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Alopurinol: para que serve, como tomar e quais os efeitos colaterais?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O alopurinol é um medicamento que serve para prevenir crises de gota e outras condições causadas pelo excesso de ácido úrico, como cálculo renal (pedras nos rins) e algumas formas de doenças renais.

A medicação diminui a produção de ácido úrico pelo corpo. Os seus efeitos podem ser notados depois de uma a duas semanas de tratamento.

O alopurinol não ajuda no alívio das dores na crise de gota, mas para prevenir novos casos. Durante a crise, para amenizar a dor, são indicados medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios específicos.

Como tomar alopurinol?

O alopurinol deve ser tomado 1x ao dia, após as refeições, com um copo de água. A dose varia de acordo com a intensidade dos sintomas e a idade do paciente.

Para adultos e crianças com mais de 10 anos:

Nos casos leves, a dose inicial indicada de alopurinol é de 100 mg por dia. Depois, caso não haja resposta satisfatória, as doses podem ser aumentadas gradativamente.

Nos mais moderados, as doses variam de 300 a 600 mg por dia.

Já nas condições graves, a dosagem de alopurinol pode chegar a 700 ou 900 mg por dia.

Em crianças menores de 10 anos, idosos ou pessoas portadoras de doença renal, essas doses devem ser ajustadas de acordo com o peso e função renal. O cálculo utilizado é de 2 a 10 mg por cada kg de peso.

O alopurinol pode ser tomado em dose única ou dividida em duas vezes ao dia, dependendo da dose e da tolerabilidade de cada um. No caso de intolerância gastrointestinal, como dores abdominais, diarreia, dor no estômago, essa dose deve sempre ser fracionada.

Recomenda-se também a ingesta de bastante líquido, com o objetivo de tornar a urina mais neutra ou levemente alcalina, além de aumentar o volume de eliminação de urina para 2 litros por dia, com isso eliminando mais o ácido úrico.

No tratamento da gota, pode ser preciso tomar alopurinol por várias semanas a meses para conseguir eliminar todo o ácido úrico em excesso, podendo haver nesse período novas crises de gota.

Quais são as contraindicações do alopurinol?

O uso de alopurinol é contraindicado para pessoas conhecidamente alérgicas a substância, ou a algum dos componentes da fórmula do medicamento.

Não existem evidências suficientes quanto à segurança da utilização de alopurinol durante a gravidez. Por isso, mulheres grávidas só devem tomar o medicamento se a doença colocar em risco a saúde da gestante ou do bebê. Nesses casos, cabe ao médico obstetra avaliar o risco-benefício em usar o medicamento.

O alopurinol não deve ser usado durante a amamentação, pois o medicamento é excretado no leite materno e os efeitos sobre o bebê não desconhecidos.

Quais são os efeitos colaterais do alopurinol?

Efeitos colaterais comuns (ocorrem em 1% a 10% dos casos): erupções cutâneas, náuseas, vômitos e alterações no funcionamento dos rins. Dentre todos os efeitos adversos do alopurinol, as erupções cutâneas são os mais frequentes. A erupção pode coçar e descamar.

Na presença de qualquer um desses efeitos colaterais, o uso de alopurinol deve ser suspenso imediatamente. Depois que a reação tiver desaparecido, a pessoa pode voltar a tomar o medicamento em doses mais baixas, aumentando gradualmente a dosagem.

Se as erupções voltarem a aparecer, o alopurinol não deve ser mais usado, pois é um sinal de que podem ocorrer reações alérgicas mais graves.

Efeitos colaterais incomuns (ocorrem em 0,1% a 1% dos casos): reações alérgicas, náuseas e vômitos.

Efeitos colaterais raros (ocorrem em 0,01% a 0,1% dos casos): hepatite e mau funcionamento do fígado.

Efeitos colaterais muito raros (ocorrem em menos de 0,01% dos casos): furunculose, diminuição ou desaparecimento de glóbulos brancos do sangue, anemia e redução do número de plaquetas.

O alopurinol deve ser usado apenas com orientação médica.

Para maiores esclarecimentos sobre o uso do medicamento, fale com seu médico reumatologista, médico de família ou clínico geral.

Alguns remédios podem causar úlceras? O que fazer para evitar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, existem remédios que podem causar úlceras, como os anti-inflamatórios não-esteroidais (AINEs), como a aspirina, o ibuprofeno e o diclofenaco. De fato, a irritação no estômago provocada pelo uso regular desses medicamentos é a segunda maior causa de úlcera gástrica.

Por isso, é importante usar esses medicamentos apenda quando estritamente necessário, sob orientação médica na dosagem e tempo prescritos. Deve-se evitar ao máximo a auto-medicação de AINEs.

Sempre que possível deve-se utilizar medicamentos alternativos ou adicionar algum outro remédio para ser usado com o anti-inflamatório a fim de prevenir a formação de úlceras. Se os remédios forem a causa da úlcera, é necessário parar de tomá-los.

Leia também: Úlcera gástrica tem cura? Qual o tratamento?

Caso você esteja usando um anti-inflamatório não-hormonal (AINEs) há algum tempo e com frequência, fale com o seu médico de família ou clínico geral e esclareça as suas dúvidas sobre as chances do remédio causar úlceras e outros problemas gastrointestinais.

Saiba mais em:

O que é úlcera gástrica e quais os sintomas?

Uma úlcera pode virar câncer?

Ansiedade e remédio podem causar impotência sexual?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Caso o problema tenha começado após o uso do medicamento, pode sim ser a causa, apesar da ansiedade, por si só, ser uma das causas mais comuns de impotência sexual atualmente.

A impotência sexual é definida como a dificuldade em conseguir ou manter uma ereção adequada para se ter uma relação sexual satisfatória.

As causas mais comuns de impotência são:

  • Distúrbios de humor, como ansiedade e depressão;
  • Estresse;
  • Idade;
  • Doenças físicas, como hipertensão e diabetes mal controladas, entre outras;
  • Cirurgias;
  • Tabagismo;
  • Abuso de álcool;
  • Uso de medicamentos.

Sabendo que a maioria dos casos de impotência tem origem em fatores orgânicos e psicológicos associados.

Os principais fatores de risco relacionados com a impotência sexual incluem diabetes, hipertensão arterial, arritmia cardíaca, aterosclerose, doenças coronárias, renais e neurológicas, tabagismo, consumo excessivo de bebidas alcoólicas, obesidade, doenças da próstata, depressão e idade.

Há ainda outras condições que podem causar dificuldade de ereção, como a doença de Peyronie (pênis curvado), diminuição dos níveis de testosterona, hiperplasia benigna da próstata e tratamento do câncer de próstata.

Cerca de 50% dos homens com diabetes e aproximadamente 40% daqueles que têm doenças cardiovasculares apresentam algum grau de impotência.

A idade é outro importante fator para a impotência sexual. Cerca de metade dos homens com mais de 40 anos podem ter algum grau de dificuldade de ereção.

Entre os homens mais jovens, a impotência sexual tem como principal causa fatores psicológicos.

Se o problema da impotência persistir, não pare o uso do medicamento por conta própria! Volte ao médico que o prescreveu para uma reavaliação, esclarecimentos e ajuste do tratamento.

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Cimelide e Nimesulide são o mesmo medicamento?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, o Cimelide é o nome de um remédio anti-inflamatório composto pela nimesulida (ou nimesulide), portanto ambos são a mesma coisa.

A nimesulida é o nome de um fármaco que pertence a classe dos anti-inflamatórios não esteroides, É usada em diferentes doenças que cursam com inflamação, também ajuda no tratamento de dores agudas e também pode reduzir o sintoma de febre.

Atualmente, é recomendado que o uso da nimesulida e outros anti-inflamatórios seja realizado apenas sob orientação médica pelo menor tempo possível, por causa dos possíveis efeitos adversos e danos ao organismo se estes fármacos forem usados em excesso por longos períodos.

Consulte o seu médico de família ou clínico geral para maiores esclarecimentos.

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Alprazolam: para que serve e quais os efeitos colaterais?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O alprazolam serve para tratar transtornos de ansiedade e seus sintomas, como tensão, boca seca, medo, angústia, dificuldade de concentração, irritabilidade, insônia, aumento da frequência cardíaca (taquicardia), sensação de sufocamento, "bolo na garganta", suor nas mãos, mãos frias, tontura, náuseas, diarreia, calafrios, entre outras manifestações físicas e psíquicas.

O alprazolam também está indicado no tratamento da ansiedade decorrente da abstinência de bebidas alcoólicas e síndrome do pânico, que se caracteriza por crises repentinas de ansiedade, medo extremo e sensação de terror.

Como o alprazolam funciona?

O alprazolam pertence ao grupo de medicamentos benzodiazepínicos, que exercem um efeito depressor no sistema nervoso central. Dependendo da dose e do tempo de uso, o medicamento pode causar a melhora da angústia e do quadro de ansiedade esperado, mas também comprometimento no desempenho de tarefas simples, até mesmo quadros de sonolência, esquecimentos, fala arrastada e dependência da medicação.

Depois de ingerir a medicação, o alprazolam é logo absorvido, portanto proporciona um alívio rápido dos sintomas. A concentração máxima de alprazolam no organismo ocorre após 1 a 2 horas de sua tomada.

Como tomar alprazolam?

Para os casos de transtornos de ansiedade, a dose inicial recomendada de alprazolam varia entre 0,25 mg e 0,5 mg, divididos em 3 a 4 doses por dia. A dose diária máxima não deve ultrapassar os 4,0 mg, sempre administrados em doses divididas, 3 a 4 vezes ao dia.

Para o transtorno do pânico, as doses iniciais de alprazolam variam entre 0,5 mg e 1,0 mg, tomados em dose única, ou 0,5 mg, 3 vezes ao dia.

O tempo de duração do tratamento com alprazolam para o transtorno de ansiedade é de pelo menos 6 meses, podendo ser estendido de acordo com a resposta ao tratamento. No caso do transtorno do pânico, a duração mínima sugerida é de 8 meses.

No caso de pessoas idosas ou com condições debilitantes de saúde, a dose de alprazolam normalmente é de 0,25 mg, 2 ou 3 vezes ao dia., não devendo ultrapassar 0,75 mg por dia

Quando necessário e bem tolerado pela pessoa, as doses podem ser aumentadas gradualmente, assim como, quando houver melhora, deverão ser reduzidas lentamente.

As doses de alprazolam devem ser estabelecidas pelo médico, conforme a gravidade dos sintomas e a resposta ao tratamento. O aumento das doses deve ser feito com cautela para evitar efeitos colaterais.

Como parar de tomar alprazolam?

Para interromper o uso de alprazolam, recomenda-se inicialmente reduzir a dose, de maneira lenta e gradativa, conforme orientação médica. A sugestão de redução da dose é de 0,25 a 0,5 mg a cada 3 dias. Há casos em que pode ser necessário a redução de forma ainda mais lenta.

Quais as contraindicações do alprazolam?

O alprazolam é contraindicado para pessoas que já tiveram reação alérgica ao medicamento, a algum dos componentes da fórmula ou a outros benzodiazepínicos.

O medicamento também é contraindicado para pessoas com miastenia gravis (doença neurológica que interfere na força muscular), glaucoma (aumento da pressão intraocular) e em menores de 18 anos de idade.

Quais são os efeitos colaterais do alprazolam? Efeitos colaterais muito comuns (ocorrem em 10% dos casos ou mais)
  • Sedação;
  • Sonolência.
Efeitos colaterais comuns (ocorrem em 1% a 10% dos casos)
  • Perda de apetite, confusão, depressão;
  • Desorientação, diminuição da libido, alteração da coordenação motora;
  • Alterações no equilíbrio, falta de memória, alteração da fala;
  • Dificuldade de concentração, aumento do sono, letargia;
  • Tontura, dor de cabeça, visão turva;
  • Prisão de ventre, boca seca, náuseas;
  • Cansaço, irritabilidade.
Efeitos colaterais incomuns (ocorrem em 0,001% a 0,01% dos casos)
  • Ansiedade, insônia;
  • Nervosismo, perdas de memória;
  • Tremores, fraqueza muscular;
  • Alteração de peso.

O uso de alprazolam só deve ser feito com prescrição médica. Na presença de algum efeito colateral, o médico que receitou o medicamento deverá ser informado.

Pode lhe interessar também: Quais são os sintomas do transtorno de ansiedade generalizada?

Beta-HCG pode alterar devido remédios de emagrecimento?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Provavelmente não, mas essa interferência depende da composição do medicamento que foi tomado para emagrecer, caso esse medicamento seja um fórmula composta por diuréticos a diluição da urina pode levar a um resultado falso-negativo.

Uma outra causa que pode levar a um resultado de teste falsamente negativo é a realização desse teste muito precoce, com poucos dias de atraso menstrual, nesse tipo de situação é possível que a quantidade de hormônio esteja ainda muito baixa para ser detectada no exame. O ideal para sanar a dúvida é repetir o teste de gravidez após duas semanas de atraso menstrual.

São poucos os medicamentos capazes de interferir no resultado do Beta-HCG, e quando interferem geralmente causam um resultado falso-positivo e não o falso-negativo. Isso ocorre com alguns medicamentos que podem aumentar os níveis de beta-HCG no organismo, como fármacos usados em tratamento de fertilidade.

Medicamentos como analgésicos, anti-inflamatórios, antibióticos não interferem no resultado do teste de gravidez, da mesma forma nenhum anticoncepcional altera o resultado do beta-HCG. 

É válido lembrar também que o teste de farmácia que é realizado através de uma amostra de urina pode ter o seu resultado alterado por conta de alterações urinárias como presença de sangue na urina, aumento da concentração de proteínas e diluição. 

Leia mais sobre o assunto em:

Que medicamentos ou situações podem interferir no resultado do teste de gravidez?

7 Remédios eficazes e medidas caseiras para dor de barriga
Dra. Juliana Guimarães
Dra. Juliana Guimarães
Enfermeira doutorada em Saúde Pública

Os remédios indicados para dor de barriga como Buscopan®, Luftal® e Floratil® ajudam a reduzir o movimento intestinais, acúmulo de gases e restabelecem a flora intestinal. Por este motivo, estes e outros medicamentos ajudam a aliviar a dor abdominal, cólicas e diarreia.

Entretanto, é importante que a causa da dor de barriga seja investigada para que o melhor tratamento seja indicado. Evite usar qualquer um destes medicamentos sem orientação médica.

1. Buscopan® (butilbrometo de escopolamina)

Indicações: usado para o alívio rápido e prolongado de dores de barriga, cólicas e desconforto abdominal.

Contraindicações: Buscopan® é contraindicado em casos de fraqueza muscular grave (miastenia gravis), não funcionamento do intestino (íleo paralítico ou obstrutivo) estreitamento do aparelho digestivo, dilatação do intestino grosso (megacólon), intolerância a frutose e alergia a componentes presentes na fórmula.

Além disso, crianças com diarreia também não devem usar Buscopan®.

2. Luftal® (simeticona)

Indicações: utilizado para reduzir o excesso de gases no aparelho digestivo. Quando os gases se acumulam no estômago e no intestino, provocam dor de barriga, cólicas, desconforto abdominal, aumento do volume do abdome.

Contraindicações: Não utilize Luftal® se você apresentar aumento do volume abdominal, cólicas intensas, dor de barriga que dura mais de 36 horas, massa palpável no abdome, suspeita de perfuração ou obstrução intestinal.

3. Floratil® (Saccharomyces boulardii)

Indicações: Floratil® é usado para restaurar a flora intestinal e para o tratamento de diarreias de causas diversas.

Contraindicações: Alergia às substâncias da fórmula. Não há condições conhecidas que contraindiquem o uso da medicação.

4. Duspatalin® (cloridrato de mebeverina)

Indicações: Indicado para o tratamento da dor de barriga, de espasmos abdominais, desconforto intestinal causados pela Síndrome do Intestino Irritável. Esta síndrome incluem sintomas com dores no estômago e câimbras, sensação de inchaço, presença de gases, diarreia, constipação ou combinação dos dois. Além disso, apresenta fezes redondas, endurecidas como nozes, ou em forma de fita.

Contraindicações: Duspatalin® é contraindicado para pessoas alérgicas aos componentes da fórmula.

5. Imosec® (cloridrato de loperamida)

Indicações: Imosec® é indicado para diarreia aguda sem infecção e diarreia crônica associadas a doenças que provocam inflamação como a Doença de Crohn e retocolite ulcerativa (doença inflamatória que afeta o intestino).

Contraindicações: Imosec® é contraindicado em casos de diarreia com sangue ou acompanhada de febre, prisão de ventre, ou se você estiver com o abdome distendido. Deve ser utilizado exclusivamente por adultos. Não devendo, portanto, ser administrado para crianças. Pessoas com alergias aos componentes da fórmula também devem evitar o uso do medicamento.

6. Tiorfan® (racecadotrila)

Indicações: Indicado para o tratamento de pessoas com diarreia aguda.

Contraindicações: Tiorfan® é contraindicado para pacientes com alergia aos componentes da fórmula e intolerância à lactose. É preciso procurar um médico de família ou clínico geral se você apresentar sangue nas fezes ou febre, diarreia persistente e vômitos prolongados ou incontrolados. Pessoas que têm problemas nos rins ou fígado não devem usar Tiorfan®.

Mulheres grávidas somente devem usar este medicamento sob orientação médica.

7. Maiorad®(cloridrato de tiropramida)

Indicações: Maiorad® é indicado para diarreia aguda não infecciosa, diarreias crônicas associadas a doenças inflamatórias como Doença de Crohn e retocolite ulcerativa. É recomendado somente para adultos.

Contraindicações: Pessoas com dor abdominal e ausência de diarreia, com disenteria aguda caracterizada por sangue nas fezes e febre alta, com colite ulcerativa aguda e com enterocolite bacteriana.

Medicamentos como Imosec®, Tiorfan®, Maiorad® podem ser usados em casos de diarreias não associadas a infecções. Entretanto, em algumas situações estes medicamentos podem piorar o quadro de diarreia e somente devem ser usados sob prescrição médica.

Medidas caseiras para aliviar a dor de barriga Chá de erva-doce

O chá das sementes de erva-doce (Foeniculum vulgare) ajuda aliviar a dor de barriga, especialmente, pela redução dos gases. Para fazer o chá coloque 1 colher de sopa de sementes de erva-doce em uma xícara de água fervente, tampe e deixe descansar de 10 a 15 minutos. Logo após, basta coar e ingerir o líquido morno. Beba de 2 a 3 vezes ao dia.

Chá de boldo

Além de amenizar a dor de barriga pela redução dos gases, o chá de boldo também alivia cólicas intestinais.

No preparo do chá você deve utilizar uma colher de chá de folhas secas de boldo. Pique as folhas e coloque em 150 ml de água fervente. Deixe descansar por 10 minutos. Após esse período de descanso, coe e tome o chá ainda morno de 3 a 3 vezes ao dia.

Associado a estes cuidados aumente a ingestão de água e alimente-se de forma leve e saudável dando preferência a alimentos como caldo de carne ou frango sem gordura, arroz, torradas e banana-maçã.

Quando devo buscar uma emergência?

Se mesmo fazendo tratamento com algum destes medicamentos, é importante que você busque um serviço de emergência se começar a apresentar: sangue nas fezes ou febre, diarreia persistente e vômitos

Presença de sangue na fezes,

  • Febre acima de 38oC,
  • Diarreia que persiste por mais de 36 horas,
  • Dor abdominal intensa acompanhada de vômitos.

Nestes casos, busque o serviço de emergência o mais rapidamente possível e não use nenhum medicamento sem orientação médica.

Para saber mais sobre dor de barriga, você pode ler:

O que é bom para dor de barriga?

Dor de Barriga: o que fazer?

O que é bom para parar a diarreia rapidamente?

Referências

ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA. Memento Fitoterápico da Farmacopeia Brasileira. Brasília: ANVISA, 2016.

FBG - Federação Brasileira de Gastroenterologia.

Estou tomando vários remédios juntos para tratamento de uma infecção e estou com dormência "leve" na boca, existe algum risco?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O uso de mais de um medicamento ao mesmo tempo pode sim aumentar a chance de desenvolver efeitos colaterais, pelo que chamamos de "interação medicamentosa", que nada mais é do que uma substância aumentar, ou reduzir o efeito da outra. Por isso sempre recomendamos que aguarde entre 30 minutos a 1 hora para tomar diferentes tipos de remédios.

Entretanto, a "dormência na boca" não é um efeito colateral comum de uso de vários medicamentos, geralmente os efeitos colaterais estão mais relacionados a alterações no trânsito intestinal, como diarreia e constipação, ou sensação de queimação no estômago (azia); como também é comum a queixa de insônia ou sonolência diurna.

Nesse caso é importante pensar em outras situações que causam dormência na boca, como quadro de ansiedade, aumento de pressão arterial, distúrbios hormonais, enxaqueca, até herpes labial nos dias que antedem as lesões na boca.

Portanto vários fatores devem ser levados em consideração, como doses dos remédios, se está fazendo uso ao mesmo tempo, ou consegue dar uma distância entre eles; se é portador de outras comorbidades, como hipertensão arterial ou doenças da tireoide, patologias que podem causar a dormência na face; entre outras.

Para isso é importante que retorne ao seu médico, que lhe prescreveu o tratamento, e informe a ele o surgimento da dormência na boca, o quanto antes. Pode ser necessário avaliação complementar além da avaliação clínica, para dar seguimento a investigação desse sintoma e devido tratamento.

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Dormência na boca: o que pode ser?

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O medicamento Efexor (cloridrato de venlafaxina) engorda?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A venlafaxina pode causar mais frequentemente perda de peso e menos frequentemente ganho de peso, portanto, é possível ocorrer tanto ganho quanto perda de peso com esse medicamento, no entanto, perder peso é mais comum.

Venlafaxina engorda ou emagrece?

A venlafaxina pode causar tanto aumento quanto diminuição do peso, ambos são efeitos possíveis. Alterações no peso estão descritas como efeitos adversos desse medicamento da classe dos antidepressivos, isto porque este remédio causa alterações na regulação do apetite e da saciedade.

Contudo, 1 a 10 utilizadores a cada 100 relatam emagrecimento, enquanto que 1 a 10 utilizadores a cada 1000 relatam ganho de peso, por isso, engordar com a venlafaxina é muito mais raro, é mais comum emagrecer.

O que é a venlafaxina e para que serve?

O cloridrato de venlafaxina é um medicamento antidepressivo, que pertence à classe dos inibidores da recaptação da serotonina e noradrenalina (IRSNs). Este grupo de medicamentos é utilizado principalmente para tratar a depressão e transtornos de ansiedade. Alguns nomes comerciais da venlafaxina são Alenthus, Venlafaxin, Efexor e Venlift.

Quais os principais efeitos adversos da venlafaxina?

Os efeitos adversos mais frequentes da venlafaxina são:

  • Dor de cabeça;
  • Tontura;
  • Fadiga;
  • Náuseas;
  • Boca seca;
  • Sudorese intensa;
  • Constipação;
  • Insônia e sonhos anômalos;
  • Nervosismo e agitação;
  • Visão enevoada;
  • Rubor;
  • Palpitações;
  • Diminuição no apetite;
  • Diminuição da libido, anorgasmia e outras disfunções sexuais.

Para mais esclarecimentos sobre o uso da venlafaxina e o seu efeito sobre o peso e o metabolismo, ou na presença de efeitos adversos intensos consulte o seu médico.

Posso amamentar tomando clonazepam e sulpirida+bromazepam?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

O ideal é que não amamente ou amamente pouco ou muitas horas depois de ter tomado os remédios (por exemplo: se toma eles a noite deve evitar dar o peito nas noites e madrugada e pode dar de mama pela manhã, a tarde e principalmente a noite antes de tomar novamente os remédios.

Posso tomar Torsilax, tenho úlcera, gastrite e hérnia?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Não é aconselhável o uso Torsilax® em portadores de doenças gástricas como a úlcera e a gastrite.

O Torsilax® é um medicamento composto por relaxante muscular, anti-inflamatório (diclofenaco) e analgésicos. A medicação é indicada para doenças reumáticas, especialmente associadas a sintomas de inflamação local, como edema, calor e dor.

Entretanto, os anti-inflamatórios como o diclofenaco, são medicamentos que possuem como efeitos colaterais, a irritação na parede do estômago (mucosa gástrica), com isso aumentam consideravelmente o risco de desenvolver úlceras ou gastrite medicamentosa.

Sendo assim, o medicamento não é recomendado para pessoas que já tenham história prévia de úlcera gástrica, gastrite ou qualquer outra doenças do trato gastrointestinal. O seu uso pode causar reativação da doença, perfuração da úlcera e ou sangramentos (hemorragia digestiva).

O sangramento digestivo, por sua vez, é uma doença grave, que dependendo da sua intensidade e demora no tratamento, pode levar ao óbito.

Portanto, antes de iniciar o uso de anti-inflamatórios, deve conversar e informar ao seu médico as doenças prévias e principalmente a história de úlcera gástrica, para que seja avaliado o real benefício de seu uso.

Se for preciso, o médico poderá considerar a associação de medicamentos protetores gástricos, reduzindo os riscos de complicações.

Leia também: Alguns remédios podem causar úlceras? O que fazer para evitar?

Contraindicações para o uso de Torsilax®

Existem contraindicações absolutas e relativas para o uso de Torsilax®, as principais contraindicações são:

  • Alergia a qualquer um dos componentes de sua fórmula;
  • Casos de insuficiência cardíaca;
  • Casos de insuficiência hepática ou renal grave;
  • Hipertensão arterial grave sem controle adequado;
  • Hipersensibilidade aos anti-inflamatórios (ex.: ácido acetilsalicílico);
  • História pregressa de doença gástrica.

Sabemos que cada caso deve ser avaliado individualmente. Por isso recomendamos que retorne ao seu médico assistente ou procure um médico gastroenterologista para avaliar e traçar a conduta mais adequada ao seu caso.

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Tenho 26 anos e enurese noturna o que eu faço?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A enurese noturna em adultos deve ser investigada e tratada pelo/a médico/a urologista, que é  especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento de problemas relacionados com o sistema urinário masculino e feminino.

Dentre as possíveis causas de enurese noturna na idade adulta estão:

  • Falta de musculatura ou controle neurológico necessários para controlar a urina;
  • Cistocele, também conhecida como "bexiga caída";
  • Poliúria (urinar bastante, mais de 2,5 litros por dia);
  • Infecção urinária;
  • Consumo de bebidas alcoólicas, café, chás ou medicamentos diuréticos;
  • Uso de remédios para dormir;
  • Diabetes;
  • Estresse e ansiedade;
  • Bexiga neurogênica (disfunção na bexiga provocada por alguma lesão neurológica, que faz com que a pessoa perca o controle da urina).

Indivíduos adultos que já tiveram o controle da micção e o perderam podem ser portadores de doenças que afetam o controle da urina.

Dependendo da causa, é possível reverter o problema e curar completamente a enurese noturna. Porém, há muitos casos, sobretudo em lesões neurológicas, que não existe tratamento.

O mais indicado é consultar o/a médico urologista para que a origem da sua enurese seja devidamente diagnosticada e receba um tratamento adequado.

Leia também: Xixi na Cama: Qual médico procurar?