Perguntar
Fechar
Vacina da gripe: quais as possíveis reações ou efeitos colaterais?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

As possíveis reações adversas ou efeitos colaterais da vacina da gripe são:

Dor, vermelhidão e endurecimento no local injeção: Ocorrem em 15% a 20% das pessoas que tomam a vacina da gripe e geralmente desaparecem espontaneamente em 48 horas.

Abscessos: Normalmente estão associados a uma infecção secundária ou a erros técnicos de aplicação da vacina.

Febre, mal estar e dor muscular: Ocorrem em menos de 1% das pessoas vacinadas. Podem surgir de 6 a 12 horas após a aplicação e persistir durante 1 ou 2 dias. São mais frequentes em indivíduos que não tiveram um contato anterior com os antígenos da vacina da gripe.

Os antígenos são as substâncias responsáveis pela formação de anticorpos específicos no organismo. No caso da vacina da gripe, os antígenos são vírus mortos.

Reações anafiláticas (hipersensibilidade): São extremamente raras e podem ser causadas por qualquer componente da vacina. Atualmente já sabe-se que as pessoas com alergia ao ovo podem tomar a vacina da gripe, visto que o risco de reações alérgicas graves é muito pequeno.

Como aliviar os efeitos colaterais da vacina da gripe?

A aplicação de compressas frias ajudam a aliviar a reação no local da aplicação. Se a dor for muito intensa, podem ser indicados medicamentos analgésicos.

Qualquer reação ou efeito secundário observado após tomar a vacina contra a gripe deve ser notificado ao serviço que realizou a aplicação.

Caso os efeitos colaterais se prolonguem por mais de 3 dias, deve-se investigar a origem dos sintomas, que nesses casos provavelmente têm outras causas.

Vacina da gripe pode causar gripe?

Não. É importante lembrar que a vacina da gripe não provoca gripe. Nem mesmo uma "gripezinha". Os vírus utilizados na vacina estão mortos e não são capazes de causar qualquer infecção.

A vacina da gripe é segura e bem tolerada pela grande maioria das pessoas. No entanto, deve-se ter algumas precauções em determinadas situações.

Em caso doença febril moderada ou grave, recomenda-se adiar a vacinação até a cura completa do quadro, para que as manifestações da doença não sejam atribuídas à vacina.

Em relação a aplicação da vacina em pessoas alérgicas ao ovo já sabe-se que o risco para essas pessoas é muito pequeno, portanto recomendações antigas de observação após a vacina não são mais necessárias.

Quem pode tomar a vacina da gripe?

Qualquer pessoa com mais de 6 meses de idade pode tomar a vacina contra a gripe. No entanto, quem já teve reação alérgica grave (anafilaxia) ao ovo ou a alguma dose anterior da vacina da gripe, devem evitar a vacinação. Nesses casos, recomenda-se consultar um médico para avaliar o risco benefício de tomar ou não a vacina.

Salvo nesses casos excepcionais, praticamente todas as pessoas podem tomar a vacina da gripe. Contudo, devido ao maior risco de ficarem doentes e apresentarem complicações, o Ministério da Saúde dá prioridade a certos grupos de risco durante as campanhas de vacinação.

Esse grupo de risco é composto por: crianças entre 6 meses e 6 anos de idade, grávidas, puérperas (mulheres que ainda estão nos 45 dias de pós-parto), trabalhadores da área da saúde, professores, povos indígenas, pessoas com 60 anos ou mais, pessoas com doenças crônicas, indivíduos entre 12 e 21 anos de idade que não estão em liberdade devido a medidas socioeducativas, pessoas que estão presas e funcionários das prisões.

Como tomar a vacina da gripe?

Pessoas que não fazem parte do grupo de risco podem recorrer à rede privada. Já aquelas que fazem parte do grupo de risco podem ser vacinados na rede pública.

Para crianças dos 6 meses aos 9 anos de idade, são administradas duas doses, com intervalo de 1 mês entre elas. Depois, a vacinação deve ser repetida anualmente.

Depois dos 9 anos de idade, crianças, adolescentes, adultos e idosos recebem uma única dose anual.

O médico de família ou um clínico geral podem esclarecer eventuais dúvidas sobre a vacina da gripe e alertar sobre os seus possíveis efeitos colaterais.

Vacina para meningite B provoca alguma reação ou efeito colateral?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, a vacina contra meningite B, também conhecida como Bexsero®, pode provocar reações e efeitos colaterais. Em bebês e crianças com menos de 2 anos de idade, as reações mais comuns são: dor, inchaço e vermelhidão no local da injeção, febre e irritabilidade.

Em adolescentes e adultos, os efeitos colaterais mais observados são: dor no local da aplicação, mal-estar e dor de cabeça.

Nos bebês e nas crianças de até 2 anos, a vacina para meningite B pode ser administrada isoladamente ou em conjunto com outras vacinas.

Quando administrada isoladamente, a frequência de febre é semelhante às outras vacinas de rotina para crianças nessa faixa etária.

Quando administrada com outras vacinas, aumentam as chances de reações adversas como febre, irritação, mudança nos hábitos alimentares, sonolência e sensibilidade no local da injeção.

A febre normalmente desaparece no dia seguinte à vacinação. Para amenizar ou até prevenir a febre, pode-se utilizar paracetamol. Este medicamento não interfere na eficácia da vacina contra meningite B.

Além da vacina que previne contra a meningite meningocócica tipo B, há também a vacina meningocócica conjugada ACWY, que protege contra meningite meningocócica dos tipos A, C, W e Y.

Ambas as vacinas só estão disponíveis em clínicas privadas e não fazem parte do calendário básico de vacinação do SUS. Na rede pública de saúde está disponível a vacina contra a meningite C, que é gratuita e está disponível para crianças menores de 5 anos de idade e adolescentes entre 11 e 14 anos.

Caso tenha mais dúvidas sobre vacinas, consulte o seu médico de família ou pediatra.

Também podem lhe interessar:

Meningite é contagiosa? Como ocorre a transmissão?

É possível ter meningite mais que uma vez?

Quais reações a vacina da febre amarela pode causar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os principais tipos de reação que a vacina da febre amarela pode causar incluem febre, dor local, dor de cabeça e dores musculares. Algumas reações, tais como dor, vermelhidão, endurecimento e inchaço local, não estão relacionadas com a vacina propriamente dita, mas sim com a injeção.

Esses sinais e sintomas costumam aparecer entre as 24 e 48 horas seguintes à aplicação e costumam durar de 1 a 2 dias, embora existam relatos de efeitos colaterais até 15 dias após a vacinação.

Contudo, apesar das possíveis reações, é importante ressaltar que a vacina contra a febre amarela é segura, eficaz e os seus efeitos colaterais normalmente são leves.

Reações leves da vacina da febre amarela

A vacina da febre amarela pode causar reações leves ou graves. Os efeitos colaterais leves da vacina normalmente surgem depois de 3 dias da aplicação e podem durar até 3 dias.

Dentre eles estão: dor, vermelhidão e inchaço no local da injeção, dor de cabeça, febre, mal-estar, dor e fraqueza muscular. Sintomas semelhantes a uma virose ou resfriado comum

Reações graves da vacina da febre amarela

As reações alérgicas estão entre os efeitos adversos mais graves da vacina contra a febre amarela. O início da reação é rápido. Os sinais e sintomas nesses casos começam a se manifestar nas primeiras duas horas após a injeção, podendo incluir urticária, dificuldade respiratória e inchaços.

A ocorrência de choque anafilático ou doença hemorrágica são bastante raras, o último censo pós vacinação no ano de 2018, registrou um caso fatal após 900.000 pessoas vacinadas.

Nesse tipo de reação, podem ocorrer doenças neurológicas, falência aguda de órgãos e morte. Os sintomas nessas situações começam a surgir em até 10 dias após a aplicação da vacina.

Doenças neurológicas

A ocorrência de doenças neurológicas decorrentes da vacina contra a febre amarela é muito rara, com cerca de 1 caso em cada 25.000.000 de pessoas vacinadas.

As reações nesses casos podem se manifestar sob a forma de dores de cabeça, febre, alterações de consciência, meningismo, paralisia muscular, convulsões, alterações na coordenação motora, encefalite (inflamação no cérebro) e morte súbita.

A vacina pode causar sintomas de febre amarela?

Uma vez que a vacina é produzida com o próprio vírus da febre amarela, vivo e atenuado, algumas pessoas podem desenvolver a doença, embora, como já descrito, extremamente raro.

Quando isso acontece, as reações são os próprios sinais e sintomas da febre amarela, tais como febre, dor de cabeça, fadiga intensa, dores musculares e articulares, náuseas, vômitos, diarreia e dor abdominal.

À medida que a doença evolui, o paciente pode apresentar icterícia (pele e olhos amarelados), problemas hepáticos e renais, redução do número de plaquetas, diminuição da pressão arterial, hemorragias, insuficiência respiratória, destruição geral dos músculos e estreitamento dos vasos sanguíneos.

Se a pessoa apresentar os seguintes sinais e sintomas em até 15 dias após ter tomado a vacina contra a febre amarela, ela deve ser levada a um serviço de urgência o mais rápido possível:

  • Icterícia (pele e olhos amarelados);
  • Sangramentos;
  • Escurecimento da urina;
  • Redução do volume de urina;
  • Vômitos;
  • Alterações de consciência;
  • Dores abdominais.

Vale lembrar que a vacinação contra a febre amarela é importante e necessária, pois protege contra uma doença que pode ser fatal. Porém, existem grupos de risco que nem sempre podem receber a vacina ou necessitam de atenção especial, por isso é importante seguir as orientações dos profissionais de saúde.

Existe algum medicamento que pode tirar o efeito da vacina da gripe?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim. Alguns medicamentos, como os imunossupressores e corticoides (em dose alta - dose imunossupressora), podem interferir no resultado da vacina da gripe e da maioria das vacinas.

Os medicamentos imunossupressores, ou seja, que baixam a imunidade, podem reduzir ou cortar o efeito da vacina da gripe. Isso porque o objetivo de qualquer vacina é ativar uma resposta do sistema imunológico da pessoa, produzindo anticorpos específicos contra uma determinada doença, para prevenir futuras infecções.

Assim, tomar um medicamento que inibe o sistema imune certamente irá influenciar na eficácia da vacina, como a da gripe.

Depois de interrompido o tratamento imunossupressor, o organismo pode demorar de 3 meses a 1 ano para recuperar a sua capacidade de responder a uma vacina.

Alguns exemplos de medicamentos imunossupressores (mais utilizados):

  • Azatioprina (Imuran);
  • 6-Mercaptopurina (PuriNethol);
  • Metotrexate (Metotrexate);
  • Ciclosporina (Sandimmun).

No caso dos corticoides, se estiverem sendo utilizados há menos de duas semanas ou com doses que não reduzam a ação do sistema imunológico, não irão cortar ou influenciar o efeito da vacina da gripe, portanto pode ser vacinado/a. 

Se a pessoa estiver tomando corticoides há mais tempo, mesmo que em doses baixas, ou estiver em uso de doses altas de corticoides, deverá adiar a vacinação.

Medicamentos antibióticos, como Benzetacil por exemplo, não cortam nem interferem na resposta à vacina da gripe, podendo ser tomados sem problemas.

O mais indicado, se o paciente estiver tomando qualquer medicamento e decidir tomar a vacina da gripe, é informar ao/a médico/a que prescreveu o remédio, para confirmar se poderá ser vacinado naquele momento, e ainda avaliar a necessidade de alterar sua prescrição e/ou orientar sobre outras precauções.

Também pode lhe interessar: Vacina da gripe: quem pode ou não pode tomar?

Para que serve a vacina Matergam?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A injeção Matergam serve para proteger mulheres que são Rh negativas e seus/suas futuros/as filhos/as.

A Matergam é uma Imunoglobulina Humana usada profilaticamente com fins de prevenir a formação de anticorpos contra eritrócitos Rh positivos em pessoas Rh negativas. Com isso, ela evita o aparecimento da doença hemolítica do recém nascido em gestações posteriores.

A injeção é aplicada antes do parto (entre a 28ª e 30ª semana de gestação) ou nas primeiras 72 horas após o parto.

Ela também deve ser aplicada após a ocorrência de aborto espontâneo ou provocado, gestação ectópica, mola hidatiforme, aminiocentese ou trauma abdominal.  

Para saber se você precisa tomar a injeção de Matergam, você deve realizar as consultas de rotina do pré-natal e fazer os exames solicitados pelo/a médico/a. Esses exames irão informar seu tipo sanguíneo, fator Rh e a presença de anticorpos fundamentais para decidir a necessidade de tomar a injeção. 

Quem deve tomar a vacina contra HPV?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A vacina contra HPV é indicada para mulheres e homens entre os 9 e 26 anos de idade, além de casos prioritários, desde 2017. A vacina gratuita contra o HPV, disponibilizada pelo Ministério da Saúde, tem como público alvo:

  • Meninas entre os 9 e os 14 anos de idade;
  • Meninos entre os 11 e os 14 anos de idade;
  • Homens e ou mulheres entre os 9 e os 26 anos de idade, portadores de HIV/Aids;
  • Pessoas que passaram por transplantes de órgãos e
  • Pacientes oncológicos.

Isso porque a vacina se mostrou altamente eficaz nesse grupo de pessoas, sobretudo nas mulheres com essa faixa etária, uma vez que a maioria delas ainda não iniciou a vida sexual e não foi exposta ao vírus HPV.

O resultado observado pela vacina, foi uma produção de anticorpos 10 vezes superior àquela verificada em mulheres que já tiveram contato com o HPV, e produziram os anticorpos de maneira natural.

Portanto, é muito importante que todas as meninas dos 9 aos 14 anos recebam as 2 doses da vacina quadrivalente, que protege contra o HPV tipo 6, 11, 16 e 18, e previne até 70% dos casos de câncer de colo de útero.

Por que os homens também recebem a vacina contra o HPV, se a campanha tem como objetivo evitar o câncer de colo de útero?

A inclusão dos meninos na campanha de vacinação contra HPV, foi implantada em vários países pelo mundo, porque ficou comprovado que o HPV não aumenta só o risco de câncer de colo de útero, mas também tem forte relação com o câncer de boca e orofaringe.

Com a campanha de vacinação contra HPV para as meninas, os países vêm observando queda no número de casos de câncer de colo de útero, entretanto, vem aumentando drasticamente os casos de câncer de boca e orofaringe relacionados ao HPV positivo, sendo 2 a 3x mais comum em homens do que mulheres.

Estudos recentes comprovaram também, que a vacinação contra o HPV em homens foi associada a uma diminuição de 88% nas taxas de infecção oral pelo vírus.

Por isso, além de reduzir o risco de infecção na mulher, pela via sexualmente transmissível, a campanha visa reduzir o risco direto de câncer de boca e orofaringe na população.

A vacina contra o HPV tem contraindicações ou precações?

Sim, a vacina contra o HPV não deve ser administrada nas seguintes situações:

  • Hipersensibilidade ao princípio ativo ou qualquer componente da vacina;
  • Histórico de doenças neurológicas, como crises convulsivas, Guillain Barré, entre outras (nesses casos é importante que a pessoa passe pelo seu médico assistente para avaliação);
  • Reação contra a primeira dose da vacina contra o HPV;
  • Gravidez (mesmo que tenha tomado a primeira dose, deve aguardar o parto para avaliar a data da segunda dose)
  • Sintomas de gripe, resfriado e febre.

Pode também lhe interessar o artigo: HPV durante a gravidez: quais os riscos e como tratar?

Mulheres que estão amamentando podem tomar a vacina quadrivalente contra o HPV.

O/A médico/a de família, infectologista ou o/a médico/a ginecologista poderá esclarecer eventuais dúvidas sobre a vacina contra o vírus HPV.

Também podem lhe interessar:

Quem tem HPV pode engravidar?

Quais são os sintomas do HPV?

HPV na garganta: Quais os sintomas e como tratar?

Vacina da gripe: quem pode ou não pode tomar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Pessoas com mais de 6 meses de idade podem tomar a vacina da gripe. Pessoas que já apresentaram crise alérgica grave (anafilaxia) ao ovo ou a doses anteriores da mesma vacina ou a algum de seus componentes devem evitar tomá-la.

Nessas situações o ideal consultar um médico para avaliar o risco benefício de se vacinar.

Apesar de praticamente todas as pessoas poderem tomar a vacina contra a gripe (salvo as exceções explicadas anteriormente), há determinados grupos de risco que têm preferência nas campanhas de vacinação.

Esses grupos, determinados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), apresentam risco de contraírem a forma mais grave da gripe, que podem levar a morte. Fazem parte desse público-alvo:

  • Crianças com mais de 6 meses e menos de 5 anos;
  • Indivíduos com 60 anos ou mais;
  • Trabalhadores de saúde;
  • Povos indígenas;
  • Grávidas;
  • Puérperas (mulheres no período de até 45 dias depois do parto);
  • Pessoas privadas de liberdade;
  • Funcionários do sistema prisional;
  • Pacientes portadores de doenças crônicas não transmissíveis ou com condições clínicas especiais (problemas respiratórios, cardíacos, renais, hepáticos e neurológicos, diabetes, obesidade, baixa imunidade, transplantados).

O objetivo da vacina da gripe é evitar os casos graves e as mortes, e não eliminar a transmissão do vírus. Daí a prioridade em vacinar os grupos mais vulneráveis a complicações e óbitos.

A maioria dos casos de gripe são leves e resolvem-se espontaneamente, sem sequelas ou maiores problemas. Entretanto, nesses grupos de risco, o quadro pode complicar e evoluir para outras doenças graves, como a pneumonia bacteriana.

O médico de família ou um clínico geral poderá esclarecer maiores dúvidas e orientar o paciente quanto à necessidade de tomar ou não a vacina da gripe.

Também podem lhe interessar os artigos:

Posso tomar vacina da gripe se eu estiver gripado?;

Vacina da gripe: quais as possíveis reações ou efeitos colaterais?;

Existe algum medicamento que pode tirar o efeito da vacina da gripe?

Como tomar a vacina contra HPV?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A vacina contra HPV é oferecida gratuitamente nos postos de Unidades de Saúde do SUS, através do programa de vacinação adotado pelo Ministério da Saúde/Brasil.

Atualmente, e desde 2016, após diversos estudos e verificações, ficou determinado que são necessárias apenas 2 doses da vacina contra o HPV para completar o esquema de vacinação contra o vírus (0 e 6 meses):

  • 1ª dose;
  • 2ª dose: após 6 meses.

Foram também ampliados os critérios para vacinação, com a inclusão dos meninos, aumento da faixa etária para as meninas e ainda a entrada de grupos prioritários, o que tem trazido resultados bastante satisfatórios.

Portanto, os grupos contemplados para a vacinação desde a última atualização em 2017 são:

  • Meninas entre os 9 e os 14 anos de idade;
  • Meninos entre os 11 e os 14 anos de idade;
  • Homens e ou mulheres entre os 9 e os 26 anos de idade, portadores de HIV/Aids;
  • Pessoas que sofreram transplantes de órgãos e
  • Pacientes oncológicos.

Pessoas que não estejam na lista de vacinação gratuita pelo Ministério da Saúde, que estejam na faixa etária estipulada, 9 aos 26 anos de idade, e que queiram tomar a vacina contra o HPV, devem recorrer às clínicas particulares para avaliação e se houver ainda indicação, poderão fazer por conta própria.

Leia também:

Quem deve tomar a vacina contra HPV?

Homem com HPV pode ter filhos?

Como faço para tomar a vacina contra o HPV pelo SUS?

Para receber gratuitamente a vacina contra o vírus HPV, basta comparecer a uma Unidade de Saúde do SUS e apresentar o cartão de vacinação e um documento de identificação.

Lembrando que o SUS só disponibiliza a vacina para as pessoas citadas acima.

O Ministério da Saúde escolheu essa faixa etária porque a vacina é muito mais eficaz se for administrada nessa idade, uma vez que grande parte dessa população, especialmente as meninas, ainda não foi exposta ao vírus HPV através de relações sexuais.

O resultado é uma produção de anticorpos 10 vezes maior do que a resposta natural do organismo, observada em mulheres que já foram infectadas pelo HPV.

Entretanto, esses critérios vendo sendo reavaliados constantemente.

É necessário fazer o diagnóstico do HPV ou ir ao médico antes de tomar a vacina?

Não. Os testes para detectar o HPV não são exigidos para poder tomar a vacina. Também não é necessário passar por uma consulta médica para receber a vacina contra HPV.

Existem quantos tipos de vacina contra HPV?

Existem 2 tipos de vacina contra o vírus HPV:

  • Bivalente (nome comercial Cervarix), da empresa GlaxoSmithKline:

    • Protege contra os tipos de HPV 16 e 18;
    • Indicada para mulheres com mais de 9 anos de idade;
    • Administrada em 3 doses (0, 1 mês e 6 meses);
  • Quadrivalente (produzida pelo Instituto Butantan):
    • Confere imunidade contra os tipos de HPV 6, 11, 16 e 18;
    • Indicada para homens e mulheres entre os 9 e 26 anos;
    • Administrada em 3 doses (0, 2 meses e 6 meses);
    • É a vacina contra HPV utilizada pelo Ministério da Saúde.
A vacina contra HPV provoca algum efeito colateral?

Os efeitos colaterais mais comuns, quando acontecem, são:

  • Mal-estar geral, parecido com uma gripe;
  • Dor fraca ou moderada no local da injeção.
Quem não pode tomar a vacina contra o HPV? Existem contraindicações?

A vacina contra HPV não deve ser tomada em casos de:

  • Sintomas e sinais de gripe, resfriado ou quadros febris;
  • Casos de hipersensibilidade ao princípio ativo ou qualquer outra substância presente na vacina, assim como hipersensibilidade a leveduras;
  • Reações ou Sintomas que indicam hipersensibilidade grave após tomar a primeira dose da vacina;
  • História pregressa de doenças neurológicas (crises convulsivas ou Síndrome de Guillain Barré), é necessário que passe primeiro por uma consulta médica para avaliação;
  • Gravidez (se a mulher engravidar após ter recebido alguma dose da vacina, as doses restantes deverão ser tomadas apenas depois do parto).

Leia também: Quem tem HPV pode engravidar?

É importante lembrar que mulheres que estão amamentando podem tomar a vacina contra HPV.

Para maiores esclarecimentos sobre a vacinação contra o vírus HPV, fale com o seu médico de família, ginecologista (mulheres) ou urologista (homens).

Leia também:

Toda verruga é HPV?

HPV tem cura e quando pode levar ao câncer do útero?

HPV na garganta: Quais os sintomas e como tratar?

Tomei vacina contra catapora, ainda corro o risco de pegar catapora?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Dificilmente, o risco de pegar catapora passa a ser muito baixo, e caso pegue a tendência é que seja uma forma mais leve da doença. A vacina contra a catapora (varicela) é bastante eficaz, principalmente contra as formas mais graves da doença e se for tomada em duas doses.

No Brasil a vacina contra a varicela está disponível no SUS, a primeira dose é tomada na formulação SCR-V (tetraviral) aos 15 meses e depois aos 4 anos. Na rede particular já pode ser tomada a partir dos 12 meses e depois repetir entre os 15 e 24 meses de idade.

Crianças mais velhas, jovens e adultos que não tiveram catapora podem também ser vacinados com duas doses, com intervalo de 1 a 2 meses entre cada uma.

O vírus da varicela causa a catapora que geralmente cursa com lesões de pele que surgem como pequenas manchas avermelhadas, e logo evoluem para vesículas (bolhas) que se rompem e formam crostas, além de causar sintomas como febre, mal estar e dores no corpo

Em crianças a evolução costuma ser benigna e se resolver mais rapidamente, já em jovens e adultos a doença pode se tornar mais grave com sintomas mais intensos e duradouros.

Além disso, o vírus da varicela fica latente no organismo e pode se reativado anos depois e causar o herpes zoster, popularmente conhecido como cobreiro, doença que causa lesões vesiculares na pele e acomete terminações nervosas, causando dor intensa.

Podem também lhe interessar:

Quais são os sintomas da catapora?

O que é cobreiro e quais os sintomas?

A vacina HPV tem efeitos secundários?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Dentre os efeitos colaterais mais comuns da vacina contra o HPV podem estar: dor, calor, vermelhidão, coceira e inchaço no local. Às vezes, a pessoa pode apresentar ainda febre baixa, dor de cabeça, dores no corpo e gastroenterite.

Os efeitos secundários da vacinação costumam ser leves e normalmente estão relacionados com reações no local da aplicação da vacina, geralmente no braço ou na coxa.

O tempo de duração dessas possíveis reações adversas da vacina contra o HPV é de apenas alguns dias após a vacinação e costumam desaparecer sozinhos, sem necessidade de tratamento.

Há relatos de pessoas que sofreram desmaios após receberem a vacina, mas esses casos estão relacionados com ansiedade, medo e outras reações emocionais associadas à vacina.

Vacina contra HPV Existe alguma contraindicação para a vacina contra o HPV?

Sim, há casos específicos em que a vacina contra o HPV não é indicada, tais como: alergia ao princípio ativo ou outro produto encontrado na fórmula da vacina, caso anterior de Guillain Barré ou manifestação de sinais e sintomas que indiquem hipersensibilidade grave depois de tomar uma dose da vacina.

Mulher grávida também não deve receber a vacina contra HPV. No caso dela já ter sido vacinada e engravidar, deverá receber as demais doses depois do parto.

Essa precaução com a vacinação contra HPV na gravidez está relacionada com os estudos que ainda não são consensuais quanto aos possíveis efeitos colaterais da vacina durante a gestação.

Durante a amamentação, a mulher pode tomar a vacina mais completa contra o HPV, que é a quadrivalente, pois protege contra HPV 6, 11, 16 e 18.

Quem deve tomar a vacina contra HPV?

A vacina contra o HPV é indicada sobretudo para meninas a partir dos 9 anos de idade e que não tenham iniciado a vida sexual. Porém, a vacina pode ser tomada por mulheres que já tem vida sexual ativa.

A vacina HPV é destinada exclusivamente à prevenção do câncer do colo do útero. Ela não é indicada no tratamento de infeções pré-existentes ou na doença clínica estabelecida.

O/a médico/a de família, clínico/a geral ou ginecologista poderá esclarecer eventuais dúvidas sobre a vacina contra o vírus HPV.

Saiba mais em:

Qual é o tratamento para HPV?

Toda verruga é HPV?

HPV: o que é e como se transmite?

HPV tem cura e quando pode levar ao câncer do útero?

Existe vacina para a hepatite B?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, existe vacina para a hepatite B, que está inclusive disponível gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde do SUS (Sistema Único de Saúde), para pessoas de todas as idades.

Geralmente, a primeira dose da vacina para hepatite B é dada ainda na maternidade, nas primeiras 12 horas após o nascimento, e a segunda dose no primeiro mês de vida. Depois, o bebê recebe a terceira dose aos 6 meses de idade. O intervalo entre a primeira e a segunda dose é de 30 dias e, da primeira para a terceira, de 180 dias.

Para as pessoas adultas que ainda não forma vacinadas também são dadas três doses de vacina. Nesse caso, a pessoa toma a segunda dose 30 dias depois da primeira, como os bebês, mas a terceira dose é administrada mais cedo, 6 meses após a primeira.

Em gestantes é essencial confirma se já foram vacinadas ou não, caso não tenham sido realiza-se a atualização vacinal durante o pré-natal.

A vacina contra a hepatite b é administrada sob a forma de injeção, normalmente aplicada na parte lateral da coxa ou no braço. É importante lembrar que a vacina só é eficaz para prevenir a hepatite B se a pessoa receber as 3 doses.

A vacinação é a forma mais eficaz de proteger a Hepatite B, doença transmitida por um vírus.

Procure o seu médico de família para mais esclarecimentos.

Saiba mais em:

Quais são os sintomas da hepatite B?

Qual é o tratamento para hepatite B?

Hepatite B tem cura? Se tem, qual o tratamento?

Tenho a pele amarela desde que nasci. Posso ter hepatite?

Como pode ocorrer a transmissão da hepatite B?

Posso tomar vacina quando estou gripado?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

Não existe problema em tomar vacinas quando se está com sintomas de gripe. Mas é contraindicado tomar qualquer vacina no caso de se ter uma infecção confirmada ou febre. Nesse caso, o recomendado é adiar a vacinação, especialmente porque os sintomas da doença podem ser confundidos com os efeitos adversos da vacina.

Ainda assim, existem algumas condições nas quais a vacinação é contraindicada:

  • Alergias aos componentes da vacina (alguns exemplos são substâncias do ovo, proteínas de galinha, brometo de cetil-trimetil-amônio / CTAB, polissorbato 80, sulfato de bário timerosal, canamicina, sulfato de neomicina ou antibióticos da mesma classe, formaldeído, Triton-X-100 / octoxinol 9);
  • Febre (acima de 38,5 graus);
  • No caso da vacina contra COVID-19, se tem confirmação ou suspeita de estar infectado pela doença;
  • No caso da vacina contra a gripe, se apresentou a síndrome de Guillain Barré em um período de 6 semanas após uma vacinação anterior contra a gripe.

Além dessas, cada vacina tem recomendações específicas. Por isso, fale com o médico se tiver alguma doença conhecida, se estiver tomando algum medicamento ou se já tiver apresentado reação alérgica, principalmente a alguma vacina.

No caso de querer tomar a vacina contra o novo coronavírus e a vacina contra a gripe no mesmo momento, cada uma deverá ser aplicada em partes diferentes do corpo.

Leia também:

Referência:

World Health Organization. Newsroom. Question and Answers. Coronavirus disease (CIVID-19): Vaccines

Bula da vacina contra influenza trivalente (fragmentada e inatvada). Instituto Butantan.

Bula do Vacina Influenza Trivalente (Subunitária, Inativada). Medstar.