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Colposcopia pode ser feita em virgens?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Não, a colposcopia não pode ser feita em mulheres virgens, a menos que seja solicitado apenas uma vulvoscopia. Neste procedimento, é coletado material da vagina com uma pequena escova, sem qualquer risco de romper o hímen, mantendo assim a virgindade.

A colposcopia é um exame realizado com um tipo de microscópio que permite ao médico ver o colo do útero ampliado em até 40 vezes.

Trata-se de um exame parecido com um exame ginecológico convencional. Porém, no exame ginecológico comum o médico examina o colo do útero a olho nú, enquanto que na colposcopia o médico utiliza o colposcópio.

Para fazer a colposcopia, a mulher deve seguir as seguintes recomendações antes do exame:

  • Não estar menstruada pelo menos 3 dias antes do exame;
  • Não usar cremes vaginais;
  • Não ter relações sexuais nas 24h anteriores (alguns serviços solicitam 2 dias);
  • Não fazer lavagem interna da vagina com ducha (o banho normal não interfere com a colposcopia).

Para maiores esclarecimentos, fale com o/a seu/sua médico/a ginecologista.

Saiba mais sobre o assunto no link: O que é Colposcopia?

Posso curar de uma tendinite no joelho, usando Torsilax?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Talvez, o Torsilax é um remédio composto por diclofenaco, um anti-inflamatório, paracetamol, um analgésico, além de relaxante muscular, o carisoprodol. Pode assim aliviar as dores, inchaço e desconforto causados pela tendinite, que é considerada uma inflamação do tendão, sendo muitas vezes suficiente para o tratamento se usado adequadamente pelo período correto.

No entanto, há muitos casos de dores, edema associados ao tendão que não são causados por uma tendinite, ou seja, podem não estar associados a processos inflamatórios, mas estão mais relacionados ao processo de deterioração do tendão, nesse caso tem-se uma tendinopatia, que pode ou não cursar com a inflamação.

Em muitos casos além do uso de analgésicos, pode estar recomendado o tratamento com fisioterapia, que propicia através de diferentes técnicas, como ultrassom e exercícios de alongamento e força, recuperar a funcionalidade do tendão e diminuir o risco de novos episódios de dor.

Veja também: O que é tendinite?

Para mais informações consulte o seu médico de família ou clinico geral para uma avaliação, eventualmente pode ser necessário o acompanhamento por um médico ortopedista. Evite usar medicamentos que contenham anti-inflamatórios sem prescrição médica.

Leia mais sobre o assunto em:

É possível curar uma tendinite? Qual é o tratamento?

Hemoglobina glicada, o que é?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A hemoglobina glicada (HbA1c) é uma forma de hemoglobina, resultado da reação entre a glicose do sangue e a proteína hemoglobina. Sendo assim, quanto mais açúcar temos no sangue, maior será a formação de HbA1c.

A hemoglobina ligada ao açúcar, tem uma vida média de 90 dias, por isso os seus valores representam a média de glicemia, dos últimos 3 meses. O que justifica por vezes, uma diferença entre esse exame e o exame de glicemia de jejum.

A glicemia de jejum avalia o nível de açúcar no sangue exatamente daquele momento que colheu a amostra de sangue no laboratório. Dependendo de quantas horas de jejum e da última refeição do paciente, esse valor pode ser alto, baixo ou normal. Já os valores de HbA1c não se alteram.

Por isso não é raro um exame de glicemia ser normal, ou baixa, e a hemoglobina glicada alta nos casos de diabetes mal controlado. Isso significa que os últimos meses foram de açúcar alto no sangue, apesar daquele momento a glicemia estar normal ou baixa.

Para que serve o exame de hemoglobina glicada?

A principal função da HbA1c é auxiliar no diagnóstico e acompanhamento da diabetes.

Como os valores demonstram a média de açúcar no sangue, esse valor é mais fidedigno principalmente na análise do controle da diabetes.

Se os resultados da HbA1c e a glicemia de jejum forem muito diferentes, o mais indicado é repetir o exame com a orientação de manter os hábitos de vida e de alimentação antes de coletar o exame de sangue.

Quais são os valores de referência da hemoglobina glicada?

Para fazer o exame de hemoglobina glicada, não é necessário estar em jejum. O exame é feito através da coleta de uma pequena amostra de sangue.

Para diagnóstico do diabetes, os valores de referência são:

  • Valores menores que 5,7%: ausência de diabetes;
  • Valores entre 5,7% e 6,4%: diagnóstico de pré-diabetes;
  • Valores maiores ou iguais a 6,5%: diabetes.

Para o controle do diabetes, os valores de referência são:

  • Valores entre 4 e 6%: controle adequado;
  • Valores entre 6 e 7%: controle moderado da diabetes;
  • Valores maiores de 7%: diabetes mal controlada.

Os valores abaixo de 7% indicam um menor risco de complicações vasculares, enquanto valores superiores a 7%, além de indicar uma descompensação da doença, elevam consideravelmente os riscos de complicações da diabetes.

Quando dosar a hemoglobina glicada?

No acompanhamento do diabetes, com a doença sob controle, o exame deve ser repetido a cada 6 meses, mas nos casos de controle inadequado ou em ajustes de doses, é medida a cada 3 meses.

O rastreio de diabetes em pessoas com baixo risco para a doença, pode ser feito uma vez ao ano.

Para diagnóstico e tratamento do diabetes, é necessário procurar um médico clínico geral, médico de família ou endocrinologista.

Derrame cerebral tem cura? Qual é o tratamento?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, derrame cerebral tem tratamento e cura, a depender da sua extensão gravidade e tempo de busca por atendimento. A recuperação completa da pessoa e a presença ou não de sequelas dependem da parte do cérebro em que ocorreu o derrame, do tamanho da lesão cerebral e se o tratamento foi adequado e iniciado a tempo.

O tratamento do derrame cerebral depende do tipo de acidente vascular cerebral (AVC hemorrágico ou isquêmico) e deve ser iniciado o mais precocemente possível. As medicações usadas para tratar o derrame servem para dissolver coágulos (AVC isquêmico), controlar a pressão arterial e aliviar a dor de cabeça.

Em alguns casos pode ser necessária a realização de procedimentos cirúrgicos, que têm como objetivo desobstruir os vasos sanguíneos (AVC isquêmico), drenar o sangue acumulado no crânio e reparar os vasos sanguíneos que se romperam (AVC hemorrágico).

O tratamento das possíveis sequelas decorrentes do AVC podem incluir fisioterapia, terapia ocupacional e fonoaudiologia, que irão atuar na recuperação ou manutenção dos movimentos, das funções motoras e da fala.

Vale lembrar que quanto mais rápido o tratamento do derrame cerebral começar, maiores são as chances de recuperação e menores são os riscos de sequelas.

Por isso, aos primeiros sinais e sintomas de um derrame cerebral, a pessoa deve ser levada com urgência a um pronto-socorro.

Saiba mais em:

Quais os sintomas de um derrame cerebral?

Derrame cerebral: Quais são as causas e possíveis sequelas?

Suspeita de AVC: o que fazer?

Pupila dilatada pode ser grave? Saiba como identificar

Útero retrovertido tem cura?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Primeiramente é importante lembrar que útero retrovertido não é propriamente uma doença que precisa de tratamento. Trata-se de um útero que está voltado para trás e não para frente, como ocorre em grande parte das mulheres.

A retroversão uterina só é considerada patológica se o útero estiver fixo nessa posição devido a inflamações, infecções genitais ou ainda endometriose. Quando é este o caso o útero retrovertido tem cura através de cirurgia, embora na maioria dos casos o tratamento cirúrgico não seja necessário.

Nesses casos, o posicionamento invertido do órgão pode ser decorrente de aderências resultantes desses processos, que alteram a posição anatômica natural do útero.

Através da operação é possível tentar fixar melhor o útero, de maneira que ele fique mais voltado para frente, mas isso aumenta os riscos de infecções, inflamações e dor durante as relações.

O útero retrovertido pode virar sozinho?

O útero retrovertido dificilmente muda de posição espontaneamente, já que se trata de uma variação da posição do útero. Quando estão presentes sintomas, o médico pode avaliar a necessidade de cirurgia, em que se pode tentar fixar e reposicionar melhor o útero.

Cabe ao médico ginecologista avaliar a situação e escolher a melhor forma de tratamento, quando necessário.

Saiba mais sobre útero retrovertido em:

O que é útero retrovertido e quais os sintomas?

Quem tem útero retrovertido pode engravidar?

O que significa ter o útero em anteversoflexão?

Minha filha fez um ultrassom: Hipertrofia Coluna de Bertin!
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A hipertrofia de coluna de Bertin, ou duplicação pielocalicinal, é uma variação anatômica, que não representa uma doença ou problema renal.

Portanto não há nada a se fazer, apenas acompanhamento com médico urologista. A não ser que haja alguma dúvida nesse exame, e por isso seja pedido mais exames de imagem, como uma Tomografia Computadorizada.

O exame deve ser levado para os dois médicos, para o médico que pediu, porque existem outros dados a serem avaliados no exame, mas também para um médico urologista, por ser o especialista em hipertrofia de coluna de Bertin.

Coluna de Bertin

A coluna de Bertin, ou coluna renal, é uma região do córtex renal localizada entre duas pirâmides (renais).

5Hipertrofia da coluna de Bertin

A hipertrofia de coluna de Bertin é apenas uma variação anatômica comum nessa região, que se caracteriza pelo aumento (hipertrofia) de uma coluna, ou junção de mais de uma coluna.

Essa variação não interfere nas funções renais normais e pode ser encontrada em até 20% da população.

Outras causas de hipertrofia de colunas renais

A hipertrofia da coluna de Bertin pode ser semelhante a outras situações encontradas no córtex renal, como cistos e tumores.

Sendo assim, quando houver dúvidas entre a hipertrofia de Bertin e uma tumoração verdadeira, por exemplo, pode ser necessário continuar a investigação com outros exames mais específicos, como a tomografia computadorizada (TC).

Leia também: O que é hipertrofia da coluna de bertin?

Fiz uma transvaginal ontem e acusou um cisto no ovário...
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Ter cistos no ovário é bastante comum entre as mulheres, isso não impossibilita a mulher de engravidar. Além disso, cisto não necessariamente desregula a menstruação. Ou seja, você pode engravidar mesmo tendo cisto.

Os cistos encontrados nos ovários são decorrentes dos folículos que não foram desenvolvidos o suficiente para formar o óvulo. Os folículos são estruturas encontradas nos ovários, que quando estimulados adequadamente, pelos hormônios femininos, se desenvolvem dando origem ao óvulo, que será liberado para as trompas e seguir em direção ao útero para que ocorra a ovulação.

Os cistos no ovário geralmente não manifestam sintomas. Quando presentes, os sintomas mais comuns são a dor e o atraso no período menstrual.

A presença de cisto no ovário pode provocar ainda outros sinais e sintomas, como inchaço no abdômen, dificuldade para engravidar, dor durante ou após a menstruação, dor ao evacuar, dor pélvica pouco antes ou depois do início do período menstrual e dor durante as relações sexuais.

É fundamental que todo exame seja mostrado para o/a profissional de saúde que o solicitou para fazer uma análise completa do caso e correlacionar com os aspectos clínicos da paciente.

Leia também:

Tenho cistos nos dois ovarios é possivel eu engravidar?

Quais os sintomas de cisto no ovario?

Tenho dermatite atópica, esta doença tem cura?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Dermatite atópica não tem cura, mas com o tratamento adequado e ao se tomar alguns cuidados para prevenir as crises, é possível manter a dermatite sob controle, e com o decorrer do tempo é possível deixar de ter crises.

No caso da dermatite atópica em bebês e crianças pequenas, a doença geralmente melhora gradualmente conforme a criança cresce. Por volta dos 5 anos de idade, a dermatite atópica já pode apresentar uma melhora considerável, sendo que a maioria das crianças deixa de ter crises na adolescência.

Porém, há casos em que a dermatite atópica permanece até à fase adulta, embora sejam pouco comuns

Qual é o tratamento para dermatite atópica?

O tratamento da dermatite atópica é feito com cremes que hidratam a pele, eventualmente também são usados pomadas e medicamentos via oral que aliviam a coceira, diminuem o ressecamento da pele e combatem a inflamação.

Além disso, é essencial controlar os fatores que desencadeiam as crises para evitar recidivas.

Dentre os remédios usados para tratar a dermatite atópica estão as pomadas com corticoides, usados quando há exacerbação dos sintomas (controlam a inflamação) e os anti-histamínicos (diminuem a coceira).

Se a pele estiver infeccionada, também são indicados antibióticos em pomadas ou por via oral.

Existe algum tratamento natural ou caseiro para dermatite atópica?

Não existe um tratamento natural ou com produtos caseiros para dermatite atópica. Aliás, aplicar qualquer produto, receita ou remédio caseiro sem indicação do médico pode provocar inflamações ou infecções na pelee piorar o quadro.

Existem vários cuidados e medidas para evitar novas crises ou diminuir o tempo de duração dos sintomas, tais como:

  • Usar pouco sabonete no banho para evitar ressecar a pele;
  • Evitar banhos demorados com água quente; dar preferência a banhos curtos (5 minutos), com água morna ou fria;
  • Lavar o corpo com as mãos, sem usar bucha ou esponja;
  • Aplicar hidratante no corpo após o banho, diariamente; nas áreas em que a pele continua ressecada, o hidratante deve ser aplicado mais de uma vez ao dia;
  • Se o hidratante causar ardência devido à maior sensibilidade da pele, pode-se usar vaselina semi-sólida ou líquida no lugar do creme;
  • Usar roupas de algodão, evitando tecidos sintéticos;
  • Evitar se agasalhar muito ou usar muita roupa;
  • Aplicar protetor solar sempre que for à piscina e, quando sair da água, secar a pele com a toalha e aplicar o creme hidratante imediatamente;
  • Evitar usar amaciantes para lavar as roupas;
  • A aplicação de compressas frias pode ajudar a aliviar a coceira.
  • Evitar o contato da pele com detergentes, cosméticos coloridos e perfumados, produtos de limpeza, bijuterias e qualquer outro agente irritante;
  • Usar sabonete hidratante próprio indicado para pele sensível.

Converse com o médico de família, pediatra ou clínico geral caso apresente mais dúvidas. Em casos mais graves pode ser necessário o acompanhamento pelo médico dermatologista.

Saiba mais em: O que é dermatite atópica?