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A catapora pode deixar sequelas?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim. A catapora pode deixar sequelas.

A consequência mais comum e menos grave é a cicatriz que ocorre devido à infecção de pele no local das lesões.

A maioria das pessoas que tem catapora consegue sair da doença sem grandes consequências. Porém, quando a catapora atinge adultos e pessoas com sistema imunológico deficitário podem ocorrer sérias complicações como:

  • Infecções de pele;
  • Pneumonia;
  • Hepatite;
  • Encefalite;
  • Faringite;
  • Diarreia;
  • Infecção do ouvido;
  • Síndrome de Reye.

Essas complicações vão depender de quão forte está o sistema imunológico da pessoa atingida.

É importante não coçar as lesões para evitar infecções na pele que deixam cicatriz.

Leia também:

Quais são os sintomas da catapora?

A melhor forma de prevenir as sequelas da catapora é evitando a doença. A vacina contra a catapora está disponível gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e compõe o calendário nacional de vacinação.

Como é feita a hemodiálise?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A hemodiálise é feita com um aparelho externo que filtra o sangue e devolve-o purificado de volta para o corpo. O procedimento é indicado quando há falência ou insuficiência renal e serve para retirar as toxinas e as impurezas do sangue, um papel normalmente executado pelos rins.

Durante a hemodiálise, o sangue sai do corpo através de um cateter que é introduzido numa veia e passa por um tipo de rim artificial chamado dialisador. Esse aparelho irá remover do sangue água, toxinas e impurezas para que depois o mesmo sangue, agora filtrado, seja devolvido ao organismo.

As sessões de hemodiálise têm um tempo de duração médio de 4 horas. Porém, fatores como idade, peso, tamanho e gravidez podem prolongar o tempo do procedimento. Em média, pacientes com insuficiência renal são submetidos à hemodiálise 3 vezes por semana.

Como é o preparo para a hemodiálise?

Em algumas situações de emergência, a hemodiálise pode ser indicada de forma imediata. Em outras, ela pode ser uma indicação programada em que o paciente já sofre de uma condição crônica e poderá se preparar para o início do procedimento.

Nas situações em que há possibilidade de preparação antecipada, o paciente será submetido ao procedimento de criação de um acesso vascular. Esse acesso será a via em que a máquina de diálise será conectada, permitindo a saída de sangue do organismo e a volta do sangue filtrado.

Além disso, uma mudança na dieta deve ser feita antes do início da hemodiálise para que o indivíduo tenha tempo suficiente para uma adaptação.

Apesar de não curar a insuficiência renal, a hemodiálise preserva as funções vitais, aumentando o tempo de vida e melhorando o bem-estar dos pacientes.

Para que serve a hemodiálise?

A hemodiálise é usada para filtrar o sangue em casos de mau funcionamento ou falência renal. A hemodiálise serve para retirar as impurezas do sangue e devolvê-lo purificado de volta ao corpo.

Os rins têm a função de filtrar o sangue, retirando da circulação sanguínea toxinas, ureia, água e sal. Quando esses órgãos deixam de funcionar adequadamente, é necessário fazer hemodiálise.

Faço hemodiálise. Que cuidados devo ter?

Quem faz hemodiálise deve ser ter cuidado com o peso corporal, manter cuidados com o acesso vascular através do qual é feita a hemodiálise e monitorar frequentemente o sangue.

É muito importante manter o peso sob controle, uma vez que os rins já não são capazes de remover o excesso de fluidos corporais, podendo trazer complicações.

Para avaliar os resultados da hemodiálise e prevenir complicações, a pessoa também deve fazer exames de sangue regularmente.

Os cuidados com o acesso vascular onde é feita a hemodiálise incluem:

  • Lavar o local com água e sabão antes da hemodiálise. A limpeza deve ser feita suavemente, evitando-se esfregar a pele;
  • Verificar sinais de infecção, como vermelhidão e febre;
  • Evitar dormir sobre o braço em que está o acesso vascular;
  • Evitar usar roupas apertadas;
  • Evitar levantar objetos com mais de 5 Kg;
  • Não medir a pressão arterial ou tirar sangue no braço em que está o acesso vascular.

Para maiores informações, consulte um médico nefrologista.

Azitromicina serve para dor de garganta?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

A azitromicina é um antibiótico que pode ser indicado para tratar infecções da garganta. Entretanto, ela só pode ser usada quando for indicada por um médico. Isso porque o médico avalia se a garganta tem mesmo uma infecção e somente nesse caso irá indicar o antibiótico.

A azitromicina e outros antibióticos só podem ser vendidos com receita de um médico ou dentista. O médico deve indicar a dose, os cuidados a tomar e o tempo necessário para que a azitromicina faça efeito.

Além da azitromicina, podem ainda ser indicados medicamentos para diminuir a dor e a inflamação da garganta, como paracetamol ou ibuprofeno, por exemplo.

Para saber mais sobre infecção de garganta e sobre a azitromicina, leia também:

Referências:

Azitromicina. Bula do medicamento.

Fiz um Raio X e apareceu uma "bola de pus" na barriga, do lado direito, pode ser apendicite?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim. Pode ser, embora seja esperado que um quadro de apendicite apresente outros sintomas associados, como mal-estar, falta de apetite e febre, nem sempre isso acontece, principalmente no início da doença.

O Raio X é um exame que emite radiações, as quais são melhor absorvidas por tecidos como os ossos, e menos absorvidas por tecidos moles, como músculos ou líquidos, por isso fica mais difícil o diagnóstico de abscesso, ou "bola de pus" apenas com esse exame.

Entretanto, algumas vezes, imagens como o simples Raio X, sugerem um processo infeccioso ou abscesso, e devido aos riscos conhecidos de um diagnóstico "atrasado" de apendicite, nesses casos é mandatório continuar a investigação, com avaliação médica criteriosa e se necessário, complementar com exames mais específicos.

Portanto, deve procurar uma emergência médica, para ser avaliado por cirurgião/ã geral, de preferência, e seguir suas orientações de tratamento.

Leia também:

Giárdia: quais os sintomas, tratamento e como ocorre a transmissão?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A giárdia é um parasita que provoca uma infecção intestinal denominada giardíase. A Giardia lamblia, também conhecida como Giardia intestinalis ou Giardia duodenalis, habita o intestino de seres humanos e animais, podendo sobreviver durante meses no intestino sob a forma de cistos. Depois, o parasita é eliminado para o ambiente através das fezes.

A infecção por giárdia ocorre principalmente através da ingestão de água contaminada pelo parasita. A transmissão da giardíase também pode acontecer pela ingestão de alimentos contaminados ou de pessoa para pessoa, através do contato direto com as fezes de uma pessoa infectada ou relação anal sem proteção.

A contaminação dos alimentos geralmente ocorre ao manipular os mesmos sem antes lavar adequadamente as mãos. Porém, o calor da preparação do alimento mata a giárdia, por isso essa é uma forma de transmissão da giardíase menos frequente.

A ingestão de água contaminada também é uma forma frequente de transmissão da doença. O cloro utilizado para o tratamento da água não mata os cistos da Giardia, principalmente se a água for fria. Por isso, é fundamental filtrar ou ferver a água antes de consumi-lá.

As crianças e pessoas com HIV, AIDS ou com o sistema imunológico comprometido são as mais afetadas pela infecção por giárdia. Os grupos considerados de risco incluem as crianças, as pessoas que cuidam delas e as populações que vivem em locais sem saneamento básico.

Quais são os sintomas da infecção por giárdia?

A giardíase pode não manifestar sinais e sintomas em alguns casos. Na fase aguda, a infecção por giárdia pode causar diarreia, dores abdominais, náuseas e gases. Os sintomas da giardíase crônica incluem distensão abdominal, falta de apetite, cansaço, emagrecimento e diarreia bem líquida com odor fétido. Outro sinal da infecção por giárdia é a anemia causada pela má absorção de ferro.

Vale lembrar que, mesmo sem manifestar sinais e sintomas, a pessoa infectada pela Giardia lamblia pode transmitir o parasita pelas fezes.

Quando presentes, os sintomas costumam se manifestar depois de uma a duas semanas que ocorreu a contaminação pela giárdia. O tempo de duração dos sintomas da giardíase varia de duas a quatro semanas, podendo persistir por mais tempo ou haver recaídas.

As complicações mais frequentes da infecção por giárdia são a desidratação e a anemia. Quando acomete crianças, a giardíase pode causar ainda atraso no desenvolvimento.

Qual é o tratamento para a infecção por giárdia?

O tratamento da infecção por giárdia é feito com medicamentos específicos que matam o parasita, como tinidazol, metronidazol ou secnidazol.

A giardíase normalmente resolve-se espontaneamente depois de algumas semanas. Na ausência de sinais e sintomas, não é necessário realizar nenhum tratamento, exceto nos casos em que há risco de transmissão da giárdia.

O tratamento é realizado em pessoas que manifestam os sintomas da doença, pacientes com imunidade baixa e indivíduos infectados que não manifestam sintomas mas podem transmitir a giárdia, principalmente para gestantes.

Como prevenir a infecção por giárdia?

A prevenção da giardíase é feita principalmente pela lavagem adequada das mãos depois de ir ao banheiro e após mudar fraldas, e antes de comer ou manusear alimentos. Também deve-se beber apenas água filtrada ou fervida.

A água de piscinas pode estar contaminada, por isso deve-se ter cuidado para não beber essa água sem querer, mantendo a boca fechada.

Em lugares sem um abastecimento seguro de água, deve-se consumir água engarrafada, fervida ou filtrada, que também deve ser usada para escovar os dentes. Nesses lugares, não é recomendável usar gelo em bebidas nem comer frutas ou vegetais crus.

Uma vez que a giárdia também pode ser transmitida por relação anal sem proteção, é importante usar preservativos para prevenir não só a giardíase como também as demais doenças sexualmente transmissíveis.

Na presença de sinais e sintomas de giardíase, procure um médico de família ou um clínico geral para receber um diagnóstico e tratamento adequado.

Bartolinite pode causar infertilidade?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Bartolinite não causa esterilidade. Bartolinite é a inflamação de uma ou ambas as glândulas de Bartholin, e tem cura, com um tratamento relativamente simples.

As glândulas de Bartholin são duas glândulas acessórias dos genitais externos femininos (localizadas uma de cada lado da vagina). Têm a função de lubrificar a região da vagina, principalmente durante a relação sexual.

Às vezes, a abertura de uma ou ambas estas glândulas fica obstruída, fazendo com que o líquido produzido volte para dentro da glândula. O resultado é relativamente indolor, muitas vezes sem sintomas quaisquer, e é chamado de cisto de Bartholin.

Às vezes, o líquido dentro do cisto pode ser infectado (invasão bacteriana), com formação de pus rodeado por tecido infectado e inflamado (abscesso), o que é denominado de Bartolinite aguda. Quando isso ocorre, surgem os sintomas.

A falta de lubrificação também não é causa de infertilidade. Se você está tentando engravidar há um tempo e não consegue, é importante procurar o médico ginecologista para uma avaliação juntamente com seu parceiro.

Leia mais em:

O remédio Belisato de Anlodipino é para tratamento de pressão alta?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, o Besilato de Anlodipino é um fármaco da classe dos bloqueadores do canal de cálcio, comumente utilizado no tratamento da hipertensão arterial (pressão alta). Pode ser utilizado de maneira isolada ou associado a outra medicamento anti-hipertensivo, como a losartana.

Apresenta alta eficácia no controle da pressão alta, por isso está entre os medicamentos considerados de primeira linha, ou seja, medicamentos que costumam ser a primeira escolha do médico no início do tratamento pelo fato de serem mais eficazes, principalmente quando indicada no tratamento de hipertensão em grupos de idoso ou negros. 

Leia também: Pode tomar Losartana Potássica com Besilato de Anlodipino?

O Anlodipino também é comumente utilizada no tratamento da angina estável, que é um quadro de dor no peito de origem coronariana, principalmente, em conjunto com medicamentos da classe dos beta-bloqueadores. 

É importante lembrar que o Besilato de Anlodipino é um fármaco que o uso está recomendado apenas sobre prescrição médica. Portanto, caso precise de mais informações consulte o seu médico de família ou clínico geral.

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Quais os sintomas da pressão alta?

Qual o tratamento e prevenção para hipertensão arterial?

Tenho muita dor de cabeça entre os olhos, qual médico ir?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Pode procurar o otorrinolaringologista, conforme indicado pelo oftalmologista, provavelmente encontrou alguma alteração no seu exame que sugeriu um problema dessa área, como por exemplo uma sinusite, e por isso o indicou.

No entanto, também pode procurar um médico clínico geral ou médico de família, ambos são capacitados para diagnosticar e tratar um caso de sinusite. Assim como são capazes de identificar e tratar outras causas comuns de dores de cabeça.

Após avaliação, se entenderem necessário, será orientado a procurar um especialista.

Causas de dores de cabeça

Dentre causas comuns de dores de cabeça, temos:

  • Distúrbios visuais (miopia, astigmatismo, entre outros);
  • Uso irregular de óculos;
  • Enxaqueca;
  • Sinusite;
  • Alergias respiratórias;
  • Pressão arterial elevada;
  • Estresse, ansiedade.

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Como diagnosticar uma dor de cabeça?

Para o diagnóstico correto de uma dor de cabeça, é preciso colher uma história detalhada dessa queixa, como o tempo de início da dor, as suas características, doenças associadas, uso de medicamentos, entre outros. Chamamos a história clínica de anamnese, e uma boa anamnese corresponde a 70% do diagnóstico.

Após a anamnese, o exame físico deve ser o próximo passo. Quando o médico examina o paciente, consegue encontrar ou descartar alterações nos sistemas avaliados.

Por fim, munido de suas suspeitas diagnósticas, o médico poderá solicitar os exames que complementam, confirmando ou excluindo as suas suspeitas.

O tratamento será baseado no diagnóstico definitivo.

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