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O que pode ser dor na virilha e o que fazer?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Dor na virilha esquerda ou direita pode ter várias causas. As causas mais comuns nas mulheres e nos homens incluem:

  • Distensão muscular;
  • Osteoartrose ou problemas articulares do quadril;
  • Hérnia inguinal;
  • Litíase renal (pedras nos rins);
  • Infecções e linfonodos aumentados (ínguas).

A virilha é a região localizada na dobra entre a coxa e o abdômen. A virilha não abrange apenas a parte interna da coxa, mas também a região inguinal e a articulação do quadril.

Por se tratar de uma região com muitas estruturas importantes, a dor na virilha pode ter diversas causas. Vejamos algumas causas frequentes:

Artrose do quadril e problemas articulares

Se a dor na virilha estiver localizada ou irradiar para a parte externa da coxa, pode estar relacionada com a articulação do quadril, formada pelo fêmur e o osso da bacia.

Nesses casos, a dor piora ao realizar movimentos de rotação ou flexão da coxa, como, por exemplo, entrar ou sair do carro, fletir a perna para colocar uma meia ou calçar um sapato ou ainda sentar-se num assento baixo.

Uma possível causa para a dor na virilha nesses casos é a artrose da articulação do quadril. Trata-se de um desgaste da cartilagem articular, que afeta sobretudo pessoas idosas. Quando ocorre em indivíduos mais jovens, geralmente está associada ao excesso de atividade física.

À medida que o problema evolui, aumenta a dificuldade em realizar determinados movimentos, que causa dor principalmente ao girar a perna ou flexionar a coxa.

Veja também: Dor no quadril, o que pode ser e o que fazer?

Distensão muscular

Quando a dor na virilha ocorre depois de praticar esportes, pode estar relacionada com uma lesão muscular, provavelmente uma distensão. Esse tipo de dor na virilha costuma ser facilmente identificada, porque a pessoa normalmente lembra-se bem do momento da lesão.

A dor na virilha nesses casos é bem localizada, situando-se na região da lesão muscular. A dor normalmente piora com o estiramento da musculatura lesionada, como ao abrir as pernas, por exemplo.

Leia também: Distensão muscular: o que é e quais os sintomas?

Hérnia inguinal

Se a dor na virilha piora ao fazer força, como tossir, evacuar ou levantar peso e se a pessoa notar alguma saliência na região inguinal, próxima à virilha, pode ser uma hérnia inguinal. Nesses casos, a saliência na virilha surge com o esforço e desaparece com o repouso.

Geralmente a dor da hérnia inguinal se localiza em um dos lados da virilha, ou a esquerda, ou a direita, nas mulheres a dor pode irradiar para os grandes lábios vaginais, já nos homens a dor pode irradiar para os testículos.

Litíase renal (pedras nos rins)

A dor que caracteriza a presença de pedras nos rins (cálculos renais), em geral, localiza-se na região inferior e lateral das costas, na região lombar.

Porém, à medida que a pedra se desloca pelo trato urinário, pode causar dor em diferentes partes do corpo. Quando chega à bexiga, pode provocar dor na virilha. Nos homens, a dor também pode atingir os testículos e, nas mulheres, a vagina.

A dor da litíase renal é em cólicas, ou seja, é uma dor que surge e vai aumentando de intensidade gradativamente, atinge um pico de dor e depois começa a passar gradualmente. É uma dor de moderada a forte intensidade.

Outros sinais e sintomas que costumam estar presentes em caso de pedra nos rins incluem a presença de sangue na urina, náuseas e vômitos.

Infecções e formação de ínguas

Alguns processos infecciosos como pielonefrite, prostatites ou infecções ginecológicas como, a doença inflamatória pélvica também podem causar dor na virilha e na região pélvica.

Se houver alguma infecção nos membros inferiores, genitais ou órgãos da bacia, pode ocorrer um aumento dos gânglios linfáticos da virilha. Nesses casos, surgem nódulos ou caroços dolorosos na virilha (“ínguas”).

Algumas doenças sexualmente transmissíveis também podem causar aumentos dos gânglios linfáticos, como a sífilis, gonorreia ou linfogranuloma venéreo.

Diferenças entre as causas de dor na virilha em homens e mulheres

Algumas causas específicas de dor na virilha no homem são a prostatite (inflamação da próstata) e a presença de inflamação ou tumor no testículo.

Nas mulheres, gravidez (especialmente nos meses finais), gravidez ectópica, mioma, cisto no ovário e infecções ginecológicas também podem cursar com dor na virilha.

A presença de cisto no ovário, ou de gravidez ectópica pode ocasionar um quadro de dor na região da virilha, ou pelve, de um único lado, ou a esquerda, ou a direita.

Qual o tratamento para dor na virilha?

O tratamento depende da causa da dor na virilha. Quando a dor na virilha é provocada por distensões musculares, artrose, bursite e gestação, muitas vezes o tratamento é baseado no uso de analgésicos e anti-inflamatórios, além de fisioterapia ou acupuntura.

No caso de apendicite ou hérnia inguinal o tratamento é através da realização de cirurgia.

Se a dor na virilha for provocada por prostatite, infecção de urina, formação de ínguas ou outras infecções, o tratamento pode ser feito com medicamentos antibióticos.

Para o correto diagnóstico da causa de dor na virilha, deve-se procurar um clínico geral ou médico de família, para os casos mais crônicos (que duram semanas a meses), ou um pronto atendimento, se a dor for aguda e especialmente se estiver associada a febre ou outros sintomas como alterações urinárias ou intestinais.

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Porque sinto tanta dor em minha barriga depois da relação?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A dor no "pé da barriga" após uma relação sexual, que acontece com muita frequência, pode ser um tipo de "dor pélvica crônica". Trata-se de uma situação comum entre as mulheres, que não é grave, e o tratamento depende da doença de base.

Tanto doenças físicas como emocionais podem causar dor pélvica, sendo as mais frequentes, a endometriose, doença inflamatória crônica, vaginismo e a cistite. O ideal é que procure uma avaliação médica para saber a causa e adequado tratamento.

No seu caso, o médico pode indicar remédios para evitar a dor após as relações, remédios para depois da relação, no intuito de controlar a dor e remédios de longo prazo, para tratar a dor crônica e tentar "curar" ou melhorar o problema.

Causas de dor após a relação, nas mulheres

1. Endometriose: doença ginecológica muito comum entre as mulheres, caracterizada pela presença de pequenas ilhas de tecido do endométrio (camada interna do útero), fora do útero, levando as sintomas de dor pélvica crônica, dor durante as relações, cólicas intensas na menstruação e dificuldade de engravidar.

2. DIP (doença inflamatória pélvica): inflamação nos órgãos reprodutores femininos, o local mais comum são as trompas. Além das dores e desconforto durante a relação, é comum haver corrimento com odor forte, cólicas, febre e mal-estar.

3. Vaginismo: Doença mais rara entre as mulheres, onde a musculatura da vagina se contrai de forma involuntária, causando dor local, dor pélvica e desconforto durante a relação. Parece ter relação com situações de estresse e ansiedade, mas não é um fator obrigatório.

4. Cistite: Infecção da bexiga, que leva a dor pélvica, dor durante a relação pela proximidade e inflamação da parede do órgão, ainda, ardência ao urinar, jatos pequenos de urina e vontade constante de ir ao banheiro. Não costuma ser uma causa de dor crônica, mas em casos de imunidade baixa, pode ser recorrente, causando os sintomas de desconforto nas relações.

E nos homens? Quais são as causas de dor na barriga depois da relação sexual?

Nos homens também pode ocorrer a dor abdominal após a relação, embora seja bem mais raro. Geralmente a causa é simples, tem relação com contração muscular natural, que acontece após o orgasmo. Mas se junto a dor apresentar outros sintomas como secreção pelo pênis, ardência ao urinar e/ou febre, pode indicar uma infecção sexualmente transmissível (IST) ou uma infecçāo urinaria.

Em ambas as situações, será preciso iniciar tratamento específico com antibióticos. Por isso, se suspeitar de infecçāo, procure um atendimento medico, de preferência com urologista, para avaliação.

O que fazer?

O primeiro passo deve ser procurar um ginecologista (para as mulheres) e urologista (para os homens), para avaliação. Definindo a causa, o tratamento mais indicado será prescrito e orientado pelo médico em questão.

Até que seja feito o diagnóstico e tratamento adequado, pode tentar o uso de remédios para controlar a dor antes ou após as relações, como o ibuprofeno ou relaxante muscular (miosan®).

Conheça um pouco mais sobre esse tema nos artigos abaixo:

Referência:

FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

Sinto pontadas no peito. O que pode ser?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Pontadas no peito normalmente não estão relacionadas com o coração. Podem ser sinal de gases intestinais, ansiedade, doenças pulmonares e digestivas, entre outras causas. A dor no peito causada pelo infarto tem características diferentes.

As pontadas no peito podem ser causadas por irritação da pleura, uma membrana dupla de tecido conjuntivo que recobre os pulmões e a parte interna do tórax. A dor pleurítica é súbita, em pontada, e surge ou piora com a respiração, tosse ou bocejo. As pontadas são bem localizadas e parecem vir diretamente do coração.

Dentre as doenças ou condições que podem afetar a pleura e causar pontadas no peito estão a tuberculose, o câncer de pulmão, a pneumonia, o derrame pleural (excesso de líquido entre o pulmão e as costelas) e o pneumotórax (escape ou entrada de ar no espaço pleural que provoca um colapso total ou parcial do pulmão).

Quando as pontadas no peito vêm acompanhadas de tosse, azia ou febre, as causas mais prováveis são as doenças respiratórias ou digestivas. Dentre as possíveis causas estão:

  • Aneurisma de aorta, embolia pulmonar, refluxo gastroesofágico;
  • Inflamação do pericárdio (pericardite), membrana que envolve o coração;
  • Esofagite, espasmo do esôfago, pressão sanguínea pulmonar elevada;
  • Costocondrite (inflamação das cartilagens das costelas), lesões nas costelas;
  • Lesões musculares, artrite, fibromialgia, herpes zoster, artrite reumatoide;
  • Colecistite, gastrite, úlcera, pancreatite.
Pontadas no peito podem ser problemas no coração?

A dor torácica em forma de pontadas ou agulhadas no peito raramente estão relacionadas com o coração. As dores no peito de origem cardíaca, como em casos de angina ou infarto, localizam-se no centro do tórax e podem irradiar para outras partes do corpo, como braços, mandíbula, pescoço, região posterior do tórax, estômago e umbigo.

A pessoa geralmente sente uma dor ou um desconforto no peito que pode irradiar para essas áreas do corpo. É uma dor intensa e prolongada, acompanhada por uma sensação de peso, aperto ou queimação no peito.

No caso da angina de peito, a dor geralmente tem uma duração de 5 a 20 minutos e cessa com o repouso. Se a dor permanecer por mais de 20 minutos, pode ser sintoma de infarto.

A dor torácica decorrente de problemas cardíacos pode ser desencadeada por atividade física, estresse emocional ou até pela ingestão de uma refeição mais pesada e de digestão mais difícil.

Nesses casos, a dor no peito não melhora com o repouso, com a respiração funda ou com determinadas posições.

Outros sinais e sintomas que podem estar presentes em caso de infarto incluem falta de ar, batimentos cardíacos mais lentos, acelerados ou irregulares, náuseas, vômitos, palidez, transpiração e respiração ofegante.

Quando a dor dura apenas alguns segundos ou surge e desaparece diversas vezes durante o dia, provavelmente não tem como causa um problema cardíaco.

Consulte o/a médico/a clínico/a geral ou médico/a de família em caso de pontadas no peito para que a origem da dor seja devidamente diagnosticada e tratada.

Leia também:

Dor pélvica na mulher, o que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Dor pélvica na mulher é uma queixa muito comum nos consultórios médicos, principalmente de ginecologia, e podem ter diversas causas. O que gera um grande desafio para os profissionais, pois requer uma investigação profunda e detalhada do problema.

As causas mais comuns são infecção urinária, doença inflamatória pélvica e gravidez, entretanto, existem casos mais graves, que são emergências médicas, com risco de morte, como a apendicite, ruptura de uma gravidez tubária e, portanto, necessita de um atendimento médico emergencial.

Outras doenças e condições que devem ser investigadas são: vulvodinia, endometriose, fibrose uterina, adenomiose, cistos ovarianos e mioma uterino.

O que é a dor pélvica?

A dor pélvica pode ser sentida na forma de um desconforto ligeiro na pelve ou como dores intensas e incapacitantes. A dor pode ser aguda, surgindo repentinamente ou crônica, com duração mínima de 3 a 6 meses.

A dor pélvica, normalmente, é sentida no baixo ventre ou “pé da barriga”. Fazem parte da pelve o útero, os ovários, as tubas uterinas, a vagina, o reto e a bexiga, além de diversos músculos, nervos e ossos.

Portanto, as causas que geram a dor pélvica podem ser as mais diversas e para seu diagnóstico correto deve ser feita uma anamnese detalhada, um exame físico cuidadoso e exames complementares quando necessários.

Na investigação, é fundamental avaliar dados como a idade, antecedentes pessoais, início dos sintomas, concomitância com febre, sangramentos ou outros sinais e sintomas de gravidade e as características específicas da dor pélvica. Algumas perguntas são fundamentais para auxiliar na investigação, por isso tenha atenção e se possível anote alguns detalhes que podem ser esquecidos durante a consulta médica, como:

  • Onde exatamente dói?
  • Qual o tipo da dor - pontada, peso, pulsação, aperto, queimação?
  • É intensa? Quão intensa? É a mais forte da vida?
  • Chega a despertar do sono ou vomitar nas crises?
  • Irradia ("espalha") para algum lugar ou é restrita a essa região específica?
  • Há quanto tempo está com dor?
  • Ela é cíclica (vai e volta) ou contínua, durando dias?
  • Quando vem a dor dura quanto tempo?
  • Você já teve antes? É comum?
  • Tem algum horário do dia ou do mês em que acontece com mais frequência?
  • Melhora com alguma coisa?
  • Está piorando, ao longo do tempo, ou apresentando novos sintomas concomitantes?
  • Piora nas relações sexuais?
  • Tem relação com o período menstrual?
  • Tem corrimento vaginal associado? Se houver, qual a coloração, tem cheiro ruim?
  • Ardência ao urinar? Está indo mais vezes ao banheiro e fazendo pouco xixi?
  • Qual a sua frequência sexual?
  • Sente tontura ou enjoo juntos com a dor? Data da última menstruação?

Em caso de dor pélvica, procure um/a médico/a, preferencialmente um/a ginecologista, para avaliação inicial.

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Referências

FEBRASGO. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

Dor na panturrilha, o que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A dor na panturrilha ("batata da perna") pode ter diversas causas. Se a dor for aguda, iniciada após atividade física, é mais provável que seja resultado de uma distensão do músculo da panturrilha (gastrocnêmio). Em algumas ocasiões será necessário o uso de relaxante muscular e anti-inflamatório, além de repouso, para melhora dos sintomas.

Outra causa de dor aguda na panturrilha são as cãibras, que ocorre quando o músculo fica muito contraído durante alguns minutos, sendo associada a dor intensa. Normalmente são autolimitadas e não necessitam de tratamento, exceto se a dor permanecer mesmo após resolução da cãibra.

Para evitar as cãibras, é importante realizar alongamentos e fazer fortalecimento muscular, 3 vezes por semana. Além disso, é importante ter uma alimentação e uma hidratação adequadas durante a prática de atividade física. E, após uma rotina de exercícios, descansar por um dia, pelo menos.

Quais as outras causas de dor na panturrilha?

Apesar de, na maioria dos casos, a dor na panturrilha não indicar nada de grave, é preciso ter atenção, pois há situações em que a dor pode ser sintoma de alguma doença.

Insuficiência venosa

Especialmente comum nas mulheres, nas pessoas que ficam muitas horas em pé e idosos. Usualmente, a dor nas panturrilhas é uma dor em peso (as pernas ficam "pesadas"), mais comum no final do dia e podem estar presentes inchaço, "vasinhos" (teleangiectasias) e varizes.

O tratamento consiste no uso de meias elásticas, prática regular de exercícios físicos e, algumas vezes, indicada cirurgia para remoção das veias que ficaram dilatadas e perderam a sua função. O diagnóstico e seguimento deverá ser feito pelo médico angiologista ou cirurgião vascular.

Insuficiência arterial (claudicação intermitente)

Os idosos e tabagistas tem maior risco de desenvolver essa doença. Usualmente, a dor na panturrilha é forte, em pontada, e ocorre após andar alguns quarteirões ou ao subir uma rua ou escada.

É comum a pessoa interromper a caminhada em virtude da dor muito forte. O repouso, durante alguns minutos resolve os sintomas. Contudo, retornando a caminhada, a dor retorna.

A quantidade de metros caminhados para iniciar a dor é variável conforme cada paciente e tende a ser menor, de acordo com a gravidade da obstrução arterial.

O tratamento consiste no uso de medicamentos e muitas vezes é necessária uma cirurgia para desobstrução da artéria acometida e é importante e fundamental parar de fumar. O diagnóstico e seguimento deverão ser feitos por médico cirurgião vascular.

Cisto de Baker

Algumas pessoas podem apresentar um cisto na região do joelho e, se o cisto estourar, pode ocorrer dor nas panturrilhas e inchaço no joelho. Por vezes, a cirurgia se faz necessária. O diagnóstico e seguimento deverão ser feitos por médico ortopedista ou reumatologista.

Como aliviar a dor na panturrilha?

A dor na panturrilha muitas vezes é causada por má circulação. Esse distúrbio na circulação provoca acúmulo de sangue nas pernas, levando ao edema, e à dor. Algumas medidas, que favorecem o retorno do sangue para o coração, auxiliando no alívio dos sintomas são:

Usar meias elásticas

Usar meias elásticas compressivas é indicado em muitos casos, pois as meias favorecem o retorno do sangue para o coração, aliviando o cansaço. Porém, o médico angiologista ou cirurgião vascular, deve definir o grau de compressão, se meias de baixa ou média compressão, já que utilizar meias com a compressão inadequada pode piorar o quadro.

Praticar atividade física

O importante nesses casos é escolher exercícios que trabalham os músculos da panturrilha, como andar, correr, pedalar e nadar. É fundamental que seja orientado por um profissional da área.

Movimentar-se

Para evitar a dor na panturrilha, deve-se evitar ficar parado por muito tempo na mesma posição. Pessoas que trabalham várias horas sentadas, devem se levantar e andar um pouco, pelo menos a cada duas horas.

Caso não seja possível levantar-se, convém exercitar os músculos da panturrilha, abaixando os pés como se estivesse acelerando um carro, a cada 30 minutos ou de hora em hora.

Elevar as pernas

Deitar-se de barriga para cima com as pernas elevadas ajuda o sangue a retornar ao coração. Isso pode ser feito colocando várias almofadas embaixo dos pés, por exemplo.

Emagrecer

O excesso de peso dificulta o retorno do sangue para o coração, favorecendo o seu acúmulo nas pernas, e consequente dor na panturrilha. O próprio peso do corpo pode sobrecarregar os músculos da panturrilha, sobretudo se a pessoa praticar atividade física, gerando dor.

Se a dor nas panturrilhas for recorrente, consulte um médico clínico geral ou médico de família para receber um diagnóstico e tratamento adequados.

Dor nas costelas: o que pode ser e como tratar?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Dor nas costelas pode ser causada por algumas condições, como:

  • Contusão ou fratura de costela(s);
  • Inflamação da cartilagem próxima à costela (costocondrite);
  • Dor pleurítica, quando há inflamação da pleura (membrana que envolve os pulmões);
  • Inflamação no nervo que segue a costela, como ocorre no herpes zoster;
  • Inflamação do músculo que se localiza entre as costelas.

É importante diferenciar se a dor se localiza logo acima da costela, ou entre as costelas, ou mesmo se o paciente tem sensação de que a dor é mais profunda, pois o problema pode se localizar nos órgãos que estão dentro da cavidade torácica, como pulmões, esôfago e coração.

Dor nas costelas por contusão, fratura e inflamações

No caso de contusão ou fratura da costela, inflamação da cartilagem ou do músculo, é necessário usar anti-inflamatórios e analgésicos simples durante alguns dias (não exceder cinco dias, exceto sob orientação médica). Também é benéfico fazer repouso.

Dor nas costelas causada por dor pleurítica

No caso de dor pleurítica, deve-se investigar a causa da inflamação da pleura, que poderá ser infecciosa (tuberculose pleural), neoplásica (câncer) ou por alteração estrutural (acúmulo de líquido, sangue ou ar na pleura). O tratamento deverá ser dirigido à causa.

Dor nas costelas no herpes zoster

No caso de dor associada ao herpes zoster, pode ser necessário o tratamento com antiviral, como aciclovir, valaciclovir ou fanciclovir. Além do antiviral, também são usados analgésicos potentes e algumas vezes neurolépticos, como carbamazepina e gabapentina, bem como corticoides, para diminuir a inflamação.

Dor nas costelas por costocondrite

A costocondrite é uma inflamação da cartilagem que liga a costela ao osso esterno, sendo uma causa relativamente comum de dor nas costelas. A dor nesse caso é localizada no meio do peito, na junção das costelas ao osso esterno. A dor geralmente surge ou se agrava durante alguns movimentos do tórax, com tosse ou na respiração profunda.

É comum a costocondrite afetar mais de uma articulação, sobretudo da segunda e quinta articulação entre as costelas e o esterno. As causas da costocondrite não são totalmente conhecidas. Porém, traumas repetitivos e sobrecarga da articulação, como em casos de tosse excessiva ou pequenos traumatismos, podem estar na origem da inflamação.

O tratamento nesses casos é feito com medicamentos anti-inflamatórios, para aliviar a dor e a inflamação. Se a costocondrite for recorrente ou muito persistente, outras medicações podem ser usadas, como opioides, antidepressivos e anticonvulsivantes.

Na presença de dor nas costelas, consulte o médico de família ou clínico geral para uma avaliação clínica e exame físico detalhados.

Leia também: Quais são os sintomas de costela quebrada?

Dor no estômago e dor nas costas, o que pode ser?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A dor no estômago e dor nas costas que acontecem ao mesmo tempo, sugerem um problema gastrointestinal, como gastrite, refluxo ou excesso de gases.

No entanto, existem outras causas, como: pedra nos rins, infecção urinária, inflamação de vesícula, inflamação do pâncreas (pancreatite), contraturas musculares e dissecção de aorta.

Algumas situações são menos preocupantes, mas outras podem oferecer risco de morte, como a pancreatite e a dissecção de aorta. Portanto, se apresenta os sintomas com frequência ou se a dor vier associada a febre, vômitos e queda da pressão, procure um atendimento médico para avaliação.

1. Gastrite

Na gastrite, inflamação da parede do estômago, os sintomas são de dor na "boca do estômago", dor localizada na região central da barriga, associada a outros sintomas típicos, como:

  • Azia,
  • Indigestão,
  • Sensação de barriga inchada,
  • Mau hálito.

A dor pode ser irradiada para as costas, devido ao incômodo, que leva a posturas de compensação e com isso, mau jeito e contraturas musculares.

O tratamento deve ser feito com antiácidos, alimentação balanceada, comer mais vezes e em menor quantidade, além de reduzir o peso (para pessoas acima do peso ideal) e acompanhamento regular por um gastroenterologista.

2. Refluxo

O refluxo gastroesofágico causa queimação no peito, que pode vir acompanhada de "dor no peito", que irradia para o dorso, por vezes confundida com infarto do coração, devido a sua localização e intensidade.

A azia e a dor no peito nos casos de refluxo, ocorrem principalmente após a alimentação.

O tratamento também deve ser acompanhado pelo gastroenterologista e se baseia na mudança de hábitos, alimentação balanceada e uso de medicamentos antiácidos.

3. Gases

O acúmulo de gases no abdome, pelo consumo de alimentos gordurosos ou bebidas gaseificadas, é uma causa comum de dores abdominais que irradiam para as costas.

Outros sintomas associados são a sensação de barriga inchada e episódios de arrotos e flatulência.

O alívio dos sintomas se dá com massagens, movimentação, e quando preciso, medicamento antigases, como a simeticona®.

4. Pedra nos rins

A doença renal, seja presença de pedra nos rins ou infecção renal, pode causar a dor na região nas costas que irradia para a barriga.

Na presença de pedras, a dor pode vir associada a náuseas, vômitos, suor frio e sangue na urina. Na infecção urinária que atinge os rins, é comum a presença de febre e ardência ao urinar, junto com a dor.

O tratamento deverá ser definido pelo urologista. Nos casos de infecção urinária é preciso uso de antibióticos. Na presença de pedra obstruindo o fluxo de urina, antibióticos e procedimento cirúrgico para a retirada e restabelecimento do fluxo urinário.

5. Cálculo na vesícula

A presença de pedras na vesícula causa cólicas, náuseas e vômitos, após a alimentação mais gordurosa. Essa dor pode ser irradiada para o dorso, especialmente se houver inflamação na parede da vesícula.

O tratamento definitivo é feito com a retirada do órgão por cirurgia. O cirurgião geral é o responsável pela avaliação e conduta.

6. Pancreatite

A pancreatite é a inflamação do pâncreas e tem como sintoma principal a dor que se inicia no meio da barriga e se espalha para a costas, formando uma dor em "cinturão de dor". Além da dor é comum a presença de náuseas,vômitos, suor frio e febre.

Trata-se de uma doença grave, que pode levar ao óbito se não for rápida e devidamente tratada.

O tratamento consiste em suspender completamente alimentação pela boca, medicamentos e pesquisa da causa desse problema. Se a causa for um cálculo impactado, pode ser indicado um procedimento cirúrgico de urgência.

Na suspeita de pancreatite, procure um serviço de emergência.

7. Dissecção de Aorta

A dissecção da artéria aorta, é o descolamento entre as suas paredes (interna e média), que formam um espaço e permite o acúmulo de samgue nesse espaço. O acúmulo de sangue (hematoma), causa uma fragilidade nesse vaso.

Com isso, um trauma ou aumento da pressão podem levar a ruptura da artéria. No entanto, por ser a maior artéria do corpo humano, a sua ruptura causa um sangramento grave e alto risco de morte.

Os sintomas são de dor súbita na região do tórax, que irradia para o meio das costas. O paciente pode sentir ainda, mal-estar, suor e queda da pressão.

Na suspeita de dissecção de aorta, procure imediatamente uma emergência médica. 8. Dor muscular

A dor muscular, devido a um mau jeito, trauma, ou posturas ruins no dia a dia, causam dor no dorso ou em toda a parte das costas, pode também irradiar-se para o dorso, dependendo do grupo muscular comprometido.

Neste caso, o tratamento deve ser feito com repouso e uso de relaxante muscular.

Quando procurar uma emergência?

Quando apresentar dor associada a um dos sinais e sintomas listados abaixo, procure imediatamente uma emergência médica.

  • Dor em cinturão, associada a náuseas e vômitos
  • Febre alta (acima de 37.8º)
  • Queda da pressão arterial, suor frio
  • Icterícia (olhos ou pele amarelada)
  • Alteração neurológica (dor associada a desmaio ou perda da consciência).

Para maiores esclarecimentos, converse com o seu médico de família ou clínico geral.

Saiba mais sobre como tratar a gastrite e problemas gástricos nos seguintes artigos:

Referências:

FBG - Federação Brasileira de Gastroenterologia

É normal ter cólica depois da relação sexual?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Cólica depois da relação sexual pode sim ser normal.

Durante o ato sexual, ocorre a estimulação de diversas regiões sensíveis, que resultam em contrações musculares, que podem ser percebidas como cólicas.

E no momento do orgasmo acontece a contração do útero e da musculatura da região pélvica, o que pode também dar origem a cólicas, sempre de pequena a moderada intensidade.

Além disso, dependendo da posição sexual e do tamanho do pênis, o colo do útero pode ser facilmente alcançado. Assim, penetrações fortes e excessivas podem causar desconforto e cólica após a relação sexual.

Contudo, outras situações como a doença inflamatória pélvica, a infecção urinária e inflamações vaginais, podem ter como sintoma principal, as cólicas após relações. Nesse caso, as cólicas vêm associadas a outros sintomas como, a dor abdominal, ardência ao urinar e corrimento.

Caso você sinta cólicas fortes ou dor abdominal após as relações sexuais com frequência, especialmente se associadas a outros sintomas, consulte o médico de família, clínico geral ou ginecologista para obter um diagnóstico adequado.

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Referência:

FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.