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É possível engravidar tendo relação sexual uma noite antes da menstruação?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Não. A mulher que possui um ciclo menstrual regular apresenta seu período fértil na metade do ciclo, 14 dias antes da menstruação. Nesse período fértil, caracterizado por 3 a 5 dias, havendo relação sexual sem preservativo é possível engravidar. Fora desse período, a gravidez fica muito improvável de ocorrer.

Portanto, na véspera da menstruação não é possível engravidar.

Caso a mulher apresente um ciclo menstrual irregular, muitas vezes fica difícil calcular o período fértil exato. Além disso, algumas mulheres apresentam sangramento de escape durante o ciclo e que pode ser confundido com a menstruação.

A mulher que possui vida sexual ativa e não planeja engravidar deve usar algum método anticonceptivo que é escolhido de acordo com sua preferência e características. Procure um serviço de saúde ou consulte o/a médico/a ginecologista, clínico/a geral ou médico/a de família para maiores esclarecimentos.

Veja também:

A pílula do dia seguinte pode atrasar minha menstruação?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim. A pílula do dia seguinte pode atrasar a menstruação. A mulher que fez uso da pílula do dia seguinte pode apresentar alteração da data habitual do seu período menstrual. Isso se deve pelo desbalanço hormonal que a pílula provoca e uma readaptação do organismo perante ao hormônio ingerido.

Após a toma da pílula do dia seguinte, a menstruação pode vir em torno de uma semana antes ou depois da data esperada. Cada mulher terá uma reação diferente e esse tempo pode variar para alguns dias antes (antecipando a menstruação) ou depois da data habitual (atrasando a menstruação).

É importante lembrar que a pílula do dia seguinte não é o único método anticoncepcional que causa atraso ou antecipação da menstruação. A injeção anticoncepcional trimestral, o uso de DIU de cobre ou implantes anticoncepcionais também podem provocar irregularidade menstrual, muitas vezes com sangramentos mais intensos e prolongados que aqueles observados com o uso da pílula do dia seguinte.

A pílula do dia seguinte sempre atrasa a menstruação?

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 57% das mulheres que tomam a pílula do dia seguinte não apresenta nenhum atraso ou antecipação da sua menstruação, com a vinda do período na data prevista. A maioria das mulheres que toma a pílula do dia seguinte apresenta pouca ou nenhuma mudança significativa no seu ciclo menstrual.

Cerca de 15% das mulheres que tomam a pílula do dia seguinte podem apresentar um atraso de até 7 dias da menstruação. Em 13% dos casos, a menstruação pode atrasar pouco mais de uma semana.

Por outro lado, a pílula do dia seguinte também pode antecipar a menstruação em até 7 dias, o que ocorre em cerca de 15% das mulheres que tomam o medicamento.

Pílula do dia seguinte desregula definitivamente a menstruação?

Não. Vale ressaltar que as alterações do ciclo menstrual provocadas pelo uso da pílula do dia seguinte resolvem-se espontaneamente e normalmente são bem toleradas pela mulher. Não há evidências científicas de que o uso da pílula cause qualquer dano aos ciclos menstruais.

Contudo, tomar a pílula do dia seguinte repetitivamente e frequentemente pode agravar os distúrbios menstruais e tornar difícil para a mulher reconhecer as fases do seu ciclo menstrual e o seu período fértil.

Se após o uso da medicação a menstruação demorar mais de 4 semanas para vir, é interessante realizar um teste de gravidez para se certificar do seu efeito.

Para maiores esclarecimentos sobre o uso da pílula do dia seguinte e suas possíveis alterações na menstruação, consulte o/a médico/a de família, clínico/a geral ou ginecologista.

Para saber mais sobre pílula do dia seguinte, você pode ler:

Sangramento após tomar pílula do dia seguinte é normal? Por que ocorre?

Vou viajar e ficarei menstruada nessa época, o que faço?

Referência

Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia - FEBRASGO

Sinto muita dor de cabeça de um lado da fonte. O que pode ser?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Dor de cabeça forte em um lado da cabeça, em pontadas ou fisgadas, pode ser enxaqueca. Outros sintomas da enxaqueca incluem: dor de cabeça (geralmente pulsátil, em peso ou pressão, que dura entre 4 e 72 horas), náuseas, vômitos, intolerância à luz, barulhos, cheiros e movimentos.

A dor de cabeça da enxaqueca começa fraca e vai aumentando de intensidade. Outros tipos de dores de cabeça já começam fortes ou mantêm-se sempre moderadas.

O que é enxaqueca?

A enxaqueca é uma dor de cabeça que se manifesta com crises de dor muito intensas. Em geral, surge entre os 15 e os 40 anos de idade, embora possa surgir na infância ou depois da primeira menstruação. O aparecimento da enxaqueca após os 45 anos deve ser investigada para excluir outras causas para a dor de cabeça.

A enxaqueca tem algumas características que estão muito relacionadas com aparelho reprodutor da mulher. Os sintomas geralmente surgem depois da primeira menstruação, as crises são mais frequentes no período menstrual, o uso da pílula anticoncepcional ou terapia hormonal podem agravar as crises, e há diminuição ou desaparecimento das crises durante a gravidez ou na menopausa.

Antes da adolescência, a incidência de enxaqueca em meninos e meninas é igual. Contudo, a partir da adolescência, a enxaqueca é até 3 vezes mais frequente nas mulheres.

Quais as causas da enxaqueca?

As causas da enxaqueca estão relacionadas com uma combinação de processos cerebrais: excitação ou depressão das células cerebrais, dilatação das artérias, produção e libertação de substâncias químicas.

Pessoas com enxaqueca tendem a ser mais sensíveis a determinados estímulos, seja do ambiente ou do seu próprio organismo, que podem originar esses processos cerebrais. Por isso, acredita-se que a enxaqueca está associada a fatores genéticos.

Há pessoas que são capazes de identificar os fatores que desencadeiam as crises de enxaqueca, como consumo de queijo, chocolate, frutos do mar, vinho, molhos e outros alimentos e bebidas, sono irregular, estresse, menstruação, exercício físico, entre outros.

Indivíduos que estão muito habituados a tomar café, por exemplo, podem ter crises de enxaqueca quando deixam de tomar a bebida. Por outro lado, em alguns casos o café pode piorar a dor de cabeça.

Em algumas pessoas, a enxaqueca surge com mais frequência aos fins-de-semana. A origem da dor de cabeça nesses casos pode estar relacionada com mudanças nos horários do sono, falta do café-da-manhã, consumo excessivo de bebidas alcoólicas, entre outras condições.

Quais os sintomas da enxaqueca?

A dor de cabeça da enxaqueca geralmente é pulsátil, piora com o esforço físico ou ao movimentar a cabeça e afeta apenas um lado da cabeça. Em geral, a dor vem acompanhada de náuseas, vômitos, intolerância à luz, barulhos e alguns cheiros.

As manifestações da enxaqueca são recorrentes, surgindo várias vezes durante a vida, porém com intervalos de tempo completamente livres de sintomas entre as crises.

Uma enxaqueca que ocorre diariamente provavelmente é causada pelo uso de analgésicos ou outro medicamento em excesso. O uso excessivo de medicações pode transformar uma enxaqueca numa dor de cabeça diária e crônica.

Conheça as diferenças entre dor de cabeça e enxaqueca em: Enxaqueca e Cefaleia

Uma crise de enxaqueca pode durar algumas horas ou permanecer por até 3 dias. A frequência das crises pode ser de duas por semana ou apenas algumas durante toda a vida.

Pessoas com enxaqueca com aura podem apresentar ainda sintomas neurológicos, como alterações visuais passageiras, como perda parcial da visão, visão turva, presença de pontos luminosos, figuras ou riscos brilhantes na visão.

Algumas enxaquecas com aura podem causar ainda formigamento ou dormência em um lado do rosto ou em uma das mãos, paralisias passageiras (geralmente em apenas um lado do corpo) e até mesmo dificuldade para falar.

Essas manifestações duram de 10 a 30 minutos e normalmente surgem antes da dor.

Qual é o tratamento para enxaqueca?

A enxaqueca não tem cura. O tratamento é feito com medicamentos e mudanças de comportamentos e tem o objetivo de diminuir a frequência, a duração e a intensidade das crises.

Durante uma crise aguda de enxaqueca, o tratamento consiste de repouso num ambiente tranquilo e escuro, aplicação de frio no local da dor e uso de medicamentos analgésicos, triptanos, anti-inflamatórios e para controle das náuseas e dos vômitos.

Para prevenir novas crises de enxaqueca, o primeiro passo é identificar e afastar os fatores que desencadeiam as dores de cabeça. Algumas pessoas podem precisar tomar medicamentos diariamente para reduzir a frequência, duração e intensidade das crises. Porém, não existem medicamentos específicos capazes de prevenir a enxaqueca.

Contudo, algumas medicações utilizadas para outros fins, como alguns antidepressivos e antiepilépticos, podem ser eficazes na prevenção de novas crises se enxaqueca.

Dor de cabeça forte pode ser AVC?

Quanto ao seu medo de que essa dor de cabeça possa ser uma veia entupida, o que poderia resultar em um "derrame" (acidente vascular cerebral - AVC), ele é comum, uma vez que a enxaqueca é muitas vezes confundida com um AVC.

Isso acontece principalmente em pessoas que têm enxaqueca com aura, um sintoma neurológico que caracteriza-se por alterações sensitivas e visuais.

O indivíduo pode sentir dormência em mãos, braços e até na língua, o que pode inclusive dificultar a fala. Todos esses sintomas somados à dor de cabeça leva a pessoa a pensar que está tendo um "derrame".

Dentre os sintomas mais comuns de um AVC estão:

  • Perda de força muscular;
  • Adormecimento ou paralisia da face ou de algum membro de um lado do corpo;
  • Alterações visuais (perda da visão, visão turva, dupla ou "com sombra");
  • Dificuldade para falar ou entender frases;
  • Falta de equilíbrio;
  • Tontura;
  • Falta de coordenação ao caminhar;
  • Queda súbita;
  • Dor de cabeça forte e persistente;
  • Dificuldade para engolir.

As dores de cabeça podem ter muitas causas, entre elas pressão alta. Por isso, o melhor a fazer é procurar um/a médico/a neurologista para receber um diagnóstico e tratamento adequados.

Corro risco de engravidar fora do meu período fértil?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O risco de engravidar fora do período fértil é muito baixo, pois é durante esse período que ocorre a ovulação. Em certas ocasiões, é difícil calcular o momento exato do período fértil, pois ele pode ser um pouco abrangente.

Mesmo assim, fora do período fértil dificilmente é possível engravidar, pois o óvulo só permanece viável por no máximo dois dias e os espermatozoides apenas sobrevivem 5 dias dentro do organismo feminino.

Quando começa o período fértil?

O período fértil começa 3 dias antes da ovulação e termina 3 dias depois. A maioria das mulheres tem ciclos de 28 a 30 dias e a ovulação geralmente ocorre no meio do ciclo.

No caso de um ciclo com 28 dias, a ovulação pode ocorrer 14 dias antes da menstruação, sendo que o período fértil se inicia no 11º dia do ciclo e termina no 17º dia do ciclo.

Contudo, mulheres com ciclos irregulares podem achar que não estão no seu período fértil quando, na verdade estão, pois é difícil definir com precisão as datas da ovulação em ciclos irregulares.

Por isso a "tabelinha" não é considerada um método confiável para evitar uma gravidez.

O médico de família, clínico geral ou ginecologista poderá esclarecer melhor as suas dúvidas e indicar um método contraceptivo seguro.

Saiba como calcular o período fértil em: Como saber qual meu período fértil?

Também pode lhe interessar:

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Minha menstruação está atrasada. Tenho que esperar descer para voltar a tomar o anticoncepcional?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Se a sua menstruação está atrasada não é preciso esperá-la descer para voltar a tomar o anticoncepcional, mas você tem que ter a certeza de que não está grávida. A única forma de confirmar isso é através da menstruação ou de um exame de gravidez. Se o teste de gravidez vier negativo, pode-se reiniciar o anticoncepcional imediatamente, já que uma mulher pode começar a tomar a pilula sempre que tiver certeza que não está grávida.

Atrasos na menstruação de até 7 dias são frequentes e nem sempre são sinais de que a mulher está grávida. O próprio uso prolongado do anticoncepcional pode levar a um atraso da menstruação ou a uma certa irregularidade menstrual após pará-lo. A ausência da menstruação após parar o uso do anticoncepcional oral é chamada de amenorreia-pós pilula, pode durar até dois meses após cessar a pílula. 

Além da gravidez, existem diversas causas de atraso da menstruação, como:

  • Uso contínuo de anticoncepcionais hormonais;
  • Estresse e ansiedade;
  • Medicamentos;
  • Excesso de atividade física.
  • Problemas na tireoide;
  • Síndrome dos ovários policísticos;
  • Doenças e infecções;

Veja também: Quantos dias de atraso são considerados como atraso menstrual?

 Em caso de dúvidas ou suspeita de gravidez, fale com o seu médico de família ou ginecologista antes de voltar a tomar o anticoncepcional.

Sangramento após relação no período fértil indica gravidez?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, o sangramento após relação, no período fértil e sem proteção, pode indicar gravidez. Embora seja mais difícil calcular o período fértil em mulheres que tem a menstruação irregular.

O sangramento de nidação, como é chamado, acontece devido à penetração do embrião na parede do útero da mulher.

Na suspeita de gravidez, o ideal é aguardar pela menstruação, mas caso a menstruação atrase por mais de 15 dias, deve fazer um exame de gravidez, como o teste de farmácia ou o exame de sangue.

Causas de sangramento após relação

As principais causas de sangramento após a relação, são:

  • Gravidez (sangramento de nidação)
  • Alergia ao látex da camisinha
  • Ruptura do hímen (na primeira relação da mulher)
  • Infecção sexualmente transmissível (ISTs)
  • Trauma durante a relação
  • Endometriose
  • Miomas, pólipos e tumor vaginal
Sangramento após a relação, o que pode ser?

Sangramento pequeno, logo após a relação ou no dia seguinte, fala mais a favor de um pequeno trauma, um processo alérgico ou uma infecção. Se junto ao sangramento apresentar dor, secreção ou febre, procure um médico para avaliação.

O que é sangramento de nidação?

Sangramento de nidação é um sangramento pequeno, muitas vezes nem percebido pela mulher, que ocorre quando o embrião penetra a parede interna do útero, para a sua implantação. A partir daí, o embrião poderá receber os nutrientes e se desenvolver.

Por isso, é descrito como um dos primeiros sinais de gestação. No entanto, o sangramento é tão discreto, que nem sempre é percebido pela mulher.

Suas principais características são: sangramento de pequena quantidade, que suja a roupa íntima, mas não ultrapassa como pode acontecer na menstruação normal, com coloração rosada ou marrom-claro, e duração de 2 a 3 dias, no máximo.

Saiba mais sobre esse assunto e como calcular o período fértil para ciclos irregulares, nos artigos abaixo:

Cálculo do período fértil vale para ciclo irregular?

O que significa ter sangramento durante a relação sexual?

Menstruei e 10 dias depois tive relação e não usamos camisinha, posso engravidar?

A menstruação leva os espermatozoides para fora da vagina?

Referência:

FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

Calor na cabeça e no rosto, latejante, gostaria de saber o que é?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Calor na cabeça que afeta também o rosto é sintoma de alteração da circulação. Podemos citar algumas das causas possíveis, como a enxaqueca, pré-menopausa, hipertensão arterial (pressão alta) e até mesmo estresse e ou ansiedade.

Como você não referiu dor, pode ser que seja uma condição chamada rubor facial, que causa um calor exagerado na face e deixa o rosto vermelho, podendo também atingir a cabeça. Pessoas que têm esse distúrbio sentem o rosto ficar quente e vermelho. 

As causas do rubor facial estão relacionadas ao sistema nervoso, que provoca uma dilatação dos vasos sanguíneos deixando a face e a cabeça vermelha e quente.

Saiba mais em: Quais são as causas da vermelhidão no rosto?

Sentir calor na cabeça pode ser sintoma de menopausa?

Sim, os calores são um dos principais sintomas da pré-menopausa, ou seja, o período que antecede a última menstruação. As ondas de calor podem ser sentidas pelo corpo todo, inclusive na cabeça. Os sintomas da pré-menopausa em geral têm início aos 45 anos de idade, e a menopausa com mais ou menos 50 anos. 

Além dos calores, os sintomas da pré-menopausa incluem suor noturno, alterações no sono, menstruação irregular, secura vaginal, mudanças de humor, falta de interesse e até mesmo quadros de depressão.

Os sintomas da pré-menopausa, são decorrentes das alterações hormonais que caracterizam esse período e desaparecem cerca de 3 anos depois da última menstruação, ou seja, após a chegada da menopausa.

Calor na cabeça pode ser sintoma de enxaqueca?

Sim, calor na cabeça pode ser enxaqueca, embora o seu principal sintoma seja a dor de cabeça. As crises podem ocorrer todos os dias, semanalmente ou a cada 15 dias. Contudo, há casos em que as crises de enxaqueca ocorrem entre períodos de tempo maiores.

A dor da enxaqueca é pulsátil, forte e na maioria das vezes unilateral, podendo também se apresentar em ambos os lados. Em algumas pessoas, antes do início da dor, sentem algum "sinal" de que a dor vai começar, o mais comum são as alterações visuais, ao que chamamos de aura. Outros tipos de aura são os sintomas gástricos, como azia; suor frio e náuseas ou vômitos.

Veja também: O que é enxaqueca com aura e quais são os sintomas?

Além de calor e dor na cabeça, a enxaqueca também pode causar tontura, náuseas, vômitos, fraqueza e mal-estar geral, sobretudo se a dor de cabeça for muito forte.

A enxaqueca não tem uma causa específica. É provável que a doença esteja relacionada com fatores genéticos. Porém, existem condições que podem desencadear as crises, tais como estresse, ansiedade, jejum prolongado, calor excessivo, queijo amarelo, vinho tinto, período de menstruação, consumo de bebidas alcoólicas e café, entre outras.

Há ainda indivíduos que podem ter enxaqueca se dormirem pouco ou demais, enquanto outros podem ter crises se ficarem expostos à claridade, ao sol, às mudanças de temperatura, ao cigarro e à poluição.

Estresse pode causar calor na cabeça?

Sim, os sintomas do estresse são físicos e emocionais. Emocionalmente e psicologicamente, o estresse caracteriza-se por irritabilidade, ansiedade, alterações de humor, desinteresse, impaciência, alterações no sono, depressão, falta de memória, entre outros sinais e sintomas.

Já o corpo pode indicar que a pessoa está estressada através de cansaço, dores musculares decorrentes de tensão, formigamentos, aumento da frequência cardíaca e respiratória, aumento da pressão arterial, boca seca, alterações no apetite, coceira pelo corpo, náuseas, diarreia, azia, entre outras manifestações.

Leia também: Estresse e nervosismo podem causar manchas roxas no corpo?

Nesse caso, o calor na cabeça seria decorrente de uma consequência do estresse, como o aumento da pressão arterial e dos batimentos cardíacos.

A adrenalina é o hormônio responsável por tais sintomas. Trata-se de uma reação natural do organismo ao estresse, que reage preparando o corpo para uma situação de "luta" ou "fuga", aumentando a produção de adrenalina.

Apesar de ser uma reação natural e boa, pois há situações que de fato a pessoa precisa agir, o estresse constante prejudica severamente a saúde e a qualidade de vida do indivíduo. 

Calor na cabeça pode ser sintoma de pressão alta?

Sim, trata-se de uma doença bastante comum e muitas vezes os pacientes não conseguem descrever ao certo os sintomas da hipertensão arterial, podendo referir calor na cabeça em alguns casos.

Os sintomas da pressão alta incluem dor no peito, cabeça ou nuca, tontura, zumbido, fraqueza, alterações visuais, sangramento nasal, entre outros sinais e sintomas.

Contudo, a hipertensão arterial normalmente só se manifesta quando a pressão está muito alta, embora a partir de 140/90 mmHg ("catorze por nove"), já seja considerado um caso de hipertensão arterial pelas diretrizes atuais das sociedades de cardiologia.

Também pode lhe interessar: Quais os sintomas da hipertensão arterial?

A pressão alta não tem uma causa definida na imensa maioria dos casos, que estão relacionados com fatores genéticos e estilo de vida. Apesar da causa da hipertensão arterial não ser totalmente conhecida, existem fatores de risco que contribuem para o aparecimento da doença. 

Os principais fatores de risco da hipertensão essencial incluem, afro descendência, história de pressão alta na família, excesso de sal na alimentação, obesidade, consumo de bebidas alcoólicas, envelhecimento, falta de atividade física, tabagismo e uso de pílula anticoncepcional.

Saiba mais sobre pressão alta em: Quais as causas da hipertensão arterial?

Para um diagnóstico preciso do seu problema, consulte um médico clínico geral ou médico de família. Se necessário, eles encaminharão você para um especialista para que prescreva o tratamento indicado.

A menstruação não desceu na pausa, o que fazer?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A menstruação não descer durante a pausa ou intervalo do anticoncepcional pode ocorrer, embora seja algo pouco comum. Se o anticoncepcional foi tomado corretamente sem esquecimentos, é provável que a ausência da menstruação na pausa, seja apena um efeito do próprio anticoncepcional, portanto, pode ser considerada uma situação normal.

Portanto, nesse tipo de situação deve-se continuar o uso normalmente da pílula. Reinicie a nova cartela na data prevista, mesmo que não tenha apresentado nenhum sangramento. É possível que a sua menstruação venha na próxima pausa.

Outras situações que podem fazer com que a menstruação não venha no intervalo entre uma cartela e outra são: o uso irregular ou com falhas do anticoncepcional ou a troca de um anticoncepcional por outro de outro formulação ou tipo. Nessas situações é importante realizar um teste de gravidez, caso tenha tido relações sexuais, pois existe o risco de estar gravida.

Menstruação não desceu na pausa e o uso do anticoncepcional foi irregular

Se durante o uso do anticoncepcional ocorreram esquecimentos, mudanças de horário, ocorrência de vômitos, uso de medicamentos ou qualquer outro fator que possa interferir na eficacia do contraceptivo, então a ausência do sangramento no período de pausa deve levantar a suspeita de uma gravidez. Deve-se realizar um teste de gravidez ou procurar o seu médico para uma avaliação.

Menstruação não desceu no intervalo entre a troca de um anticoncepcional por outro

Ao realizar a mudança de um anticoncepcional oral por outro de outra marca comercial, ou de dosagem diferente, ou de formulação hormonal diferente, pode ocorrer atraso menstrual ou mesmo ausência da menstruação no momento da troca e no primeiro mês.

Realize um teste de gravidez, caso tenha tido relações sexuais nesse período. Pode ainda ser usado na primeira semana do novo anticoncepcional um outro método contraceptivo de barreira de forma complementar como a camisinha.

Caso tenha dúvidas consulte o seu médico de família ou ginecologista.

Para mais informações sobre a troca de anticoncepcional:

Posso engravidar na troca do anticoncepcional?

Terminei a cartela e a menstruação não desceu

No intervalo do anticoncepcional, não sangrei: ele pode ter perdido o efeito?

Referências bibliográficas

Planejamento Familiar. Uma manual global para profissionais de saúde. OMS. 2018

Existe remédio para menstruação descer?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim. Existe tratamento para menstruação descer, mas depende da causa do problema. As causas mais frequentes são a gravidez, o uso de anticoncepcional e os problemas hormonais.

Para cada um desses problemas, é indicado um tratamento. Sendo assim, no atraso menstrual, o mais indicado é procurar um ginecologista, para descartar a gravidez e avaliar a causa desse problema.

Vale lembrar que a falta de menstruação, chamada amenorreia, é considerada normal nas seguintes situações:

  • Antes da puberdade, em geral antes de 14 anos de idade;
  • Durante a gravidez;
  • Durante a amamentação e
  • Quando atinge a menopausa.
O que pode ajudar a menstruação descer? 1. Anticoncepcionais

Os anticoncepcionais são indicados em alguns casos, para regularizar a menstruação. Como por exemplo no início do ciclo menstrual da mulher, ou na síndrome do ovário policístico.

2. Acetato de medroxiprogesterona

Esse hormônio está indicado quando a mulher menstruava normalmente e começou a ter o ciclo irregular. Poré é fundamental excluir outras causas, como gravidez, presença de tumores ou distúrbios hormonais, antes de iniciar a medicação.

3. Chás

Alguns chás são indicados para ajudar a menstruação descer, como chá de canela, chá de arruda, chá de alecrim ou o chá de boldo. Isso porque são substâncias que estimulam o tônus da musculatura do útero e com isso, maior contração uterina, facilitando o descolamento do endométrio, e início do fluxo de sangue (menstruação).

Porém, são indicações sem qualquer comprovação científica. Além disso, são substâncias totalmente contraindicadas na suspeita de gravidez e para pessoas com problemas de coagulação.

Sendo mais uma vez recomendado, a avaliação médica antes de fazer uso dessas substâncias.

4. Hormônios da tireoide

Mulheres com distúrbios de tireoide precisam ser acompanhadas com endocrinologista e colher exames de sangue regularmente para regular o ciclo menstrual.

Algumas vezes os hormônios devem ser repostos, na forma de comprimios, para promover a menstruação regular.

5. Cirurgia

Casos de alterações anatômicas como hímen imperfurado, septo vaginal, entre outros, tem indicação de tratamento cirúrgico para a sua correção. Não existe remédio nesses casos que resolvam, por ser um problema físico, que impedem a passagem do sangue.

Outras situações como causas externas, psicológicas ou medicamentosas recebem tratamento referente a cada caso.

No caso de falta de menstruação por mais de três ciclos consecutivos ou que dure mais de 6 meses, recomendamos investigação médica com ginecologista, para diagnóstico e tratamento adequados.

Entenda melhor sobre a falta da menstruação no artigo: O que é amenorreia e quais as suas causas?

Referência:

  • FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.
  • American Family Physician. DAVID A. et al.; Amenorrhea: An Approach to Diagnosis and Management. Volume 87, Number 11 - June 1, 2013.
A menstruação desceu antes da cartela acabar...
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, faça a pausa normalmente de 7 dias. Mesmo quando a menstruação vem antes do período da pausa da cartela está indicado fazer a pausa de 7 dias e recomeçar nova cartela nesse intervalo. Portanto, pode fazer a pausa e reiniciar uma nova cartela após a interrupção da pílula.

Se todos os comprimidos foram tomados diariamente, sem nenhum esquecimento, o efeito contraceptivo da pílula permanece e não há aumento do risco de uma gravidez.

Pode ser sangramento de escape

Eventualmente a mulher que faz uso de anticoncepcional hormonal oral pode apresentar algum sangramento fora do período da pausa do comprimido, esse tipo de sangramento chama-se sangramento de escape ou spotting, geralmente vem em menor quantidade que o sangramento que ocorre no intervalo entre cartelas, pode acontecer a qualquer momento e costuma ser auto-limitado.

O que pode causar isso?

Esse pequeno sangramento também pode ocorrer caso a mulher tenha esquecido de tomar a pílula anticoncepcional, uma ou mais vezes. Nessa situação a proteção contra gravidez pode ter sido prejudicada e o risco de uma gestação é maior, portanto, recomenda-se usar preservativo nos dias seguintes e eventualmente consultar um médico caso permaneça a dúvida sobre gravidez.

É possível ainda coincidir um sangramento de escape com o inicio do sangramento menstrual, fazendo com o que a mulher sangre continuamente.

Em alguns casos mais raros o sangramento menstrual também pode demorar para vir e aparecer já no fim da pausa ou mesmo no inicio de uma outra cartela.

Em qualquer uma dessas situações a mulher deve respeitar a pausa e voltar a tomar os comprimidos de uma nova cartela logo a seguir, independente de quando tenha ocorrido a menstruação. Caso ela tenha feito o uso correto do anticoncepcional tomando os comprimidos diariamente a proteção contra a gravidez está garantida.

Entenda: Menstruar uma semana antes de acabar a cartela é normal? O que pode ser?

O que fazer caso apresente sangramento intenso durante o uso da pílula?

Já em situações em que a mulher apresenta sangramento irregular intenso e constante é válido consultar um médico, para avaliar se o sangramento não se deve a alguma outra disfunção, como presença de miomas ou pólipos uterinos.

Caso tenha mais dúvidas sobre sangramento durante o uso da pílula anticoncepcional consulte o seu médico de família ou ginecologista.

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Tenho sangramento de escape, posso engravidar?

É normal de sangramento de escape por causa do anticoncepcional?

Minha namorada tomou a pílula do dia seguinte 3 vezes... pode causar alguma coisa séria a saúde?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, o uso de mais de uma pílula do dia seguinte, no mesmo mês, pode causar graves danos à saúde. A medicação deve ser usada apenas como contracepção de urgência, no máximo uma vez ao mês.

O uso de mais de 1 pílula do dia seguinte por mês, pode ocasionar:

  • Sangramento volumoso (hemorragias)
  • Anemia
  • Náuseas e vômitos
  • Ciclos menstruais irregulares
  • Maior risco de problemas vasculares como: trombose, infarto do coração e derrame cerebral.

Alguns estudos apontam ainda para um maior risco de desenvolver câncer de útero e de mama, principalmente se já houver uma predisposição genética.

Para se proteger corretamente de uma gravidez não planejada, procure o seu ginecologista e avalie a melhor opção para o seu caso. Enquanto isso, deve fazer uso de métodos de barreira, como a camisinha (feminina ou masculina).

O que pode ser sangramento e fraqueza após o uso de pílula do dia seguinte?

Pode ser um efeito colateral da medicação, que é composta de grande quantidade de hormônios. A fraqueza pode ser ainda um sinal de anemia, se o sangramento for muito volumoso.

O que fazer?

No caso de sangramento, náuseas, vômitos e fraqueza após uso de mais de uma pílula do dia seguinte, o mais indicado é que procure um atendimento médico para avaliação.

Sendo confirmada anemia ou se houver sinais de gravidade, o médico poderá prescrever um remédio para interromper o sangramento, reposição de ferro e orientar quanto a alimentação.

Mais raramente, nos quadros graves, pode ser preciso internação hospitalar e transfusão de sangue.

Quando procurar atendimento médico?
  • Sangramento por mais de 7 dias
  • Sangramento volumoso (troca mais de 5 absorventes por dia)
  • Febre
  • Fraqueza
  • Confusão mental
  • Náuseas e vômitos que não melhoram com medicação habitual

Na presença de uma das situações citadas, procure imediatamente um atendimento médico.

A pílula do dia seguinte pode falhar?

É muito raro engravidar se fizer o uso correto da medicação. A pílula do dia seguinte deve ser usada, de preferências, nas primeiras 24 horas após a relação desprotegida, embora possa ser feita até 5 dias após, para as medicações mais novas.

Quanto mais tempo levar para tomar a pílula, menor será a eficácia. Mas se fizer uso dentro das primeiras 24h, a eficácia ultrapassa os 95%, na grande maioria das medicações.

A pílula do dia seguinte pode atrasar a menstruação?

Sim. A menstruação pode vir antes da data prevista ou após. A irregularidade menstrual é um efeito esperado e considerado normal da pílula do dia seguinte.

Vale ressaltar que a pílula do dia seguinte e outros anticoncepcionais protegem o casal apenas de uma gravidez não planejada, por isso, recomendamos que para prevenir infecções sexualmente transmissíveis, como a gonorreia e o HIV, faça sempre uso de contraceptivos de barreira, como a camisinha.

Para maiores esclarecimentos, converse com o seu ginecologista.

Se você quiser saber mais sobre pílula do dia seguinte, leia:

Como tomar a pílula do dia seguinte?

Como saber se a pílula do dia seguinte funcionou?

Pílula do dia seguinte dose única pode falhar?

Referência:

Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia

Por quanto tempo a pílula do dia seguinte age no organismo?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A pílula do dia seguinte, também chamada de contraceptivo de emergência, age no organismo no dia em que é tomada. Portanto, é possível engravidar imediatamente no dia a seguir depois de ter tomado a pílula do dia seguinte.

A ingestão do contraceptivo de emergência previne só a gravidez que poderia ocorrer pelos atos sexuais que ocorreram nos 5 dias anteriores a toma.

No entanto, alguns efeitos colaterais podem ainda serem sentidos alguns dias ou mesmo na semana a seguir após ter tomado a pílula, por conta da ação hormonal desse medicamento.

Os efeitos colaterais que podem ser sentidos após a contracepção de emergência são:

  • Leve sangramento irregular;
  • Náusea;
  • Dor abdominal;
  • Fadiga;
  • Dores de cabeça;
  • Sensibilidade dos seios;
  • Tontura;
  • Vômitos.

Além disso, após o uso da pílula do dia seguinte a menstruação pode vir antes ou depois do esperado.

Como a pílula do dia seguinte não tem um efeito anticoncepcional duradouro, caso a mulher tenha relação sexual desprotegida, no dia a seguir após ter tomado o contraceptivo de emergência ela já pode engravidar.

Por isso, está recomendado que logo após o uso da pílula do dia seguinte, já se comece a fazer uso de outro método contraceptivo, como preservativo, anticoncepcional hormonal oral ou injetável, ou DIU (dispositivo intra-uterino).

A pílula do dia seguinte age basicamente através de duas formas: ela atrasa a ovulação e se a ovulação já tiver ocorrido ela impede o encontro do espermatozoide com o óvulo.

Para mais informações sobre a pílula do dia seguinte e outros métodos contraceptivos de emergência consulte um ginecologista ou médico de família.

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