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Tontura ao levantar ou acordar, o que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A tontura ao levantar ou acordar, está normalmente associada a alterações na circulação sanguínea cerebral. É comum nos casos de pressão alta (hipertensão), hipotensão ortostática, problemas no labirinto ou obstrução das artérias carótidas.

O uso crônico de medicamentos (calmantes), um quadro de anemia, distúrbios do sono e crises de ansiedade, também são situações que podem causar tontura ao se levantar.

Portanto, o sintoma pode ser um primeiro sinal de diferentes doenças e situações. Sendo assim, precisa ser investigado quanto antes por um médico de família, clínico geral ou neurologista para que o tratamento adequado seja efetuado.

1. Pressão alta

A pressão arterial alta (hipertensão) pode interferir na irrigação sanguínea cerebral ou do labirinto.

Nestes casos, é comum que a pessoa sinta tontura ao levantar ou mesmo a sensação de desequilíbrio. A pressão baixa pode levar ao mesmo quadro, por reduzir o volume de sangue que chega ao cérebro.

É considerada hipertensa pessoa que, a medir a pressão em repouso, apresenta valores iguais ou acima de 14 por 9 (140 mmHg X 90 mmHg).

Você pode verificar sua pressão com um medidor digital em casa ou se dirigir a uma farmácia. Se a pressão estiver elevada procure manter-se em repouso e busque um médico de família ou clínico geral, ou cardiologista para dar início ao seu tratamento e verificar a necessidade de uso de medicamentos anti-hipertensivos.

Se a pessoa já tem diagnóstico de pressão alta (hipertensão), é preciso reavaliar as doses dos medicamentos utilizados no seu tratamento. O médico de família, clínico geral ou cardiologista, deverão avaliar e ajustar as medicações, conforme a necessidade.

2. Hipotensão ortostática

A hipotensão ortostática ou postural é bastante comum em pessoas idosas e tem como sintomas: a tontura ao levantar ou acordar, sensação de desmaio, visão turva ou escurecimento da visão e confusão mental (pensamentos confusos).

A tontura acontece segundos ou minutos após a pessoa se levantar, principalmente depois de longo tempo deitada ou mesmo sentada. Ocorre devido a uma falha na regulação da pressão arterial que provoca queda de pressão e redução no volume de sangue que o coração bombeia para o cérebro.

Em casos mais graves, a pessoa pode sofrer quedas, síncope (desmaio) ou convulsões. Esforço físico e refeição "pesada", com alimentos gordurosos ou de difícil digestão, podem agravar os sintomas.

Se você sentir sintomas de hipotensão ortostática levante-se devagar e com cuidado. Dormir com a cabeceira da cama elevada pode aliviar os sintomas. Utilize travesseiros para elevar a cabeceira da cama.

3. Labirintite

A labirintite é uma doença inflamatória que acomete o labirinto, um dos órgãos responsáveis pelo nosso equilíbrio.

A tontura, que pode ocorrer quando a pessoa se levanta rapidamente, é o principal sintoma da doença. É descrita como perda de equilíbrio, como se a pessoa deixasse de sentir o chão e fosse cair.

Dor de cabeça, zumbido no ouvido, náuseas e dificuldade de fixar a visão ou ficar em pé com os olhos fechados são outros sinais que caracterizam a labirintite.

O tratamento depende da causa e da gravidade dos sintomas. Fazer repouso é importante para melhorar os sintomas.

Uma consulta médica para avaliar os sintomas e verificar a necessidade de medicação anti-inflamatória e fisioterapia podem ser eficazes. O médico de família, clínico geral, otorrinolaringologista ou neurologista são os profissionais indicados para o diagnóstico e tratamento da labirintite.

4. Obstrução de carótidas

As artérias carótidas se localizam uma de cada lado do pescoço e têm a função fundamental de levar sangue e oxigênio para o cérebro.

O entupimento de uma das carótidas por depósito de gordura (ateroma) ou coágulo, pode provocar a tontura ao levantar. A falta de irrigação cerebral é uma das principais causas de derrame cerebral (AVC - acidente vascular cerebral isquêmico).

Somente uma avaliação médica pode diagnosticar a obstrução de carótidas. O tratamento pode ser feito mediante o uso de medicamentos ou de procedimento cirúrgico. O médico mais indicado para tratar este tipo de obstrução é o cirurgião vascular.

O que fazer ao sentir tontura quando se levanta?

Se você já sentiu tontura ao levantar, adote os seguintes cuidados:

  • Levante-se lentamente e com cuidado;
  • Consuma bastante líquidos para ajudar a manter adequado o volume de sangue no organismo;
  • Pratique atividade física regularmente, se possível. Exercícios físicos regulares aumentam a tônus muscular das veias das pernas e diminuem o acúmulo de sangue nesta região, o que reduz a possibilidade de novos episódios de tontura ao levanta-se;
  • Evite o consumo de álcool.

Você pode adotar estas medidas em casa sem medo de contraindicações.

O aumento do consumo de sal também pode ser efetuado, entretanto, essa medida deve ser orientada pelo médico e pode ser contraindicada em pessoas que possuem doenças cardíacas.

Quando devo me preocupar?

Se ao levantar-se você sente tontura ou sensação de desmaio fique atento aos seguintes sintomas:

Dificuldade de andar, coordenação motora ou equilíbrio alterados

A dificuldade de andar, a falta de coordenação motora e a alterações no equilíbrio são sinais de comprometimento do sistema nervoso. Por este motivo são considerados sinais de alerta, e precisa de avaliação médica.

Sangue nas fezes

A presença de sangue nas fezes pode ser indicativo que hemorragia interna, que leva a anemia e aos sintomas de tontura frequente, é também uma causa da hipotensão ortostática.

Queda e desmaio

Pessoas que apresentaram queda ou desmaio após algum episódio de hipotensão ortostática devem buscar um médico imediatamente.

Estes três sintomas são sinais de alerta e indicam que você deve procurar o médico de família, neurologista ou clínico geral quanto antes.

O que preciso informar ao médico durante a consulta?

Para identificar a causa da tontura que você sente ao levantar ou acordar é efetuada uma avaliação com base nos sintomas, na história clínica e no exame físico.

É importante informar:

  • Há quanto tempo você está sentindo tontura ao levantar;
  • Se apresentou queda ou desmaio durante o episódio de tontura;
  • Se houve perda de sangue nas fezes;
  • Se é portador de algum distúrbio que pode provocar tontura como diabetes, câncer ou doença de Parkinson; e
  • Se faz uso de algum medicamento como os remédios para pressão.

Pode ser necessário a realização de exames como eletrocardiograma e exames de sangue.

Para um diagnóstico mais seguro, procure um médico de família, neurologista ou clínico geral.

Qual o tratamento da tontura?

O tratamento da tontura ao levantar ou acordar depende da sua causa e inclui mudanças no estilo de vida, medicamentos ou mesmo a suspensão, ou troca de algum remédio que pode estar provocando a tontura.

As mudanças de estilo de vida estão relacionadas a ações como a prática de atividade física regular e evitar o uso de álcool.

Nos caso de obstrução de carótidas pode ser necessário efetuar ultrassonografia com dopller de carótidas para avaliar o grau de obstrução e definir se o tratamento será medicamentoso ou cirúrgico,

Os medicamentos indicados, normalmente, têm o efeito de reter sal e água no organismo para que a pressão arterial se mantenha normal quando você levantar. Os anti-inflamatórios podem ajudar em alguns casos.

Se você sente tontura ao levantar, não utilize nenhum medicamento por conta própria. Busque orientação de um médico de família, neurologista ou clínico geral.

Leia mais: Sinto uma tontura constante. O que pode ser?

Quando deitada e levanto minha vista escurece...
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Uma das causas de vista escura após se levantar é a hipotensão ortostática ou postural, mas existem diversas outras causas para esse sintoma.

O mais adequado é que procure um médico clínico geral ou médico da família para uma avaliação criteriosa e dar início a investigação diagnóstica, com posterior tratamento.

Hipotensão ortostática ou postural

A hipotensão ortostática ou postural se caracteriza pela queda na pressão arterial:

Sistólica ("máxima") - de pelo menos 20 mmHg, ou 30 mmHg em pacientes hipertensos; e/ou

Diastólica ("mínima") - de pelo menos 10 mmHg.

Portanto, uma pessoa com a pressão habitualmente de 120 x 80 mmhg, apresentar queda da pressão para 100 x 70 mmhg, já é suficiente para definir a hipotensão ortostática e com isso, desenvolver os sintomas de tontura, mal-estar ou visão escura.

As causas comuns dessa hipotensão são uso crônico de medicamentos anti-hipertensivos ou ansiolíticos; doenças neurodegenerativas, como a doença de Parkinson; ou situações que interfiram na circulação sanguínea cerebral, por exemplo placas de gordura na artéria carótida.

O colesterol aumentado com consequente "entupimento" das carótidas, representa uma parcela considerável dessa patologia, especialmente se a queda da pressão acontece quando a pessoa passa um tempo deitado ou abaixado e se levanta rapidamente, pela dificuldade do sangue retornar ao cérebro em pouco tempo e com a placa de gordura no caminho.

Os sintomas mais prevalentes estão relacionados a hipoperfusão cerebral, sendo eles, a tontura, síncope, náuseas, visão escura e quedas.

O médico cardiologista é o responsável pelo diagnóstico e tratamento da hipotensão postural.

Outras causas de "vista escura"

Além da hipotensão postural, outras situações podem causar a sensação de vista escura, ou mesmo alteração visual permanente, como:

  • Pressão arterial alta;
  • Hipoglicemia;
  • Crise de enxaqueca;
  • Degeneração macular;
  • Lesão no olho, por trauma por exemplo;
  • Infecção ou lesão da córnea;
  • Glaucoma, aumento da pressão no olho;
  • Descolamento de retina: Descolamento súbito da camada do olho sensível à luz;
  • Neurite óptica: Inflamação do nervo óptico.

Leia também: Visão turva ou embaçada: o que pode ser e o que fazer?

O médico clínico geral ou médico da família deve ser procurado para dar início a avaliação e investigação diagnóstica, seguido do tratamento ou encaminhamento ao especialista quando achar necessário.

Tontura, enjoo e fico estressada, qual especialista procurar?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Se você sente tontura, enjoo e fica estressada, deve primeiro procurar o/a médico/a clínico/a geral ou médico/a de família para que a causa da tontura e dos enjoos seja identificada. Se o médico achar necessário, poderá lhe encaminhar para um outro especialista.

Já o estresse e outros transtornos mentais podem ser investigados pelo/a médico/a psiquiatra.

O próprio estresse, o nervosismo e a ansiedade podem causar tontura e náuseas, mas só o/a médico/a poderá definir se existe ligação entre esses sintomas.

Além do estresse, as tonturas podem ser provocadas por:

  • Problemas no labirinto (labirintite)
  • Hipoglicemia (pouco açúcar no sangue);
  • Jejum prolongado;
  • Anemia;
  • Gripe;
  • Enxaqueca;
  • Pressão baixa;
  • Medicamentos;
  • Doenças cardiovasculares;
  • Ingestão de bebidas alcoólicas.

Já os enjoos podem ter como causas:

  • Distúrbios emocionais, como estresse, ansiedade, nervosismo, depressão;
  • Gastrite;
  • Refluxo gastroesofágico;
  • Inflamação no intestino;
  • Uso de medicamentos;
  • Gravidez;
  • Infarto;
  • Problemas no labirinto (labirintite).

São muitas as situações e doenças que podem provocar tontura e náuseas, sendo o estresse apenas uma delas. Porém, esses sintomas podem não estar necessariamente interligados e apenas o/a médico/a poderá detectar as suas causas, origens e se existe ou não ligação entre eles.

Sinto vertigem frequentemente, o que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Vertigem constante é um sintoma muito comum e pode se apresentar em diversas doenças, que afetam diferentes sistemas do corpo. As principais causas de vertigem frequente incluem:

  • Alterações da pressão arterial, hipertensão ou hipotensão postural;
  • Doenças que afetam o labirinto (neurite vestibular, doença de Ménière, vertigem posicional paroxística benigna - VPPB);
  • Alterações nas estruturas do pescoço ou na coluna vertebral (hérnia de disco, retificação da coluna);
  • Alterações vasculares no pescoço (obstrução de vasos do pescoço - carótidas);
  • Problemas de visão (glaucoma, catarata, miopia);
  • Distúrbios metabólicos, como anemia, diabetes descompensada, entre outros.

Além das causas citadas acima, deve-se investigar várias outras causas possíveis, como traumatismos, ansiedade, infecções virais ou bacterianas, tumores, efeitos colaterais de medicamentos, doenças neurológicas específicas, como a esclerose múltipla, ou ainda presença de substâncias tóxicas no organismo.

Sensação de vertigem

Popularmente, as doenças que causam vertigem são chamadas de "labirintite", com queixas de tontura, vertigens, náuseas, vômitos, perda de equilíbrio, zumbidos no ouvido e perda de audição. Contudo, é importante lembrar que antes de definir o problema como labirintite, outras doenças, inclusive doenças de alto risco para saúde como uma obstrução de carótidas, devem ser investigadas.

O que pode causar vertigem? Alterações da pressão arterial

Tanto a hipertensão, pelo efeito direto do aumento da pressão, como a hipotensão, pelo baixo fluxo de sangue no cérebro, podem causar tonturas e vertigem. Especialmente quando essas ocorrem após movimento brusco ou o movimento de se levantar rapidamente.

Devido à alta frequência dessa doença na nossa população e ao alto risco de complicações por doenças cardiovasculares, como AVC (acidente vascular cerebral) e infarto agudo do miocárdio, esta deve ser uma das primeiras causas a ser descartada.

Doenças do labirinto

Nas doenças do labirinto, é importante diferenciar tontura de vertigem. Enquanto a tontura se caracteriza pela sensação de perda de equilíbrio e queda, como se a pessoa deixasse de sentir o chão, as vertigens dão a sensação de que a pessoa ou tudo ao redor está girando ou inclinando.

Em geral, as vertigens são causadas por problemas no labirinto, uma estrutura óssea muito pequena que se localiza dentro do ouvido. Esse órgão possui um líquido em seu interior e, a partir do movimento desse líquido, ele consegue transmitir ao cérebro informações sobre a posição do corpo, a direção e a velocidade dos movimentos.

Na presença de qualquer problema que afete esse mecanismo, podemos ter a sensação de estarmos caindo, ou de que a cabeça está girando, que é a vertigem.

A VPPB (vertigem posicional paroxística benigna), embora não seja tão conhecida como a labirintite, é a causa mais comum de vertigem na nossa população. Muito mais comum do que a labirintite.

Alterações nas estruturas do pescoço ou na coluna cervical

Algumas alterações encontradas nas estruturas do pescoço podem desencadear vertigem e tontura. As doenças na coluna cervical, como bico de papagaio ou hérnia de disco, causam os sintomas de vertigem pela compressão direta do nervo ou da cadeia de nervos nessa região.

Alterações vasculares no pescoço

A obstrução de vasos do pescoço por placas de gordura, por exemplo, levam a um quadro de vertigem, devido à redução do fluxo de sangue e consequente redução de oxigênio no cérebro. Trata-se de um Importante fator de risco para AVC ("derrame cerebral"), por isso também deve ser investigado.

Problemas de visão

Os problemas de visão causam tonturas, dores de cabeça e até náuseas com frequência. Portanto devem sempre ser considerados em uma investigação inicial de vertigens frequentes. Astigmatismo, miopia, presbiopia (vista cansada), degeneração macular, catarata e glaucoma podem iniciar seus sintomas com tonturas ou vertigens, especialmente ao final do dia.

O que é vertigem?

Vertigem é a sensação de que a pessoa girando ou tudo ao redor está rodando e inclinando. Existem 2 tipos de vertigem: central e periférica.

Vertigem central

A vertigem central é causada por um problema no cérebro, geralmente no tronco cerebral ou na parte posterior do cérebro (cerebelo). Suas causas podem incluir:

  • Doença vascular;
  • Uso de certos medicamentos, como anticonvulsivantes;
  • Consumo de bebidas alcoólicas;
  • Esclerose múltipla;
  • Convulsões;
  • Derrame cerebral;
  • Tumores benignos e malignos;
  • Enxaqueca.
Vertigem periférica

A vertigem periférica é causada por problemas no labirinto, a estrutura do ouvido interno que controla o equilíbrio. O problema também pode envolver o nervo vestibular, que conecta o ouvido interno ao cérebro.

A vertigem periférica pode ser causada por:

  • VPPB (Vertigem posicional paroxística benigna);
  • Certos medicamentos, como antibióticos aminoglicosídeos, cisplatina, diuréticos ou salicilatos;
  • Traumatismo craniano;
  • Inflamação do nervo vestibular;
  • Labirintite;
  • Doença de Ménière;
  • Compressão do nervo vestibular, geralmente causada por um tumor benigno.
Quais os sintomas de vertigem?

O principal sintoma da vertigem é a sensação de que a pessoa ou o lugar onde ela está girando ou se movendo. A sensação de rotação pode causar náusea e vômito.

Dependendo da causa da vertigem, outros sintomas podem estar presentes, como:

  • Dificuldade para focar a visão;
  • Tonturas;
  • Perda de audição em um ouvido;
  • Perda de equilíbrio, que pode causar quedas;
  • Zumbido nos ouvidos.

No caso da vertigem central, ou seja, decorrentes de problemas no cérebro, a pessoa pode apresentar ainda:

  • Dificuldade para engolir;
  • Visão dupla;
  • Problemas com movimentos oculares;
  • Paralisia facial;
  • Má articulação da linguagem;
  • Fraqueza nos membros.
Qual é o tratamento para vertigem?

O tratamento da vertigem deve incidir sobre a causa, que deve ser identificada e tratada o mais rápido possível, sobretudo em casos de vertigem central.

Para aliviar os sintomas da vertigem periférica, como náuseas e vômitos, podem ser indicados medicamentos antieméticos.

A fisioterapia pode ajudar a melhorar os problemas de equilíbrio, através de exercícios específicos. Os exercícios também podem fortalecer os músculos para ajudar a prevenir quedas.

Outros tratamentos dependem da causa da vertigem. A cirurgia, incluindo descompressão microvascular, pode ser sugerida em alguns casos.

O que fazer em caso de vertigem?

Para evitar a piora dos sintomas durante um episódio de vertigem, siga os seguintes passos:

1) Sente-se ou deite-se; 2) Retome a atividade gradualmente; 3) Evite mudanças bruscas de posição; 4) Não tente ler; 5) Evite luzes fortes.

Procure atendimento médico com urgência se a vertigem vier acompanhada de outros sintomas como visão dupla, dificuldade para falar ou perda da coordenação.

Uma vez que as vertigens podem ser um sintoma de uma série de doenças (algumas delas graves), você deve procurar um/a médico/a clínico/a geral ou médico/a de família para fazer uma avaliação. Se preferir ir direto a um especialista, os mais indicados para avaliar casos de vertigem são o otorrinolaringologista ou o neurologista.

Sensação de desmaio: quais as causas e como saber se vou desmaiar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A sensação de desmaio muitas vezes é referida como uma sensação de tontura, em que há uma breve perda de consciência. Pode ser chamada também de sincope.

Pode ser causado por situações diversas, que levam a uma diminuição do fluxo sanguíneo para o cérebro. Dura em média poucos minutos e a pessoa normalmente se recupera rápida e completamente.

Antes de desmaiar, a pessoa pode perceber por se sentir fraca, suada ou enjoada. Outros sintomas comuns são as alterações visuais (visão em túnel) ou a sensação de ter um ruído que está diminuindo ao fundo.

Ao desmaiar, a pessoa não apenas perde a consciência, como perde o tônus muscular e a cor da pele, principalmente no rosto, que se torna pálida.

E após um desmaio a pessoa pode não se lembrar de fatos que aconteceram antes de desmaiar, durante ou mesmo após o desmaio; sentir-se confuso ou sonolento e com alterações nos batimentos cardíacos.

Quais as causas da sensação de desmaio?

A sensação de desmaio pode nos casos de:

  • Tosse constante;
  • Defecar, especialmente se houver grande esforço;
  • Estar parada num mesmo lugar por muito tempo;
  • Calor excessivo;
  • Jejum, ou alimentação exagerada;
  • Dor intensa;
  • Situação de estresse, medo ou ansiedade extrema.

Outras causas de desmaio, algumas das quais podem ser graves, incluem:

  • Uso de certos medicamentos, como os usados para ansiedade, depressão e pressão alta. Estes medicamentos podem causar uma queda da pressão sanguínea;
  • Uso de álcool ou drogas;
  • Doença cardíaca, como arritmia, infarto, e derrame cerebral;
  • Respiração rápida e profunda (hiperventilação);
  • Baixo nível de açúcar no sangue;
  • Convulsões;
  • Queda repentina da pressão arterial, como em casos de sangramento ou desidratação grave;
  • Levantar-se de repente da posição deitada, que também pode causar tontura.

Pessoas com histórico de sensação de desmaios, com diagnóstico e orientações médicas sobre como evitá-las, deve seguir as orientações de maneira rigorosa, para não correr riscos, como por exemplo uma queda da própria altura, ou situações mais graves, como um acidente automobilístico.

O que fazer em casos de desmaio?

1. Verifique as vias aéreas e a respiração da pessoa. Se necessário, ligue para o número de emergência (192 - Corpo de Bombeiros);

2. Solte as roupas apertadas em volta do pescoço;

3. Eleve os pés da pessoa acima do nível do coração (cerca de 30 cm) ou sente-a para a frente, com a cabeça entre os joelhos;

4. Se a pessoa vomitar, ou apresentar crise convulsiva, vire-a de lado para evitar que se engasgue;

5. Peça sempre ajuda.

O que não fazer em caso de desmaio:

  • Dar comida ou bebida a uma pessoa inconsciente;
  • Deixar a pessoa sozinha;
  • Colocar um travesseiro sob a cabeça de uma pessoa inconsciente;
  • Bater palmas, sacudir, dar tapas ou despejar água no rosto da vítima.

Chame imediatamente uma ambulância através do número 192 se a pessoa que desmaiou:

  • Caiu de qualquer altura, especialmente se estiver ferida ou sangrando;
  • Não recuperar a consciência rapidamente, em alguns minutos;
  • Estiver grávida;
  • Tiver mais de 50 anos;
  • For sabidamente portador de diabetes ou hipertensão arterial;
  • Sentir dor, pressão ou desconforto no peito antes do desmaio;
  • Apresentar batimentos cardíacos fortes ou irregulares;
  • Perder a fala, apresentar problemas de visão ou incapacidade de mover um ou mais membros;
  • Tiver convulsões, lesões na língua ou perda do controle das fezes.
Como prevenir a sensação de desmaio?

Para evitar a sensação de desmaio ou desmaiar:

  • Evite situações em que o nível de açúcar no sangue caia muito, como jejum prolongado;
  • Evite ficar em um local por muito tempo sem se mexer, principalmente se tiver propensão para desmaios;
  • Beba líquido suficiente, especialmente em dias quentes;
  • Se sentir que está prestes a desmaiar, deite-se ou sente-se com a cabeça inclinada para a frente, entre os joelhos.

Mesmo que não seja uma situação de emergência, uma pessoa que nunca desmaiou e teve um desmaio deve ser examinada por um médico clínico geral ou médico de família, bem como se tiver episódios de desmaios frequentes ou apresentar novos sintomas com desmaio.

Leia também: É normal sentir tontura ao se levantar, ou ao comer, ou...

Todos os dias tenho a sensação de tontura o que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A tontura todos os dias pode sinalizar diversos problemas, como os citados abaixo:

  • Problemas cardíacos, aumento ou queda súbita da pressão arterial;
  • Distúrbios vestibulares, como a VPPB (vertigem posicional paroxística benigna) e a labirintite;
  • Problemas metabólicos, como uma hipoglicemia, anemia, hipóxia cerebral;
  • Problemas vasculares, obstrução de carótidas, AVC;
  • Problemas psicológicos, como ansiedade e estresse extremo;
  • Gravidez;
  • Uso de certos medicamentos, entre outras condições.

Entretanto, embora a maioria das causas de tontura sejam benignas, a queixa geralmente representa o primeiro sinal de um problema físico, e não apenas um mal-estar passageiro.

Sendo assim, recomendamos que no caso de tontura, procure o quanto antes, um médico clínico geral ou médico da família, para dar início a essa investigação e devido tratamento.

O que é tontura?

A tontura é um sintoma inespecífico, que pode acontecer por diversos problemas, em diferentes sistemas do organismo, o que dificulta um rápido diagnóstico. Porém o exame clínico e coleta de mais informações na consulta médica, ajuda no direcionamento dessa investigação.

Por exemplo, nos casos de queixa de tontura com sensação de "tudo girando ao redor", ou "estar em um barco", fala a favor de uma vertigem, e a causa mais frequente de vertigens é a VPPB, chegando a 35% de todos os casos.

A VPPB deve ser confirmada e tratada pelo médico neurologista ou otorrinolaringologista.

Já nos casos de tontura apenas quando se levanta rápido ou quando passa muito tempo em jejum, nos sugere um problema na circulação sanguínea cerebral, como nos casos de hipotensão ou hipertensão arterial, obstrução de artérias carótidas, entre outras, e então direcionamos os exames para essa avaliação.

Leia também: O que é hipotensão arterial e quais os sintomas?

Quando a tontura está associada a um desequilíbrio e até queda para um mesmo lado, devemos suspeitar e investigar um processo de labirintite ou AVC (acidente vascular cerebral) isquêmico.

O uso de medicamentos controlados, tem como mecanismo de ação, a depressão e lentificação do sistema nervoso, sendo assim, especialmente em pacientes mais idosos, a tontura é um dos efeitos adversos esperados.

A gravidez, crise de enxaqueca, distúrbios metabólicos, e outras condições, podem alterar a nutrição e oxigenação cerebral, causando também o sintomas de tontura.

Portanto, uma investigação clínica juntamente com exame físico, auxilia em mais de 70% na definição da causa de uma tontura. Os exames complementares serão suporte diagnóstico, quando corretamente pedidos.

Não existe um exame padrão ouro ou mais indicado para a queixa de tontura, antes dessa avaliação médica criteriosa.

E o tratamento será baseado na causa para essa queixa.

Quais são as causas de tontura constante? Podemos citar como causas comuns de tontura frequente:
  • Pressão arterial elevada ou Hipotensão;
  • VPPB, Labirintite;
  • AVC, Obstrução de carótidas;
  • Uso de certos medicamentos;
  • Gravidez;
  • Enxaqueca (crise enxaquecosa);
  • Estresse, ansiedade ou crises de pânico;
  • Hipoglicemia;
  • Anemia; ainda,
  • Uso irregular de óculos;
  • Insônia, sono fragmentado e
  • Alimentação ruim.

Saiba mais no artigo: Tontura na gravidez, é normal?

O médico clínico geral, ou médico da família deverá dar início a essa investigação, e havendo necessidade solicitará exames para diagnóstico e conduta adequados.

Pode lhe interessar também: O que é Labirintite e quais seus sintomas?

Queimação no estômago: medidas caseiras e remédios para aliviar a azia
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Para aliviar a queimação de estômago, você pode utilizar medidas caseiras, como chás naturais e hábitos de vida mais saudáveis. Para os casos de dor intensa ou não responder as medidas naturais, é preciso iniciar medicamentos, como o omeprazol e pantoprazol.

As plantas medicinais que descreveremos, foram testadas cientificamente e aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Isto significa que o seu consumo é seguro e que pode prepará-las em casa, seguindo a dosagem máxima recomendada.

Os medicamentos devem ser orientados pelo médico que o acompanha, definindo a melhor dose e tempo de uso, caso a caso. Tanto o tratamento natural quanto os medicamentos, têm o objetivo de reduzir a produção de ácido gástrico no estômago, acelerar o seu esvaziamento e proteger a parede deste órgão.

1. Chás para queimação de estômago Alcachofra (Cynara scolymus L.)

O uso das folhas de alcachofra ameniza a sensação de queimação no estômago, dor, desconforto abdominal, gases e náuseas. Além das folhas secas e moídas, adequadas para fazer o chá, a alcachofra pode ser encontrada em cápsulas e comprimidos.

Como fazer: A alcachofra deve ser administrada por via oral. Se você preferir o chá, pode tomar de 1 a 2 g da folha seca por dia em 150 ml de água. Para tomar duas vezes ao dia: ferva 150ml de água em fervura e adicione 1 g de folhas de alcachofra. Para ingerir quatro vezes ao dia faça o mesmo procedimento colocando na água até 0,5g da planta.

Já os comprimidos ou cápsulas, podem ser ingeridos de duas a quatro vezes ao dia. Ao optar pelos comprimidos ou cápsulas, siga as instruções do fabricante.

Contraindicações: Mulheres grávidas ou amamentando e pessoas com obstrução do ducto biliar, não podem usar alcachofra em nenhuma das suas formas (chá, cápsulas ou comprimidos).

Espinheira-santa (Maytenus ilicifolia e Maytenus aquifolia)

As folhas da espinheira santa funcionam no tratamento da queimação do estômago, como protetoras da mucosa gástrica e antiácido. Entretanto, é indicado apenas em casos em que não há presença de úlcera gástrica.

Como fazer: O chá de espinheira-santa deve ser feito com 3g de folhas secas em 150 ml de água quente. Deve ser tomado logo depois do preparo, de três a quatro vezes ao dia. Nos casos das cápsulas ou comprimidos se deve tomar 860mg de duas a três vezes ao dia, entretanto, não deixe de ler as orientações do fabricante.

Contraindicações: Não deve ser usado na gravidez e durante a amamentação, pois há indícios que o uso de espinheira-santa causa redução do leite materno. Crianças com menos de seis anos também não devem usar a planta.

Gengibre (Zingiber officinale)

O gengibre é indicado para queimação no estômago, azia e vômitos. A parte da planta utilizada é o caule subterrâneo chamado rizoma. Pode ser encontrado em forma de cápsulas ou comprimidos, em pó e em rizomas, que é a forma mais facilmente encontrada.

Rizoma: caule subterrâneo do gengibre utilizado para fazer chás.

Como fazer: Corte o rizoma do gengibre em pedaços de 0,5 a 1 g, junte 150 ml de água em uma panela com tampa e leve ao fogo. Ferva por cinco minutos. A seguir, desligue o fogo e aguarde de 3 a 5 minutos. Após esse tempo o chá estará pronto para beber.

O gengibre em pó deve ser usado na dose de uma colher de chá rasa para uma xícara de 150ml de água. Você dever ferver a mistura da água com o pó de gengibre durante 1 minuto em uma panela tampada. A seguir, apague o fogo e deixe em infusão por 5 minutos. Recomenda-se beber de 3 a 4 xícaras de chá por dia.

Ao usar cápsulas ou comprimidos de gengibre, siga as recomendações dos fabricantes. A dose máxima deve ser de 4g do rizoma por dia para fazer o chá.

Contraindicações: O gengibre é contraindicado para pessoas com pressão alta e cálculos biliares e menores de 12 anos. Pessoas que tomam anticoagulantes ou que apresentam distúrbios da coagulação sanguínea devem consultar o seu médico antes de usar gengibre.

2. Remédios para queimação de estômago Omeprazol, pantoprazol

Alguns dos medicamentos inibidores da produção de ácido clorídrico no estômago são indicados em doenças que provocam o aumento da secreção gástrica como, por exemplo, o refluxo. Nestes casos, os remédios mais usados são o omeprazol, pantoprazol, esoprazol e rabeprazol.

Efeitos colaterais: Náuseas, diarreia, dor de cabeça, dor abdominal, prisão de ventre, flatulência, erupções cutâneas.

Ranitidina, cimetidina

Existem também os medicamentos que inibem a secreção de ácidos no estômago induzidas pela histamina e gastrina, substâncias que provocam o aumento dos ácidos estomacais. A cimetidina, nizatidina e famotidina são os mais usados.

Efeitos colaterais: Cansaço, sonolência, dor de cabeça, dor muscular, diarreia e prisão de ventre.

Metoclopramida, domperidona

A queimação e dor no estômago, especialmente quando acompanhadas de sensação de estufamento e de dificuldade de digestão, pode ocorrer quando o estômago se encontra muito cheio.

Nestas situações, os medicamentos usados têm o objetivo de estimular a motilidade intestinal e promover o esvaziamento do estômago de forma mais rápida. Estes medicamentos são a metoclopramida, domperidona e cisaprida.

Efeitos colaterais: Fraqueza, sonolência ou agitação, queda da pressão arterial, sonolência e diarreia. Já o uso de domperidona e cisaprida, embora seja raro, pode causar diarreia ou prisão de ventre.

Sucralfato e os sais de bismuto

Os protetores gástricos são um grupo de medicamentos que formam uma barreira de proteção contra a ação dos ácidos no estômago e no esôfago. Esta proteção evita que a sensação de queimação no estômago ocorra. Os mais utilizados são o sucralfato e os sais de bismuto.

Efeitos colaterais: Prisão de ventre, boca seca, náuseas, vômitos, dor de cabeça e irritação de pele. Os sais de bismuto apresentam como efeitos colaterais: dor de cabeça, tontura, náuseas, vômitos, diarreia e fezes escuras.

Hidróxido de alumínio, hidróxido de magnésio e bicarbonato de sódio

Embora sejam bastante populares, os antiácidos são pouco indicados para aliviar a queimação devido à sua ineficácia e ao risco de efeito rebote, ou seja, a pessoa melhora rapidamente quando ingere o medicamento e a seguir a queimação retorna de forma mais intensa.

Os antiácidos mais utilizados para inibir a ação ácido clorídrico do estômago são o hidróxido de alumínio, hidróxido de magnésio e bicarbonato de sódio.

Efeitos colaterais: Prisão de ventre e diarreia.

Quando devo procurar atendimento de emergência?

Alguns sintomas servem de alerta de que algo mais grave pode estar acontecendo no seu organismo. Estes sintomas incluem:

  • Permanência da queimação e dor de estômago por mais de 2 semanas,
  • Febre,
  • Vômitos com sangue,
  • Perda de peso.

Na presença de qualquer um destes sinais de alerta, procure um atendimento médico em uma emergência hospitalar.

Para saber mais sobre queimação no estômago, você pode ler:

Como tratar queimação no estômago?

Um copo de água ou leite alivia a azia?

Senti uma dor muito forte com queimação no estômago...

Referências:

  • Angência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA. Memento Fitoterápico da Farmacopeia Brasileira. Brasília: ANVISA, 2016.
  • Ganguly, S.; Roy, S. Medicinal Plants and Herbs: A Review. International Journal of Pharmacy & Life Sciences, 6(3):4288-4290, 2019.
  • Federação Brasileira de Gastroenterologia
Tontura constante: o que pode ser e o que fazer?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A tontura constante pode ser causada por diversas doenças, sendo as principais: a labirintite, diabetes, doenças cardíacas, problemas neurológicos, hipotiroidismo, aterosclerose ou os efeitos colaterais de medicamentos.

Para cada uma das situações, existe uma orientação e tratamento individualizados.

1. Labirintite

A labirintite é uma doença rara, caracterizada pela inflamação do labirinto, que pode causar tonturas. Entretanto, a causa mais comum de tontura por problemas no labirinto, é a vertigem posicional paroxística benigna (VPPB), embora menos conhecida do que a labirintite.

Os sintomas são semelhantes e incluem náusea, vômito, dificuldade de se manter em pé, zumbido no ouvido e movimento descoordenado dos olhos (nistagmo).

A enxaqueca, situação de estresse, infecções respiratórias, uso de medicamentos ou doenças cerebrais como sequela de AVC e esclerose múltipla, são causas comuns tanto para labiritnite quanto para a VPPB.

O que fazer?

O tratamento inicial tem o objetivo de aliviar os sintomas, para isso pode fazer uso de medicamentos para náuseas e vômitos, como a cinarizina ou dramin e manter-se em repouso.

Para os casos mais graves, com dificuldade em se alimentar, vômitos frequentes e muito mal-estar, está indicado procurar uma emergência para tratamento venoso e realização de manobras específicas, como a manobra de Epley.

Para o tratamento definitivo e cura do problema, é preciso procurar um atendimento médico, para definir a causa da labirintite. Nos casos de infecção será preciso uso de antibióticos.

2. Diabetes

As pessoas que têm diabetes apresentam com certa frequência, níveis baixos de açúcar no sangue, definido como hipoglicemia. Isto ocorre, especialmente, quando o tratamento para diabetes não é seguido de maneira adequada.

Os sintomas mais comuns de hipoglicemia incluem tontura, suor frio, mal-estar, sensação de queda, fraqueza e tremores.

O que fazer?

Ofereça açúcar! A hipoglicemia é uma situação grave, que pode evoluir com crise convulsiva e coma, se não for rapidamente tratada. Sendo assim, se a pessoa estiver acordada e lúcida, pode ingerir alimentos ricos em carboidratos simples como pão doce ou suco natural de fruta, ou o próprio açúcar, na colher ou misturada a um copo de água.

No caso de desorientação, não ofereça alimentos nem água, para evitar um engasgo e maiores complicações pulmonares. Se os sintomas persistirem por mais de 15 minutos, ou a pessoa perder a consciência, chame uma emergência (SAMU 192).

3. Tontura ao levantar (hipotensão ortostática)

O sintoma de tontura quando se levanta rapidamente, é chamado de hipotensão ortostática. Uma situação bastante comum, principalmente em idosos, que ocorre pela queda repentina da pressão arterial, quando a pessoa se levanta.

A tontura pode vir acompanhada de sensação de desmaio, náuseas, visão turva ou mal-estar.

A pressão arterial baixa pode ser normal, mas também pode indicar um problema cardiológico, o que requer tratamento e acompanhamento por parte de um médico cardiologista.

O que fazer?

Para aliviar o sintoma, é preciso levantar-se sempre lentamente, de preferência se sentar primeiro e depois colocar-se de pé. Para o tratamento definitivo, deverá procurar um cardiologista para avaliação e acompanhamento.

4. Pressão baixa

A variação de pressão, provoca a tontura e desequilíbrio, uma vez que o sangue não chega adequadamente ao cérebro. Outros sintomas são: mal-estar, fraqueza, visão turva, sonolência, e dores de cabeça.

O uso de sal embaixo da língua nesses casos, é uma prática comum, no entanto, pode ser uma medida perigosa, pois se a pressão arterial aumentar rapidamente, pode causa sérios problemas, como o AVC (derrame cerebral).

O que fazer?

Nestes casos, é importante medir adequadamente a pressão arterial, de preferência com um profissional de saúde para definir o melhor tratamento. O uso de sal para a pressão baixa, deve ser em situações que não consegue contato com o seu médico, e em pequena quantidade (uma pitada de sal).

5. Doenças neurológicas

Pessoas que têm enxaqueca, epilepsia, doença de Parkinson, mal de Alzheimer e tumores cerebrais, podem apresentar queixa de tontura constante. Na enxaqueca, a tontura acontece geralmente associada a dor.

O que fazer?

Para cada caso existe um tratamento. Na crise de enxaqueca, é preciso ficar em repouso e tomar a medicação para a dor. Na epilepsia, avaliar as medicações e as suas dosagens, pode ser um efeito colateral ou dose excessiva.

Nas doenças neurodegenerativas, como Parkinson e Alzheimer, ajustar as doses dos medicamentos pode resolver o problema. No caso de tumor, será preciso a cirurgia ou radioterapia.

É importante que você procure um neurologista para esclarecer os sintomas da tontura e estabelecer o melhor tratamento.

6. Hipotireoidismo

O hipotireoidismo é a incapacidade da glândula tireoide produzir hormônios suficientes para manter um metabolismo do corpo adequado. Dessa forma, todo o organismo funciona de maneira mais lenta, e tem como sintomas, o edema generalizado, sonolência, cansaço, unhas frágeis e quebradiças, queda de cabelo e tonturas.

A causa mais comum é a Tireoidite de Hashimoto, uma doença autoimune, crônica, que não tem cura, mas pode ser bem controlada com a reposição hormonal.

O que fazer?

A reposição hormonal, é o tratamento de escolha, com a administração de um comprimido de hormônio ao dia. O médico clínico geral ou o endocrinologista são os responsáveis por tratar e acompanhar adequadamente esses casos.

7. Gordura na artéria carótida

A presença de placas de gordura nas artérias do pescoço, como a artéria carótida, é outra causa comum de tonturas e bastante preocupante, porque se a placa obstruir completamente a passagem do sangue para o cérebro, pode resultar em um derrame cerebral (AVC).

A alimentação gordurosa, a falta de exercícios, o cigarro e a hipertensão, são fatores de risco para a formação dessas placas. Sendo assim, a realização de um exame de ultrassonografia de pescoço, faz parte do protocolo de investigação para queixa de tontura constante.

O que fazer?

Procure um clínico geral ou cirurgião vascular para avaliação e, enquanto isso, mantenha uma alimentação saudável, procure reduzir o sal nas refeições, aumente a ingesta de água e evite hábitos ruins como o tabagismo.

8. Efeito colateral de medicamentos

Diversos medicamentos podem provocar tontura como um efeito colateral. Principalmente em pessoas idosas ou que façam uso de diferentes medicamentos, é importante tomar cuidado com as interações medicamentosas.

Os antidepressivos, ansiolíticos, sedativos, medicamentos para controlar a pressão arterial, antialérgicos, relaxantes musculares e remédios para convulsão podem ter como efeito colateral a tontura.

Informe ao seu médico, todas as medicações que costuma fazer uso, mesmo que não seja de forma regular, para evitar as interações medicamentosas.

O que fazer?

Neste caso, converse com o médico sobre todas as suas medicações, para avaliar a possibilidade de troca ou ajuste da dose da medicação.

O que fazer para aliviar a tontura?

O tratamento da tontura constante depende da sua causa específica, entretanto algumas medidas simples podem aliviar esse sintoma, como:

  • Consumir bastante líquido (pelo menos 1 litro e meio de água por dia);
  • Limitar ou evitar o consumo de bebidas alcoólicas;
  • Evitar o cigarro;
  • Praticar atividade física regularmente;
  • Se levantar lentamente depois de sentar ou deitar por muito tempo;
  • Dormir com a cabeceira da cama levemente elevada (30°). Esta inclinação pode ser conseguida com uso de travesseiros, até sentir que está quase sentada.

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