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O que é meningite?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Meningite é uma inflamação das meninges, que são as membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. As meningites são causadas principalmente por vírus (meningite viral) e bactérias (meningite bacteriana).

A meningite também pode ser provocada por fungos (meningite fúngica), parasitas, lesões físicas, infecções (otites, por exemplo), câncer e uso de medicamentos.

A inflamação geralmente é decorrente de alguma infecção no líquido cefalorraquidiano, que fica entre as meninges e a medula espinhal e entre as meninges e o cérebro. As meningites podem causar lesões no cérebro e na medula.

As meningites virais são as mais frequentes e costumam ser menos graves. A meningite bacteriana, causada principalmente pelas bactérias Neisseria meningitidis (meningococo) e Streptococcus pneumoniae (pneumococo), é bem mais grave e pode ser fatal.

A meningite fúngica é mais rara e afeta sobretudo pessoas com o sistema imunológico comprometido, como as pessoas com diabetes, câncer, HIV/AIDS.

Apesar de ter tratamento, a taxa de mortalidade da meningite é alta, variando entre 5% e 15% dos casos. Quando não leva a óbito, a meningite pode deixar sequelas, como surdez e atraso do desenvolvimento psicomotor, em até 25% das pessoas que ficam doentes.

Qualquer pessoa pode contrair meningite, mas sabe-se que a doença atinge sobretudo crianças com menos de 5 anos.

Quais são os sintomas da meningite?

Os sintomas da meningite incluem febre, dor de cabeça, rigidez ou dor na nuca, náuseas, vômitos, manchas vermelhas ou roxas na pele (meningite meningocócica), dores musculares, confusão mental, sonolência e dificuldade para acordar.

As manchas na pele não desaparecem quando são pressionadas. No início, surgem manchas pequenas, que depois evoluem para manchas roxas ou negras. Esse sinal indica a passagem de sangue dos vasos sanguíneos para os tecidos localizados abaixo da pele.

Nos bebês, a meningite causa febre, irritação, cansaço, falta de apetite, endurecimento ou elevação da moleira, gemidos ao tocar na criança, inquietação, choro agudo, rigidez ou moleza corporal.

No início, os sintomas da meningite podem ser confundidos com os de uma gripe ou gastroenterite. Contudo, a evolução da doença pode ser rápida, podendo levar a óbito em poucas horas.

Na meningite bacteriana do tipo meningocócica, os sintomas geralmente começam a se manifestar depois de 4 dias que ocorreu a infecção. Porém, o período de incubação pode variar de 1 a 10 dias.

Como ocorre a transmissão da meningite?

A meningite viral pode ser transmitida pela saliva (fala, tosse, espirro, beijo) ou pelas fezes. A meningite bacteriana geralmente é transmitida de pessoa para pessoa através do contato com a saliva (tosse, espirro, fala, beijo) da pessoa doente ou portadora da bactéria.

É importante lembrar que a maioria das pessoas está imune contra muitos dos vírus e bactérias que podem causar meningites.

Porém, nem todas as meningites são contagiosas ou transmissíveis, pois isso depende da sua causa. Se a doença for provocada por um traumatismo craniano, por exemplo, ela não é transmissível.

Contudo, as meningites virais e bacterianas são altamente contagiosas e podem provocar surtos e epidemias.

Meningite bacteriana

A meningite meningocócica, por exemplo, é um tipo de meningite bacteriana, causada pela bactéria meningococo. Além de ser muito contagiosa, provoca um quadro grave e de evolução rápida. O mesmo acontece com a meningite pneumocócica, causada pela bactéria Streptococcus pneumoniae (pneumococo), que apresenta um elevado risco de morte e sequelas graves.

Meningite viral

A meningite viral é menos grave e mais comum que a meningite bacteriana e pode melhorar sem um tratamento específico.

Qual é o tratamento para meningite?

O tratamento da meningite depende do agente causador (vírus, bactéria, fungo). As meningites bacterianas necessitam de tratamento imediato com antibióticos específicos para o tipo de bactéria e o/a paciente precisa ficar internado/a.

O tratamento das meningites virais incluem repouso, cuidados gerais e medicamentos para aliviar os sintomas. Os antibióticos não são necessários. Pode, ou não, haver necessidade de internação, dependendo do caso. Na maioria dos casos, a meningite viral resolve-se espontaneamente sem necessidade de tratamento.

É possível prevenir a meningite? Existe alguma vacina?

Sim, existe vacina contra certos tipos de meningite meningocócica (tipos A, C, W e Y), pneumocócica e por Haemophilus influenzae tipo b. Elas estão incluídas no Calendário Nacional de Imunização e são disponibilizadas gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

Outras formas de prevenir a meningite incluem cuidados como evitar aglomerações, manter os ambientes ventilados e higienizar adequadamente os ambientes (casa, escolas, hospitais, creches).

Procure o/a médico/a clínico geral ou médico/a de família o mais rápido possível na presença de sinais e sintomas de meningite. O diagnóstico e tratamento precoce pode evitar sequelas e complicações que podem inclusive provocar a morte do/a paciente.

Saiba mais em:

Meningite tem cura? Qual o tratamento?

Meningite fúngica tem cura? Qual o tratamento?

É possível ter meningite mais que uma vez?

Como saber se tenho meningite?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os principais sinais e sintomas da meningite, seja viral, bacteriana ou fúngica, incluem:

  • Febre alta;
  • Dor de cabeça intensa;
  • Náuseas, vômitos;
  • Dor no pescoço, rigidez de nuca (dificuldade de encostar o queixo no peito);
  • Mal-estar;
  • Sensibilidade à luz (fotofobia);
  • Manchas roxas na pele (fase mais grave, geralmente na meningite meningocócica).

Os sintomas mais comuns e que costumam aparecer na fase inicial da doença são a dor de cabeça intensa, febre, náuseas e rigidez de nuca, embora nem sempre estão presentes ao mesmo tempo, o que dificulta um diagnóstico rápido.

As manchas arroxeadas surgem nas fases mais avançadas da meningite bacteriana e indicam que as bactérias estão circulando pelo corpo, e a sua disseminação pode levar ao processo grave de infecção generalizada (sepse).

Outros sintomas menos específicos, mas que podem estar presentes em casos de meningite são: dor de estômago, diarreia, fadiga, calafrios (especialmente em recém-nascidos e crianças), alterações do estado mental, agitação, fontanelas abauladas (bebês), dificuldade para se alimentar ou irritabilidade (crianças), respiração ofegante, cabeça e pescoço arqueados para trás.

É importante lembrar que os sintomas dos 3 tipos de meningite são semelhantes. O que os diferencia é a intensidade e a rapidez com que o quadro evolui. Os tipos mais comuns são as meningites virais e as bacterianas.

As meningites virais manifestam sintomas mais brandos, parecidos com os de uma gripe. Esse tipo de meningite costuma apresentar melhora dos sintomas de forma espontânea, dentro de 2 semanas, sem sequelas ou complicações.

Já as meningites bacterianas são mais graves, devido à rápida e intensa evolução do quadro, podendo até levar à morte ou deixar sequelas se não forem tratadas a tempo. Daí a importância em procurar um médico logo que suspeite da doença. O diagnóstico e o tratamento precoce da meningite bacteriana são essenciais para evitar danos neurológicos permanentes.

O que é meningite?

A meningite é uma infecção das meninges, que são membranas que recobrem o cérebro e a medula espinhal.

Saiba mais em: O que é meningite?

O que causa meningite?

As causas mais comuns de meningite são as infecções virais. Essas infecções geralmente melhoram sem tratamento. Contudo, a meningite bacteriana é muito grave, podendo resultar em morte ou danos cerebrais, mesmo com tratamento.

Existem muitos tipos de vírus que podem causar meningite. Dentre eles estão:

  • Enterovírus: também podem causar doenças intestinais;
  • Vírus do herpes: são os mesmos vírus que podem causar herpes labial e herpes genital. No entanto, pessoas com esses tipos de herpes não têm mais chances de desenvolver meningite;
  • Vírus da caxumba;
  • HIV;
  • Vírus do Nilo Ocidental: vírus transmitido por picadas de mosquito.

A meningite também pode ser causada por irritação química, alergias a medicamentos, fungos, parasitas e tumores.

Como diagnosticar a meningite?

O diagnóstico da meningite é feito inicialmente pela história do paciente e exame clínico, sendo confirmado através da coleta de amostras de sangue e do líquido cefalorraquidiano, que é coletado através de uma punção na coluna lombar.

Esses exames permitem identificar o agente causador da meningite (vírus, bactéria, fungo) e direcionar o tratamento para aquele tipo específico de meningite.

Qual é o tratamento para meningite?

O tratamento da meningite bacteriana é feito com antibióticos, de acordo com o tipo de bactéria e à sensibilidade ao tratamento. Essas informações são obtidas pelos exames, algumas horas depois da realização dos mesmos. Porém, o tratamento nunca deve ser adiado pelos riscos ao paciente e pode ser alterado após os resultados dos exames.

As meningites virais não necessitam de antibióticos, apenas medicamentos analgésicos e antitérmicos para alívio dos sintomas. Na meningite causada por herpes, podem ser usados medicamentos antivirais.

O tratamento da meningite também pode incluir: administração de soro através da veia e medicamentos para controlar sintomas como inchaço cerebral, choque e convulsões.

Sem tratamento imediato, a meningite pode causar dano cerebral irreversível, perda de audição, hidrocefalia, isquemia distal, com necessidade de amputações de extremidades de membros, convulsões e morte.

Existe prevenção para meningite?

Sim. A prevenção de alguns tipos de meningite bacteriana pode ser feita com vacinas. Algumas já fazem parte do calendário vacinal, outras devem ser prescritas pelo médico assistente.

A vacina contra Haemophilus é administrada em crianças. As vacinas pneumocócica e meningocócica são administradas tanto em crianças quanto em adultos.

Entretanto, na suspeita de meningite, apenas o médico, através dos exames clínico e laboratoriais, poderá identificar o tipo de meningite e prescrever o tratamento mais adequado para o caso.

Em caso de suspeita de meningite, não se automedique e procure atendimento médico o mais rápido possível. "Tempo é cérebro".

Saiba mais em: Quais são os tipos de meningite?

Meningite é contagiosa? Como ocorre a transmissão?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, meningite é contagiosa, principalmente a viral e a bacteriana, que são transmitidas de pessoa para pessoa através de gotículas de saliva ou secreção expelidas por indivíduos infectados ao falar, tossir, espirrar ou beijar.

No caso da meningite viral causada por enterovírus (vírus que habitam o intestino), a transmissão ocorre pelo contato com fezes infectadas pela via fecal-oral.

É importante lembrar que não é preciso estar com meningite para transmitir a doença. A pessoa pode ter o vírus ou a bactéria e não desenvolver meningite, mas pode transmitir a doença mesmo assim. Isso pode ocorrer na meningite meningocócica, por exemplo, em que a pessoa tem a bactéria na garganta, não está doente, mas pode transmitir o micróbio, sobretudo pelobeijo.

Para ocorrer a transmissão da meningite é necessário haver contato íntimo e prolongado (morar na mesma casa, compartilhar o mesmo quarto). Daí o convívio com pessoas doentes ou infectadas ser importante para o contágio.

As crianças com menos de 1 ano são as mais suscetíveis às meningites, pois ainda não desenvolveram anticorpos capazes de combater os vírus e as bactérias que causam a doença.

Como prevenir a meningite?
  • Tomar a vacina, que protege contra os tipos A, B, C, W e Y da meningite meningocócica (saiba mais em: Vacina para meningite B provoca alguma reação ou efeito colateral?);
  • Evitar locais com aglomeração de pessoas;
  • Manter os ambientes bem ventilados;
  • Lavar as mãos depois de ir ao banheiro;
  • Limpar e higienizar adequadamente os ambientes;
  • Detectar e tratar precocemente os casos de meningite para evitar que a doença seja transmitida.

Procure imediatamente um médico se tiver tido contato com alguém doente ou se apresentar algum dos sintomas da meningite.

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Qual a diferença entre meningite viral e bacteriana?

Vacina para meningite B provoca alguma reação ou efeito colateral?
Dra. Janyele Sales
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Medicina de Família e Comunidade

Sim, a vacina contra meningite B, também conhecida como Bexsero®, pode provocar reações e efeitos colaterais. Em bebês e crianças com menos de 2 anos de idade, as reações mais comuns são: dor, inchaço e vermelhidão no local da injeção, febre e irritabilidade.

Em adolescentes e adultos, os efeitos colaterais mais observados são: dor no local da aplicação, mal-estar e dor de cabeça.

Nos bebês e nas crianças de até 2 anos, a vacina para meningite B pode ser administrada isoladamente ou em conjunto com outras vacinas.

Quando administrada isoladamente, a frequência de febre é semelhante às outras vacinas de rotina para crianças nessa faixa etária.

Quando administrada com outras vacinas, aumentam as chances de reações adversas como febre, irritação, mudança nos hábitos alimentares, sonolência e sensibilidade no local da injeção.

A febre normalmente desaparece no dia seguinte à vacinação. Para amenizar ou até prevenir a febre, pode-se utilizar paracetamol. Este medicamento não interfere na eficácia da vacina contra meningite B.

Além da vacina que previne contra a meningite meningocócica tipo B, há também a vacina meningocócica conjugada ACWY, que protege contra meningite meningocócica dos tipos A, C, W e Y.

Ambas as vacinas só estão disponíveis em clínicas privadas e não fazem parte do calendário básico de vacinação do SUS. Na rede pública de saúde está disponível a vacina contra a meningite C, que é gratuita e está disponível para crianças menores de 5 anos de idade e adolescentes entre 11 e 14 anos.

Caso tenha mais dúvidas sobre vacinas, consulte o seu médico de família ou pediatra.

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Qual a diferença entre meningite viral e bacteriana?
Dra. Nicole Geovana
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A diferença entre meningite viral e bacteriana é que as virais são provocadas por vírus e normalmente apresentam sintomas mais brandos que as bacterianas, que são mais graves e provocadas por bactérias.

Os sintomas da meningite viral são parecidos com os da gripe, com febre e dor de cabeça, e a nuca fica pouco rígida e dolorida.

A maioria dos casos de meningite viral evoluem sem complicações e o tratamento visa apenas controlar os sintomas através de medicamentos para dor e febre.

Streptococcus-pneumoniae, uma das bactérias causadoras de meningite bacteriana

Já a meningite bacteriana é bem mais perigosa que a meningite viral, podendo levar à morte se não for diagnosticada precocemente. O tratamento é feito com medicamentos antibióticos específicos para o tipo de bactéria.

Os tipos de meningites bacterianas mais comuns são causados pelas bactérias meningococo, pneumococos e haemophylus. Dentre os 3 tipos, a meningite meningocócica é a que se transmite mais facilmente pela via respiratória e também a mais temível das meningites bacterianas, pois apresenta um quadro clínico mais grave e de evolução mais rápida.

Já a pneumocócica e a haemophylus são menos frequentes, uma vez que as vacinas disponíveis são bastante eficazes na prevenção desses dois tipos de meningite.

Quais os sintomas da meningite viral e bacteriana? Sintomas de meningite viral

A meningite viral caracteriza-se pelo aparecimento súbito de dor de cabeça, fotofobia (sensibilidade à luz), rigidez de nuca, náuseas, vômitos e febre.

Na meningite causada por enterovírus, a pessoa também pode apresentar sinais e sintomas gastrointestinais e respiratórios, dores musculares e erupções cutâneas.

Em geral, as meningites virais apresentam evolução rápida, benigna e sem complicações, com exceção das pessoas com a imunidade baixa.

Dentre os principais vírus causadores de meningites estão o enterovírus, arbovírus, vírus do sarampo, vírus da caxumba, vírus da coriomeningite linfocítica, HIV-1, adenovírus, vírus do grupo do herpes simples tipo 1 e 2, varicela zoster, Epstein-Barr e citomegalovírus.

A meningite viral pode ser transmitida pela saliva de uma pessoa infectada ao tossir, espirrar, beijar ou falar. No caso do enterovírus, que habita o intestino, a transmissão pode ocorrer através das fezes.

Sintomas de meningite bacteriana

A meningite bacteriana, em crianças com mais de 1 ano de idade e adultos, apresenta como principais sinais e sintomas: febre alta com início súbito, dor de cabeça intensa e contínua, vômitos em jato, náuseas, rigidez de nuca, dor no pescoço, pequenas manchas vermelhas na pele (meningite meningocócica).

Em bebês com menos de 1 ano de idade, os sintomas da meningite bacteriana incluem moleira tensa ou elevada, irritabilidade, inquietação, choro agudo e persistente, rigidez corporal com ou sem convulsões.

As principais bactérias causadoras de meningite são o meningococo (meningite meningocócica), pneumococo (meningite pneumocócica) e haemophilus influenzae. A transmissão ocorre através da eliminação de gotículas de secreção eliminadas por uma pessoa infectada ao tossir, falar ou espirrar.

Qual é o tratamento para meningite viral e bacteriana?

Geralmente, as meningites virais não necessitam de um tratamento específico. Nesses casos, o tratamento é feito com medicamentos para aliviar a dor e a febre, além de um acompanhamento rígido para identificar precocemente qualquer eventual complicação.

O tratamento da meningite bacteriana é feito com medicamentos antibióticos específicos para a bactéria causadora da infecção.

Para prevenir complicações e possíveis sequelas, é fundamental consultar o/a médico/a clínico/a geral, médico/a de família ou infectologista logo no início dos sintomas.

Saiba mais em: O que é meningite?

Quais são os tipos de meningite?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Existem vários tipos de meningite, classificados de acordo com a causa:

  • Meningite viral, causada por vírus;
  • Meningite bacteriana, causada por bactéria;
  • Meningite fúngica, causada por fungos;
  • Meningite medicamentosa, causada por medicamentos;
  • Meningite carcinomatosa, causada por câncer;
  • Meningite inflamatória, causada por doenças inflamatórias;

Todos os tipos de meningite apresentam sintomas semelhantes. A principal diferença entre elas está na rapidez e na intensidade com que o quadro evolui.

Dentre todos os tipos de meningite, as meningites virais e as bacterianas são as mais comuns e também são aquelas que podem causar surtos e epidemias.

O que é meningite viral?

Meningite viral é um tipo de meningite causada por vírus. Os seus sintomas mais comuns são:

  • Dor de cabeça;
  • Fotofobia (sensibilidade aumentada à luz);
  • Rigidez de nuca (dificuldade em encostar o queixo no peito);
  • Náuseas;
  • Vômitos;
  • Febre.

Quando a doença é causada por enterovírus, o paciente também pode apresentar:

  • Manifestações gastrointestinais e respiratórias;
  • Dor muscular;
  • Erupção cutânea.

Geralmente as meningites virais têm evolução rápida e benigna, sem complicações, exceto nos casos de pessoas com o sistema imunológico debilitado.

Quais os vírus que podem causar meningite viral?

Os principais vírus causadores de meningites virais são:

  • Enterovírus;
  • Arbovírus, principalmente o vírus da febre do Nilo Ocidental;
  • Vírus do sarampo;
  • Vírus da caxumba;
  • Vírus da coriomeningite linfocítica;
  • HIV-1;
  • Adenovírus;
  • Vírus do grupo do herpes:
    • Herpes simples tipo 1 e tipo 2;
    • Varicela zoster;
    • Epstein-Barr;
    • Citomegalovírus.

A transmissão das meningites virais pode ocorrer pela saliva (tosse, espirro, fala, beijo) ou pelas fezes, no caso dos enterovírus, que habitam o intestino.

A meningite viral normalmente não precisa de um tratamento específico, sendo apenas controlados os sintomas com medicamentos para dor e febre, além de acompanhamento rigoroso para observar de forma precoce sinais de complicação da doença.

O que é meningite bacteriana?

As meningites bacterianas são aquelas causadas por bactérias. É o tipo de meningite mais grave, podendo levar à morte se não for tratada a tempo.

Os seus sinais e sintomas incluem:

  • Febre alta;
  • Dor de cabeça intensa e contínua;
  • Dor no pescoço;
  • Vômitos, algumas vezes em jato;
  • Náuseas;
  • Rigidez de nuca (dificuldade em encostar o queixo no peito);
  • Manchas vermelhas na pele, no caso da meningite meningocócica.
Quais as bactérias que podem causar meningite bacteriana?

As principais bactérias que podem causar meningite são:

  • Meningococo (meningite meningocócica);
  • Pneumococo (meningite pneumocócica);
  • Haemophilus influenzae tipo B.

Veja também: Qual a diferença entre meningite viral e bacteriana?

A meningite meningocócica é a mais grave de todas, não só por apresentar maior risco de morte e de deixar sequelas após o tratamento, mas também pelo potencial que tem de provocar surtos e epidemias, uma vez que é a mais facilmente transmissível pelas vias respiratórias.

Já as meningites causadas por pneumococo e Haemophylus são menos frequentes porque temos disponíveis vacinas, as quais são bastante eficazes para prevenir esses dois tipos.

O tratamento das meningites bacterianas é feito com medicamentos antibióticos específicos para o tipo de bactéria.

O que é meningite fúngica?

A meningite fúngica é causada por um fungo. Normalmente ocorre quando o sistema imunológico está debilitado, como no caso de pessoas com AIDS, câncer ou que estão fazendo terapia com imunossupressores.

É um tipo de meningite que pode ser crônica e de difícil diagnóstico e tratamento, podendo apresentar os seguintes sinais e sintomas:

  • Dor de cabeça;
  • Irritabilidade;
  • Confusão mental;
  • Náuseas e vômitos;
  • Febre;
  • Rigidez de nuca;
  • Coma, em alguns casos.
Quais os fungos que podem causar meningite fúngica?

O principal fungo causador de meningite fúngica é o criptococo, que está presente no solo, frutas estragadas e fezes ressecadas de pombos.

A meningite causada por criptococos é uma das doenças oportunistas da AIDS, pois se aproveita da baixa imunidade do doente.

As meningites fúngicas não são transmitidas de pessoa para pessoa e o tratamento é feito com antifúngico endovenoso.

Toda vez em que houver quadro semelhante aos descritos acima, que levem a suspeita de meningite, você deve procurar imediatamente uma emergência médica para avaliação e orientação.

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Uma otite pode virar meningite?
Dra. Janyele Sales
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Medicina de Família e Comunidade

Sim, embora seja um evento raro, uma otite pode causar meningite devido à proximidade entre o ouvido médio e a meninge, uma membrana que recobre o cérebro, a medula espinhal e todo o sistema nervoso central.

A meningite é uma inflamação das meninges. As meningites podem ser causadas por vírus, bactérias, fungos (meningite fúngica), parasitas, lesões físicas, Infecções, otites, câncer e uso de medicamentos.

Os sintomas da meningite podem incluir febre alta, vômitos, dor de cabeça, dor no pescoço, mal-estar, rigidez de nuca (dificuldade de encostar o queixo no peito) e manchas roxas na pele.

O que é otite?

A otite média é uma infecção no ouvido médio (atrás do tímpano) causada por uma bactéria e que ocorre na maioria das vezes após episódios de resfriados ou outras infecções virais, embora também seja frequente após o contato com outras crianças e durante as doenças infecciosas da infância, como o sarampo.

Otite Quais são os sintomas da otite?

Os principais sintomas da otite média incluem: dor severa, diminuição da audição, febre, agitação, irritabilidade e choro fácil (crianças), perda de apetite, tontura, vertigem, secreção no ouvido (quando ocorre perfuração do tímpano), vômitos e diarreia (crianças pequenas).

Como prevenir a otite em crianças?
  • Amamentar, pois o leite materno confere proteção contra a otite e outras infecções;
  • Na hora da amamentação, evitar manter o bebê deitado. Se possível, deixá-lo inclinado;
  • Manter o calendário vacinal atualizado;
  • Não fumar em casa, pois a fumaça do cigarro aumenta o risco de otite devido aos danos que causa na tuba auditiva e às alterações que provoca na mucosa de proteção do nariz e da garganta.

O tratamento da otite é feito com medicamentos antibióticos e analgésicos.

Em caso de suspeita de otite, deve-se consultar um médico clínico geral, médico de família ou pediatra, no caso das crianças.

Meningite tem cura? Qual o tratamento?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, meningite tem cura na maioria dos casos e o tratamento depende do agente causador (vírus, bactéria, fungo).

As meningites bacterianas são mais graves, tratadas com antibiótico venoso e o paciente precisa ficar internado em isolamento. O tratamento das meningites virais inclui repouso, cuidados gerais e medicamentos para aliviar os sintomas, podendo haver necessidade de internação, dependendo do caso.

Já as meningites fúngicas nem sempre têm cura e podem necessitar de tratamento por toda a vida. A terapia é feita com medicamentos antifúngicos.

No caso da meningite bacteriana, o tratamento com antibiótico deve começar o quanto antes. O medicamento é escolhido de forma padronizada inicialmente, e após resultados de exames colhido (sangue e líquido cefalorraquidiano) o medicamento pode ser substituído ou incluído mais algum, de acordo com o tipo de bactéria que for detectada.

Em geral, os antibióticos são administrados por via venosa durante um período mínimo de 7 a 14 dias. Dependendo da evolução do quadro e do agente causador, a antibioticoterapia pode ser prolongada.

O uso de corticoide pode ajudar a prevenir sequelas em casos de meningite bacteriana.

Já a meningite viral não necessita de tratamento com antibióticos, uma vez que é causada por vírus. Normalmente é utilizado o tratamento de suporte, com repouso e medicamentos que se façam necessários, de acordo como o quadro clínico, como os antitérmicos e analgésicos para amenizar os sintomas, podendo ou não haver necessidade de internação.

Uma exceção é a meningite herpética, causada pelo vírus do herpes, cujo tratamento é feito com a administração endovenosa de aciclovir.

Lembrando que a meningite é uma doença grave, por isso o diagnóstico e o tratamento devem ser precoces, pois são os fatores fundamentais para alcançar a cura e a prevenção de sequelas, comuns a essa doença.

Por isso, em caso de suspeita de meningite, não se automedique e procure atendimento médico imediatamente.

Saiba mais em:

Meningite fúngica tem cura? Qual o tratamento?

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Dengue pode virar hepatite, meningite ou pneumonia?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim. O vírus da dengue pode causar hepatite, meningite viral e favorecer o desenvolvimento de pneumonia bacteriana. Casos de hepatite provocados por dengue não são comuns, mas podem acontecer se o vírus da dengue provocar uma inflamação no fígado (hepatite).

O próprio paracetamol, usado no controle dos sintomas da dengue, pode favorecer o desenvolvimento de hepatite. Isso porque os medicamentos são processados no fígado, o que aumenta a toxicidade e fragilidade do órgão.

O principal sintoma da hepatite nessa situação é a dor abdominal, mas é muito difícil detectar a inflamação no fígado apenas por esse sintoma, pois a própria dengue provoca dor em todo o corpo, inclusive no abdômen.

Dengue e hepatite

O vírus da dengue pode acometer o fígado, causando inflamação do tecido hepático, levando aos sintomas de dor abdominal, icterícia (pele amarelada), sangramento espontâneo e manchas roxas na pele.

Trata-se de uma urgência médica. Na suspeita de hepatite, procure uma emergência médica.

Dengue e Meningite

Casos de meningite viral e outras doença neurológicas, como encefalite e mielite (inflamação no cérebro ou medula espinhal, são frequentemente observadas em pacientes com dengue.

Cerca de 1% a 5% dos casos de dengue provocados pelos vírus da dengue tipos 2 e 3, evoluem para doenças neurológicas.

No entanto, é importante frisar que a meningite resultante da dengue não se transmite pelo ar como a meningite tradicional. Neste caso, o vírus é transmitido pelo mosquito, e no sangue, pode alcançar as meninges e provocar uma inflamação, a meningite.

Tanto a dengue como a meningite podem apresentar sinais e sintomas semelhantes no início, mas que vão se diferenciar bastante na evolução do quadro. A principal diferença é a rigidez de nuca, evidenciada na meningite. Ou seja, o paciente não consegue fletir o pescoço, e encostar o queixo no peito. Esse sintoma não não acontece na dengue, apesar de forte dor muscular.

A boa notícia é que as doenças neurológicas associadas à dengue geralmente são benignas e raramente deixam sequelas. O tratamento é feito com medicamentos específicos e os sintomas normalmente desaparecem em poucos dias.

Dengue e Pneumonia

Já a pneumonia pode aparecer na fase final do quadro de dengue, fazendo com que a febre se estenda por mais de uma semana. Além da pneumonia, quadros de infecções bacterianas associados à dengue são relativamente comuns, tais como otite e faringite, sendo tratados, na maioria das vezes, com antibióticos.

Quais os sintomas da dengue?

A dengue pode causar febre alta, dor de cabeça, dores no corpo, náuseas ou ainda não apresentar nenhum sintoma.

No entanto, a ocorrência dos seguintes sinais e sintomas podem indicar um caso de dengue hemorrágica, que é grave e precisa de intervenção médica urgente, pois pode levar à morte:

  • Manchas vermelhas na pele;
  • Sangramentos no nariz ou gengivas;
  • Dor abdominal intensa e permanente;
  • Vômitos persistentes.

Em caso de suspeita de dengue, não tome nenhum medicamento com ácido acetilsalicílico, como aspirina, pois pode desencadear uma hemorragia. Tome dipirona e procure atendimento médico o mais rápido possível.

Saiba mais sobre esse assunto nos links:

Meningite fúngica tem cura? Qual o tratamento?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Depende. Quase todas as meningites têm cura, porém a meningite fúngica, embora seja o tipo mais raro, apresenta uma mortalidade mais alta, acredita-se que principalmente pela demora do diagnóstico e início do tratamento específico.

Alguns critérios são fundamentais para definir a resposta ao tratamento e cura do paciente:

  • Tipo de fungo encontrado
  • Tempo de início da medicação, quanto mais precoce iniciar o tratamento, maior a chance de alcançar a cura
  • Imunidade, pacientes com imunidade comprometida, como HIV, câncer e diabetes, devem seguir um protocolo mais rígido de tratamento
  • Ausência de comorbidades, a presença de doenças crônicas, especiamente se não controladas, diminui as possibilidades de cura.

Qual é o tratamento de meningite fúngica?

O tratamento das meningites fúngicas é feito sobretudo com o medicamento antifúngico anfotericina B. Contudo, outros antifúngicos podem ser incluídos no tratamento, como flucitosina, miconazol, cetoconazol e fluconazol.

A evolução da doença e a gravidade dos sintomas depende do estado imunológico do paciente. No caso da meningite criptocócica, a evolução do quadro tanto pode ser lenta e durar meses ou anos, como pode ser fulminante ou levar à morte em apenas 2 semanas.

A meningite fúngica pode se tornar crônica devido ao processo inflamatório contínuo das meninges (membrana que envolve o cérebro e a medula espinhal), podendo causar sérias complicações, como hidrocefalia e interrupção do fluxo sanguíneo cerebral.

A meningite fúngica é o tipo menos comum de meningite, sendo mais comum em pacientes imunossuprimidos, como em casos de AIDS e câncer, por exemplo.

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Ao contrário da meningite viral e bacteriana, a meningite fúngica não é contagiosa, ou seja, não é transmitida de pessoa para pessoa, sua transmissão é dada via inalação de esporos (partículas de fungos), e dos pulmões segue para o cérebro.

Saiba mais em: Meningite é contagiosa? Como ocorre a transmissão?

Os principais fungos causadores de meningite são o Cryptococcus e o Coccidioides. Outros agentes fúngicos que também podem causar a doença incluem Candida, Aspergillus, Histoplasma, Blatomyces e Mucor.

Os médicos infectologista e neurologista são os responsáveis pelo tratamento da meningite fúngica.

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É possível ter meningite mais que uma vez?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
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Clínica médica e Neurologia

Sim, é possível ter meningite mais do que uma vez, principalmente crianças com menos de 5 anos, pois ainda não têm o sistema imunológico completamente desenvolvido.

Com o tempo, grande parte das pessoas desenvolve anticorpos e fica imune à maioria dos vírus e bactérias que causam meningite, porém a imunidade adquirida é específica para cada tipo de vírus e bactéria.

Isso significa que uma pessoa que teve meningite viral e ficou imune àquele vírus, pode contrair outros tipos de meningites (bacteriana, fúngica) ou ainda novo episódio de meningite viral, causada por um vírus que não teve contato prévio.

Além de vírus, bactérias, fungos e parasitas, a meningite também pode ser causada por lesões físicas, inflamações, doenças vasculares, câncer ou uso de medicamentos - meningite asséptica. Pois existe a reação inflamatória, sem a presença de um agente infeccioso.

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Como ocorre a transmissão da meningite viral e bacteriana?

As meningites virais e bacterianas são transmitidas através do contato direto com pessoas infectadas, que transmitem o micróbio ao falar, tossir, espirrar ou beijar.

No caso da meningite viral causada por vírus que habitam o intestino (enterovírus), a transmissão ocorre também pelo contato acidental, com fezes de pessoas contaminadas, como no uso de objetos contaminados.

Vale lembrar que a doença nem sempre é transmitida por pessoas que estão com meningite. A meningite meningocócica, por exemplo, pode ser transmitida por indivíduos que abrigam a bactéria meningococo na garganta e não estão doentes.

Como prevenir a meningite?

A melhor forma de se prevenir contra a meningite meningocócica é através das vacinas, que protege contra os tipos A, B, C, W e Y. Outras formas de prevenção incluem:

  • Evitar locais com aglomeração de pessoas;
  • Manter os ambientes bem ventilados;
  • Lavar as mãos depois de ir ao banheiro;
  • Limpar e higienizar adequadamente os ambientes.

O tratamento, na maioria dos serviços, se baseia no início precoce da antibioticoterapia, devido ao alto risco de morbidade e mortalidade, e deve ser reavaliado após os resultados de exames.

A resposta ao tratamento depende basicamente do início precoce do tratamento, quanto antes for diagnosticado e tratado, menor a chance de complicações e sequelas.

Na suspeita de meningite, procure imediatamente um serviço de emergência médica!

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Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
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Os sintomas de meningite, seja ela bacteriana, viral ou fúngica, são bastante semelhantes. Por este motivo, ao perceber qualquer um destes sintomas, busque o mais rápido possível um atendimento em serviço de emergência hospitalar.

Os principais sintomas da meningite são a febre, dor de cabeça e rigidez de nuca, no entanto, são sintomas comuns a diversas outras situações e sendo a meningite uma doença grave, com elevado risco de morte, é preciso conhecer e estar atento as características dessa doença.

1. Febre alta

A febre é um sintoma inicial da meningite. Nestes casos, costuma ser alta (superior a 39oC) e, principalmente, nas meningites bacterianas tende a ser persistente. Se observar febre alta, associada a dor de cabeça e dificuldade em fletir a cabeça para frente, procure rapidamente atendimento médico para avaliação.

2. Dor de cabeça intensa

Na meningite a dor de cabeça é intensa, geralmente descrita como aperto em toda a cabeça, ou em "pressão" e não melhora com uso de analgésicos. Costuma ser um sintoma da fase inicial da doença.

3. Rigidez da nuca

A rigidez de nuca é a dificuldade ou mesmo impossibilidade de encostar o queixo no peito. Movimentar a cabeça em outras direções como, por exemplo, para o lado direito e esquerdo pode não ser tão difícil, embora alguns refiram incômodo e dor.

4. Náuseas e vômitos

De forma geral, as náuseas ocorrem primeiro e, em seguida, os vômitos. As náuseas e os vômitos são igualmente considerados sinais iniciais de meningite. Especialmente na meningite bacteriana, podem acontecer os vômitos "em jato" sem antes a pessoa tenha apresentado náuseas.

5. Dor muscular

As dores no corpo, mal-estar geral e falta de "energia", é um sintoma inespecífico, que pode acontecer em qualquer quadro viral ou de infecção. Na meningite não é diferente, porém pode ser tão intenso que dificulta a realização de atividades simples, como se alimentar ou escovar os dentes. As dores acabam por manter a pessoa deitada e com queixa de cansaço intenso.

6. Sensibilidade à luz

A sensibilidade à luz ou fotofobia é um sintoma bastante comum nas meningites, especialmente, na meningite bacteriana.

7. Irritação, confusão mental e sonolência

Na medida em que a doença progride, a pessoa pode ficar cada vez mais irritável, confusa e depois apresentar sonolência. Pode ocorrer um estado de indiferença em que o paciente não responde e precisa de um estímulo forte para despertar. Este estado é chamado estupor e exige intervenção médica de emergência.

8. Manchas roxas na pele Manchas avermelhadas e arroxeadas na pele provocadas pela meningite.

As manchas roxas na pele aparecem na fase mais grave da doença, geralmente na meningite meningocócica. Neste caso, a corrente sanguínea e outros órgãos do corpo podem ser afetados.

A infecção na corrente sanguínea se chama meningococemia e pode se tornar grave em algumas áreas. Este quadro pode provocar a morte de algumas regiões dos tecidos do organismo causando sangramento sob a pele, o que provoca o surgimento de pequenos pontos de cor roxa avermelhada ou manchas maiores.

Alguns sintomas menos específicos, ou seja, que não sinais clássicos da meningite podem surgir e devem ser valorizados. Como:

  • dor de estômago,
  • diarreia,
  • fadiga,
  • alterações do estado mental como agitação,
  • respiração ofegante e
  • cabeça e pescoço arqueados para trás.
Sintomas de meningite em bebês

Nos bebês, os sintomas aqui descritos podem estar ausentes ou podem ser mais difíceis de ser percebidos. Fique atento se o seu bebê:

  • Ficar irritado,
  • Chorar excessivamente ou ficar inquieto mesmo quando acalentados pela mãe, pai ou cuidador,
  • Apresentar temperatura corporal alta (acima de 37,8º) ou baixa (abaixo de 36º),
  • Apresentar tremores ou calafrios,
  • Vomitar, especialmente o vômito "em jato", devido à pressão que sai o líquido,
  • Alimentar-se mal ou recusar leite materno e/ou alimentação,
  • Mastigar involuntariamente, apertar os lábios, olhar em diferentes direções,
  • Apresentar moleira tensa quando palpa, ou mais inchada (fontanela abaulada),
  • Parecer mais lento ou mole, não responder a estímulos,
  • Apresentar sonolência exagerada, diferente do seu habitual.
O que fazer na suspeita de meningite?

Se houver suspeita de meningite, é fundamental que você se dirija ou leve o seu familiar com os sintomas o mais rapidamente possível a uma emergência hospitalar para que o tratamento seja iniciado.

O tratamento da meningite depende da sua causa e pode ser feito com antibióticos, medicamentos antivirais ou antifúngicos. Em alguns casos, pode ser também necessário o uso de corticoides e reposição de líquido. Deste modo, o paciente precisa estar internado no hospital.

Quanto antes for iniciado o tratamento da meningite, maior a chance de cura e menor o risco de sequelas graves.

O que é meningite?

A meningite é uma doença contagiosa caracterizada por inflamação nas membranas que recobrem o cérebro e a medula espinhal (meninges). É provocada com mais frequência por bactérias, vírus, fungos e medicamentos.

Para saber mais sobre meningite, leia também:

Referências:

  • Academia Brasileira de Neurologia.
  • Heckenberg, S.G.B.; Brouwer, M.C; Beek, D. Bacterial Minigitis. In: Biller, J.: Ferro, J.M. (organizadores). Handbook of Clinical Neurology, v.121, 2014. p. 1361-1375.
  • MedCurso. Infecto: principais infecções bacterianas. MedCurso, 2017.