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O que pode ser caroços pelo corpo?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Podem ser lipomas múltiplos, os lipomas são a principal causa de presença de nódulos ou "caroços", na população, embora existam outras causas que sempre devem ser investigadas.

O que são lipomas?

São tumores de pele benignos, formados por um conjunto de células de gordura, que podem aparecer em qualquer local do corpo, incluindo vísceras e cavidades, e geralmente não causam sintomas.

Os lipomas são bem delimitados, arredondados, de consistência firme, indolor a palpação. O diagnóstico costuma ser clínico, porém existe indicação de pedidos de exames de imagem, nas seguintes situações: Nódulos dolorosos, mal delimitados, de crescimento rápido, nódulos muito grandes (acima de 5 cm), ou quando causam algum sintoma.

Saiba mais em: O que é um lipoma?

Outras causas de "caroços" pelo corpo incluem:
  • Linfonodos aumentados (íngua)
  • Hematomas
  • Cistos epidérmicos
  • Cistos pilosos ou sebáceos
  • Neurofibromas
  • Nódulos reumáticos
  • Tumores subcutâneos malignos

O aumento dos linfonodos, popularmente conhecido por "íngua", acontece nas regiões aonde se encontram os gânglios linfáticos, principalmente na região do pescoço, axilas, virilha e atrás dos joelhos. Durante um processo de inflamação e infecção, os gânglios aumentam seu metabolismo e produção de anticorpos no organismo, aumentando, portanto, seu volume e se tornando mais "quentes" e dolorosos.

O hematoma é uma coleção de sangue em forma de coágulos, que costumam acontecer após traumas. Sua coloração é mais azulada e são dolorosos à palpação.

Os cistos epidérmicos e sebáceos se caracterizam pela maior mobilidade do nódulo à palpação, visto que apresentam material mais "amolecido" no seu interior. Pode haver sinal de inflamação ao redor do cisto, como vermelhidão e calor local.

Os neurofibromas são tumorações benignas, que se desenvolvem na pele, subcutâneo ou órgãos internos e que geralmente não causam dor. Podem causar grande desconforto ou ansiedade dependendo da localização e tamanho.

Os nódulos reumáticos costumam ser endurecidos e dolorosos, com piora da dor em temperaturas frias e ao acordar, devido ao repouso prolongado da articulação.

Os tumores malignos são divididos em diferentes classes, com características e evolução próprias, entretanto, na sua maioria, se apresentam como uma ferida de difícil cicatrização. Somente um médico especializado, dermatologista, é capaz de o diagnóstico correto para esses casos.

Por vezes, devido à grande variedade de possibilidades, é necessário um exame de biópsia para definição do diagnóstico e tratamento. Procure um médico dermatologista para avaliação e conduta.

Bolinhas vermelhas na virilha: o que pode ser?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Bolinhas vermelhas na virilha podem ser pelos encravados, quase sempre provocados pela depilação. Isso porque a depilação provoca uma irritação na pele, deixando-a mais grossa, o que dificulta a saída normal dos pelos. 

Como consequência, a pele fica inflamada e surgem as bolinhas vermelhas na virilha, uma condição denominada foliculite. Se a inflamação for mais intensa, podem aparecer nódulos maiores e doloridos e as bolinhas podem infeccionar e acumular pus.

Mulheres com pele mais espessa e que tenham pelos com tendência a encravar, apresentam maiores chances de desenvolver foliculite.​

A principal causa do encravamento dos pelos na virilha é o uso de cera quente ou fria na depilação. A utilização de lâminas com cremes deslizantes costuma irritar menos a pele, embora o atrito também possa causar algum encravamento.

Bolinhas vermelhas na virilha associada a um caroço ou uma enduração também podem ser sinais de alguma infecção sexualmente transmissível.

De qualquer forma, é importante consultar um/a médico/a de família ou clínico/a geral para uma avaliação detalhada dessas bolinhas vermelhas na virilha, identificação da causa e indicação de algum tratamento, caso seja necessário.

Qual o tratamento para quem tem pedra nos rins?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O tratamento para pedra nos rins (cálculos renais) pode ser feito com medicamentos ou cirurgia, dependendo do tamanho da pedra, da sua localização, da presença de sintomas e da intensidade da dor.

Na presença de náusea, vômitos, febre e dores intensas, a pessoa precisa ir ao serviço de urgência para tomar medicamentos pela veia.

Os remédios que são colocados diretamente na corrente sanguínea e absorvidos imediatamente. Assim, os sintomas melhoram de forma mais rápida, reduzindo a perda de líquidos e o incômodo da dor.

Nos casos de dores não muito intensas e sem a presença de outros sinais e sintomas, pode-se esperar que o cálculo seja expelido naturalmente.

Isso é feito com uso de analgésicos e anti-inflamatórios para tolerar a dor, medicamentos para dissolver a pedra e aumento da ingestão de água.

Cirurgia

As pedras que são maiores e não são capazes de passar para o canal da urina precisam de intervenção cirúrgica para sua retirada ou para facilitar a redução do tamanho. Isso pode ser feito com ondas de choque, laser, cirurgia comum ou com introdução de sonda pela uretra.

Litotripsia extracorpórea

Esse tratamento cirúrgico fragmenta as pedras em pedaços bem pequenos através de um aparelho que emite ondas de choque. Depois, os cálculos são expelidos juntamente com a urina.

Nefrolitotripsia percutânea

Essa cirurgia é feita por meio de uma pequena incisão pela qual se chega ao rim. Depois, é introduzido um aparelho que destrói e remove o cálculo renal.

Ureterolitotripsia

A retirada das pedras é feita pela introdução de um tubo bem fino e flexível (endoscópio) no uréter, com o qual é possível destruir e remover os cálculos com o auxílio de pinças especiais.

Saiba mais em: Como eliminar pedras nos rins?

A decisão de qual tratamento mais indicado em cada situação é realizada pelo/a médico/a juntamente com o/a paciente.

Leia também:

Como é a cirurgia para pedra nos rins?

Cálculo renal: como saber se tenho pedra nos rins?

O que causa pedra nos rins?

O que é um lipoma?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Lipoma é um tumor benigno do tecido gorduroso, que surge preferencialmente no tecido subcutâneo, localizado logo abaixo da pele, sobretudo na região posterior do pescoço. Os lipomas geralmente são notados quando a pessoa emagrece ou quando começam a crescer, pois ficam mais evidentes.

Os lipomas são firmes, elásticos e macios ao toque, podendo ser palpados sob a forma de um relevo na pele. Quando cresce muito, o lipoma causa um grande desconforto físico e estético, mesmo quando não causa dor.

O lipoma é um tumor relativamente comum, sendo mais frequente em mulheres. Geralmente aparece sozinho, mas também pode ocorrer em forma múltipla. Estima-se que cerca de 1% a 2% da população possui um ou mais lipomas no corpo.

Os lipomas não são comuns em crianças e também não têm relação com obesidade ou excesso de peso.

O crescimento do lipoma geralmente é lento e o tumor não provoca sintomas na maioria dos casos.

O lipoma localizado logo abaixo da pele (lipoma superficial subcutâneo) é o tipo de lipoma mais comum .

Quais os sinais e sintomas do lipoma?

O lipoma normalmente se apresenta como uma protuberância pequena e arredondada que surge logo abaixo da pele, medindo em média 1 e 3 cm de diâmetro. Há casos raros em que o tumor atinge grandes dimensões, formando os chamados lipomas gigantes.

O lipoma pode surgir em qualquer parte do corpo, sendo perceptível sob a forma de nódulos na pele. Os lipomas podem surgir isoladamente ou em grupos.

Os locais que os lipomas tendem a surgir são: tronco, braços, pernas, coxas, costas, ombros, região posterior do pescoço, nádegas e axilas. Já os lipomas profundos podem ocorrer nos músculos ou ainda dentro da articulações.

Os lipomas normalmente não causam dor, mas dependendo da localização podem comprimir órgãos e estruturas vizinhas e provocar uma série de sintomas.

O diagnóstico pode ser feito apenas através da palpação. Em caso de dúvida, o/a médico/a poderá diagnosticar a lesão por ultrassonografia ou biópsia.

O lipoma não deve ser confundido com o lipossarcoma, um tumor de pele maligno e que normalmente não é causado por um lipoma prévio. O lipossarcoma é um câncer que acomete células de gordura da pele e tem altas taxas de metástase (disseminação do câncer para outras partes do corpo).

Qual é o tratamento para lipoma?

A cirurgia para retirar o lipoma só é indicada por razões de estética, incômodo ou pela localização. Se houver dúvidas quanto à benignidade do tumor, o tratamento cirúrgico também é indicado.

O tratamento do lipoma consiste na sua remoção através de cirurgia ou lipossucção (aspiração do conteúdo gorduroso do lipoma). O tipo de tratamento depende do tamanho e da localização do tumor.

A cirurgia para retirar o lipoma é indicada apenas em casos de desconforto estético ou físico, como ao realizar movimentos, ou ainda na presença de dor.

Durante o procedimento cirúrgico, o lipoma deve ser completamente retirado. A permanência de tecidos do tumor no local pode levar ao crescimento de um novo lipoma.

O tratamento por lipossucção é indicado apenas para lipomas pequenos. Apesar de ser menos invasivo e deixar uma cicatriz menor, o risco do lipoma não ser totalmente retirado é maior, já que durante o procedimento a visualização do interior do tumor é limitada.

O/a médico/a dermatologista é o/a responsável pelo diagnóstico e tratamento do lipoma.

Quais os sintomas do câncer de mama?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os sintomas do câncer de mama são principalmente:

  • Nódulo ou massa palpável nas mamas;
  • Mudanças no tamanho e formato das mamas;
  • Retrações na pele, principalmente na aréola e/ou mamilo;
  • Pele áspera, semelhante à "casca de laranja";
  • Saída de secreção pelo mamilo, que pode ser transparente, rosada ou avermelhada.

No entanto, vale salientar que, embora esses sintomas sejam considerados de alerta, eles não indicam necessariamente a existência do câncer de mama, pois podem estar presentes também nas doenças benignas.

Dor na mama é sinal de câncer?

Não. Embora a dor nas mamas seja um sintoma frequente, raramente está relacionada com o câncer.

A mastalgia, como é chamada a dor na mama, pode estar relacionada com alterações hormonais, ou menos frequentemente, por causas extramamárias, como: Problemas de coluna, dor muscular, doenças neurológicas, endócrinas ou inflamatórias (mastite).

Qual exame pode confirmar um câncer de mama?

O diagnóstico é feito por exames de imagem e biópsia do tumor.

Exames de imagem

O método que permite o diagnóstico precoce do câncer de mama é a mamografia. Através desse método, é possível identificar tumores mamários mesmo antes de serem detectáveis clinicamente.

Apesar do exame mamográfico ser o melhor método para detectar a doença precocemente, ele pode não evidenciar um câncer, sobretudo se as mamas forem densas, ou poderá demonstrar áreas suspeitas que podem não corresponder ao câncer.

Nesses casos, para um diagnóstico mais preciso, pode-se associar outros exames, como a ultra-sonografia, a ressonância magnética e as punções percutâneas, que aumentam as chances diagnósticas.

Biópsia do tumor

A confirmação do diagnóstico será conseguida através das punções percutâneas com agulhas finas ou grossas (mamotomia ou core biopsy), nos casos de microcalcificações, nódulos subclínicos e palpáveis, ou ainda por meio de biópsias cirúrgicas.

Parênquima mamário é câncer?

Não. Parênquima mamário é parte do tecido que compõe a mama. A mama é constituída de tecido adiposo (gordura), parênquima mamário, glândulas e vasos sanguíneos.

No exame de imagem, o médico descreve as características dos tecidos mamários (adiposo e parênquima mamário), além da vascularização, e se houver, anormalidades, como, por exemplo, presença de calcificações.

O diagnóstico e tratamento do câncer de mama deverá ser orientado pelo ginecologista ou mastologista.

Saiba mais sobre esse assunto nos artigos:

Referência:

FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

Ministério da Saúde do Brasil

Posso engravidar com cisto no ovário e mioma?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim. Mulher com cisto no ovário e mioma pode engravidar.

A maioria das mulheres com ovário policístico e/ou mioma é capaz de engravidar e não apresenta nenhum problema.

As mulheres com Síndrome dos Ovários Policísticos podem ter dificuldade de engravidar pois apresentam o ciclo menstrual irregular.

Devido ao desequilíbrio hormonal, alguns ciclos menstruais não apresentam ovulação, o que pode levar um tempo maior para a mulher com síndrome dos ovários policísticos engravidar.

Em geral, após 12 meses consecutivos de tentativa de engravidar, a mulher juntamente com seu companheiro devem procurar uma consulta com médico/a de família, clínico/a geral ou ginecologista para uma avaliação da fertilidade do casal.

Com relação ao mioma, algumas mulheres podem apresentar dificuldade em engravidar pois o mioma pode interferir no local da implantação do embrião, na distensão do útero no início da gestação e prejudicar as contrações uterinas. Essa situação é rara e dependerá da localização do mioma no útero. Algumas complicações durante a gravidez, também não frequentes, podem ocorrer como aborto espontâneo, dor, parto prematuro e descolamento de placenta.

Outros fatores relativos à infertilidade são mais importantes de serem investigados no casal com dificuldade de engravidar.

planejamento familiar e uma consulta pré concepção com o/a ginecologista, clínico/a geral ou médico/a de família podem facilitar a solução de dúvidas e reduzir a insegurança do casal. 

O que pode causar tireoide alterada?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A tireoide alterada (hipotireoidismo ou hipertireoidismo) pode ter diversas causas e acometer  mulheres, homens, adultos e crianças, embora seja mais comum em mulheres. 

hipotireoidismo (queda na produção dos hormônios T3 e T4) é causado principalmente por uma inflamação denominada Tireoidite de Hashimoto, uma disfunção autoimune que leva o organismo a produzir anticorpos que danificam a tireoide, reduzindo assim a sua capacidade de produzir os hormônios. 

Já o hipertireoidismo (produção excessiva dos hormônios T3 e T4) pode ser causado por:

  • Doença de Graves: doença autoimune que provoca aumento do volume da tireoide (bócio). É a causa mais comum de hipertireoidismo;
  • Nódulo tóxico: presença de um único nódulo na tireoide que produz muito hormônio tireoidiano (veja também: Quais os sintomas de um nódulo na tireoide?);
  • Bócio multinodular tóxico: vários nódulos na tireoide que produzem excesso de hormônio tireoidiano além de causar aumento do volume da glândula;
  • Tireoidite subaguda: inflamação da tireoide que provoca um aumento doloroso da glândula;
  • Tireoidite pós-parto: pode ocorrer vários meses após o parto, os sintomas do hipertireoidismo podem durar meses, sendo frequentemente seguido por diversos meses de sintomas de hipotireoidismo (fadiga, cãibras, inchaço e ganho de peso);
  • Tireoidite silenciosa: assemelha-se à tireoidite pós-parto, mas não está relacionada com a gravidez e não é acompanhada por dor na tireoide;
  • Ingestão excessiva de iodo: substâncias com altas concentrações de iodo, como comprimidos, certos expectorantes e amiodarona (medicamento usado para tratar arritmias cardíacas);
  • Superdosagem de hormônio tireoidiano: pessoas que tomaram altas doses de hormônio tireoidiano para tratar hipotireoidismo.

O diagnóstico e o tratamento da tireoide alterada devem ser realizados pelo clínico geral ou endocrinologista.

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Nódulos de mama classificação - categoria:3?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Categoria 3 é indefinida entre benigno e maligno, deve se preocupar sim; não dá para afirmar positivamente nem negativamente se o contraceptivo é a causa desses nódulos, provavelmente não.