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Qual é o tratamento para hepatite B?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O tratamento para hepatite B depende do estágio da doença. Para a hepatite aguda, o tratamento tem como objetivo apenas aliviar os sintomas. Na fase crônica, a hepatite B é tratada com medicamentos específicos para combater a multiplicação do vírus, diminuir os danos ao fígado e prevenir a evolução da cirrose e do câncer hepático.

Hepatite B aguda

O tratamento da hepatite B aguda inclui:

  • Cuidados gerais, como evitar o consumo de bebidas alcoólicas e medicação sem prescrição médica;
  • Aumentar a ingesta de água;
  • Alimentação saudável;
  • Repouso relativo, diminuir atividade física.

Os sintomas nessa fase estão presentes na minoria dos casos e podem incluir febre, fadiga, dores abdominais, náuseas, vômitos, escurecimento da urina, dores articulares e icterícia (pele e olhos amarelados).

Embora a maioria das pessoas com Hepatite B recupere-se da doença sem complicações, há casos raros em que o quadro evolui para hepatite fulminante, que pode levar à morte.

O tratamento para esses pacientes deve ser internado em setor de terapia intensiva, para controle rigoroso de sais e líquidos corporais, batimentos cardíacos, respiração, prevenção de hemorragias e, quando necessário, transplante de fígado.

Hepatite B crônica

O tratamento da hepatite B na fase crônica se baseia no uso de medicamentos que servirão para conter a replicação viral e a inflamação hepática, prevenindo ou reduzindo o risco de evoluir para um quadro mais grave como cirrose ou câncer de fígado.

Como prevenir a Hepatite B?

Para prevenir a hepatite B, basta tomar a vacina, usar preservativo em todas as relações sexuais e nunca compartilhar agulhas, seringas, materiais de manicure e pedicure ou qualquer objeto perfurante ou cortante.

A vacina contra hepatite B é disponibilizada gratuitamente nas Unidades de Saúde do SUS (Sistema Único de Saúde).

Saiba mais em:

Hepatite B tem cura? Se tem, qual o tratamento?

Existe vacina para a hepatite b?

Quais são os sintomas da hepatite B?

Fenda palatina: Quais as causas e como tratar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A fenda palatina é causada por um defeito na união entre os lados direito e esquerdo do lábio e do céu da boca (palato), que ocorre no início do desenvolvimento do embrião. A não-junção das duas partes que formam o lábio e o palato deixa uma abertura entre elas, dando origem à fissura palatina.

É provável que as causas para essa má formação esteja relacionada a fatores genéticos e ambientais. Gestantes que consomem bebidas alcoólicas, fumam ou tomam certos tipos de medicação como corticoides e anticonvulsivantes, têm mais chances de terem filhos com fenda palatina, sobretudo se houver predisposição genética e o consumo for durante os primeiros 3 meses de gravidez.

A fenda palatina ou lábio leporino, como também é conhecida, é a mais comum das malformações de face presentes ao nascimento. A ocorrência é de 1 caso em cada 650 crianças que nascem.

TratamentoCirurgia

A fenda palatina é corrigida através de cirurgia. O tratamento cirúrgico inclui a correção da fissura, a reconstituição do lábio superior e o reposicionamento do nariz.

A primeira cirurgia normalmente é feita nos primeiros 3 meses de vida da criança e a segunda quando o bebê tem cerca de 18 meses. O fechamento do céu da boca (palato) é realizado na segunda intervenção cirúrgica.

Porém, o número de cirurgias pode variar de acordo com a idade, o crescimento e as partes do rosto que precisam ser tratadas (nariz, lábios, céu da boca).

As cirurgias de correção da fenda palatina garantem a integridade dos ossos, as funções dos músculos da boca e da face, além de prevenir a voz anasalada e problemas respiratórios.

Fonoaudiologia e odontologia

A fonoaudiologia acompanha o desenvolvimento da fala, uma vez que a fissura palatina prejudica a vocalização dos sons. Já o tratamento odontológico irá cuidar de toda a parte dentária, com atuação de dentistas de diferentes especialidades.

O tratamento multidisciplinar da fenda palatina é fundamental para evitar problemas respiratórios, infecções, má nutrição e um desenvolvimento inadequado da estrutura dentária.

Para uma reabilitação completa, é crucial que o tratamento não fique apenas limitado às cirurgias. Os outros tratamentos e atendimentos são essenciais, já que ao longo de todo o tratamento é observado o crescimento dos ossos craniofaciais para evitar deformações.

Em média, o tempo total de duração do tratamento da fenda palatina dura até os 16 a 20 anos de idade. O abandono do tratamento pode trazer graves sequelas.

A fenda palatina pode ser detectada por exames de imagem a partir da 14ª semana de gestação. No entanto, o diagnóstico definitivo é dado pelo médico pediatra após o nascimento.

Vale informar que tramita na Câmara dos deputados, um projeto de lei, que incluiria as pessoas com fissura palatina que não tenham passado por cirurgia reparadora, ou com sequelas apesar do tratamento, como portadoras de deficiência e, com objetivo de auxiliar nos custos e tempo disponível para uma reabilitação adequada, além de possibilitar os mesmos direitos e garantias estabelecidos pela legislação vigente. Fique atento e pergunte ao seu médico sobre o assunto.

Saiba mais em:

O que é lábio leporino e quais são as causas?

Qual é o tratamento para quem tem lábio leporino?

Pré-diabetes sempre evolui para diabetes? Em quanto tempo isso pode acontecer?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Não, pré-diabetes nem sempre evolui para diabetes. O paciente pode inclusive permanecer nessa situação a vida toda e não chegar a desenvolver diabetes.

O pré-diabetes é um estado intermediário entre a normalidade e o diabetes tipo 2 e indica que a pessoa tem um risco elevado de desenvolver diabetes, o que pode acontecer a qualquer momento.

Não existe um tempo determinado para o pré-diabetes evoluir para diabetes. A evolução vai depender de um tratamento adequado e também de fatores como a genética e a idade. Há casos em que, mesmo tomando todos os cuidados, o paciente acaba desenvolvendo diabetes.

O importante é detectar e tratar o pré-diabetes o mais cedo possível. O tratamento inclui:

  • Mudanças no estilo de vida - reduzem em até 40% o risco do pré-diabetes evoluir para diabetes:

    • Dieta adequada;
    • Perda de peso;
    • Exercício físico regular;
  • Medicamento (metformina) - reduz em 20% o risco do pré-diabetes evoluir para diabetes.

Embora nem sempre a medicação esteja indicada, para pacientes com índice de massa corporal (IMC) acima de 35, a metformina tem se mostrado bastante eficaz no tratamento.

O pré-diabetes é uma condição séria que deve ser tratada, não só para prevenir a evolução para o diabetes mas também para evitar o desenvolvimento de doenças cardiovasculares.

Cabe ao médico endocrinologista avaliar a condição do paciente e prescrever o tratamento mais adequado.

Saiba mais em: Quais são os sintomas do pré-diabetes?

Broncopneumonia o que é?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Broncopneumonia é um subtipo específico de pneumonia, no qual o acometimento mais importante e primário se dá nos brônquios (vias aéreas) e no tecido pulmonar ao seu redor. Além da broncopneumonia, podemos identificar outros padrões como: pneumonia lobar ou segmentar, pneumonia necrosante e pneumonia intersticial, sendo cada uma destas associada com determinados agentes causadores. As pneumonias são chamadas "adquiridas na comunidade", quando ocorrem em pacientes previamente saudáveis e não internados em hospitais.

As pneumonias, em geral, ocorrem quando um micro-organismo chega ao pulmão e pode se desenvolver pois a defesa do organismo está prejudicada. 

As pneumonias podem ser causadas por bactérias, micobactérias, vírus, fungos, protozoários, entre outros, sendo frequente a associação entre mais de um agente, como a associação bactéria + vírus. O agente causador está bastante relacionado com a idade do doente e com a região geográfica.

Os sintomas da broncopneumonia variam bastante em função de diversos fatores, principalmente quanto à natureza do agente causador e ao estado de saúde prévio do paciente. Numa pessoa previamente saudável, a broncopneumonia caracteriza-se por

  • Calafrios e febre;
  • Tosse, às vezes com presença de sangue;
  • Falta de ar/dificuldade para respirar;
  • Cansaço/respiração ofegante;
  • Dor torácica ou abdominal em crianças 
  • Mal-estar, prostração, dificuldade de alimentação. 

Lembrando que nenhum sinal é exclusivo da doença, e que muitas vezes estão presente somente alguns destes sintomas. Caso sejam observados os sintomas, um médico deverá ser consultado o mais rápido possível para avaliação e início do tratamento se necessário. 

A pouco tempo estive com dengue e o Gama GT deu alto?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Provavelmente o aumento foi decorrente da Dengue e agora que melhorou, seus níveis de Gama-GT estão normalizando.

O valor normal de Gama GT varia de 0 a 30 U/L, sendo um pouco maior nos homens comparado ao valor nas mulheres. Esse valor de referência da Gama-GT pode variar um pouco de acordo com cada laboratório, ficando, em geral, dentro dos seguintes intervalos:

  • Homem: 07 a 60 U/L;
  • Mulher: 05 a 43 U/L.

Os valores de referência podem variar um pouco entre os laboratórios, métodos de análise e serviços, porém não ultrapassam 73 U/L como valor normal máximo.

A Gama-GT é uma enzima encontrada em diversos órgãos como no pâncreas, rins, baço, coração, cérebro, sobretudo no fígado e vesícula biliar, portanto qualquer alteração nessa enzima, sugere uma desordem em um desses órgãos.

Como por exemplo, casos de alcoolismo, esteatose hepática, cirrose, pancreatite, cálculo biliar ou câncer no fígado, certamente levarão ao aumento da enzima no decorrer da doença.

No seu caso, a dengue pode causar alterações hepáticas (no fígado) que justificam o aumento do Gama-GT. Por isso, com a recuperação da doença, há o restabelecimento dos valores normais.

É importante levar o resultado de exame à/ao médica/o que solicitou para que possa ser dada continuidade no tratamento do seu esposo. Na consulta de retorno, o/a médico/a avaliará o resultado do Gama-GT juntamente com os outros exames e com o quadro clínico do seu esposo. Após isso, o/a profissional de saúde indicará o melhor tratamento nesse caso.

Geralmente o/a médico/a solicita o Gama-GT em conjunto ou no seguimento de outros exames capazes de fornecerem informações adicionais. Leve o resultado dos exames solicitados na consulta de retorno para que o/a profissional possa realizar a avaliação completa do seu caso clínico.

Para mais esclarecimentos, procure o/a médico/a de família, clínico/a geral ou gastroenterologista.

Leia também:

Quais são os valores de referencia do gama-GT?

Quais os sintomas do gama-GT alto?

Como é o tratamento para hiperplasia endometrial?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O tratamento para hiperplasia endometrial depende do tipo de hiperplasia e da gravidade do caso. Pode incluir curetagem do tecido endometrial, uso de medicamentos hormonais com progesterona ou ainda histerectomia (remoção cirúrgica do útero).

O objetivo do tratamento da hiperplasia endometrial tem dois objetivos: controlar a hemorragia e prevenir a evolução da hiperplasia para câncer.

O tratamento medicamentoso é feito principalmente com progestágenos sintéticos como o levonorgestrel. O medicamento diminui a espessura do endométrio, ativando os receptores de progesterona e reduzindo os receptores de estrógeno.

Hiperplasia endometrial sem atipia

Mulheres que ainda não passaram pela menopausa e que apresentam hiperplasia endometrial sem atipia podem ser tratadas com baixas doses de progestágenos.

Quando a mulher pretende engravidar, pode-se optar pela indução da ovulação, que irá estimular a libertação de progestágenos endógenos.

Se a biópsia não revelar atipia, é indicado um tratamento de manutenção com acompanhamento a cada 6 ou 12 meses.

Hiperplasia endometrial com atipia

Já as mulheres em idade fértil com hiperplasia endometrial com atipia devem ser tratadas com altas doses de medicamentos e após o tratamento é feita uma nova biópsia do endométrio.

Se as atipias ainda estiverem presentes, a dose de progestágenos deve ser aumentada. Caso a mulher não pretenda engravidar, a remoção cirúrgica do útero (histerectomia) deve ser considerada.

Após a menopausa, o tratamento da hiperplasia endometrial com atipia é cirúrgico, com histerectomia.

O médico ginecologista é o especialista responsável pelo tratamento da hiperplasia endometrial.

Saiba mais em: 

O que é hiperplasia endometrial? Quais são os sintomas?

Pólipo endometrial causa dor? Quais são os sintomas?

É preciso repetir o albendazol de dose única?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Geralmente não é necessário repetir a dose única de albendazol, pois os parasitas causadores da maioria das verminose são completamente eliminados.

A dose única de albendazol é suficiente para erradicar os seguintes parasitas:

  • Ascaris lumbricoides (lombriga);
  • Ancylostoma duodenale;
  • Necator americanus;
  • Enterobius vermicularis;
  • Trichuris trichiura.

Entretanto, existem outros parasitas que podem precisar de um tratamento mais prolongado, havendo a necessidade de tomar mais de um comprimido, como:

  • Larva migrans cutânea (bicho geográfico);
  • Strongyloides stercoralis;
  • Giardia lamblia;
  • Taenia;
  • Neurocisticercose.

Em qualquer caso, se precisar fazer uso de albendazol, siga as recomendações do seu médico.

Pode achar interessante:

Uma pessoa pode pegar catapora duas vezes?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Não é possível pegar catapora duas vezes, uma vez que tenha pego o vírus da catapora, o varicela-zoster, ele permanece latente em gânglios nervosos no organismo, após a manifestação inicial de sintomas. Em algumas raras situações é possível ser reinfectado com o vírus varicela-zoster, no entanto, dificilmente a pessoa voltará a manifestar sintomas de catapora.

O que pode ocorrer é que quando há queda na imunidade o varicela-zoster pode sim ser reativado e voltar a desencadear novos sintomas. Contudo, a segunda manifestação do vírus ocorrerá de outra forma através de uma outra doença chamada Herpes- Zoster e não mais como catapora.

Quais os principais sintomas do Herpes-Zoster?

O herpes-zoster é caracterizado pelo aparecimento de vesícula (bolhas cheias de líquido) que aparecem na trajetória de um nervo. O surgimento das vesículas é gradual e surge em torno de 2 a 4 dias. Em algumas situações pode não haver formação de vesículas, mas a área acometida pode apresentar vermelhidão e dor importante.

As lesões do herpes-zoster podem surgir em qualquer área do organismo como pele, olhos, ouvido ou face.

A doença causa ainda um quadro de dor intensa, mudanças de sensibilidade na região acometida com presença de formigamento, agulhadas, adormecimento na região, esses sintomas podem surgir antes, concomitante ou depois do aparecimento das vesículas.

Outros sintomas mais gerais como febre, dor abdominal, náuseas, dor de cabeça e mal estar também podem estar presentes.

Para mais esclarecimentos sobre o vírus varicela-zoster, a catapora e o herpes-zoster, consulte um clínico geral ou médico de família.