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Anticoncepcional Cerazette engorda?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

O aumento de peso é um efeito comum para quem usa Cerazette. Por isso, para quem usa o medicamento, é ainda mais importante ter uma dieta saudável e praticar atividade física regular para controlar o peso.

O inchaço não é um efeito esperado com o uso de Cerazette. Se você suspeitar que apresenta esta reação devido ao uso do medicamento deve informar o médico ou o farmacêutico. Eles podem avaliar se está inchada e, se for o caso, reportar a reação ao fabricante do medicamento.

Outros efeitos comuns observados com o uso de Cerazette são:

  • Acne (espinhas na pele);
  • Dor nas mamas;
  • Diminuição da libido;
  • Dor de cabeça;
  • Menstruação irregular ou ausência da menstruação;
  • Alterações de humor;
  • Náuseas.

O Cerazette é indicado para mulheres que estão amamentando, que não toleram bem os anticoncepcionais combinados (com estrógenos na composição além do progestágeno) e para aquelas que não podem tomar estrógenos.

Pode interessar:

Referência:

Cerazette. Bula do medicamento.

O que é cirrose hepática e quais as causas?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Cirrose hepática é uma fibrose que ocorre no fígado, caracterizada por uma desorganização estrutural e vascular do órgão, que leva a morte de células e prejuízo nas suas funções.

Um fígado normal tem a superfície lisa, enquanto o fígado com cirrose apresenta nódulos e rigidez, devido a inflamação crônica.

Quais são as causas da cirrose?

Há diversas causas para a cirrose. Dentre as mais comuns estão o consumo excessivo de álcool e as hepatites B e C, infecções do fígado causadas por vírus.

A cirrose também pode ser causada por doenças do fígado relacionadas à obesidade, doença auto imune (cirrose biliar primária), hepatite autoimunes, doença de Wilson, entre outras.

Quais são os sintomas da cirrose?

Os sintomas da cirrose podem ser muito variados e são provocados pela perda das funções do fígado. Quando presentes, os sintomas incluem cansaço, falta de energia, falta de apetite, perda de peso, náuseas, dor abdominal, sangramentos, aparecimento de manchas negras na pele e aparecimento de pequenos vasos no tórax.

Quando a doença já está mais avançada outros sinais e sintomas podem surgir, como:

  • Icterícia (pele e olhos amarelados), ascite (aumento do volume abdominal);
  • Inchaço nos membros inferiores, presença de sangue nos vômitos ou nas fezes;
  • Descoloração das fezes, confusão mental, agressividade;
  • Infecções, alterações hormonais, crescimento das mamas nos homens, perda de pelos;
  • Coma.

A cirrose também pode evoluir para o câncer de fígado.

Qual é o tratamento para cirrose?

O tratamento da cirrose depende da sua causa. Contudo, a única forma de cura, é com o transplante hepático, embora seja recomendado apenas para casos selecionados, pois oferece riscos potencialmente graves.

Se a origem da doença for a hepatite C, são usados medicamentos para eliminar o vírus e impedir que a cirrose evolua, podendo em alguns casos regredir o quadro.

No caso da hepatite B, o tratamento é feito com medicamentos antivirais e moduladores do sistema imunológico. Já na hepatite autoimune, são usados corticoides.

Na suspeita de cirrose hepática, procure um médico gastroenterologista ou hepatologista.

Leia também:

Quais são os sintomas da hepatite B?

Quais são os sintomas da hepatite C?

Como é o cocô do bebê até completar 2 anos?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

As características do cocô do bebê se alteram desde o nascimento até ele poder se alimentar com outros alimentos além do leite. No começo, as fezes não têm muito cheiro, são mais pastosas e variam de cor entre o amarelo e o esverdeado. Quando outros alimentos além do leite são introduzidos (por volta dos 6 meses), as características ficam mais parecidas com a das fezes de crianças e adultos.

Observar as alterações de 4 características das fezes do bebê pode ajudar a saber se está tudo bem ou se há algum problema com ele. São elas:

  • Cor das fezes
  • Frequência com que o bebê faz cocô
  • Quantidade de fezes
  • Cheiro

Prestar atenção às alterações ajuda a perceber se os alimentos, a quantidade de alimentos ingerida e digestão estão adequados. Isso é importante para o crescimento e ganho de peso do bebê, por exemplo.

Como é o cocô do bebê logo após o nascimento?

As fezes dos primeiros dias do bebê costumam ser escuras. Isso é normal e ocorre devido à saída do mecônio. Ele tem uma consistência pegajosa, é espesso, preto-esverdeado e sem cheiro.

Elas podem ser amareladas ou esverdeadas e mais líquidas durante a primeira semana de vida. Se nesse período a criança faz cocô a cada mamada e está bem, isso é normal. Não é diarreia.

Bebês que têm a barriga inchada e não eliminam o mecônio durante os primeiros três dias de vida podem ter uma obstrução do intestino. Os prematuros têm um risco maior de ter esse problema, que exige cuidados médicos. Também pode ser um sinal de fibrose cística.

Como é o cocô do bebê que se alimenta apenas com leite materno?

Quando o bebê se alimenta somente com o leite materno, é raro que tenha diarreia devido a uma infecção intestinal. O cuidado que você deve ter para evitar a infecção intestinal é lavar as mãos antes de amamentar o bebê.

Até você começar a introduzir os alimentos, vai perceber que as fezes não mudam muito. A cor varia um pouco de coloração entre o amarelo e os tons esverdeados. É recomendado que o bebê seja alimentado somente com o leite até os 6 meses.

A frequência com que o bebê faz cocô pode variar. O bebê pode fazer cocô uma vez ao dia, várias vezes ao dia ou uma vez por semana. Se o bebê estiver bem e ganhando peso, você não precisa se preocupar.

As fezes são pastosas quando o bebê se alimenta com leite materno. O bebê não faz força para fazer cocô.

O leite materno é um alimento sempre pronto para você dar para o bebê, não causa alergias, é limpo, hidrata e protege o bebê de infecções.

E se o bebê toma alguma fórmula, o cocô é diferente?

Os bebês amamentados com fórmulas mamam com menos frequência. Por isso, também fazem cocô com menos frequência, principalmente nas primeiras semanas de vida.

A cor do cocô não difere entre os bebês amamentados no peito ou com fórmulas. Ela varia entre o amarelo e o esverdeado. Entretanto, nos bebês alimentados com fórmula, a quantidade de fezes pode ser menor.

Há algumas fórmulas que podem deixar as fezes mais duras. Para não aumentar esse problema, sempre prepare a fórmula conforme o que está descrito na embalagem. Nunca coloque menos água que o indicado.

Quando você alimenta o bebê com fórmula, tem que ter mais cuidado com a higiene durante o preparo e com a mamadeira, além de usar água limpa. Isso diminui as chances de o bebê ter uma infecção que cause diarreia.

Caso o bebê vomite e tenha diarreia sem febre quando começar a tomar a fórmula, procure um médico. Algumas vezes, é necessário mudar a fórmula para que o bebê pare de ter esses problemas.

Como é o cocô a partir dos 6 meses

A introdução de alimentos pode alterar as fezes do bebê. As fezes vão ficar gradualmente mais parecidas com as das crianças e adultos.

O bebê deve começar a receber outros alimentos por volta dos 6 meses. Alguns alimentos só podem ser introduzidos quando o bebê faz 1 ano(como o mel e os peixes) e outros, como o açúcar, alimentos adoçados e o chocolate, só aos 2 anos. Por isso, é a partir dessa idade que o bebê poderá fazer as refeições iguais aos adultos e as fezes ficam semelhantes em relação à cor, consistência e cheiro.

As fezes começam a ficar mais marrons, mas ainda podem ficar esverdeadas quando você colocar verduras escuras na papinha. Podem ficar com uma coloração mais avermelhada quando der beterraba no suquinho. Isso é normal.

A orientação de introduzir um alimento de cada vez serve para observar o aparecimento de intolerâncias e alergias. O bebê pode ter diarreia e cólicas, por exemplo, quando o alimento causa um desses problemas.

A alimentação da mãe também pode influenciar a cor e a consistência do cocô do bebê enquanto ele mama no peito. Alguns alimentos podem dar mais cólicas também. São aqueles que causam mais gases. Cuidar bem de você, do seu corpo e da sua saúde psicológica, também é cuidar bem do seu bebê.

Alimentos e suplementos à base de ferro

O ferro dos alimentos ou de suplementos que a criança ou a mãe tomam pode deixar as fezes do bebê mais escuras ou esverdeadas. Também pode deixar o intestino um pouco mais preso. Como o uso de suplemento de ferro é recomendado a toda criança entre 6 a 24 meses para evitar a anemia, essas alterações podem ser percebidas especialmente nessa fase.

Bebês com icterícia

Os bebês que têm icterícia (nascem amarelados) fazem cocô com mais frequência e mais esverdeados nos primeiros dias de vida.

Observe a cor da pele do bebê. É preciso que o bebê seja avaliado com urgência por um profissional enfermeiro ou médico quando o tom amarelado:

  • Aparece nas primeiras 24 horas de vida
  • Se torna intenso
  • Se espalha por todo o corpo atingindo pernas e braços
  • Dura mais de duas semanas
Quando preciso me preocupar?

Há uma escala de cores das fezes na Caderneta de Saúde da Criança. Ela é fornecida a todas as crianças até o momento em que tomam a primeira vacina. A escala pode ser usada nos primeiros 2 meses para verificar se a cor do cocô está normal. As fezes esbranquiçadas são um sinal de que é necessário procurar um médico.

Há alguns problemas genéticos e intestinais que, apesar de raros, precisam ser investigados quando o bebê tem diarreia:

  • Que começa dias após o nascimento;
  • Que persiste por mais de 2 semanas;
  • É intensa,

Isso não é normal. Procure um médico com urgência.

Além da frequência aumentada, você sabe que precisa procurar um serviço de saúde:

  • Quando as fezes são caracterizadas por um alto teor de líquido e não têm forma;
  • Quando as fezes são gordurosas, com mau cheiro e cor pálida, podendo ter uma aparência "fofa";
  • Quando as fezes contêm sangue, são pretas ou se parecem com carvão;
  • Quando as fezes estão esbranquiçadas.

Há outros sinais que podem indicar que algo não está bem quando o bebê está fazendo cocô com mais frequência ou mais mole. Observe se o bebê:

  • Está mais molinho, sonolento e parado;
  • Está vomitando;
  • Tem febre;
  • Está com a urina escura

Nesses casos, você deve procurar com urgência um serviço de saúde.

As diarreias que aparecem nos bebês que tomam fórmulas ou já têm outros alimentos além do leite na dieta podem ser causadas por infecções ou por alergias / intolerâncias. Por isso, procure um médico quando isso acontecer.

Se quiser saber mais sobre o assunto, leia também:

Fezes com muco em bebês e crianças é grave? O que pode ser?

Cocô verde em crianças ou adultos, o que pode ser?

Referências:

Caderneta de Saúde da Criança. Ministério da Saúde. 12ª ed. Brasília — DF. 2018.

UpToDate. Meconium aspiration syndrome: Pathophysiology, clinical manifestations, and diagnosis

UpToDate. Approach to chronic diarrhea in neonates and young infants (<6 months)

Shang-Ling W, Ding D, Ai-Ping F, Pei-Yan C, Si C, Li-Peng J, Yu-Ming C, Hui-Lian Z. Growth, Gastrointestinal Tolerance and Stool Characteristics of Healthy Term Infants Fed an Infant Formula Containing Hydrolyzed Whey Protein (63%) and Intact Casein (37%): A Randomized Clinical Trial. Nutrients. 2017; 9(11): 1254

Para que serve e como usar espironolactona?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Espironolactona tem função anti-hipertensiva e diurético poupador de potássio. Tem como principais indicações:

  • Hipertensão essencial (elevação da pressão arterial sem causa definida),
  • Edema (inchaço) ou ascite (acúmulo de líquido no abdome) decorrentes de insuficiência cardíaca, cirrose hepática e ou síndrome nefrótica,
  • Edema idiopático (edema sem causa esclarecida),
  • Tratamento da hipertensão arterial maligna (um tipo grave de hipertensão arterial),
  • Prevenção de hipopotassemia (redução dos níveis de potássio sanguíneo) e hipomagnesemia (diminuição dos níveis sanguíneos de magnésio) em pessoas que tomam diuréticos ou quando outros tratamentos forem inadequados ou impróprios.

Além disso, pode ser prescrito para o diagnóstico e tratamento de hiperaldosteronismo primário (aumento dos níveis sanguíneos de um hormônio renal chamado aldosterona) e tratamento pré-operatório de hiperaldosteronismo primário.

Como usar espironolactona?

A espironolactona tem como apresentações: comprimidos de 25 mg, 50 mg e 100 mg.

A dosagem a ser utilizada depende da indicação da medicação.

A dose total diária pode ser feita em dose única, ou fracionadas durante o dia.

É importante que a medicação seja administrada diariamente nos mesmos horários e que o tratamento não seja interrompido sem orientação médica.

Contraindicações de espironolactona

Espironolactona é contraindicada em casos de:

  • Alergia à espironolactona ou aos demais componentes da fórmula;
  • Mulheres grávidas ou que estão amamentando;
  • Pessoas que apresentam redução significativa da função renal;
  • Portadores de insuficiência renal aguda;
  • Pessoas que apresentam anúria (redução ou ausência de urina);
  • Portadores de doença de Addison (um distúrbio hormonal);
  • Pessoas que apresentam hipercalcemia (aumento do cálcio no sangue).
Efeitos colaterais de espironolactona

O uso de espironolactona pode provocar:

  • Náusea;
  • Mal-estar;
  • Cefaleia (dor de cabeça);
  • Tonturas;
  • Prurido (coceira);
  • Urticária (alergia na pele);
  • Confusão mental;
  • Sonolência;
  • Febre;
  • Alteração da libido;
  • Impotência;
  • Distúrbios menstruais;
  • Câimbras;
  • Alopecia (queda de cabelos);
  • Hipertricose (crescimento anormal de pelos);
  • Dor ou nódulos nos seios;
  • Leucopenia (redução da quantidade de glóbulos brancos no sangue);
  • Trombocitopenia (diminuição na contagem de plaquetas no sangue);
  • Anormalidades na função hepática (função do fígado);
  • Insuficiência renal aguda.

Qualquer uma destas reações deve ser comunicada ao/à médico/a.

Ao iniciar o uso de qualquer medicamento, siga as orientações de maneira rigorosa, para alcançar os resultados esperados, e evitar efeitos colaterais

No caso dúvidas, entre em contato com seu médico assistente.

Contraceptivo natural: quais os métodos naturais para evitar a gravidez?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Os contraceptivos naturais são os métodos que se baseiam no reconhecimento do período fértil para serem efetuados e incluem método Billings, tabelinha, temperatura corporal, sintotérmico, coito interrompido, teste de ovulação e amenorreia lactacional.

Estes métodos são também são chamados de métodos contraceptivos comportamentais, pois para serem realizados é necessária a abstenção sexual durante o período fértil ou uso de práticas em que o esperma não é depositado na vagina.

Vale destacar que este métodos podem ser usados para evitar a gravidez, mas não previnem as infecções sexualmente transmissíveis (IST’s).

Conheça neste artigo os métodos naturais de concepção:

Método Billings ou muco cervical

O método Billings consiste na auto-observação das modificações do muco cervical, secreção produzida no colo do útero pela ação dos hormônios femininos, que torna a vagina úmida e, às vezes, pode ser observado na calcinha.

Após a menstruação é comum que ocorra um período de menos umidade na vagina, ou seja mais seco. A seguir, o muco se torna esbranquiçado e pegajoso, mas se quebra ao ser esticado. Ao se aproximar o dia da ovulação, o muco vai se modificando e se torna escorregadio, transparente e elástico, semelhante à clara de ovo, sinal de período fértil e, portanto, a mulher pode engravidar.

O casal que não deseja engravidar, deve evitar relações sexuais com penetração enquanto o muco cervical semelhante à clara de ovo estiver presente e até quatro dias após o seu desaparecimento.

Coito Interrompido

A realização do coito interrompido consiste na retirada do pênis da vagina, um pouco antes da ejaculação. Apesar de ser bastante utilizado, é um método que apresenta alto risco de falha, uma vez que o líquido que sai do pênis antes da ejaculação (líquido seminal), pode conter espermatozoides.

Além disso, pode ocorrer de o homem não ter controle suficiente para retirar o pênis antes que a ejaculação aconteça, o que caracteriza outra falha bastante comum para casais que sam este método.

Tabelinha

Para fazer a popular tabelinha (Método Ogino Knaus), determinar o seu período fértil e evitar a gravidez, é preciso que você observe, pelo menos 6 ciclos menstruais.

Isto quer dizer que você vai marcar em um calendário o primeiro dia de cada menstruação durantes seis meses seguidos para verificar quantos dias durou cada ciclo menstrual. É a partir destas informações que será calculado o seu período fértil. De preferência, faça este cálculo com a ajuda de um médico de família ou ginecologista.

Sabendo do seu período fértil com aplicação da tabelinha, evite relações sexuais com penetração neste período para evitar um gravidez.

Temperatura corporal

O método da temperatura corporal ou basal se fundamenta na verificação da temperatura do corpo em repouso, durante o ciclo menstrual. Os hormônios femininos fazem com a que a temperatura do corpo da mulher sofra variação de acordo com o período do ciclo menstrual.

Antes da ovulação a temperatura do corpo é mais baixa e durante a ovulação ela aumenta alguns décimos de grau, permanecendo assim até a chegada da menstruação seguinte.

Para utilizar este método, você deve medir a sua temperatura corporal ao acordar pela manhã, antes de levantar, e depois de dormir, no mínimo, por cinco horas. As temperaturas devem ser anotadas em um gráfico.

Para evitar a gravidez, o casal não deve ter relações sexuais com penetração vaginal no intervalo de 4 a 5 dias antes da data prevista para a ovulação até o quarto dia de temperatura mais elevada.

Sintotérmico

O método sintotérmico é o uso combinado da tabelinha, do método Billings (muco cervical), da temperatura basal para a identificação do período fértil.

Além da combinação destes métodos você deve estar atenta a alguns sinais e sintomas que indicam que a mulher está no período fértil são:

  • Sensação de peso ou inchaço nos seios,
  • Dor o aumento do abdome,
  • Aumento do desejo sexual,
  • Mudanças de humor,
  • Aumento de peso e
  • Aumento do apetite.

Deste modo, para evitar a gravidez, o casal deve evitar as relações sexuais com penetração vaginal nos dias considerados férteis de acordo com a tabela, características do muco cervical, elevação da temperatura corporal e presença de sinais e sintomas que indicam que a mulher se encontra em seu período fértil.

Amenorreia lactacional

O método da amenorreia lactacional consiste no uso da amamentação para evitar a gravidez, uma vez que a amamentação inibe a fertilidade da mulher.

Para efetuar o método a mulher precisa realizar amamentação exclusiva nos primeiros seis meses após o nascimento do bebê. Igualmente, é possível associar o método da amenorreia lactacional a outro método contraceptivo que não interfira na amamentação.

Para realizar a amenorreia lactacional como anticoncepcional a mulher:

  • Deve amamentar exclusivamente o seu bebê ao seio na hora que ele desejar (amamentação em livre demanda) por até 6 meses,
  • Não oferecer água, chás ou suco ao seu bebê por até 6 meses e
  • Deve apresentar ausência de menstruação.

Se você voltar a menstruar ou decidir introduzir outros alimentos para o seu bebê, converse com o médico de família ou ginecologista para que, juntos, possam escolher um método contraceptivo eficaz.

Vantagens e desvantagens dos anticoncepcionais naturais

Para a escolha do melhor método contraceptivo natural, é preciso que você conheça suas vantagens e desvantagens. Inclui-se entra as vantagens:

  • São gratuitos,
  • Não produzem efeitos colaterais ou malefícios,
  • Permitem que a mulher entre em contato com o seu corpo e o conheça melhor,
  • Proporciona aprendizado sobre a fertilidade feminina,
  • Não interferem no retorno da fertilidade da mulher.

As desvantagens dos anticoncepcionais naturais se encontram no fato de que estes métodos:

  • Não protegem contra as infecções sexualmente transmissíveis,
  • Não devem ser utilizados por mulheres com ciclos menstruais irregulares.

Se você apresentar irregularidades no ciclo ou tiver passado por aborto, aguarde que ocorram, pelo menos, três ciclos menstruais regulares até adotar um método de anticoncepção natural. Converse com o seu médico de família ou ginecologista para escolher o melhor método contraceptivo para você.

Para saber mais sobre métodos anticoncepcionais, você pode ler:

Melhor anticoncepcional: 5 dicas para ajudar na sua escolha

Dúvidas sobre anticoncepcional

Anticoncepcional oral tem efeitos colaterais?

Referências

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Direitos sexuais, direitos reprodutivos e métodos anticoncepcionais. Brasília: Ministério da Saúde, 2009. 52 p.

Cefaleia: o que é, quais os tipos, sintomas e como tratar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Cefaleia é o termo médico para “dor de cabeça”. A cefaleia caracteriza-se por dor ou desconforto na cabeça ou no couro cabeludo, podendo ainda se estender para o pescoço. Em geral, as causas da cefaleia não estão relacionadas com problemas graves, mas com tensão muscular, estresse, problemas de vista, resfriado, febre ou tensão pré-menstrual.

No entanto, por outro lado, uma dor de cabeça forte ou constante, associada a febre alta, náuseas ou vômitos, pode estar associada a condições mais graves, como:

  • Derrame cerebral (AVC - Acidente Vascular Cerebral);
  • Hemorragia entre o cérebro e a membrana que o recobre (meninge);
  • Pressão arterial muito alta;
  • Meningite;
  • Encefalite (inflamação no cérebro);
  • Abscesso cerebral;
  • Tumor cerebral;
  • Acúmulo de líquido dentro do crânio (hidrocefalia);
  • Aumento da pressão no interior do crânio;
  • Intoxicação por monóxido de carbono;
  • Apneia do sono, que leva a uma diminuição da oxigenação cerebral;
  • Malformação de veias ou artérias cerebrais;
  • Aneurisma cerebral.

E por esse motivo, na presença de um desses sintomas, é recomendado procurar um atendimento de urgência, para avaliação médica.

Quais são os tipos de cefaleia e seus sintomas? Cefaleia tensional

O tipo mais comum de dor de cabeça é a cefaleia tensional, causada por tensão muscular nos ombros, no pescoço, no couro cabeludo e na mandíbula. A cefaleia de tensão pode estar relacionada com estresse, depressão, ansiedade, traumatismo craniano ou posição inadequada da cabeça e do pescoço.

Nesses casos, a dor atinge toda a cabeça, ou se inicia de um lado e depois de espalha por todo couro cabeludo. A pessoa costuma sentir uma sensação de cabeça pesada, como se tivesse algo apertando a sua cabeça. Também pode haver dor e rigidez nos ombros, no pescoço e na mandíbula.

Enxaqueca

A dor de cabeça da enxaqueca é forte, do tipo latejante ou pulsátil. Geralmente vem acompanhada de outros sintomas, como alterações visuais, sensibilidade à luz e ao ruído, náuseas, vômitos e irritabilidade. A dor tende a começar em um lado da cabeça e se espalhar para os lados direito e esquerdo, além de piorar com os movimentos.

A enxaqueca pode vir associada a um grupo de sintomas que começam antes da dor de cabeça. É a chamada enxaqueca com aura. Nesses casos, a pessoa costuma sentir alterações visuais, como imagens brilhantes ou riscos luminosos, visão dupla ou desfocada, pouco antes da dor se iniciar.

A enxaqueca pode ser desencadeada por alimentos como chocolate, vinho tinto e queijos amarelos, abstinência de cafeína, falta de sono e consumo de álcool.

Cefaleia de rebote

Também conhecida como cefaleia por uso excessivo de medicamentos, é uma dor de cabeça desencadeada pelo consumo excessivo de analgésicos. Pessoas que tomam analgésicos por mais de 3 dias por semana regularmente podem desenvolver esse tipo de cefaleia.

Cefaleia crônica

Trata-se de uma dor de cabeça de caráter constante, extremamente dolorosa, que ocorre várias vezes ao dia e durante meses, desaparecendo por semanas ou meses. A cefaleia nesses casos dura menos de uma hora e tende a ocorrer no mesmo horário todos os dias.

Cefaleia sinusal

Esse tipo de dor de cabeça causa dor na testa e na face. Ocorre devido à inflamação dos seios paranasais, localizados atrás das bochechas, do nariz e dos olhos. A dor piora quando a pessoa se inclina para a frente e acorda pela manhã.

Cefaleia por arterite temporal

É uma dor de cabeça desencadeada pela inflamação e pelo inchaço da artéria responsável pela irrigação sanguínea de uma parte da cabeça, das têmporas e do pescoço. Uma doença que deve ser tratada rapidamente, para evitar complicações graves, como problemas visuais.

O que fazer em caso de cefaleia?

Esse é um tema muito complexo, devido ás inúmeras causas de cefaleia, entretanto, a primeira conduta a ser tomada, deve ser medir sua pressão arterial. Visto que temos uma alta prevalência de hipertensão na população, e essa é a principal causa de derrames e infartos do coração.

Outras medidas que podem ajudar, será aumentar a ingesta de água, evitar jejum, evitar situações de estresse e caso seja frequente, será necessário agendar uma consulta com neurologista para avaliação detalhada.

Nos casos de enxaqueca já diagnosticada, você deve:

  • Beber bastante água para evitar desidratação, especialmente em caso de vômitos;
  • Repouso em ambiente silencioso e escuro;
  • Tomar sua medicação para crises, orientada pelo médico neurologista.

Manter um “diário de dor de cabeça” ajuda muito, pois por ele é possível identificar os fatores que desencadeiam o seu tipo de cefaleia, auxiliando no tratamento e no planejamento de prevenção das crises.

Os diários são de fácil preenchimento e devem conter no mínimo os seguintes dados:

  • A data e a hora em que a dor começou;
  • Tempo de duração;
  • Localização e intensidade da dor;
  • O que você comeu e bebeu nas últimas 24 horas;
  • Quantas horas você dormiu na noite anterior;
  • O que estava fazendo e onde estava pouco antes da dor de cabeça começar;
  • Fatores que melhoraram ou pioraram a dor;
  • Se a medicação de SOS prescrita foi suficiente para resolver o quadro.
Que remédio posso usar para acabar com a cefaleia?

A maioria das dores de cabeça podem ser aliviadas com medicamentos analgésicos simples, como paracetamol®, novalgina® e ibuprofeno®. Porém, é fundamental definir a causa da sua dor, definir se existe necessidade de tratamento preventivo, e de acordo com sua história médica, qual será a melhor opção.

Para isso, é preciso que procure um médico da família, clínico geral ou neurologista, para avaliação e planejamento do seu tratamento.

Leia também: Qual é o tratamento da enxaqueca?

Dores nos olhos: o que pode ser e o que fazer em cada caso
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A dor nos olhos pode ser causada por diferentes problemas e para cada problema existe um tratamento específico.

Para identificar esse problema e indicar o melhor tratamento, os sintomas devem ser avaliados cuidadosamente, caso a caso, por um médico oftalmologista.

1. Dor no fundo dos olhos por problemas de visão

Os distúrbios visuais como a miopia, hipermetropia, astigmatismo e presbiopia, podem causar dor no fundo dos olhos, associados a:

  • Sensação de "visão cansada"
  • Dor de cabeça ao fim do dia
  • Visão embaçada

O que fazer: procure um médico oftalmologista para avaliar o seu caso e definir a necessidade de uso regular de óculos. O uso correto dos óculos resolve grande parte das dores nos olhos.

2. Dor e ardência nos olhos por inflamação ou infecção local

A conjuntivite é a inflamação mais comum nos olhos e pode ser causada por uma reação alérgica ou contaminação por bactérias. O olho amanhece doloroso, com os seguintes sintomas:

  • Inchaço
  • Vermelhidão
  • Sensação de "areia" nos olhos
  • Ardência, coceira
  • Maior sensibilidade à luz
  • Secreção amarelada (purulenta)

O que fazer: o tratamento deve ser feito com a limpeza dos olhos 3 a 4x por dia, com soro fisiológico (em temperatura ambiente, nunca gelado) e após, aplicar 2 gotas de colírio com antibióticos em cada olho. A compressa morna, com paninho limpo, 3x ao dia, ajuda no alívio dos sintomas.

Secreção purulenta na conjuntivite 3. Dor atrás do olhos por gripe, resfriado ou febre

As viroses, como a dengue, chikungunya e gripe por influenza, costumam causar dor intensa na região "atrás" dos olhos, especialmente durante um quadro de febre. Os outros sintomas encontrados, são:

  • Febre
  • Dor no corpo
  • Cansaço
  • Falta de apetite
  • Fraqueza

O que fazer: o uso de um antitérmico, no caso de febre, repouso, hidratação e boa alimentação, costuma ser o suficiente para a melhora da dor. Caso a dor permaneça procure um médico clínico geral ou médico da família.

4. Dor nos olhos por trauma, arranhão ou corpo estranho

Em situações de trauma, arranhão ou presença de corpo estranho, a dor vem associada a:

  • Vermelhidão
  • Ardência
  • Maior sensibilidade maior à luz
  • Lacrimejamento e
  • Dificuldade visual.

O que fazer: deve limpar os olhos com soro fisiológico ou solução de limpeza indicada, hidratar com lágrima artificial, de 3 a 4x por dia e manter uma boa higiene. Evite coçar os olhos e procure proteger os olhos usando frequentemente óculos e chapéu. Mais raramente, nos casos de infecção secundária, será preciso aplicar colírios com antibióticos.

5. Dor nos olhos por aumento da pressão no olho

A dor nos olhos por aumento da pressão no globo ocular, é denominado Glaucoma. Os sintomas típicos dessa doença são:

  • Dor de forte intensidade
  • Vermelhidão
  • Borramento visual (visão "desfocada")
  • Dificuldade / Perda visual lenta e gradativa.

O que fazer: na presença de dor intensa, dificuldade na visão e vermelhidão, procure um serviço de urgência médica. O glaucoma agudo, sem tratamento rápido, pode causar cegueira irreversível.

6. Dor nos olhos por terçol

O terçol, ou hordéolo, é uma inflamação na pálpebra, superior ou inferior, decorrente de um entupimento de glândulas lacrimais. Os sintomas são de dor em pontadas ou fisgadas, especialmente quando abre ou fecha os olhos, associadas a:

  • Inchaço
  • Vermelhidão
  • Sensação de coceira
  • Visão embaçada
  • Sensibilidade à luz
  • Lacrimejamento

O que fazer: o tratamento é baseado na limpeza local e compressa morna com pano limpo, de 3 a 4x por dia. Lembrando que a aliança, anel ou material metálico quente não é recomendado pelos especialistas, pelo risco de queimadura local.

Quando a infecção não melhora dentro de 3 a 5 dias, e/ou evolui com coleção de pus (calázio), pode ser preciso drenagem cirúrgica e pomadas de antibióticos. Nesse caso, procure rapidamente um oftalmologista.

Inchaço e pontos de pus quando o terçol se torna um calázio 7. Dor ao redor ou encima dos olhos devido à sinusite

A dor ao redor dos olhos ou em cima dos olhos, na região da testa, sugere um quadro de sinusite. Isso porque o acúmulo de secreção nos seios da face, causa sintomas de dor e peso nessa região. Podendo haver ainda:

  • Febre
  • Congestão nasal
  • Coriza
  • Falta de apetite

O que fazer: a sinusite alérgica é tratada com hidratação, limpeza nasal e antialérgicos. A sinusite bacteriana, com febre e mal-estar, deve ser tratada com medicamentos antibióticos para resolução completa da infecção.

8. Dor e inchaço na pálpebra

A inflamação ou infecção da pálpebra, juntos aos cílios, é chamada blefarite, essa condição pode ser causada por contaminação, após coçar os olhos com as mãos sujas. Os sintomas são de:

  • Sensação de dor em "peso" acima do olho acometido
  • Inchaço na pálpebra
  • Vermelhidão
  • Calor local
  • Coceira
  • Lacrimejamento

O que fazer: o tratamento deve ser feito com compressa morna, limpeza com soro fisiológico ou solução para os olhos 3 a 4x por dia, e quando não melhora dentro de poucos dias, procurar um oftalmologista para avaliar o uso de antibióticos em colírio.

Inchaço e vermelhidão na pálpebra por blefarite 9. Dor nos olhos por problemas neurológicos Enxaqueca

A enxaqueca é uma doença crônica, que causa sintomas variados, além da dor de cabeça e as alterações visuais são muito frequentes. Embora a dor ocular não seja o sintoma mais comum, pode acontecer.

O que fazer: o tratamento da enxaqueca varia com as características e tipo de dor.

Saiba mais: qual é o tratamento da enxaqueca?

Cefaleia em salvas

A cefaleia em salvas é outro tipo de dor de cabeça, que traz no seu quadro clínico, a dor ocular intensa, vermelhidão, lacrimejamento e intolerância à luz.

O que fazer: o tratamento para controle da crise de dor é o uso de oxigênio úmido sob máscara facial, a 100% por 20 minutos, associada a sumatriptano nasal ou subcutâneo. A medicação mais eficaz no controle das crises, é o verapamil, embora outras drogas também sejam eficazes.

Neurite óptica

A neurite é uma inflamação aguda do nervo óptico, que causa dor intensa no fundo dos olhos, de início súbito, que piora ao movimentar os olhos, e pode apresentar em conjunto, dificuldade visual e até cegueira.

Uma das causas de neurite é a Esclerose múltipla, doença neurológica autoimune, que se não tratada adequadamente pode evoluir com sequelas irreparáveis, como a cegueira completa.

O que fazer: o tratamento deve ser feito com corticoides, o quanto antes, por isso na suspeita de neurite, procure um atendimento de emergência médica para avaliação.

Neuralgia do trigêmeo

O nervo trigêmeo é um nervo craniano que se divide em 3 ramos, sendo o primeiro o ramo oftálmico, responsável pela inervação da glândula lacrimal, face superior e outras estruturas próximas. Sendo assim, um problema nesse nervo, pode causar dor intensa no olho, lacrimejamento, dificuldade em abrir os olhos e dor intensa à mastigação.

O que fazer: o tratamento da neuralgia é feito com medicamentos controlados, como os anticonvulsivantes carbamazepina e oxcarbazepina. Além disso, deve ser investigada a causa dessa inflamação.

10. Outras causas que podem causar dor nos olhos são:
  • Complicação de cirurgia,
  • Uso incorreto de lentes de contato,
  • Reações alérgicas,
  • Toxoplasmose,
  • Tumor cerebral,
  • Retinopatia diabética.
Quando procurar uma emergência?

Na presença de náuseas, vômitos, rigidez no pescoço, perda de visão e/ou confusão mental, sugere um problema grave, e deve ser imediatamente avaliado em serviço de urgência.

Os demais casos, podem ser avaliados por um médico da família ou oftalmologista.

Sintomas pré-menstruais e como saber se a menstruação está perto de vir
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Muitas mulheres apresentam sintomas e notam mudanças no corpo que se iniciam alguns dias antes da menstruação vir e podem persistir durante os primeiros dias da menstruação.

Alguns sintomas pré-menstruais comumente relatados são cólicas, dores nas mamas, sensação de inchaço e irritabilidade.

Esses sintomas variam de mulher para mulher e podem ainda variar de ciclo para ciclo a depender de hábitos de estilo de vida, alimentação e fatores hormonais.

Uma característica importante dos sintomas pré-menstruais é que eles tendem a melhorar e desaparecer com a vinda da menstruação, essa característica permite diferenciar sintomas da síndrome pré-menstrual de outras condições.

Como saber se a menstruação está perto?

A observação dos sintomas que antecedem a menstruação é uma das principais formas de avaliar se a menstruação está se aproximando ou não. É essencial anotá-los para assim criar um diário e compreender melhor as alterações que ocorrem no corpo.

Vejamos então três etapas para avaliar se a menstruação está perto.

1 - Observe os sintomas pré-menstruais durante três ou mais ciclos.

Para saber se a menstruação está próxima é importante estar atenta a estes sintomas e pequenas mudanças no corpo que podem vir antes do período menstrual.

Observe os sintomas físicos que possam surgir, como:

  • Cólicas uterinas,
  • Sensibilidade ou dor mamária,
  • Dores de cabeça,
  • Sensação de inchaço,
  • Peso nas pernas,
  • Dor nas costas,
  • Ondas de calor,
  • Tontura.

Também esteja atenta a mudanças de humor e sintomas psicológicos, que antecedem o período menstrual:

  • Irritabilidade,
  • Ansiedade ou sensação de tensão,
  • Tristeza ou desanimo,
  • Aumento do apetite, desejo de comer doces ou comidas,
  • Diminuição do interesse em atividades gerais.

Nem sempre os mesmo sintomas se repetem todos os ciclos, mas é comum que alguns sejam mais marcados e frequentes.

2 - Anote os sintomas mais comuns e frequente.

Não se esqueça de anotar os seus sintomas, a intensidade e quando ocorrem e anote também os dias da menstruação. Acompanhe os seus ciclos por pelo menos 6 meses.

É importante ter essa informação organizada para conseguir encontrar padrões que se repetem e assim tornar-se mais familiarizada com as mudanças que ocorrem no seu corpo antes da menstruação.

3 -Conheça o seu ciclo menstrual

É muito importante conhecer a duração do ciclo menstrual, ou seja, a quantidade média de dias entre uma menstruação e outra, assim é possível prever quando irá ocorrer a próxima menstruação.

Há mulheres que apresentam ciclos mais curtos, por exemplo, de 28 dias, e outras apresentam ciclos mais longos, por exemplo, de 34 dias.

Saber a média da duração do ciclo também ajuda a tentar prever sempre as próximas menstruações. Por exemplo, se o seu ciclo dura 30 dias é esperado que sua menstruação venha sempre a cada 30 dias, podendo ainda ocorrer pequenas variações de 1 a 3 dias antes ou depois.

Caso apresente sintomas pré-menstruais importantes ou queira saber mais sobre a menstruação consulte um ginecologista, ou médico de família.

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Sintomas de TPM após a menstruação é normal? O que pode ser?

Referências bibliográficas

Clinical manifestations and diagnosis of premenstrual syndrome and premenstrual dysphoric disorder. Uptodate.

Dor atrás dos olhos: o que pode ser e o que devo fazer?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A dor atrás dos olhos é bastante comum nos casos de viroses, sinusite, enxaqueca e nos problemas diretamente relacionados com os olhos, como o glaucoma, esclerite e neurite óptica.

O tratamento varia de acordo com a causa, e pode incluir o uso de analgésicos comuns, anti-inflamatórios e/ou antibióticos. Contudo, algumas doenças oculares, como o glaucoma, precisa de um tratamento ainda mais específico, com urgência, para evitar danos irrecuperáveis, como a cegueira.

Por isso, no caso de dor atrás dos olhos que não melhore com uso de analgésicos, ou que venha associado a febre alta, dor intensa ou qualquer dificuldade visual, procure imediatamente um serviço de emergência médica.

1. Resfriado, gripe ou febre

Os resfriados e a gripe por influenza, por exemplo, são condições que vêm acompanhadas de dor intensa atrás dos olhos. Principalmente quando a pessoa apresenta febre.

Nestes casos, além da dor atrás dos olhos e febre a pessoa pode sentir dor no corpo, cansaço, falta de apetite e fraqueza.

O tratamento inclui, repouso, aumentar a ingesta de água, alimentar-se bem, e no caso de febre, fazer uso de antitérmicos e/ou analgésicos para aliviar os sintomas. Caso os sintomas permaneçam, procure um médico de família.

2. Dengue e chikungunya

A dengue e a chikungunya são doenças infecciosas, transmitidas por mosquitos, que apresentam clinica bastante semelhante. Os sintomas mais frequentes incluem dor atrás dos olhos, dor ao movimentar os olhos, febre alta > 38.5oC, dor de cabeça, dor muscular intensa, falta de apetite, fraqueza, manchas vermelhas no corpo e mal-estar.

Por vezes, apresentam ainda inchaço nas articulações e coceira no corpo.

O tratamento é feito de acordo com os sintomas com uso de analgésicos e antitérmicos. É recomendado repouso e ingestão de líquidos (pelos menos 2 litros de água ao dia).

Se ainda assim mantiver dor, ou apresentar um desses sintomas: dor abdominal intensa, vômitos persistentes, sangramentos de mucosas e outras hemorragias, procure um serviço de emergência, para avaliação médica criteriosa.

3. Sinusite

A sinusite é uma inflamação na mucosa dos seios da face, onde acontece o acúmulo de secreção, o que dá origem a dor atrás dos olhos, em "pressão", que piora ao abaixar a cabeça.

Os sintomas mais comuns de sinusite são a dor atrás dos dois olhos ou de apenas um deles, dor de cabeça em pressão, sensação de pressão no rosto, tosse, febre, secreção nasal e nariz entupido e cansaço.

Para aliviar os sintomas é recomendado aumentar a ingesta de água, com pelo menos 2 litros de água por dia, lavar o nariz com soro fisiológico, fazer compressas quentes no rosto e dormir com a cabeceira elevada, para ajudar a drenar as secreções.

Evite permanecer em ambiente fechados com ar-condicionado, pois estes ambientes ressecam as mucosas e dificultam a eliminação de secreções.

O tratamento da sinusite pode envolver ainda o uso de sprays nasais, descongestionantes orais, corticoides e antibióticos. Estes medicamentos são indicados pelo médico de família, clínico geral ou otorrinolaringologista, após a avaliação.

4. Enxaqueca

A enxaqueca é uma dor de cabeça intensa que, durante uma crise, pode incapacitar a pessoa de realizar suas atividades simples, de vida diária. A dor é tipo latejate ou pulsátil, que piora com a luz e/ou barulho e melhora após repouso e permanecer em ambiente escuro. As náuseas, vômitos e tontura, geralmente estão associados.

Se você tem enxaqueca, evite pular refeições (jejum prolongado), não consuma álcool e prefira bebidas sem cafeína, pratique atividade física regularmente, mantenha uma rotina de sono procurando deitar-se e levantar-se em horários regulares e reserve tempo para atividades que tragam prazer e relaxamento.

O tratamento da enxaqueca depende da intensidade, da dor, as suas características e da frequência das crises. Pode ser feito com anallgésicos específicos, corticoide, antidepressivos e sintomáticos, como medicametno para evitar os vômitos. O neurologista deve ser consultado.

5. Glaucoma agudo

O glaucoma é uma doença ocular provocada pelo aumento súbito da pressão dentro do olho (pressão intraocular).

A dor intensa atrás dos olhos é um sintoma típico de uma crise de glaucoma agudo. Além desta dor intensa, o paciente pode apresentar vermelhidão e inchaço dos olhos, visão embaçada, lacrimejamento, náuseas, vômitos, tonturas e dor de cabeça.

A crise de glaucoma agudo é uma emergência médica, pois pode levar à perda da visão. Por este motivo, nestes casos procure um serviço de emergência hospitalar o mais rapidamente possível.

6. Esclerite

A esclerite é uma inflamação grave e destrutiva da parte branca que cobre o olho, chamada de esclerótica. É considerada grave porque pode afetar a visão e provocar a sua perda gradativa.

Geralmente, os dois olhos são afetados e os principais sintomas são dor intensa e profunda atrás dos olhos, vermelhidão, lacrimejamento e sensibilidade à luz.

O tratamento inicia-se com o uso de corticosteroides orais, entretanto, podem ser necessários os imunossupressores ou até mesmo procedimento cirúrgico para repara a lesão na esclerótica. O oftalmologista é o médico indicado para avaliar o caso e definir o tratamento mais adequado.

7. Neurite ótica

A neurite ótica é a inflamação aguda do nervo ótico. Os sintomas, geralmente, ocorrem em um dos olhos e incluem: dor atrás do olho inflamado, que piora ou movimentá-lo, redução da visão das cores, perda parcial ou total da visão.

O tratamento da neurite ótica é feito de acordo com a sua causa e, normalmente, envolve o uso de corticosteroides. Uma avaliação com médico de família ou oftalmologista são indispensáveis para definir o tratamento.

Quando devo procurar um médico?
  • Dor intensa e contínua em um ou ambos os olhos,
  • Dor que persiste há mais de 2 dias,
  • Febre alta (acima de 38º),
  • Redução da visão,
  • Visão embaçada,
  • Visão dupla,
  • Dificuldade de perceber as cores,
  • Vermelhidão, lacrimejamento e inchaço nos olhos.

Na presença destes sintomas busque um médico de família ou uma emergência o quanto antes. Não use nenhum medicamento ou colírio sem indicação médica.

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Glaucoma tem cura? Qual o tratamento?

Referências

  • American Academy of Ophthalmology. Important coronavirus updates for ophthalmologists.
  • Chandra S.; Flanagan, D.; Hingorani, M. et al. Covid-19 and ophthalmology: a brief summary of the literature. Eye. 2020.
  • Cheema M. et al. Keratoconjunctivitis as the initial medical presentation of the novel coronavirus disease 2019. (COVID-19). Canadian Ophthalmological Society.
  • Sociedade Brasileira de Oftalmologia.
Síndrome de Turner: o que é, quais as características e como tratar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A síndrome de Turner é uma doença genética que afeta somente as mulheres. A síndrome surge devido à ausência parcial ou total do segundo cromossomo sexual “x”, resultando num genótipo 45,X, quando o esperado para o sexo feminino seria 46,XX.

A síndrome de Turner é muito rara e a sua ocorrência é de 1 caso em cada 3.000 meninas nascidas. As taxas de aborto espontâneo em fetos com síndrome de Turner são bastante elevadas, podendo chegar aos 99%, sobretudo no 1º trimestre de gravidez.

A síndrome de Turner costuma ser identificada ao nascimento ou antes da puberdade devido às suas características típicas.

Quais as características de alguém com síndrome de Turner?

As características de uma pessoa adulta com síndrome de Turner incluem: baixa estatura, cabelos com origem na nuca, pescoço alado, atraso mental, órgão genital ainda juvenil, atrofia dos ovários, com ausência de folículo, gerando infertilidade.

A síndrome de Turner pode provocar danos no desenvolvimento da pessoa, como baixa estatura (no máximo 1,5 m de altura), impossibilidade de iniciar a puberdade, infertilidade, anomalias ósseas, renais e cardíacas, dificuldade de aprendizagem, deficiência na coordenação motora e no processamento das emoções, entre outros prejuízos.

A falta dos hormônios femininos estrógeno e progesterona faz com que as mulheres com síndrome de Turner não desenvolvam as suas características sexuais secundárias quando chegam à puberdade.

Por isso, mulheres com síndrome de Turner não têm menstruação, possuem grandes lábios sem pigmentação, poucos pelos pubianos ou ausência dos mesmos, mamas pouco desenvolvidas ou mesmo ausentes e cintura masculinizada.

A pele é mais flácida, as unhas são estreitas e o tórax costuma ser largo, em forma de barril.

Nos recém-nascidos com síndrome de Turner, é comum haver inchaço nas mãos e no dorso dos pés, o que aumenta as suspeitas da doença.

Qual é o tratamento para síndrome de Turner?

Devido à falta de produção de hormônios femininos pelos ovários, que estão atrofiados, o tratamento da síndrome de Turner é feito através do uso de hormônios. O objetivo é estimular o desenvolvimento das características sexuais da paciente, o desenvolvimento do útero, a menstruação e o crescimento.

O tratamento da síndrome de Turner deve começar antes da puberdade, com o uso de hormônio do crescimento. Depois, quando a menina atinge a puberdade, o tratamento é feito com os hormônios femininos estrógeno e progesterona.

Para que a terapia hormonal com estrógenos não atrase ainda mais o crescimento, o seu início pode ser adiado para quando a menina atingir os 16 anos de idade.

Além dos hormônios, o tratamento da síndrome de Turner inclui cirurgia para corrigir as malformações cardíacas, ósseas e renais.

Para maiores esclarecimentos sobre a síndrome de Turner, consulte um médico de família ou um clínico geral.

Sintomas da menstruação: quais os sinais físicos e psicológicos e como aliviar
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os sintomas mais comuns da menstruação são as cólicas, seios doloridos e inchados, dores de cabeça e alterações de humor. Estes sinais costumam aparecer de 7 a 10 dias antes da menstruação e, geralmente, passam algumas horas depois que a menstruação desce.

A prática de atividade física, a redução de cafeína, açúcar, sal e o uso de medicamentos analgésicos são alguns dos cuidados que ajudam a aliviar os sintomas, tanto na fase pré-menstrual quanto durante o período de sangramento.

Sintomas físicos da menstruação
  • Cólicas
  • Seios doloridos e inchados
  • Dor de cabeça
  • Dor lombar
  • Náuseas
  • Sensação de inchaço abdominal
  • Ganho de peso
  • Dor muscular ou nas articulações
  • Problemas de pele como, por exemplo, a presença de espinhas (acne)
Sintomas psicológicos da menstruação
  • Oscilações de humor: irritabilidade, raiva, tristeza, crise de choro
  • Ansiedade / Depressão
  • Necessidade de isolamento social
  • Dificuldade de concentração
  • Esquecimento ou perda de memória
  • Distúrbios do sono
  • Mudanças no apetite (desejo por determinados alimentos, especialmente doces).
Como aliviar os sintomas da menstruação?
  • Busque descansar e dormir, pelo menos, 7 horas por noite,
  • Pratique atividade física regularmente: pode ajudar a reduzir o inchaço, a irritabilidade, a ansiedade e a insônia. Fazer ioga também pode ajudar,
  • Tente reduzir o estresse do dia a dia: meditação e exercícios de relaxamento podem ser ferramentas importantes para que consiga relaxar,
  • Alimente-se de forma saudável: consuma carnes magras, frutas, verduras e leite (alimentos ricos em cálcio e vitamina D),
  • Diminua o consumo de açúcar e cafeína, evite doces,
  • Reduza o consumo de sal: ajuda a reduzir a retenção de líquidos e a sensação de inchaço,
  • Aplique bolsa de água morna 2 a 3x por dia, se tiver dor (lombar ou cólicas).
Medicamentos para sintomas de menstruação

Os medicamentos mais usados são os analgésicos, anti-inflamatórios ou anticoncepcionais.

  • Ponstan®
  • Buscopan®
  • Atroveran®
  • Anticoncepcionais orais
  • Anel vaginal
  • Injeção trimestral
  • DIU

A dose e tempo de uso deve ser definida pelo médico, de acordo com a intensidade dos sintomas, e com as condições de saúde de cada uma.

É importante uma consulta com o seu ginecologista para escolher o melhor tratamento.

Os sintomas da menstruação ou a tensão pré-menstrual ocorrem devido às variações hormonais de estrogênio e progesterona durante o ciclo menstrual. Em algumas mulheres, a origem dos sintomas pode ser também genética.

Estes sintomas variam de mulher para mulher porque algumas mulheres são mais sensíveis a essas variações hormonais. Se você sofre com os sintomas da menstruação a ponto de alterar ou atrapalhar a sua rotina diária, converse com um ginecologista ou médico de família para efetuar cuidados e/ou tratamento mais adequados.

Saiba mais sobre esse assunto nos artigos abaixo:

Sintomas de TPM após a menstruação é normal? O que pode ser?

Fases do ciclo menstrual: o que você precisa saber

Referência:

FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

Tomei a pílula do dia seguinte e agora...
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

A pílula do dia seguinte contem uma grande quantidade de hormônios e essa grande quantidade de hormônios podem levar a algumas alterações no corpo da mulher igual o que está acontecendo com você: Alteração na menstruação, vagina inchado seios sensíveis, náuseas. Pode haver outros motivos para isso acontecer, como uma infecção vaginal, porém no seu caso o mais provável é que seja decorrente da pílula mesmo.