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É normal ter câibra durante a gravidez?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, é normal ter câibra durante a gravidez, principalmente na panturrilha ("batata da perna"), parte posterior da coxa e planta dos pés. Eventualmente a cãibra também pode ocorrer na barriga devido ao espasmo da musculatura abdominal.

As cãibras nas grávidas são mais frequentes a partir do 4º mês de gestação, quando a musculatura da perna é mais exigida devido ao aumento de peso e inevitável reajuste do seu eixo de equilíbrio.

Esse aumento do esforço dos músculos, principalmente os da panturrilha, provocam uma fadiga muscular que favorece o aparecimento das cãibras.

Além disso, no último trimestre de gravidez, o feto necessita de grandes quantidades de cálcio para a formação dos seus ossos, utilizando mais cálcio da reserva da gestante para suprir essa necessidade do bebê, resultando na ocorrência das cãibras.

Cãibra na barriga durante a gravidez é normal?

As cãibras também podem acometer os músculos abdominais e, neste caso, também são normais e podem acontecer, embora não sejam tão comuns.

No entanto, vale referir que, muitas vezes, as grávidas referem uma "cãibra na barriga" que na realidade não é uma cãibra propriamente dita, mas sim contrações uterinas (contrações de Braxton-Hicks) que começam a ser sentidas entre a 16ª e a 20ª semana de gravidez.

Nesse caso, a mulher geralmente não sente dor, apenas algum desconforto. Essas contrações deixam a barriga dura por alguns instantes e têm uma duração de 30 a 60 segundos, podendo ocorrer várias vezes ao dia.

Porém, se as contrações uterinas durarem mais de 30 segundos e ocorrerem com uma frequência de 2 a 3 contrações a cada 10 minutos, significa que a mulher já pode ter entrado em trabalho de parto e deve se dirigir para a maternidade.

Fale com o seu médico obstetra e peça maiores orientações sobre como prevenir as cãibras durante a gravidez. Muitas vezes os suplementos minerais são indicados e podem resolver boa parte do problema, mas só devem ser usados com prescrição médica.

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Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Com esse exame provavelmente não irá ter nenhuma resposta a respeito do seu intestino e ânus.

Caroço no ânus pode aparecer em diversas idades, isoladamente ou acompanhado de outros sintomas, além de poder ser característico de várias patologias, entre elas:

  • Hemorroida: veias anais que se dilatam em consequência de alguma situação;
  • Verrugas anais: decorrentes de algumas doenças transmitidas pelo sexo;
  • Abscesso: inflamação das glândulas da região anal com presença de pus, dor, vermelhidão e inchaço na região anal acompanhado de sintomas gerais como febre, prostração, calafrios;
  • Tumor: indicativo de câncer;
  • Cisto: muitas vezes acompanhado de abscesso;
  • Prolapso retal: exteriorização do reto por completo ou parcialmente.

O exame da ressonância magnética solicitado para fins de analisa sua artrose ou hérnia de disco provavelmente não será suficiente para detectar as características do caroço no ânus.

O caroço no ânus deve ser examinado pelo/a médico/a clínico geral, médico/a de família ou proctologista para definir a causa específica e orientar o tratamento mais adequado.

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Há tempo sinto dores abdominais, cansaço, muito sono...qual médico devo procurar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Procure um clínico geral ou gastroenterologista para dar início a essa investigação.

As dores de barriga são sintomas comuns a diferentes situações, desde jejum prolongado, indigestão, estresse, uso de medicamentos, pedras na vesícula, hepatite, tumores, entre outros.

Quando pensamos nas dores abdominais associadas a cansaço e sonolência, devemos afastar ainda a possibilidade de uma gravidez, pelo risco de tomar medicamentos nessa situação e fazer mal ao bebê.

Por isso, precisa passar por um médico que deverá colher a história da dor com mais detalhes, examinar, e diante das suspeitas, solicitar os exames adequados para o diagnóstico.

Causas de dores na barriga, cansaço e sonolência1. Gravidez

Nos primeiros meses da gravidez pode haver incômodo a barriga, sensação de cansaço e a sonolência. Por isso, se houver chance de gravidez, é importante que faça um teste antes de tomar qualquer medicação, porque alguns remédios causam prejuízos ao bebê.

2. Anemia

A anemia é a diminuição de glóbulos vermelhos (hemácias) no sangue. Como são as células responsáveis por levar o oxigênio para o corpo, o organismo se adapta a essa diminuição, reduzindo o seu metabolismo.

O metabolismo lentificado resulta no cansaço, sonolência e dificuldade de memória.

3. Pedra na vesícula

A presença de pedras na vesícula, chamada colecistite, tem como sintomas frequentes a dor na barriga, tipo cólica, especialmente quando a pessoa se alimenta de comidas gordurosas, cansaço e por vezes sonolência.

4. Doença inflamatória intestinal

A doença de Crohn e a retocolite ulcerativa são doenças crônicas que causam má digestão e cólicas abdominais intermitentes, ou seja, que vem e vão após a alimentação.

5. Fibromialgia

A fibromialgia é uma doença crônica caracterizada por dores em diversos pontos pelo corpo, que por vezes vem associada a cansaço e mal-estar. A sonolência pode acontecer devido ao uso de medicamentos analgésicos de uso habitual.

6. Hepatite

A hepatite viral é mais uma causa de dor abdominal, localizada na parte superior direita da barriga, que vem associada a cansaço, mal-estar e sonolência. Pode apresentar ainda, urina escura e pele amarelada.

7. Tumores

Os tumores são uma causa a ser descartada sempre que existem sintomas inespecíficos como o cansaço, sonolência e dores, associados a perda de peso.

Quando devo me preocupar?

Existem sinais de alerta a que devemos estar atentos, para procurar imediatamente uma avaliação médica. Os sinais que mais preocupam nos casos de dores abominais são:

  • Febre alta (acima de 38,5º)
  • Falta de apetite
  • Perda de peso (sem causa aparente)
  • Fezes claras ou esbranquiçadas
  • Urina escura (cor de "coca-cola")
  • Mudança nos hábito intestinal (diarreia e constipação intercaladas)

Para maiores esclarecimentos, converse com o seu médico de família ou clínico geral.

Referência:

Nipaporn Pichetshote et al. An Approach to the Patient With Chronic Undiagnosed Abdominal Pain. Am J Gastroenterol. 2019 May;114(5):726-732.

Robert M Penner et al. Causes of abdominal pain in adults. UpToDate - Nov 17, 2019.

5 alimentos que ajudam a controlar a diabetes
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os alimentos que ajudam no controle da diabetes devem ter baixo teor de açúcar, pouca gordura insaturada, pouco sal e serem ricos em fibras. As fibras ajudam a diminuir e retardar a absorção do açúcar pelo corpo. Já os alimentos com baixo índice glicêmico são digeridos e absorvidos lentamente, evitando picos na glicemia. A redução no consumo de sal ajuda a controlar ou mesmo evitar a hipertensão arterial.

Cinco alimentos que ajudam no controle da DiabetesAveia

A aveia possui fibras solúveis, como a beta-glucano, que favorece a digestão e reduz a absorção de açúcar, impedindo aumento dos níveis de glicose e insulina no sangue.

Farinha de Maracujá

A casca do maracujá, da qual é feita a farinha, é uma boa fonte de pectina, outra fibra solúvel que retém água e forma um gel viscoso no estômago. Esse gel retarda o tempo de absorção dos carboidratos pelo intestino. Tem, portanto, ação hipoglicemiante, melhorando à intolerância à glicose nos diabéticos e prevenindo picos de glicose e insulina no sangue.

Sementes oleaginosas

Amêndoas, castanhas, avelãs e nozes são sementes que podem produzir um aumento da sensibilidade à insulina através de uma cascata de reações químicas, que no fim aumenta a captação de glicose pelo corpo, ajudando assim a melhorar o metabolismo dos açúcares.

Feijão

O feijão é um excelente alimento para quem tem diabetes pois possui carboidratos complexos que lhe conferem um baixo índice glicêmico, além de ter fibras, sendo portanto duas propriedades que ajudam a controlar os níveis de glicose no sangue em um só alimento.

Frutas

Frutas devem ser consumidas pelo menos 3x ao dia. Apesar do receio que as pessoas tem, pelo alto índice de frutose (açúcar) em algumas frutas, elas também são fonte de vitaminas e minerais essenciais a saúde e bem-estar. Portanto são sim indicadas e necessárias no plano alimentar diariamente.

O que se recomenda é que junto ao sue nutricionista, avalie quantas porções de cada fruta pode ingerir por dia, sem aumentar muito sua glicose. As frutas com maior quantidade de açúcar, que devem ser consumidas em porções menores, são a banana, uva e figo.

Apesar de todos esses alimentos contribuírem para o controle do diabetes, eles devem fazer parte de uma dieta equilibrada e não dispensam de forma alguma os medicamentos prescritos pelo médico endocrinologista.

O plano alimentar deve ser individualizado e cuidadosamente elaborado por um nutricionista, conforme as características de cada um, como gênero, idade, estilo de vida, tipo de trabalho, hábitos alimentares, uso de medicamentos e o tipo de Diabetes do paciente.

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Estou com dor de cabeça só do lado esquerdo, o que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A dor de cabeça de um lado só, ou cefaleia unilateral, pode representar diversas situações, mas podemos citar como principais: enxaqueca, torcicolo, hipertensão arterial, trauma e tumor.

A definição da causa da dor de cabeça e o tratamento, são baseados na história clínica, características da dor e exame médico. Além disso, quando é preciso, o médico pode solicitar exames complementares para definição, como exames laboratoriais e exames de imagem.

Enxaqueca

A enxaqueca apresenta uma dor típica, com as seguintes características:

  • Dor unilateral (dor de cabeça do lado esquerdo ou do lado direito),
  • Dor tipo pulsátil, pontadas ou latejante,
  • Sintomas associados: náuseas, vômitos, fotofobia (piora da dor com estímulo luminoso) e fonofobia (piora da dor com barulho),
  • História familiar de enxaqueca,
  • Melhora com repouso em local escuro,
  • Melhora com analgésicos ou anti-inflamatórios.

O diagnóstico é praticamente clínico, devendo descartar outras causas com exames complementares, quando o médico entender necessário.

Leia também: Qual é o tratamento da enxaqueca?

Torcicolo

O torcicolo é uma contratura do músculo do pescoço, que causa dor intensa na região. Suas características são:

  • Dor de cabeça unilateral (apenas do lado contraído),
  • Dificuldade de movimentar o pescoço (piora a dor),
  • Edema ou "caroço" na região do pescoço,
  • Melhora da dor com o repouso e medicamento relaxante muscular.

O exame médico costuma ser suficiente para o diagnóstico.

Hipertensão arterial

O aumento da pressão arterial, ou pico hipertensivo, tem como característica mais comum a dor de cabeça "atrás", ou "dor na nuca", ou ainda, dor em aperto por toda a cabeça, entretanto e devido à alta prevalência de dores de cabeça por hipertensão, essa possibilidade tem que ser sempre investigada.

Para todo caso de dor de cabeça, independente do lado, a pressão arterial deve ser aferida durante a consulta médica.

O tratamento deve ser instituído, quando confirmado os valores aumentados da pressão.

Trauma

A ocorrência de um trauma na cabeça, seja uma pancada por queda de objeto, bater contra uma porta de armário ou situações de agressão, mesmo que não seja grave, pode desencadear dor de cabeça no local, por um período indeterminado. Chamamos de cefaleia pós traumática. As características dessa dor são:

  • Dor unilateral (no lado do traumatismo, direito ou esquerdo),
  • Dor tipo aperto ou "dolorido" constantemente,
  • Não tem relação com sono, luz ou barulho,
  • Não costuma ter sintomas associados,
  • História prévia de trauma local.

O diagnóstico, da mesma forma que a enxaqueca, é feito na consulta médica, porém devido à história clínica, faz-se necessário o exame de imagem com o objetivo de descartar fraturas e outros problemas decorrentes de um evento traumático. O raio X ou tomografia computadorizada são os exames mais indicados.

Os analgésicos são indicados quando necessário, com cautela para não causar cefaleia por uso abusivo de medicamentos ou outros efeitos colaterais. Outra opção são as terapias alternativas para tratamento de dor, como acupuntura ou osteopatia.

Tumor

Nos casos de tumor cerebral, a dor de cabeça pode ser variada, dependendo do tipo e localização do tumor. Em geral as características são:

  • Dor de cabeça (do lado direito, esquerdo ou toda a cabeça),
  • Náuseas, vômitos,
  • Dificuldade de fala,
  • Diminuição de força ou sensibilidade de um lado do corpo,
  • Dificuldade visual,
  • Alterações de comportamento,
  • Crises convulsivas até o coma.

Nos casos de dores de cabeça, com sintomas de comprometimento cerebral sugestivo de tumor, deve ser solicitado exames de imagem para avaliação.

O tratamento será indicado conforme o tipo de tumor e localização. Atualmente grande parte das cirurgias são realizadas por métodos menos invasivos, com segurança e bons resultados.

Leia também: Quais são os sintomas de tumor no cérebro?

Outras causas de dor do lado esquerdo da cabeça

Outras causas de dor apenas do lado esquerdo da cabeça são: sinusite, estresse, ansiedade e problemas visuais. Embora sejam causas mais associadas com dor na testa, dor atrás da cabeça ou dor generalizada, podem inicialmente se apresentar com dor apenas de um lado.

Portanto, também devem ser avaliadas e descartadas pelo médico clínico geral ou médico da família. Contudo, para casos de dores de cabeça apenas de um lado, o mais recomendado é que procure um médico neurologista.

Leia também: Dor de cabeça frequente: o que pode ser?

Qual a diferença entre arritmia benigna e maligna?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A diferença entre arritmia benigna e maligna é que as arritmias benignas normalmente não trazem risco de morte, geralmente não causam alterações na função cardíaca e o seu manejo e tratamento é mais simples. Já as arritmias cardíacas malignas representam uma maior gravidade, pois alteram a função e o desempenho cardíaco podendo levar à morte se não tratadas adequadamente.

As arritmias malignas geralmente estão associadas a presença de doenças cardíacas, como infarto, doença de Chagas e insuficiência cardíaca.

A arritmia maligna mais grave é a fibrilação ventricular (parada cardíaca), pois provoca morte cerebral em poucos minutos, é uma emergência e exige atendimento imediato.

As arritmias malignas também podem ocorrer devido a problemas genéticos e estruturais do coração, que afetam a condução dos impulsos elétricos cardíacos. Este tipo de arritmia é mais comum em pessoas jovens, que já nascem com o problema.

Uma pessoa com arritmia que tem um coração livre de outras doenças pode ter a sua arritmia tratada ou ainda conviver com ela sem grandes problemas a depender da intensidade e do tipo.

Quais os sintomas da arritmia benigna e maligna?

Muitos tipos de arritmias podem não causar sintomas. Quando presentes, principalmente nas arritmias mais graves, são decorrentes do bombeamento insuficiente de sangue.

Nesses casos, os sinais e sintomas podem incluir: batimentos cardíacos acelerados (“batedeira”), falta de ar, desmaio, tontura, vertigem, náuseas, confusão mental, fraqueza, pressão baixa, dor no peito e morte súbita.

Na presença de algum desses sintomas, a pessoa deve receber atendimento médico com urgência.

O que é arritmia cardíaca?

A arritmia cardíaca é uma alteração dos batimentos do coração. A arritmia surge quando os impulsos elétricos que controlam os batimentos cardíacos são emitidos de forma inadequada, deixando a frequência cardíaca mais alta (taquicardia), mais baixa (bradicardia) ou irregular.

A arritmia pode surgir quando os impulsos elétricos que percorrem o coração e controlam os batimentos cardíacos estão fora do tempo ou bloqueados ou quando alguma parte do coração deixa de produzir esses impulsos.

Os batimentos cardíacos normais variam entre 60 e 100 batimentos por minuto (bpm). Quando a frequência cardíaca está abaixo de 60 bpm, ocorre a chamada bradicardia; acima de 100 bpm é um quadro de taquicardia.

Existem diversos fatores que podem alterar a frequência cardíaca, como atividade física, sedentarismo, ansiedade, estresse, consumo excessivo de cigarro, bebidas alcoólicas ou cafeína, problemas na tireoide, uso de medicamentos, drogas, entre outros.

Pessoas bem condicionadas fisicamente, por exemplo, podem ter uma frequência cardíaca de repouso baixa, já que o coração desses indivíduos é mais eficiente para bombear o sangue e por isso precisa bater menos vezes.

As arritmias passam a ser perigosas e colocam a vida em risco quando o coração deixa de ser capaz de bombear o sangue adequadamente para o resto do corpo, podendo causar danos em órgãos como coração, cérebro, entre outros.

Quais as causas da arritmia cardíaca?

As principais causas de arritmia cardíaca são as doenças cardíacas, como doenças das artérias coronárias, infarto, pressão alta, funcionamento inadequado das válvas cardíacas e insuficiência cardíaca.

As arritmias também podem ser causadas por diabetes, obesidade, apneia do sono ou ainda choque elétrico.

Grande parte dos casos de arritmia cardíaca ocorre em indivíduos com com mais de 60 anos de idade, uma vez que nessa faixa etária as doença cardíacas e outros tipos de doenças podem estar associados à arritmia.

A arritmia cardíaca mais comum é a fibrilação auricular, surgindo principalmente entre os 65 e os 80 anos de idade. Trata-se de uma causa comum de acidente vascular cerebral (derrame) do tipo isquêmico, ou seja, que ocorre devido à interrupção do fluxo sanguíneo numa parte do cérebro.

Qual é o tratamento para arritmia cardíaca?

O tratamento da arritmia cardíaca pode incluir uso de medicamentos, implantação de marca-passos (aparelhos eletrônicos implantados sob a pele que controlam os batimentos cardíacos), cirurgia e aplicação de choques elétricos.

A arritmia cardíaca pode ser tratada. Procure um médico de família ou clínico geral em caso de desmaio, cansaço, tontura ou "batedeiras" sem motivo aparente para uma avaliação inicial. Em muitos casos é necessário o acompanhamento por um cardiologista.

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O que comer quando está vomitando?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

Independente do que esteja causando os vômitos, há alguns alimentos que são bem aceitos. Você pode tentar frutas como a banana e a maçã, que podem ser cozidas ou amassadas. Batata e legumes (como a cenoura, o chuchu e a mandioquinha) assados, cozidos ou em sopas também são indicados.

Opte por comer alimentos:

  • Pastosos ou líquidos, que ajudem a hidratar;
  • Naturais, de fácil digestão e que não causem gases;
  • Com pouco açúcar;
  • Menos gordurosos.

Evite temperos, especialmente os apimentados, e use pouco sal. O gengibre pode ser usado, por ser indicado nos casos de náuseas e vômitos. Devem ser evitados:

  • Leite e laticínios
  • Carnes e peixes
  • Alimentos muito quentes
  • Frituras
  • Vegetais crus
  • Frutas e sucos ácidos

Além dos cuidados com o que comer, não se esqueça de manter a hidratação. Isto é muito importante! Você pode beber água, soro caseiro, chás (como os de camomila e hortelã), suco de maçã natural e sem açúcar, água de coco ou isotônicos (tipo Gatorade). Nada de bebidas com gás ou que contêm cafeína ou álcool.

Como comer e beber para diminuir o enjoo e evitar o vômito

Nas primeiras horas após vomitar, pode ser que você não tenha apetite. Espere o tempo necessário para seu estômago descansar e o vômito parar. Enquanto espera, chupar picolés ou pedaços de gelo pode ajudar a hidratar e diminuir o mal-estar. Beba líquidos em pequenos goles, lentamente, mas com frequência. Isso ajudará a repor a água e os sais perdidos.

Tente adicionar uma sopa de vegetais ou frango nas primeiras 24 horas após os vômitos. Caso volte a vomitar, espere mais algumas horas antes de tentar comer novamente. Observe se sente que está melhor, se tem vontade de comer outras coisas. Escolha entre os alimentos naturais, pastosos, frios e de fácil digestão. Tente experimentá-los em pequenas porções, um tipo de cada vez, e veja como se sente. Pode ser que consiga retomar a alimentação normal, aos poucos, seguindo o que seu corpo está aceitando.

O que comer caso o vômito persista após 24 horas

Se os vômitos continuarem ou ainda não se sentir bem, pode seguir com uma dieta mais restrita por mais um ou dois dias.

Segundo dia

No segundo dia, você pode comer banana amassada, maçã cozida, arroz e torradas. Esta dieta é de fácil digestão, mais seca e sem fibras, o que ajuda na recuperação. Mas também é pouco nutritiva. Por isso, você não deve insistir com ela por muito tempo.

Terceiro dia

No terceiro dia, você pode começar a adicionar lentamente outros alimentos à sua dieta — já deve se sentir bem para tentar. Comece com coisas como frutas e vegetais cozidos e carne branca, como frango ou peru. Siga as dicas do seu corpo e não force para comer aquilo que o cheiro ou outra sensação estiverem indicando que você deve evitar.

Durante a gravidez, o que e como comer se estiver vomitando?

Alguns cuidados importantes para as gestantes são:

  • Evitar ingestão de líquidos nas primeiras duas horas do dia;
  • Comer com maior frequência (diminuir o intervalo entre as refeições) e em porções menores;
  • Fazer refeições mais leves, com alimentos menos gordurosos e naturais.

O uso de florais de Bach, de vitamina B6 (presente na banana, cenoura e batata, por exemplo) e de gengibre é recomendado para ajudar a se sentir melhor mais rapidamente.

Na hiperemese gravídica (vômitos muito frequentes), a conduta indicada é ficar sem comer até se sentir melhor, retomando a alimentação sólida progressivamente em seguida. Dar preferência a alimentos pouco gordurosos e ricos em carboidratos (o arroz, as torradas e bolachas água e sal ou cream cracker são exemplos). Comer em pequenas porções, em curtos intervalos (a cada 3 horas).

É importante manter a hidratação! Beba pequenas quantidades de soro, chás e água de coco com frequência. Se o vômito persistir, a desidratação e desnutrição podem trazer problemas para a sua saúde. Neste caso, entre em contato com o médico que faz o seu pré-natal para ser avaliada.

Para vômitos durante o tratamento para câncer

Os cuidados são os mesmos para os vômitos que ocorrem durante o tratamento de câncer:

  • Consumir alimentos frios / a temperatura ambiente
  • Comer pequenas refeições, com maior frequência
  • Evitar alimentos picantes, muito doces, gordurosos ou fritos
  • Consumir líquidos com gelo ou cubos de suco congelado

A dieta recomendada tem que ser nutritiva e variada:

  • Frutas, vegetais, grãos inteiros e produtos lácteos sem gordura ou com baixo teor de gordura;
  • Carnes magras, aves, peixes, feijão.

O gengibre é considerado um fitoterápico e pode fazer parte do tratamento. No Brasil, os produtos disponíveis para venda são: amido do gengibre, balas e cristais de gengibre, além do gengibre em pó e encapsulado. Ainda não está estabelecido o quanto deve ser utilizado para reduzir náuseas e vômitos, em dose que não traga problemas para a saúde.

Quando procurar ajuda?

Se você seguiu os conselhos, tomou cuidado com a alimentação e o vômito continua por mais de 24 horas e não sabe qual é a causa, é bom procurar um médico. Também é necessário procurar cuidados médicos se você tiver febre alta e / ou diarreia intensa associadas aos vômitos. Estes sintomas podem ser causados por infecções por bactérias, parasitas, certos medicamentos, apendicite, infecções urinárias e por alergia ou intolerância alimentar.

Preste atenção aos sinais de desidratação:

  • Sonolência;
  • Cansaço;
  • Fraqueza;
  • Boca seca;
  • Diminuição da quantidade de urina, urina com cor amarela muito intensa e até mesmo deixar de ter vontade de urinar.

Se perceber estes sintomas ou ainda se tiver dor abdominal também deve procurar um médico.

As medidas recomendadas podem não ter efeito para os vômitos se eles forem causados por dores de cabeça (enxaqueca), por pancadas ou tumores na cabeça (que podem aumentar a pressão intracraniana). Procure tratamento específico para estas situações.

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Referências

BRAT Diet: What Is It and Does It Work? Healthline. Medically reviewed by Kathy W. Warwick, R.D., CDE, Nutrition — Written by Erin Kelly — Updated on July 15, 2020. https://www.healthline.com/health/brat-diet

Êmese da gravidez / Geraldo Duarte... [et al]. -- São Paulo: Federação das Associações Brasileiras de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), 2018. (Série Orientações e Recomendações FEBRASGO, no. 2/Comissão Nacional Especializada em Assistência Pré-natal)

De Souza, A.P.S.; da Silva, L.C.; Fayh, A.P.T. Nutritional Intervention Contributes to the Improvement of Symptoms Related to Quality of Life in Breast Cancer Patients Undergoing Neoadjuvant Chemotherapy: A Randomized Clinical Trial. Nutrients 2021, 13, 589.

Consenso nacional de nutrição oncológica / Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva; Nivaldo Barroso de Pinho (organizador) – 2. ed. rev. ampl. atual. – Rio de Janeiro: INCA, 2016.

Di Lorenzo, C. Approach to the infant or child with nausea and vomiting. Literature review current through: Sep 2021. | This topic last updated: Jan 21, 2021.

Quem tem queloide pode fazer tatuagem?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Quem tem queloide pode fazer tatuagem, mas deve evitar devido ao risco de problemas na cicatrização. O queloide pode deixar a cicatriz da tatuagem maior do que o esperado, mais volumosa e elevada.

Pessoas que tem queloide devem evitar fazer tatuagem, colocar piercing e se submeter a cirurgias desnecessárias.

O queloide é uma predisposição para formar cicatrizes que crescem de forma exagerada, ficando mais volumosas e elevadas.

Tal condição não melhora com o tempo e tem mais tendência em ocorrer em indivíduos com histórico familiar e pessoal.

O queloide pode surgir em locais em que ocorreu qualquer tipo de ferimento, como um corte, uma queimadura, no furo do brinco na orelha, no local de um piercing ou de uma tatuagem.

Há quem tenha tanta tendência para formar queloide que eles se desenvolvem em locais de espinhas, vacinas ou ainda sem qualquer tipo de estímulo.

Veja também: Tatuagem tem contraindicação? Quais os riscos?

Existe tratamento para queloide?

Existe tratamento para reduzir o tamanho do queloide e deixá-lo mais discreto, através de injeções contendo medicações diretamente no queloide, geralmente associadas ao uso de gel de silicone.

O queloide também pode ser removido através de cirurgia, como forma de tentar trocar uma cicatriz grande por uma menor. No entanto, existe o risco do queloide voltar a aparecer e ser ainda maior que o inicial.

Para reduzir esse risco, os médicos indicam sessões de radioterapia ou infiltrações de cortisona logo após a cirurgia.

O congelamento ou o uso de laser também são formas de tratar o queloide. Os tratamentos e as respostas produzidas pelo organismo variam de pessoa para pessoa.

Para maiores esclarecimentos sobre os riscos de fazer uma tatuagem tendo queloide, consulte o/a médico/a dermatologista.