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O que fazer em caso de mordida de gato?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Em caso de mordida de gato, lave bem a ferida com água e sabão, deixando a água escorrer durante alguns minutos sobre o ferimento. É importante retirar totalmente o sabão após a lavagem para não interferir na ação dos medicamentos que podem ser aplicados no local da mordida pelos profissionais especializados.

Depois, irrigue abundantemente o ferimento com soro fisiológico a 0,9%, imobilize e eleve o membro afetado. Após os primeiros socorros, a vítima deve ser levada a um serviço de saúde para receber tratamento e orientações adequadas.

É provável que a pessoa que foi mordida pelo gato receba também vacina ou soro antirrábico, uma vez que o gato também pode transmitir a raiva, como o cão e outros animais.

Além da raiva, a mordida de gato pode transmitir uma bactéria chamada Pastereulla Multocida, que está presente na saliva dos felinos, essa bactéria pode levar a uma grave doença infecciosa, que atinge principalmente pessoas mais suscetíveis como imunodeprimidos. O risco de infecções é baixo, principalmente, se tomados os devidos cuidados nas primeiras 8 horas após a mordida, por isso a ida ao serviço de saúde rapidamente é importante, Dor, inchaço e vermelhidão no local do ferimento são sinais de que pode haver uma infecção e é preciso procurar tratamento imediatamente.

De qualquer forma, qualquer mordida de animal deve ser tratada num pronto-socorro. Mordidas de gato, cão, rato ou qualquer outro animal doméstico ou silvestre, podem causar infecções fatais se não forem devidamente tratadas. Por isso o acompanhamento médico é sempre necessário, mesmo que não haja sinais de infecção.

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Qual o tempo de cicatrização de queimadura?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O tempo de cicatrização de uma queimadura depende do grau de profundidade da lesão:

Queimadura de 1º grau

Atinge apenas a epiderme, que é a camada mais superficial da pele: não chega a formar cicatriz e demora cerca de 4 dias para sarar.

Queimadura de 2º grau

Atinge também a derme, a camada de pele logo abaixo da epiderme: entre 14 e 30 dias para cicatrizar.

Queimadura de 3º grau

Atinge todas as camadas da pele, podendo chegar ao osso: pode demorar até um ano para cicatrizar e causar graves deformidades.

O que posso fazer para acelerar a cicatrização?

A melhor forma de acelerar a cicatrização da queimadura é evitando que a ferida infeccione. Para isso, a queimadura deve receber um tratamento adequado desde o início.

A primeira coisa que se pode fazer em caso de queimadura é mergulhar a área queimada em água fria durante vários minutos, pois limita a extensão da queimadura e acalma a dor. Não se deve passar pasta de dente, manteiga ou outras substâncias sobre a queimadura.

A seguir, é necessário dirigir-se a um pronto socorro para que seja avaliado o grau de profundidade da queimadura.

As queimaduras de 2º grau profundas e de 3º grau necessitam de um acompanhamento constante de um médico, de preferência com experiência no tratamento de queimaduras.

Para saber mais sobre queimaduras você pode ler:

Como tratar uma queimadura?

Queimaduras de 2º grau: como identificar e o que fazer

Referências

SBQ- Sociedade Brasileira de Queimaduras.

Pancada nos testículos pode causar infertilidade?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Para uma pancada nos testículos causar infertilidade ela precisa ser muito forte, ao ponto de provocar ruptura ou lesão grave nesses órgãos. Levar uma pancada leve nos testículos, como uma bolada, dificilmente irá deixar um homem infértil.

Cada testículo possui um revestimento fibroso resistente, que envolve e protege o tecido delicado da glândula. Contudo, embora seja difícil de acontecer, essa proteção pode ser rasgada ou fraturada quando atingida por uma força violenta.

Os tipos de trauma testicular que podem causar tais lesões e provocar infertilidade são:

  • Pancadas decorrentes de esportes de risco, como artes marciais, esqui, skate, entre outros;
  • Traumas causados por acidentes;
  • Ferimentos penetrantes;
  • Golpes contundentes no testículo.

O tratamento dessas lesões ou rupturas pode ser feito através de cirurgia, preservando assim a função dos testículos de produzir esperma e testosterona, além de minimizar a dor e as cicatrizes.

Porém, há casos em que a reparação cirúrgica não pode ser realizada e os testículos precisam ser removidos, embora seja raro isso acontecer. Normalmente é possível preservar alguma função testicular.

Leia também: Quais são as causas da infertilidade masculina?

O que devo fazer se levar uma pancada muito forte nos testículos?

Sempre que sofrer um trauma mais violento nos testículos, o homem deve consultar um médico para que seja feita uma avaliação, principalmente nas seguintes situações:

  • Lesão penetrante no saco escrotal;
  • Aparecimento de hematomas e inchaço do saco escrotal;
  • Dificuldade para urinar;
  • Presença de sangue na urina;
  • Ocorrência de febre depois da pancada;
  • Dor forte e constante.

É importante lembrar que a dor resultante das pancadas mais leves no testículo, embora seja intensa, não é proporcional ao dano causado ao órgão, que quase sempre permanece intacto.

Tirar o gesso antes da hora faz mal?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Tirar o gesso antes da hora faz mal porque a fratura pode não estar totalmente consolidada, ou seja, o osso pode não ter "colado" totalmente e portanto não está preparado para receber cargas ou esforços considerados normais no dia-a-dia.

O papel do gesso no tratamento de uma fratura é manter o osso no lugar para que ele possa cicatrizar de forma adequada, de maneira que as duas extremidades da fratura estejam alinhadas. Caso contrário, o osso pode não "colar" adequadamente e formar deformidades ou falsas articulações.

Porém, ao contrário de todos os outros tecidos do corpo, que cicatrizam com tecido fibroso, o osso cicatriza com osso e essa cicatrização começa a acontecer assim que o osso é quebrado. Daí a importância em colocar o osso no lugar e engessá-lo o quanto antes.

Os ossos têm um tempo certo para consolidar quando são quebrados, dependendo das suas características, localização e do tipo de fratura:

  • Clavícula: 25 dias;
  • Úmero: 30 dias;
  • Antebraço (ulna ou rádio): 25 a 35 dias;
  • Metacarpos: 20 a 30 dias;
  • Falanges: 15 a 20 dias;
  • Fêmur: 4 a 6 meses;
  • Patela (após sutura): 1 mês;
  • Ambos os ossos da perna: 35 dias a 3 meses;
  • Extremidade superior da perna: 6 meses;
  • Tíbia: 30 a 40 dias;
  • Fíbula: 25 a 30 dias;
  • Tornozelo: 25 a 60 dias;
  • Metatarsos: 20 a 30 dias.

Portanto, tirar o gesso antes da hora não é recomendável. Cabe ao médico ortopedista definir o tempo que o paciente deverá permanecer com o gesso.

Qual a diferença entre entorse, luxação, contusão e fratura?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A melhor forma de entender a diferença entre entorse, luxação, contusão e fratura, é sabendo o conceito de cada uma delas:

  • Entorse: É a perda momentânea da congruência (coesão) articular, provocada por uma distensão excessiva das estruturas que estabilizam a articulação, como os ligamentos, por exemplo. É causada por movimentos bruscos ou traumatismos que provocam um estiramento ou ruptura dos ligamentos da articulação;
  • Luxação: É a perda total do contato entre os ossos de uma articulação, causada pelo deslocamento de um dos ossos, podendo provocar graves lesões nos ligamentos. Como resultado, os ossos ficam mal posicionados, causando deformidade articular, dificuldade ou impossibilidade de realizar movimentos. A luxação pode ser total, quando os ossos ficam completamente separados, ou parcial (subluxação), quando ainda existe um contato parcial entre os ossos;
  • Contusão: Uma contusão é o resultado de um golpe, uma pancada. A contusão muscular, por exemplo, ocorre quando uma força súbita de compressão atinge o músculo, como acontece num golpe direto;
  • Fratura: Pode ser definida como a perda ou ruptura da continuidade de um osso. Em outras palavras, o osso "quebra", podendo dividir-se em dois ou mais fragmentos. Pode ser causada por torções, esmagamentos, traumas, ou ainda ocorrer espontaneamente quando os ossos estão fracos devido a doenças. Uma fratura pode provocar uma lesão dos tecidos moles que circundam o osso e trazer consequências mais sérias. Quando algum fragmento ósseo fica exposto, ocorre uma fratura exposta, um tipo de fratura particularmente grave devido ao risco de infecção no osso e no ferimento.

O tratamento de todas essas situações dependem de diversos fatores, como localização, intensidade, características da lesão, idade do paciente, entre outros.

Cabe ao médico ortopedista diagnosticar e prescrever o tratamento adequado, que pode incluir medicamentos, imobilização, cirurgia e fisioterapia.

Veja também: Distensão muscular: O que é, quais os sintomas e como tratar?

Distensão muscular: o que é, quais os sintomas e como tratar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Distensão muscular é uma lesão provocada pelo alongamento excessivo das fibras musculares. Ocorre principalmente na coxa e na panturrilha e o seu principal sintoma é a dor no músculo afetado, com consequente comprometimento da função muscular. O tratamento inclui repouso, imobilização, fisioterapia e, nos casos mais graves, cirurgia.

As distensões (estiramentos) musculares ocorrem sobretudo nos músculos anteriores, posteriores e internos da coxa, além da panturrilha, conhecida popularmente como batata da perna. São frequentes em corredores e jogadores de futebol por causa da grande exigência dessa musculatura nesses esportes.

A distensão muscular geralmente acontece na junção entre o músculo e o tendão, uma vez que essa é a parte menos resistente do músculo.

A lesão pode ser classificada em grau 1, 2 ou 3, de acordo com a gravidade da distensão, quantidade de fibras musculares envolvidas e perda da funcionalidade da musculatura afetada.

Sinais e Sintomas

Nas distensões musculares de grau 1, ocorre um estiramento de uma pequena quantidade de fibras musculares, sem danos significativos ao músculo. O principal sintoma é a dor localizada durante a contração muscular. Esse tipo de lesão tem um bom prognóstico, com rápida resolução e pouca limitação.

A distensão muscular de grau 2 é mais grave, com lesão em até metade das fibras musculares. Os sinais e sintomas incluem dor, hemorragia interna moderada, inchaço e diminuição da função muscular. O tratamento desse tipo de lesão é mais demorado, uma vez que apresenta uma resolução mais lenta.

Já nas distensões musculares de grau 3 há uma ruptura total ou quase completa do músculo, que praticamente perde toda a sua função. A lesão pode ser palpável e até visível, dependendo da localização. A dor pode ser muito intensa, mesmo quando o membro afetado é mobilizado por uma outra pessoa. O inchaço e a hemorragia são bastante acentuados. O hematoma pode inclusive ser visto se o músculo não for profundo.

Tratamento

O tratamento inicial da distensão muscular inclui aplicação de gelo, imobilização e elevação do membro afetado, além de medicamentos analgésicos para alívio da dor. Os anti-inflamatórios podem interferir no processo de reparação dos tecidos, e devem ser usados com cautela.

Essas medidas têm como objetivo diminuir a dor e controlar o inchaço nas primeiras 48 horas após a distensão muscular. Após esse período, o tratamento é feito através da fisioterapia. A partir da 3ª semana, já podem ter início os exercícios para recuperar a força muscular e a amplitude de movimento.

O tratamento cirúrgico é necessário nas distensões musculares de grau 3 ou em lesões parciais em que mais da metade do músculo se rompeu. A cirurgia também pode ser indicada em casos de hematomas intramusculares intensos e dor persistente durante mais de 4 meses, principalmente se houver limitação do movimento.

O médico ortopedista é o especialista indicado para diagnosticar a distensão muscular e indicar o tratamento mais adequado, de acordo com o caso.

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O que fazer quando uma pessoa desmaia?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os primeiros socorros em caso de desmaio vão depender do nível de consciência da vítima. Ou seja, se já está desacordado ou não. Se a pessoa ainda não desmaiou, responde e consegue obedecer aos seus comandos, você deve sentá-la numa cadeira e colocar a sua cabeça para baixo entre os joelhos, pedir que respire fundo e aguardar sua melhora junto a ele, observando. Esse procedimento aumenta o fluxo sanguíneo na cabeça e, consequentemente, melhora a oxigenação do cérebro, podendo evitar o desmaio. Se for possível ingerir líquido, ofereça imediatamente alguma coisa doce, como um copo de suco ou copo de água com duas colheres de açúcar.

Contudo, se o desmaio já ocorreu, os primeiros socorros consistem em:

1) Afastar a vítima de algum local que lhe possa causar perigo, como escadas e janelas;

2) Arejar o ambiente ou transportar a vítima para um lugar mais ventilado. Locais quentes ou com aglomeração de pessoas devem ser evitados; 

3) Deitar a vítima de barriga para cima e elevar as suas pernas acima do tórax, com a cabeça mais baixa que o resto do corpo, para melhorar a oxigenação do cérebro e outros órgãos vitais;

4) Afrouxar a roupa para favorecer a circulação sanguínea;

5)  Virar a cabeça da pessoa para o lado para facilitar a respiração e evitar asfixia em caso de vômito;

6) Não dar água para a vítima logo depois de acordar para evitar que ela se engasgue, uma vez que ainda não recuperou totalmente os reflexos; 

7) Ajudar a vítima a se sentar e dizer-lhe para respirar fundo por algum tempo. A pessoa deve permanecer pelo menos 10 minutos sentada antes de se levantar para evitar um novo desmaio;

8) Caminhe um pouco com a pessoa, que deve respirar fundo e devagar;

9) Leve a vítima para um serviço de urgência.

Vale lembrar também o que não fazer em caso de desmaio: nunca jogue água fria no rosto da vítima para acordá-la; não ofereça álcool ou amoníaco para ela cheirar; não sacuda a vítima para tentar acordá-la.

Uma pessoa pode desmaiar pode diversas razões. Dentre as principais causas estão a hipotensão arterial (pressão baixa), jejum prolongado com queda da taxa de açúcar no sangue (hipoglicemia), dor muito forte, longos períodos de atividade física, vômitos, alterações emocionais, frio ou calor extremo, uso de drogas ou medicamentos, permanecer em pé por tempo prolongado, problemas cardiovasculares e neurológicos.

Os sinais e sintomas que antecedem um desmaio incluem mal-estar, escurecimento da visão, suor frio e excessivo, relaxamento da musculatura, palidez e respiração superficial.

O desmaio (ou síncope) é a perda dos sentidos causada por diminuição do fluxo sanguíneo cerebral. Caracteriza-se por uma fraqueza muscular generalizada que impede a pessoa de se manter em pé, levando à perda da consciência.

Saiba mais em:

O que é uma síncope?

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A pessoa que desmaiou deve ser vista por um médico clínico geral ou médico de família para que as causas do desmaio sejam esclarecidas e recebam o tratamento adequado e orientações para evitar novo episódio.

Qual o tratamento para mordida de rato?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O tratamento para mordida de rato consiste, primeiramente, na lavagem da ferida com água e sabão, deixando que a água escorra por alguns minutos sobre o local da mordida. Após a lavagem, o sabão deve ser totalmente removido para não atrapalhar a ação dos medicamentos que poderão ser aplicados. 

A irrigação com soro fisiológico a 0,9% e a imobilização do membro afetado, com elevação do mesmo, também fazem parte da conduta em caso de mordida de rato. Além de não colocar nenhum produto na ferida como pó de café, açúcar ou outras substâncias.

É provável que a vítima receba vacina ou soro antirrábico, evitando doenças que embora sejam raras, podem ser transmitidas por mordedura de roedores, como as infecções em geral, a raiva, e a febre por mordida de rato (FMR), esta então, uma doença ainda menos frequente, causada pela bactéria Streptobacillus moniliformis. 

A FMR se caracteriza por febre, erupção cutânea e artrite. Se não for tratada, pode evoluir com  pneumonia, endocardite e sepse, com prognóstico muito ruim, em média 10% dos casos chegam ao óbito.

O tratamento da febre por mordida de ratos é feito com antibióticos, sendo a penicilina o medicamento de escolha.

Em casos de mordidas de rato ou qualquer outro mamífero, a vítima deve dirigir-se ao serviço médico de urgência o mais rápido possível.

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