando o mesmo medicamento. Tudo depende do organismo e do estilo de vida de cada mulher.

Não inicie o uso de anticoncepcionais sem orientação médica.

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Faz mal tomar a pílula do dia seguinte tomando anticoncepcional?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Não. A mulher que já faz uso de anticoncepcional não apresenta riscos adicionais ao tomar a pílula do dia seguinte.

Quando o anticoncepcional é usado corretamente, na hora certa e sem esquecimento, não há necessidade da mulher tomar a pílula do dia seguinte mesmo tendo feito sexo vaginal desprotegido. O anticoncepcional usado rotineiramente apresenta uma boa segurança para evitar gravidez indesejada.

Vale lembrar que a pílula do dia seguinte contém uma quantidade alta de hormônio capaz de desequilibrar o ciclo menstrual da mulher e não deve ser tomada constantemente.

A mulher que já usa algum tipo de anticoncepcional (comprimidos, injeção, anel vaginal, DIU, adesivo ou implante intradérmico) só precisa tomar a pílula do dia seguinte em algumas situações como:

  • atraso maior de 24 horas para pílulas com estrógeno e progestágeno;
  • atraso maior de 3 horas para pílulas só com progestágeno;
  • atraso maior de 2 semanas para injeção com Medroxiprogesterona (ex: Depo-Provera® ).

Fora dessas situações, não há necessidade de usar os dois métodos em conjunto.

Links úteis:

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A pílula do dia seguinte pode atrasar minha menstruação?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim. A pílula do dia seguinte pode atrasar a menstruação. A mulher que fez uso da pílula do dia seguinte pode apresentar alteração da data habitual do seu período menstrual. Isso se deve pelo desbalanço hormonal que a pílula provoca e uma readaptação do organismo perante ao hormônio ingerido.

Após a toma da pílula do dia seguinte, a menstruação pode vir em torno de uma semana antes ou depois da data esperada. Cada mulher terá uma reação diferente e esse tempo pode variar para alguns dias antes (antecipando a menstruação) ou depois da data habitual (atrasando a menstruação).

É importante lembrar que a pílula do dia seguinte não é o único método anticoncepcional que causa atraso ou antecipação da menstruação. A injeção anticoncepcional trimestral, o uso de DIU de cobre ou implantes anticoncepcionais também podem provocar irregularidade menstrual, muitas vezes com sangramentos mais intensos e prolongados que aqueles observados com o uso da pílula do dia seguinte.

A pílula do dia seguinte sempre atrasa a menstruação?

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 57% das mulheres que tomam a pílula do dia seguinte não apresenta nenhum atraso ou antecipação da sua menstruação, com a vinda do período na data prevista. A maioria das mulheres que toma a pílula do dia seguinte apresenta pouca ou nenhuma mudança significativa no seu ciclo menstrual.

Cerca de 15% das mulheres que tomam a pílula do dia seguinte podem apresentar um atraso de até 7 dias da menstruação. Em 13% dos casos, a menstruação pode atrasar pouco mais de uma semana.

Por outro lado, a pílula do dia seguinte também pode antecipar a menstruação em até 7 dias, o que ocorre em cerca de 15% das mulheres que tomam o medicamento.

Pílula do dia seguinte desregula definitivamente a menstruação?

Não. Vale ressaltar que as alterações do ciclo menstrual provocadas pelo uso da pílula do dia seguinte resolvem-se espontaneamente e normalmente são bem toleradas pela mulher. Não há evidências científicas de que o uso da pílula cause qualquer dano aos ciclos menstruais.

Contudo, tomar a pílula do dia seguinte repetitivamente e frequentemente pode agravar os distúrbios menstruais e tornar difícil para a mulher reconhecer as fases do seu ciclo menstrual e o seu período fértil.

Se após o uso da medicação a menstruação demorar mais de 4 semanas para vir, é interessante realizar um teste de gravidez para se certificar do seu efeito.

Para maiores esclarecimentos sobre o uso da pílula do dia seguinte e suas possíveis alterações na menstruação, consulte o/a médico/a de família, clínico/a geral ou ginecologista.

Para saber mais sobre pílula do dia seguinte, você pode ler:

Sangramento após tomar pílula do dia seguinte é normal? Por que ocorre?

Vou viajar e ficarei menstruada nessa época, o que faço?

Referência

Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia - FEBRASGO

Tudo sobre Benzetacil
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Benzetacil® é um antibiótico da família da penicilina, bastante usado no combate a algumas doenças, como amigdalite bacteriana comunitária (dor de garganta adquirida fora do ambiente hospitalar), infecções respiratórias e de pele, sífilis, tratamento de longo prazo para prevenção da febre reumática, entre outras.

A Benzetacil® começa a fazer efeito de 15 a 30 minutos após a injeção e a sua ação se prolonga por um período que vai de 1 a 4 semanas. Trata-se de um antibiótico seguro para ser usado em bebês, crianças e adultos.

A única forma de tomar Benzetacil® é através de injeção intramuscular. O local de aplicação recomendado é na parte superior lateral da nádega. Em crianças pequenas e bebês, a injeção geralmente é aplicada na coxa.

Quando são necessárias várias injeções, é recomendado alternar o local da aplicação. Se houver dor intensa no momento da administração de Benzetacil®, a injeção deve ser interrompida.

Benzetacil® dói?

Sim, a injeção de Benzetacil® dói na aplicação e o local fica dolorido por alguns dias. Este talvez seja o maior inconveniente desse medicamento, uma vez que a única forma de administração da Benzetacil® é intramuscular, ou seja, injetável.

No entanto, a dor da injeção de Benzetacil® pode ser amenizada através da diluição com xilocaína, um anestésico que praticamente elimina a dor da aplicação e diminui muito a dor nos dias seguintes à injeção.

Nesse caso, é necessário ter uma receita médica indicando a forma de diluição com o acréscimo de xilocaína como parte da diluição.

Outro inconveniente é que as alergias às penicilinas são comuns e por isso deve-se tomar o cuidado de fazer um teste antes de tomar a injeção pela primeira vez ou realizar a primeira aplicação em ambiente com kit de primeiros socorros ou hospitalar.

Benzetacil® pode ser usada na gravidez?

Sim, Benzetacil® pode ser usada na gravidez, desde que tenha a devida indicação do/a médico/a e receita médica adequada. O medicamento não faz mal para o bebê e não causa abortos. Sabe-se que as penicilinas atravessam rapidamente a placenta, embora não sejam conhecidos os efeitos para o feto, caso existam.

Apesar de ser considerada segura para o uso durante a gravidez, a Benzetacil® deve ser utilizada apenas quando for necessária, segundo o devido critério médico.

Pode também lhe interessar o artigo: Quais remédios posso tomar na gravidez?

Benzetacil® pode ser usada na amamentação?

Sim, a Benzetacil® pode ser usada durante o período que a mulher está amamentando. Não há contraindicação relacionada especificamente com a amamentação, não corta o leite e não faz mal para o bebê (desde que respeitadas outras contraindicações da mãe ou do bebê).

A Benzetacil® é excretada no leite materno, mas caso haja efeitos para o/a bebê, eles não são conhecidos.

Mesmo assim, mulheres que estão amamentando só devem usar Benzetacil® com indicação médica específica e receita médica.

Leia também: Amamentação e Remédios

Benzetacil® corta o efeito do anticoncepcional?

Não, Benzetacil® não corta o efeito do anticoncepcional e não tem nenhuma ação sobre a eficácia dos mesmos, seja pílula ou injeção.

Veja também: Interação dos Anticoncepcionais com outros Remédios

Quais os efeitos colaterais da Benzetacil®? Efeitos colaterais comuns

Os efeitos colaterais da Benzetacil® considerados comuns ocorrem em até 10% das pessoas que tomam a injeção. Essas reações incluem dor de cabeça, diarreia, náusea, vômitos e aparecimento de “sapinho” na boca e genitais.

Efeitos colaterais pouco comuns

Os efeitos colaterais pouco comuns ocorrem em menos de 1% dos casos. Dentre eles estão: coceira pelo corpo, erupções na pele, urticária, inchaço por retenção de líquidos, reações anafiláticas, edema de laringe e pressão baixa.

Efeitos colaterais raros

Há ainda os efeitos adversos raros da Benzetacil®, ou seja, menos de 1 caso em cada 1.000 pessoas que tomam o antibiótico.

Entre eles estão manchas vermelhas e outras reações mais graves na pele, confusão mental, convulsões, tromboflebite, trombose venosa profunda, hepatite, colite, nefrite, insuficiência renal, anemia, distúrbios da coagulação sanguínea, febre, entre outros.

Quais as contraindicações e advertências sobre o uso da Benzetacil®?

O uso de Benzetacil® é contraindicado se a pessoa for alérgica às penicilinas. O uso do medicamento por indivíduos com hipersensibilidade à penicilina pode gerar reações alérgicas graves, que podem ser fatais. Em caso de reação, o uso de Benzetacil® deve ser suspenso imediatamente.

É importante, durante o tratamento com Benzetacil®, observar a ocorrência de novas infecções, já que as bactérias podem ter se tornado resistentes ao antibiótico.

Se a pessoa tiver que tomar injeções de Benzetacil® por tempo prolongado, sobretudo em altas doses, se recomenda verificar regularmente as funções dos rins e o sangue.

A injeção de Benzetacil® próxima a raízes nervosas ou grandes nervos, ou ainda aplicada de forma intravenosa, não é indicada. Isso porque a aplicação pode produzir lesões graves e permanente nesses locais, como morte do tecido e até gangrena, que requer amputação.

Pacientes com epilepsia podem ter crises de convulsão ao utilizar penicilina, principalmente se houver algum grau de comprometimento dos rins.

Qual é o preço da Benzetacil®?

A Benzetacil® tem um baixo preço. Se for comparada com outros antibióticos ou remédios vendidos nas farmácias, é um medicamento relativamente barato.

No Sistema Único de Saúde (SUS), a injeção de Benzetacil® é fornecida gratuitamente quando prescrita pelo/a médico/a registrado/a.

Leia também:

Para que serve a Benzetacil e porque a injeção dói tanto?

Referências

Lima, L.M., Silva, B.N.M., Barbosa, G. β-lactam antibiotics: an overview from a medicinal chemistry perspective. European Journal of Medicinal Chemistry, v.208, 2020.

Sociedade Brasileira de Reumatologia.

O que fazer para parar a menstruação?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O uso de anticoncepcionais hormonais é geralmente a forma mais eficaz de reduzir ou parar a menstruação. Existem ainda outras opções como medicamento Primosiston® e a cirurgia definitiva de retirada do útero.

Portanto, as opções disponíveis são:

  • Contraceptivos que contenham estrógeno e progestágeno na fórmula, seja comprimidos, anel vaginal ou adesivo transdérmico;
  • Injeção de Medroxiprogesterona (Depo Provera®);
  • Implante subcutâneo;
  • DIU (dispositivo intra uterino) hormonal;
  • Primosiston® e
  • Cirurgia.

A avaliação e definição da melhor opção, para cada mulher, deve ser feita pelo ginecologista, de forma individual.

1. Anticoncepcionais hormonais

Os anticoncepcionais que contém apenas progestágeno também são capazes de suprimir a menstruação. Porém, nos primeiros meses de uso, pode apresentar sangramentos de escape como efeito colateral, os "spottings".

2. Injeção para progesterona

A injeção de medroxiprogesterona (Depo Provera®) é um contraceptivo muito utilizado por mulheres que não podem usar estrogênio, ou devido a praticidade de aplicar apenas a cada 3 meses.

3. Implante subcutâneo

O implante subcutâneo, que possui progesterona, também é uma opção para fazer parar a menstruação. Age liberando hormônio de forma lenta e contínua, com longa duração e alta confiabilidade.

O Implanon® é o implante subcutâneo liberado para uso no Brasil, no entanto, ainda não é ofertado pelo Sistema Único de Saúde. O seu efeito é de 3 anos.

4. DIU (Dispositivo Intra Uterino)

O DIU que liberta levonorgestrel pode suspender a menstruação e deve ser mantido por até 5 anos.

5. Primosiston®

Medicamento indicado principalmente para reduzir o sangramento vaginal. O medicamento deverá ser prescrito pelo médico, pois é necessário avaliar as indicações e contraindicações, além de orientar a forma de uso.

De qualquer forma, o sangramento será interrompido dentro de dias, e não imediatamente.

6. Cirurgia para parar de menstruar

A retirada do útero através de cirurgia, chamada histerectomia, interrompe de forma definitiva a menstruação e a vida reprodutiva da mulher. Por isso, deve ser muito bem avaliada e discutida com a família e o médico que a acompanha. A cirurgia pode ser indicada também na presença de patologias uterinas, que justifique a remoção do útero.

A opção de suspender a menstruação também é uma forma de tratamento para certas doenças, como mioma e endometriose.

No mioma, interromper a menstruação é benéfico para controlar o sangramento intenso. Na endometriose (presença de tecido do interior do útero fora da cavidade uterina), a suspensão da menstruação traz benefícios para a mulher, uma vez que durante o período menstrual a endometriose pode causar cólicas intensas, entre outros sintomas.

Outras medicações que podem interromper a menstruação como efeito colateral, são, por exemplo, o Danazol (análogos do hormônio de crescimento), antagonistas e moduladores do receptor de progesterona, entre outros. Porém, não são medicamentos usados com a finalidade exclusiva de suprimir a menstruação.

Tratamento caseiro para parar a menstruação

Não existem tratamentos caseiros, cientificamente comprovados, que ajudem a interromper a menstruação. Alguns tipos de chás, auxiliam na cólica e sintomas menstruais, no entanto, não conseguem interromper a descamação do útero, um processo natural do ciclo menstrual.

Em contrapartida, sabemos que certos chás têm a propriedade de aumentar a contração uterina, piorando o sangramento, por isso, mulheres grávidas ou em uso de anticoagulantes, não podem fazer uso desses chás.

Não use qualquer medicação ou produtos naturais para parar a menstruação, antes de conversar com o seu médico de família ou ginecologista.

Quando não devo parar a menstruação?

Vale lembrar que algumas mulheres não podem suspender a menstruação ou fazer uso de anticoncepcionais hormonais, devido aos riscos inerentes, são mulheres com:

  • História de câncer de mama
  • Câncer de mama na família (especialmente parentes de 1º e 2º grau)
  • História de AVC (derrame cerebral)
  • História de infarto do coração
  • História de trombose ou tromboembolismo
  • Portadora de enxaqueca moderada a grave
  • Cirurgia grande recentemente, ou que permaneceram imobilizadas por muito tempo
  • Problemas no fígado
  • Hipertensão arterial não controlada.

O uso de anticoncepcionais hormonais apresenta algumas restrições e contraindicações, por isso deve ser pelo/a médico, ginecologista, clínico geral ou médico/a de família, após avaliação médica.

Conheça mais sobre o assunto nos links:

Quantos dias dura o efeito da pílula após parar de tomar?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O efeito da pílula dura somente um dia. Se parou de tomar o anticoncepcional significa que já estava desprotegida a partir do dia seguinte, com risco de engravidar.

A pílula anticoncepcional é um medicamento que faz efeito enquanto ele é utilizado. Ao parar de tomar a pílula, a ovulação volta a acontecer, podendo haver uma gravidez. Por isso, ao deixar de tomar a pílula, a mulher deve usar outro método anticoncepcional para não engravidar.

Porém, há diversos fatores que influenciam a permanência do efeito do anticoncepcional no organismo, como o tempo em que tomou a pílula, quantas pílulas tomou na última cartela, se menstruou após parar de tomar e assim por diante.

Quanto tempo leva para engravidar após parar de tomar a pílula?

Ao interromper o uso do medicamento, o corpo se prepara para iniciar novamente a ovulação. Esse processo leva em média de 1 a 3 meses, fazendo a ovulação e a menstruação voltarem ao normal. Nos primeiros meses após a parada da pílula, pode acontecer de não haver ovulação e a mulher não menstruar.

Por isso, o tempo para uma mulher engravidar após parar de tomar a pílula é variável, podendo ser no próximo ciclo ou até 6 meses após o término da pílula.

Há quem consiga engravidar logo no primeiro mês que deixou o anticoncepcional. Já em outros casos, o corpo pode demorar mais para eliminar completamente os hormônios do medicamento, fazendo com que as funções do organismo demorem mais para voltar ao normal.

Para quem usa anticoncepcional injetável trimestral, os efeitos demoram de 6 a 8 meses para desaparecer após a última injeção. Na presença de excesso de peso, os efeitos do anticoncepcional podem demorar ainda mais para desaparecer. Nesses casos, gravidez pode levar mais tempo para acontecer.

Caso você tenha parado de usar o anticoncepcional mas queira buscar um outro método contraceptivo, consulte o/a médico/a ginecologista, médico/a de família ou clínico/a geral.