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Radiografia dos pulmões identificou ateromatose da aorta. É grave? O que fazer?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Ateromatose da aorta é uma doença caracterizada pelo depósito de gordura, cálcio e outros elementos na parede da artéria aorta, que diminui o seu calibre e como consequência reduz também a chegada de sangue aos tecidos irrigados por ela.

Trata-se de um processo difuso, que acomete simultaneamente várias artérias do corpo, inclusive a aorta.

Apesar do desenvolvimento da ateromatose ser lento e progressivo, a doença pode tornar-se grave se o processo não for interrompido, uma vez que a obstrução da artéria pode provocar a morte dos tecidos alimentados por ela.

Além disso, a ateromatose deixa a superfície interna da artéria irregular, o que facilita a coagulação sanguínea nesse local.

Esse coágulo pode se desprender e provocar uma trombose, levando ao entupimento agudo da artéria, com isquemia (sofrimento) ou necrose (morte) dos tecidos.

Infarto do miocárdio (ataque cardíaco), embolia pulmonar, acidente vascular cerebral ("derrame"), são algumas dessas consequências.

Os fatores de risco para o desenvolvimento da ateromatose são:

  • Idade entre 50 e 70 anos;
  • Sexo masculino;
  • Dislipidemia (níveis elevados de colesterol e triglicerídeos);
  • Tabagismo;
  • Hipertensão arterial;
  • Sedentarismo;
  • História familiar.

É importante lembrar que para que os primeiros sintomas causados pela falta de sangue apareçam, é preciso que cerca de 75% do calibre da artéria seja obstruído. Portanto, quanto antes a ateromatose for diagnosticada, melhor o prognóstico.

O que se deve fazer, uma vez detectado o problema, é deter a doença para impedir as suas manifestações, através do controle dos fatores de risco, ou seja, deixando de fumar, mantendo o peso dentro da normalidade, controlando os níveis de colesterol e triglicerídeos, a hipertensão, o diabetes, entre outros.

O diagnóstico da ateromatose pode ser feito por qualquer médico/a e, normalmente deve ser acompanhado pelo/a médico/a angiologista ou cirurgião/ã vascular.

O que significa DBPOC?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

DBPOC significa Doença Bronco Pulmonar Obstrutiva Crônica, ou apenas DPOC. Essa é uma doença respiratória pulmonar, caracterizada pela inflamação crônica das vias e alvéolos pulmonares.

Os principais sintomas são tosse com expectoração persistente e falta de ar. Os sintomas são progressivos e tendem a piorar no decorrer do tempo, principalmente se não forem tratados. A DPOC engloba duas enfermidades a bronquite obstrutiva crônica e o enfisema pulmonar:

Bronquite crônica

A bronquite crônica se refere a inflação dos brônquios, que leva a obstrução das vias respiratórias. Ocasiona principalmente o sintoma de tosse com produção de catarro e muco.

Enfisema pulmonar

Já o enfisema pulmonar se refere a mudanças estruturais no tecido que compõe o pulmão, chamado de parênquima pulmonar. O principal sintoma decorrente dessas alterações estruturais é a falta de ar, que ocorre devido a uma maior dificuldade de saída de ar dos pulmões.

O que causa DPOC?

O principal fator de risco para o desenvolvimento da doença pulmonar obstrutiva crônica é o tabagismo. Cerca de 80 a 90% dos casos de DPOC estão relacionados ao tabagismo. A DPOC também pode se desenvolver em fumadores passivos.

Outros fatores que aumentam o risco de DPOC são a inalação de gases, pó ou produtos químicos e a predisposição genética e familiar. Em algumas regiões ainda são relatados casos de DPOC decorrente de exposição ao fumo proveniente de fogão a lenha.

Na presença de sintomas sugestivos de Doença Pulmonar obstrutiva crônica consulte um clínico geral ou médico de família para uma avaliação. Casos de maior complexidade podem necessitar do acompanhamento também por um médico pneumologista.

Fiz um Raio X e apareceu uma "bola de pus" na barriga, do lado direito, pode ser apendicite?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim. Pode ser, embora seja esperado que um quadro de apendicite apresente outros sintomas associados, como mal-estar, falta de apetite e febre, nem sempre isso acontece, principalmente no início da doença.

O Raio X é um exame que emite radiações, as quais são melhor absorvidas por tecidos como os ossos, e menos absorvidas por tecidos moles, como músculos ou líquidos, por isso fica mais difícil o diagnóstico de abscesso, ou "bola de pus" apenas com esse exame.

Entretanto, algumas vezes, imagens como o simples Raio X, sugerem um processo infeccioso ou abscesso, e devido aos riscos conhecidos de um diagnóstico "atrasado" de apendicite, nesses casos é mandatório continuar a investigação, com avaliação médica criteriosa e se necessário, complementar com exames mais específicos.

Portanto, deve procurar uma emergência médica, para ser avaliado por cirurgião/ã geral, de preferência, e seguir suas orientações de tratamento.

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