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Estou com uma Dor no Peito, o que pode estar causando isso?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Nem sempre a dor no peito é associada à angina ou infarto do coração. A dor pode estar relacionada com problemas respiratórios, problemas gástricos, excesso de gases, crises de ansiedade, dor muscular, entre outros.

É importante observar o momento em que a dor começa, o que a desencadeia, qual o seu tipo (aperto, pontadas, queimação) e se vem acompanhada de mais sintomas, como tosse, febre ou náuseas.

1. Problema respiratório

Bronquite, asma ou infecções pulmonares são causas frequentes de dor no peito. Os pulmões se localizam no tórax e parte dele aloja-se por trás do coração. Por este motivo a dor pode ser confundida com uma dor cardíaca.

A dor no tórax pode se manifestar do lado direito ou esquerdo do peito e piora com a respiração profunda. Os sintomas associados são de falta de ar, chiado no peito, febre e tosse.

Um pneumologista deve ser consultado para a identificação do problema e para iniciar tratamento adequado.

2. Excesso de gases

É a causa mais comum de dor na região do tórax. Não está diretamente relacionada com problemas no coração ou órgãos localizados nessa região, mas as pessoas que têm prisão de ventre costumam apresentar esta dor com certa frequência.

Os gases acumulados nos intestinos, ao pressionar e empurrar os órgãos abdominais, provocam uma dor que irradia para o peito. A dor se caracteriza por pontadas agudas que desaparecem, mas retornam repentinamente.

Para amenizar o sintoma, pode ser feito massagem na região abdominal, que auxilia a empurrar os gases até o final do intestino e/ou adotar uma posição que facilite na sua eliminação, como deitar de bruços. Medicamentos como Luftal® também ajudam na melhora mais rápida da dor.

Saiba mais: exercício para eliminar gases

3. Úlceras no estômago

A dor provocada pelas úlceras, ou feridas no estômago, ocorrem pela inflamação das paredes. A dor pode ser facilmente confundida com a dor no coração, uma vez que os dois órgãos ficam em regiões muito próximas no interior do tórax.

A queixa é de queimação ou aperto no meio do peito, com irradiação para o lado direito ou esquerdo, de acordo com a localização da úlcera. É comum que comece logo após as refeições e venha acompanhada de náuseas, vômitos e estômago cheio.

Uma consulta ao gastroenterologista é importante para verificar a necessidade do uso de medicamentos protetores gástricos e evitar complicações, como perfuração e hemorragias.

4. Refluxo gastroesofágico

O refluxo é o retorno de parte do conteúdo gástrico para o esôfago. A dor ocorre no meio do peito e é acompanhada de queimação e dor de estômago. Há Também relatos de "bolo" ou aperto na garganta, devido aos espasmos esofágicos.

O principal tratamento é reduzir a quantidade das refeições e comer mais vezes durante o dia. Mudança de hábitos de vida, reduzir o peso e medicamentos antiácidos, ajudam no tratamento.

Ingerir chá de camomila ou gengibre também são medidas benéficas, pois melhoram a digestão e reduzem a acidez do estômago, contribuindo para a cicatrização e redução da inflamação na parede do esôfago.

Ao passar a crise, mantenha uma dieta leve e saudável sem alimentos gordurosos, ácidos ou picantes e procure uma consulta médica com gastroenterologista, para orientações específicas.

5. Ansiedade e estresse

A ansiedade e o excesso de estresse aumentam a tensão muscular nas costelas e a frequência cardíaca. Estes efeitos provocam a sensação de dor no peito. É comum em pessoas que sofrem de Síndrome do Pânico e Transtorno de ansiedade generalizada (TAG).

Esta dor é descrita como dor em aperto ou peso no "coração". Na crise, a dor vem acompanhada de sensação de bolo na garganta, dificuldade de respirar, respiração mais rápida, suor excessivo, batimentos cardíacos acelerados, náuseas e dores de barriga.

Para amenizar os sintomas é recomendado o repouso em local calmo, conversar com amigos, manter contato com a natureza, tomar chás calmantes e praticar atividades físicas prazerosas. Após a crise, é preciso iniciar tratamento definitivo, com psicoterapia e medicamentos.

Leia também: transtorno de ansiedade generalizada tem cura? Qual é o tratamento?

6. Dor muscular

As tensões e lesões musculares são comuns no cotidiano das pessoas, especialmente para quem pratica atividade física regularmente. Entretanto, também podem acontecer após episódios longos de tosse ou levantamento de objetos pesados.

Esta dor é uma dor constante, incomodativa, localizada, que pode se agravar ao respirar profundamente, pelo próprio movimento do corpo.

Para melhorar os sintomas é indicado repouso, compressas mornas na região da dor e relaxantes musculares.

7. Herpes zoster

O herpes zoster é uma doença causada pelo mesmo vírus da catapora, porém agride e inflama um nervo, causando uma dor intensa, do tipo queimação, associada a bolhas e vesículas em todo o seu trajeto. Popularmente conhecido como bicho geográfico ou "cobreiro".

A localização mais comum é a região torácica, o que confunde com um problema no coração, se for à esquerda, especialmente no início, quando as lesões de pele ainda não apareceram.

Para o tratamento são utilizados medicamentos antivirais, em comprimido e pomada, corticoides, analgésicos potentes e/ou anticonvulsivantes, dependendo da intensidade da dor.

8. Doenças na vesícula

A vesícula é um órgão que fica localizado à direita do estômago e pode inflamar devido à presença de pedras ou consumo de alimentos gordurosos. Quando ocorre a inflamação, a dor se manifesta, principalmente, do lado direito e pode ser referida no peito ou na base do pulmão.

A dor é tipo cólica, intermitente, variando de intensidade, e piora após as refeições, principalmente com o consumo de frituras e alimentos embutidos. Náuseas, sensação de estômago cheio e febre, são sintomas associados com a dor.

O tratamento é definido pelo médico gastroenterologista, ou cirurgião geral.

9. Doenças cardíacas

Os sintomas mais comuns de patologias cardíacas são: cansaço excessivo, palpitação e edema nas pernas. A dor no peito é comum apenas nos casos de obstrução de uma artéria, o infarto agudo do coração ou nos casos de inflamação no músculo do coração, a miocardite, endocardite ou pericardite.

A dor associada a distúrbios cardíacos se intensifica com o esforço físico ou exercício e vem acompanhada de: alterações na frequência dos batimentos, palpitações, inchaço generalizado, cansaço excessivo, suor frio e respiração acelerada.

As arritmias e insuficiência cardíaca, normalmente não se manifestam com dor no peito.

Na suspeita de problema cardíaco, procure um médico cardiologista para identificar possíveis disfunções e realizar o tratamento.

Leia mais: quais são as principais doenças cardiovasculares e suas causas?

10. Infarto Agudo do Miocárdio (IAM)

É a patologia que mais preocupa as pessoas ao sentir a dor no peito, especialmente se esta dor for localizada do lado esquerdo do peito.

O infarto acomete mais pessoas acima dos 45 anos, com outras comorbidades, como a hipertensão arterial mal controlada, colesterol elevado, fumantes e sedentários.

A dor é em aperto ou peso, localizada do lado esquerdo do peito e não melhora com o repouso. Pode irradiar para um dos braços, para o pescoço ou mandíbula, causando uma sensação de formigamento.

Se suspeitar de um infarto do coração é recomendado procurar o pronto-socorro mais próximo, fazer exames como dosagem de enzimas cardíacas, eletrocardiograma e Raio X de tórax.

Veja mais: O que fazer em caso (ou suspeita) de ataque cardíaco?

Procure um hospital imediatamente nestes casos

Como existem causas diversas para dor no peito, é importante ir ao hospital sempre que houver qualquer uma dessas situações:

  • A dor não passar com o repouso
  • A dor durar mais de 20 minutos
  • Sentir tonturas
  • Apresentar suor frio
  • Tiver dificuldade para respirar
  • Dor de cabeça intensa

Pessoas com pressão alta ou Insuficiência Cardíaca, devem usar os medicamentos prescritos pelo cardiologista e somente ir ao hospital nas situações acima ou caso a dor permaneça por mais de 20 minutos.

Saiba mais: O que fazer em caso de dor no peito?

Herpes zoster é contagioso?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Herpes zoster pode ser contagioso, porém não tanto quanto a catapora, embora seja causado pelo mesmo vírus. O Herpes zoster só é transmitido quando existem lesões muito extensas e acontece o contato direto com o líquido eliminado das bolhas.

Quando as bolhas se secam, a doença já não é transmitida.

Se um adulto ou uma criança que não teve catapora ou não recebeu vacina contra a doença, entrar em contato direto com uma lesão de herpes zoster, poderá desenvolver a catapora (varicela) e não a herpes zoster, como primeira manifestação clínica.

O que é herpes zoster?

O herpes zoster, popularmente chamado de “cobreiro”, é uma manifestação clínica do mesmo vírus da catapora, o vírus varicela-zoster.

O herpes zoster pode ocorrer em qualquer idade, sendo mais frequente em idosos, pessoas que tiveram catapora antes de completar 1 ano de idade ou que têm o sistema imunológico enfraquecido por medicamentos ou doenças, como diabetes mellitus descompensado, e uso crônico de corticoides ou imunossupressores.

Quais são os sintomas do herpes zoster?

Os primeiros sintomas do herpes zoster são a dor, o formigamento ou a queimação em um local do corpo, que segue o trajeto de um nervo. O local mais frequente é o dorso, no entanto a vermelhidão segue da região dorsal até abaixo da axila ou até o tórax.

Toda a região se torna muito sensível, como dor e a queimação intensas, dificultando inclusive o uso de qualquer tipo de roupa, principalmente em contato direto com a pele, como o sutiã.

Após a alteração de sensibilidade aparecem as manchas vermelhas e pequenas bolhas cheias de líquido.Em seguida as bolhas estouram, formando feridas que depois secam e formam crostas. Com duas a três semanas, as crostas desaparecem.

A sua extensão varia de acordo com a localização e imunidade, sempre acometendo o trajeto de um nervo. Apesar do dorso ser o local mais frequente, a doença pode afetar ainda o rosto, os olhos, a boca e os ouvidos.

Outros sintomas do herpes zoster podem incluir:

  • Febre e calafrios;
  • Sensação de mal-estar;
  • Dor de cabeça;
  • Dor nas articulações;
  • Inflamação dos gânglios linfáticos.

O cobreiro desaparece depois de duas ou três semanas e raramente volta a aparecer. Se o vírus afetar os nervos que controlam os movimentos, pode ocorrer fraqueza ou paralisia temporária ou permanente.

Em alguns casos, a dor na área onde o herpes zoster surgiu pode durar meses ou anos. Essa dor é chamada de neuralgia pós-herpética. Isso ocorre quando os nervos foram danificados após um surto de herpes zoster. A dor pode variar de leve a muito intensa. A neuralgia pós-herpética é mais provável de ocorrer em pessoas com mais de 60 anos de idade.

As complicações do herpes zoster podem incluir:

  • Novo surto de cobreiro;
  • Infecções bacterianas da pele;
  • Cegueira (quando afeta os olhos);
  • Surdez;
  • Infecção no cérebro (encefalite) ou infecção generalizada em pessoas com imunidade baixa;
  • Síndrome de Ramsay Hunt, quando o herpes zoster afeta os nervos do rosto ou do ouvido.
Sintomas de herpes zoster no rosto

Se o cobreiro afetar um nervo facial, pode haver dor, fraqueza muscular e erupções cutâneas em diferentes partes da face. O herpes zoster no rosto pode causar os seguintes sinais e sintomas:

  • Dificuldade para movimentar alguns músculos do rosto;
  • Queda da pálpebra;
  • Perda auditiva;
  • Perda do movimento dos olhos;
  • Alterações no paladar;
  • Problemas de visão.
Qual é o tratamento para herpes zoster?

O tratamento do herpes zoster é feito com medicamento antiviral. O medicamento ajuda a reduzir a dor, prevenir complicações e encurtar o curso da doença.

Os antivirais são mais eficazes quando começam a ser tomados nas primeiras 72 horas após a primeira sensação de dor ou queimação.

A medicação usada para tratar o herpes zoster geralmente é administrada por via oral, sob a forma de comprimidos.

Medicamentos anti-inflamatórios potentes, como o corticoide, podem ser associados para reduzir a inflamação e a dor.

Outros medicamentos utilizados no tratamento do cobreiro incluem:

  • Anti-histamínicos orais ou aplicados na pele, para reduzir a coceira;
  • Analgésicos, para aliviar a dor;
  • Zostrix, um creme para diminuir a dor.

Algumas medidas e cuidados indicados durante o tratamento do herpes zoster:

  • Cuide da pele aplicando compressas úmidas e frias para reduzir a dor;
  • Mantenha-se em repouso caso apresente febre;
  • Evite contato com outras pessoas enquanto as lesões estiverem liberando líquido, para evitar a transmissão do vírus, principalmente com mulheres grávidas.
Herpes zoster tem cura?

O herpes zoster não tem cura. Uma vez infectada, a pessoa permanece com o vírus no corpo até o fim da vida. O objetivo do tratamento é aliviar os sintomas e diminuir o tempo de duração das manifestações. Contudo, depois de aparecer uma vez, o cobreiro raramente volta a se manifestar.

Existem duas vacinas disponíveis para herpes zoster, a vacina viva e a vacina recombinante. A vacina contra o cobreiro é diferente da vacina contra a catapora. Adultos mais velhos que recebem a vacina do herpes zoster têm menos chances de desenvolver complicações da doença.

O médico dermatologista é o especialista indicado para diagnosticar e tratar o herpes zoster.

Como saber de quem peguei herpes?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

Não é fácil saber de que pessoa você pegou herpes, especialmente se ela não apresentar lesões visíveis.

Existem dois tipos de vírus que podem causar herpes genital:

  • Vírus HSV-1: que também causa as lesões na boca ou nos olhos;
  • Vírus HSV-2: que é apenas transmissível pelo contato sexual.

Uma das possibilidades é que a sua vagina tenha tido contato direto com uma lesão de outra pessoa, ou com secreções da boca ou de órgãos genitais de outra pessoa infectada. Por isso, se teve contato sexual recente com um novo parceiro/a, é possível que tenha pegado a doença dessa pessoa.

Outra possibilidade é ter tocado a região da vulva com a mão contaminada com fluidos da boca, dos olhos ou dos órgãos sexuais de outra pessoa que tinha o vírus ativo. Embora seja mais raro, isso pode acontecer em um banheiro público contaminado, por exemplo. Nesse caso, fica muito difícil saber de quem você pegou herpes.

Você também pode ter se "auto-infectado". Isso acontece quando existe uma lesão ativa de herpes na boca ou nos olhos. Se tocar no local afetado e depois tocar a região genital, pode passar o vírus para essa região.

Você pode querer ler também:

Referências:

World Health Organization. Herpes simplex virus. Key facts

UpToDate. Epidemiology, clinical manifestations, and diagnosis of herpes simplex virus type 1 infection

Como curar feridas na boca
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

As feridas na boca podem ter caraterísticas diferentes e serem causadas por motivos diferentes, sendo assim, o tratamento definitivo será baseado na sua causa.

Feridas causadas por pequenos traumas, uso de aparelhos ou alimentos ácidos, melhoram espontaneamente, com ou sem tratamento. Feridas causadas por outras situações, como vírus, carência de vitaminas e doenças crônicas, precisam de orientações específicas.

Se a ferida não causar dor e/ou não melhorar mesmo com uso de medicamentos e orientações de higiene local, será necessário procurar atendimento médico o quanto antes, para uma avaliação mais detalhada.

Tratamento caseiro para feridas na boca 1. Bicarbonato de sódio

O tratamento mais conhecido e recomendado pelos profissionais desta área, é o uso de bicarbonato de sódio, porém é muito importante que não seja colocado diretamente na ferida sob a forma de pó, porque além de causar dor e ardência local, a substância pode aumentar ainda mais a lesão.

O uso correto é através de bochechos. O bicarbonato deve ser dissolvido em uma pequena quantidade em água. A proporção recomendada é de 1 colher de chá para meio copo de água, e fazer bochechos com essa solução, 2 a 3 vezes por dia.

O bicarbonato dissolvido em água, ajuda a reduzir a acidez da boca, melhorando os sintomas e ajudando na cicatrização da ferida.

2. Chás

Outras opções são os chás com própolis e aloe vera. Sempre com o cuidado de não conter álcool na sua composição e tomá-lo na temperatura ambiente ou morna, evitar chás muito quentes, para não irritar ainda mais a mucosa da boca.

Orientações para curar mais rápido as feridas da boca

Além dos tratamentos caseiros, seguir orientações simples de cuidados com a boca, ajudam na cura e na prevenção de novas feridas. As recomendações são de:

  • Não fumar!
  • Manter boa higiene na boca, limpar após cada refeição;
  • Não fazer uso de enxaguante bucal com álcool;
  • Se alimentar de forma balanceada, evitar alimentos e sucos ácidos, como a laranja, limão e abacaxi;
  • Não fazer uso de bebidas alcoólicas ou bebidas muito quentes;
  • Aplicar pomadas cicatrizantes, de acordo com o prescrito pelo médico ou dentista, como o Omcilon-A orabase®.

Outros tratamentos que o profissional pode indicar, dependendo de cada lesão e da sua causa, são as pomadas de corticoides, pomadas anestésicas e Laserterapia

Feridas na boca, o que pode ser? Herpes simples

A herpes labial é caracterizada por ferida avermelhada, dolorosa, com presença de bolhas com conteúdo líquido, que estoura e extravasa esse líquido dentro de poucos dias, momento de maior contaminação, e depois seca e cicatriza.

O tratamento é feito com pomada antiviral, para auxiliar nos sintomas e acelerar a sua cicatrização. Importante também se proteger do sol e não beijar outras pessoas, devido ao risco de contaminação.

Aftas

As aftas são as feridas mais comuns, que podem ser causadas por pequenos traumas, uso de parelho dentário, por alimentação muito ácida, problemas de gastrite ou estresse e ansiedade.

O tratamento deve ser retirar a causa, reduzir a acidez da boca, através de bochechos com bicarbonato de sódio dissolvido em água e alimentação balanceada.

Virose

Outra causa bastante comum de feridas na boca, especialmente em crianças.

As feridas desaparecem com a doença, mas podem ser feitos da mesma forma os bochechos, alimentação balanceada evitando alimentos ácidos e se preciso pomadas anestésicas para aliviar os sintomas.

Doenças crônicas

Algumas doenças autoimunes, como o pênfigo, o lúpus e a diabetes aumentam a frequência de feridas na boca, por reduzir a imunidade da pessoa, permitindo infecção da mucosa, e assim a formação da ferida.

Doenças inflamatórias, como a doença de Behçet, que tem dentre os seus sintomas típicos, as feridas na boca. O tratamento é feito com pomadas de corticoides.

Carência de vitaminas

As aftas podem ser originadas por carência de nutrientes e vitaminas, como a vitamina B12 e a anemia ferropriva.

Nesses casos, o tratamento será através da reposição das vitaminas e orientações gerais.

Tabagismo

O uso do cigarro, devido a grande quantidade de substâncias danosas, é um motivo clássico de lesões na boca, não só as aftas, mas a leucoplasia, uma lesão que tem alto risco de se transformar em câncer de boca.

O tratamento dependerá das características e tamanho das lesões.

Saiba mais no artigo: Leucoplasia é câncer?

Medicamentos

O uso de certos medicamentos como anti-inflamatórios não esteroides, antibióticos e corticoides podem alterar a flora normal da boca, aumentando a ocorrência de aftas.

Câncer de boca

O câncer de boca é uma doença grave, mas com possibilidade de cura se identificada a tempo. O tratamento específico deve ser definido pelo médico oncologista.

Saiba mais: Quais são os sintomas de câncer de boca?

Ferida na boca pode passar para outra pessoa?

Sim, dependendo da causa da ferida, pode contaminar outras pessoas, como é o caso do herpes simples, um tipo de vírus comum, que na sua forma ativa (presença de bolhas), é altamente contagioso.

Ferida no lábio é sempre herpes?

Não. A principal causa de ferida no lábio é o herpes simples, mas não é a única possibilidade.

O médico de família, dentista ou estomatologista, são os responsáveis por avaliar, tratar e acompanhar esses casos. Para mais esclarecimentos agende uma consulta.

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Herpes Labial: o que é, quais as causas, sintomas e tratamento
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O herpes labial é uma infecção causada pelo vírus herpes simplex tipo 1. O herpes oral, manifesta-se sobretudo nos lábios, mas também pode desenvolver feridas na região interna da boca, na garganta e na gengiva.

A doença caracteriza-se pelo aparecimento de queimação e formação de bolhas pequenas e dolorosas na boca.

A infecção por herpes pode ser grave e perigosa se ocorrer próximo dos olhos ou nos casos de imunidade baixa.

Herpes labial Como ocorre o contágio do herpes labial?

O vírus do herpes labial é facilmente transmitido através do contato com feridas de pessoas infectadas. O líquido presente no interior das feridas contêm grande quantidade de vírus vivo, por isso é altamente contagioso.

Após o contágio, o vírus se aloja em um nervo e permanece inativo por muito tempo, até que algum fator desencadeante reativa o vírus, possibilitando a sua multiplicação e o aparecimento dos sintomas.

Situações como menstruação, gestação, alterações hormonais, exposição prolongada ao sol, febre, uso de medicamentos e períodos de ansiedade ou estresse, são as causas mais comuns de reativação do vírus.

Quais os sintomas do herpes labial?

Algumas pessoas apresentam feridas na boca quando entram em contato com o vírus herpes simplex pela primeira vez, enquanto outras não manifestam sintomas.

Antes do aparecimento da lesão, é comum sintomas como coceira, queimação e formigamento no lábio ou na pele ao redor da boca. A pessoa pode apresentar ainda dor de garganta, febre, gânglios inchados e dor para engolir.

Após os sintomas iniciais, surge então a lesão que caracteriza o herpes labial. Inicialmente as pequenas bolhas (vesículas) avermelhadas, que se tornam cheias de líquido amarelo-claro no seu interior e podem se unir formando uma grande bolha.

A seguir, as bolhas se rompem e liberam o seu conteúdo líquido. No estágio final, a lesão se torna amarela e fica coberta por uma crosta. Depois de desaparecer, a pele no local fica rosada, retornando à coloração normal.

Qual é o tratamento para herpes labial?

Os sinais e sintomas do herpes labial desaparecem espontaneamente, sem tratamento, depois de uma a duas semanas. Porém, podem ser usados medicamentos antivirais para combater o vírus. O mais usado é o aciclovir, sob a forma de pomada ou comprimidos. O remédio ajuda a reduzir a dor e faz com que os sintomas desapareçam mais rapidamente.

O medicamento produz melhores resultados se for utilizado logo no início dos sinais de alerta, antes do aparecimento da lesão. Quando as manifestações do herpes labial são recorrentes, pode ser indicado o uso de medicação regular, todos os dias, durante um período.

Quais as possíveis complicações do herpes labial?

A infecção ocular por herpes é uma causa importante de cegueira, devido às cicatrizes que deixa na córnea. Outras complicações do herpes labial podem incluir:

  • Reaparecimento de feridas e bolhas na boca;
  • Propagação do vírus para outras áreas da pele;
  • Infecção bacteriana da pele;
  • Infecção generalizada, que pode ser fatal em pessoas com imunidade baixa causada por dermatite atópica, câncer ou infecção por HIV.

Procure atendimento médico de urgência, se:

  • O herpes labial causar sintomas graves que não desaparecem após 2 semanas;
  • Surgirem feridas ou bolhas perto dos olhos;
  • Apresentar sintomas de herpes e tiver o sistema imunológico debilitado devido a doenças ou medicamentos.

O médico dermatologista é o especialista indicado para diagnosticar e indicar o tratamento para o herpes labial.

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Como saber se o herpes está melhorando?
Dra. Janyele Sales
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Medicina de Família e Comunidade

Para saber se o herpes está melhorando é importante observar dois aspectos: as lesões na pele e o tempo que passou desde o início dos sintomas.

Lesões na pele

Antes das lesões do herpes aparecerem se inicia uma sensação de queimação, formigamento ou coceira, acompanhada de vermelhidão. As bolhas aparecem em cerca de 2 a 3 dias e, depois de algum tempo, podem estourar e formar crostas.

Quando as feridas já estão na forma de crosta é esperado que em alguns dias a crosta caia. Ao cair, a lesão irá gradualmente começar a cicatrizar, neste momento significa que o herpes já está melhorando.

Tempo de início dos sintomas

O tempo entre o aparecimento das primeiras lesões do herpes e sua remissão é de 5 a 10 dias, sendo mais longo na primeira vez em que a doença se manifesta e mais curto nas vezes seguintes.

Para saber se o seu herpes está melhorando ou piorando, o ideal é consultar o seu médico de família ou dermatologista.

Veja outros conteúdos sobre herpes:

Referências:

Dermatologia na Atenção Básica de Saúde / Cadernos de Atenção Básica Nº 9 / Série A - Normas de Manuais Técnicos. Ministério da Saúde.

Aciclovir é antibiótico?
Dra. Janessa Oliveira
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Farmacêutica-Bioquímica

O aciclovir não é um antibiótico, mas sim um antiviral que pode ser usado no tratamento de infecções causadas por vírus, como:

  • Herpes simplex;
  • Herpes zoster;
  • Varicella zoster.

O aciclovir pode, ainda, ser indicado para prevenir infecções por citomegalovírus (CMV) em pessoas que receberam transplante de medula.

Existe aciclovir em creme, pomada oftálmica, solução injetável e comprimido. A preparação a ser usada no tratamento depende do problema a tratar, devendo ser indicada pelo médico.

Leia também:

Referência:

Aciclovir. Bula do medicamento.

Gripe H1N1: quais os sintomas, como se transmite e como tratar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A gripe H1N1, também conhecida como gripe Influenza tipo A ou gripe suína, é uma doença provocada por um vírus, o H1N1. Trata-se de um vírus da gripe que sofreu uma mutação. Apesar de manifestar sintomas semelhantes aos de uma gripe comum, a gripe H1N1 pode causar complicações muito graves que podem levar à morte.

Quais são os sintomas da gripe H1N1?

Os sintomas da gripe H1N1 começam a se manifestar depois de 3 a 5 dias que ocorreu o contágio. Contudo, a pessoa pode ser portadora do vírus e não apresentar sintomas e mesmo assim pode transmitir a doença. O vírus também pode ser transmitido durante o período de incubação, que é assintomático.

Vírus H1N1

Os sintomas da gripe H1N1 são parecidos com os de uma gripe comum, podendo incluir febre acima de 38ºC de início súbito, tosse, dor de garganta, dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, coriza e falta de apetite.

Em alguns casos, a pessoa pode apresentar diarreia e vômitos. Pessoas com asma apresentam uma exacerbação dos sintomas dessa doença.

Para evitar transmitir a doença, a pessoa com gripe H1N1 deve utilizar uma máscara cirúrgica.

Como ocorre a transmissão da gripe H1N1?

A forma de transmissão da gripe H1N1 é a mesma da gripe comum. O vírus é transmitido de pessoa para pessoa, através da inalação de gotículas de saliva ou secreção eliminadas por uma pessoa infectada ao tossir, falar ou espirrar.

A contaminação também pode ocorrer ao tocar a boca ou o nariz depois de ter tocado em alguma superfície contaminada pelo vírus H1N1.

Indivíduos adultos podem transmitir a gripe H1N1 por uma semana após o início dos sintomas. Já as crianças podem transmitir o vírus durante um período de 2 a 14 dias depois do aparecimento dos sintomas.

O vírus H1N1 pode sobreviver de duas a oito horas fora do corpo humano, na superfície de objetos infectados, por exemplo. Por isso, para diminuir os riscos de transmissão, recomenda-se lavar frequentemente as mãos.

A gripe H1N1 não é transmitida através da ingestão de carne de porco, pois as altas temperaturas a que a carne é submetida durante a sua preparação elimina completamente o vírus.

Como é feita a prevenção da gripe H1N1?

A prevenção da gripe H1N1 é feita sobretudo através da vacina. A vacina contra o H1N1 confere imunidade contra a doença nos períodos em que o vírus está mais circulante e diminui as chances do aparecimento das formas mais graves da gripe H1N1.

O organismo começa a produzir anticorpos contra o vírus H1N1 depois de duas a três semanas da pessoa ter tomado a vacina. Após a vacinação, a pessoa fica imune contra a gripe H1N1 durante um período de 6 meses a 1 ano. Os anticorpos atingem os seus níveis máximos depois de 4 a 6 semanas que ocorreu a vacinação.

Além da vacinação, algumas medidas ajudam a diminuir os riscos de transmissão da gripe H1N1, tais como:

  • Evitar o contato com pessoas infectadas;
  • Lavar frequentemente as mãos com água e sabão;
  • Evitar colocar as mãos no rosto e na boca;
  • Não compartilhar objetos de uso pessoal;
  • Quando necessário, usar uma máscara cirúrgica para prevenir o contágio;
  • Evitar ambientes fechados, sobretudo com aglomeração de pessoas.
Qual é o tratamento para a gripe H1N1?

O tratamento da gripe H1N1 é feito através de medicamentos para aliviar os sintomas, como a febre, hidratação, alimentação leve e repouso. O objetivo do tratamento é melhorar os sintomas e auxiliar a recuperação rápida do organismo.

Para evitar a transmissão da doença, recomenda-se que a pessoa permaneça em casa, evitando o contato com outras pessoas.

Se não for devidamente tratada, a gripe H1N1 pode causar complicações graves, como pneumonia, e até levar à morte.

Em caso de complicações graves, o tratamento é específico e pode requerer medidas intensivas de suporte.

Em caso de sintomas de gripe H1N1, consulte um médico de família ou um clínico geral.

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