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Barriga inchada: o que pode ser e o que fazer?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Barriga inchada pode ter várias causas. Na maioria dos casos, a barriga estufada é causada por gases ou prisão de ventre. No caso das mulheres, o inchaço abdominal também pode ser provocado por menstruação, gravidez ou ainda cistos nos ovários. As possíveis causas para a barriga inchada e dura podem incluir:

  • Gases intestinais;
  • Vermes;
  • Prisão de ventre;
  • Acúmulo de líquido no abdômen;
  • Síndrome do intestino irritável;
  • Intolerância à lactose;
  • Cistos nos ovários;
  • Gravidez;
  • Menstruação;
  • Apendicite;
  • Miomas uterinos;
  • Aumento de peso.
Barriga inchada e gases

Alguns alimentos ricos em fibras, como frutas e leguminosas (feijão, lentilhas, grão-de-bico, ervilhas), entre outros, produzem muitos gases durante a digestão, deixando a barriga estufada. Os gases também podem ser causados por prisão de ventre, ansiedade e intolerância à lactose.

O que fazer?

Evitar alimentos que produzem muitos gases durante a digestão, como leguminosas, cebola, brócolis, ovo, batata, comidas gordurosas, couve-flor, carne de porco, doces, bebidas com gás, leite e derivados.

Para ajudar a eliminar os gases, deite-se de barriga para cima, flexione os joelhos e puxe as pernas contra a barriga, abraçando e puxando as coxas contra a barriga.

Outra forma de diminuir o inchaço abdominal causado por gases é fazer massagem na barriga com movimentos circulares e profundos, da direita para a esquerda, insistindo nos locais mais inchados e doloridos.

Barriga inchada e prisão de ventre

A prisão de ventre está entre as principais causas de barriga inchada, juntamente com os gases. O intestino pode ficar preso por falta de fibras na alimentação, falta de atividade física, ansiedade, menstruação ou ainda devido à gravidez.

O que fazer?

Aumente a ingestão de água (pelo menos 2 litros por dia), aumente a ingestão de alimentos ricos em fibras (frutas, verduras, aveia, farelo de aveia, cereais integrais) e pratique atividade física regularmente.

Barriga inchada e menstruação

A barriga inchada é um dos sinais e sintomas da síndrome pré-menstrual, também conhecida como TPM. O inchaço abdominal pode ser observado antes da menstruação e durante o período menstrual, tendo como principal causa a retenção de líquidos.

O que fazer?

Aumente a ingestão de água, pode tomar mais chás naturais e drenagem linfática. A atividade física regular também é uma forma de drenagem, auxiliando muito na eliminação do excesso de líquido acumulado no corpo.

Barriga inchada e gravidez

Se a barriga estiver inchada do umbigo para baixo e vier acompanhada de outros sinais e sintomas, como atraso da menstruação e náuseas, pode ser um sinal de gravidez. No início da gestação, o abdômen fica inchado devido à ação do hormônio progesterona, que provoca retenção de líquidos e prisão de ventre.

O que fazer?

Se a menstruação estiver atrasada por mais de uma semana, faça um teste de gravidez. Se der positivo, procure um médico de família ou médico obstetra para fazer o acompanhamento pré-natal. No caso do teste dar negativo, espere mais uma semana e faça novo teste, ou procure posto de saúde para realização de exames mais específicos.

Barriga inchada e síndrome do intestino irritável

A síndrome do intestino irritável deixa a barriga inchada e causa diarreia ou constipação intestinal (prisão de ventre) após as refeições, além de dor no abdômen, gases e cólicas constantes.

O que fazer?

Evite alimentos gordurosos ou que aumentam a produção de gases, bem como refrigerantes, café e bebidas alcoólicas. Mastigue bem a comida (pelo menos 20 vezes) antes de engolir, diminua as doses das refeições, aumente o consumo de fibras, pratique atividade física, não fume e procure controlar o estresse e a ansiedade, mesmo que para isso precise de ajuda médica ou psicológica.

Barriga inchada e vermes

Além de deixar a barriga inchada, a presença de vermes pode provocar náuseas, vômitos, dores abdominais, fraqueza, diarreia e prisão de ventre.

O que fazer?

Procure um médico para realizar um exame de fezes e identificar o tipo de verme que está deixando a barriga inchada. Em alguns casos, os vermes podem ser observados nas fezes. O tratamento é feito com medicamentos vermífugos.

Barriga inchada e ingestão de ar

Engolir ar pode ser um hábito involuntário relacionado com o nervosismo. Também é comum engolir ar durante as refeições, principalmente se a pessoa conversar muito enquanto estiver comendo ou comer depressa demais.

O que fazer?

Nos casos de inchaço na barriga causado pela ingestão de ar, se recomenda evitar bebidas com gás, mascar chicletes ou chupar balas, beber líquidos com canudinho ou dar goles superficiais em bebidas quentes. Durante as refeições, procurar comer devagar.

Barriga inchada e apendicite

O principal sintoma da apendicite é a dor na barriga, que geralmente começa ao redor do umbigo e depois passa para a porção inferior direita do abdômen. A barriga também fica inchada e dolorida, e a pessoa pode apresentar ainda náuseas, vômitos, diarreia ou prisão de ventre.

O que fazer?

Na suspeita de apendicite, procure atendimento médico com urgência. O tratamento é cirúrgico e consiste na retirada do apêndice vermiforme, localizado no intestino grosso. Ainda, antibioticoterapia e orientações dietéticas.

Barriga inchada: quando procurar um médico?

Procure um médico clínico geral ou médico de família se a barriga inchada vier acompanhada de outros sinais e sintomas, como febre, dor abdominal, diarreia intensa ou presença de sangue nas fezes. Se o inchaço abdominal estiver piorando e não desaparecer ou ainda se a barriga estiver sensível ao toque, também é recomendado consultar um médico para uma avaliação.

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Referências

Ministério da Saúde

FBG - Federação Brasileira de Gastroenterologia.

Neoplasia benigna pode virar maligna?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Não, uma neoplasia benigna não pode virar maligna. Um tumor benigno será sempre benigno, pois a célula que originou o tumor não tem as mutações genéticas necessárias para dar origem a uma neoplasia maligna.

A neoplasia benigna possui crescimento lento, é localizada, não "invade" tecidos e órgãos vizinhos e normalmente está envolta por uma cápsula de tecido fibroso que delimita o tumor.

Na maioria dos casos de neoplasias benignas, uma vez retirado o tumor, o paciente fica completamente curado e o tumor não volta e crescer.

Também não há risco de metástase, que é a disseminação das células cancerosas pelos vasos sanguíneos e linfáticos, dando origem a tumores malignos em outros órgãos do corpo.

Leia mais em: Qual a diferença entre benigno e maligno?

Já a neoplasia maligna possui crescimento acelerado e capacidade de invadir órgãos e tecidos vizinhos, podendo também desenvolver metástases.

As neoplasias benignas e malignas são diferentes desde a origem, pois as células que as constituem possuem características próprias que as distinguem significativamente umas das outras, o que impossibilita a transformação de um tumor benigno em maligno e vice versa.

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Quais são as vantagens da minipílula anticoncepcional?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A principal vantagem da minipílula anticoncepcional é o fato de ser composta apenas por um hormônio: a progesterona. Isso permite que a minipílula seja usada durante a amamentação e em outras situações em que o hormônio estrógeno é contraindicado.

As pílulas anticoncepcionais convencionais (combinadas) possuem 2 hormônios: estrógeno e progesterona. A minipílula é especialmente indicada durante a amamentação, já que não inibe a produção de leite. O seu uso pode ter início na 6ª semana após o parto.

Outras situações em que a minipílula é preferível:

  • Enxaqueca;
  • Mulheres com mais de 35 anos, fumantes ou obesas;
  • História de trombose;
  • Pressão alta ou doenças cardiovasculares;
  • Lúpus Eritematoso Sistêmico com doença vascular;
  • Triglicerídeos elevados;
  • Insuficiência cardíaca;
  • Doença vascular cerebral.

A minipílula possui doses muito baixas de progestógeno, mas ainda assim é eficaz para prevenir a gravidez, .

Além da contracepção, a minipílula previne doenças benignas de mama, câncer de endométrio ou de ovário e ainda doença inflamatória pélvica.

O médico ginecologista ou o médico de família poderá dar maiores informações e orientar quanto à pílula anticoncepcional mais indicada em cada caso.

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Todas as mulheres podem tomar anticoncepcional?

Como saber se estou grávida pela barriga?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

É bem difícil conseguir saber se está grávida tocando ou apertando a barriga, mesmo após o atraso menstrual. Um profissional de saúde experiente pode sentir, ao apertar o pé da barriga, com a mulher deitada de barriga para cima, algo firme que parece escorregar. Isso pode indicar gravidez, mas também pode ter outras causas.

Entretanto, existem outros sinais que podem aparecer e que são mais fáceis de detectar. O atraso menstrual é o principal sinal para suspeitar de gravidez. Outros sinais possíveis são:

  • Corrimento rosado;
  • Pequeno sangramento vaginal;
  • Cólica;
  • Aumento ou dor nas mamas.

Outros sintomas que podem surgir nas primeiras semanas de gravidez são cansaço, náuseas, vômitos ou sensibilidade ao cheiro de comida.

Mesmo que estes sintomas não apareçam, isso não quer dizer que não esteja grávida. Se suspeitar que está grávida, faça um teste de farmácia, consulte um médico de família ou um ginecologista.

Leia mais sobre sintomas de gravidez em:

Referências:

Davidson L. Early Signs of Pregnancy and How Your Stomach Feels. We Have Kids. March 3, 2022.

Gurevich R, Levine B. How Soon After Sex Do You Get Pregnant? - Early pregancy symptoms. Very Well Family - Trying to conceive. Updated on November 28, 2022

Siyanga B. Can you tell that you’re pregnant by touching your stomach? Quora

Symptoms of Early Pregnancy. American Pregnancy Association.

Coceira na vagina pode ser candidíase?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim, coceira na vagina pode ser candidíase, uma infecção vaginal causada pelo fungo Candida albicans. A candidíase pode causar coceira na vulva, coceira na entrada da vagina e coceira dentro da vagina.

Além de coceira vaginal, a candidíase pode causar o aparecimento de corrimento vaginal branco espesso e abundante, semelhante a requeijão, ardência nos grandes lábios e na vagina, dor durante a relação sexual, dor ao urinar, vermelhidão e inflamação da vulva (parte externa da vagina).

Como aliviar a coceira na vagina em caso de candidíase?

O tratamento da candidíase é realizado com pomada ginecológica para coceira, creme, comprimidos vaginais ou supositórios e comprimidos orais. Para aliviar a coceira e a ardência na vagina são usados remédios antifúngicos, como miconazol, clotrimazol, tioconazol e butoconazol.

A pomada ginecológica ou o remédio antifúngico podem precisar ser usados por até 7 dias. Se a mulher não tiver infecções repetitivas, pode ser indicado um medicamento de 1 dia, tomado em dose única.

Quando a coceira nas partes íntimas femininas e os outros sintomas são mais graves ou quando a mulher tem candidíase vaginal com frequência, pode ser necessário usar medicação por até 14 dias, além de pomada ginecológica com azol ou tomar comprimidos de fluconazol todas as semanas para prevenir novas infecções.

Além da candidíase, o que mais pode causar coceira na vagina?

A coceira na vagina também pode ser causada por certos distúrbios da pele ou infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Em casos raros, o prurido vaginal pode ser sintoma de câncer de vulva.

Coceira na vulva ou na entrada da vagina em, geral, tem como causas alergia ou irritação. Já uma coceira dentro da vagina pode ser sintoma de alguma infecção causada por fungos ou bactérias. Nesse caso, além da coceira, é comum haver corrimento vaginal e inchaço local.

Abaixo seguem as principais causas de coceira na vagina, na vulva ou na região ao redor da vagina.

1. Alergia

A exposição da vagina a produtos químicos irritantes pode causar coceira. Esses irritantes podem desencadear uma reação alérgica que cria uma erupção cutânea com coceira em várias áreas do corpo, incluindo a vagina.

A alergia pode ser causada por calcinha de nylon, sabonete, absorvente, perfume, desodorante, amaciante de roupa, sprays femininos, duchas, cremes, pomadas, papel higiênico perfumado, entre outros.

O uso de calcinhas de material sintético e o uso frequente de calça jeans, sobretudo nos dias mais quentes, podem irritar a vulva (parte externa da vagina), provocando coceira e aumentando as chances de candidíase.

O que fazer: quando a coceira na vagina é causada por alergia, é necessário identificar o que está provocando a reação alérgica e afastar o agente irritante para acabar com a coceira. Além disso, é importante usar calcinhas de algodão e evitar o uso de calças jeans apertadas.

2. Doenças da pele

Algumas doenças de pele, como eczema e psoríase, podem causar vermelhidão e coceira na região da vagina.

No eczema, surge uma erupção avermelhada com textura escamosa e que coça. A psoríase provoca o aparecimento de manchas vermelhas escamosas, sobretudo no couro cabeludo e nas articulações. Porém, às vezes, esses sintomas também podem ocorrer na vagina.

O que fazer: na maioria das vezes, o tratamento das doenças de pele que causam coceira na vagina é feito com pomadas e remédios aplicados diretamente no local. Em alguns casos, pode ser necessário tomar medicamentos por via oral.

3. Vaginose

Além de coceira na vagina, leva ao aparecimento de corrimento vaginal cinzento e normalmente com mau cheiro, dor durante as relações sexuais e ardência ao urinar.

A vaginose surge quando ocorre um desequilíbrio nas bactérias que compõem a flora vaginal ou no pH da vagina. É parecida com uma infecção vaginal causada por fungos, como a candidíase.

O que fazer: o tratamento da vaginose pode ser feito com medicamentos antibióticos orais ou pomada vaginal com antibiótico. A vaginose pode ser transmitida para o parceiro, por isso ele também pode precisar receber tratamento.

4. Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs)

Além de coceira na vagina, as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), antes chamadas de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), podem causar dor, sensação de formigamento, queimação, aparecimento de corrimento com cheiro e feridas. Clamídia, herpes genital, tricomoníase e gonorreia estão entre as ISTs mais comuns.

O que fazer: o tratamento da infecção sexualmente transmissível depende da doença e da sua causa. Nas infecções causadas por vírus, são usados medicamentos antivirais específicos para a doença. Nas doenças causadas por bactérias e fungos são utilizados medicamentos antibióticos e antifúngicos, respectivamente.

5. Menopausa e alterações hormonais

A menopausa pode causar coceira na vagina devido à falta de lubrificação vaginal, provocada pela queda dos níveis do hormônio estrógeno.

Gravidez, pré-menopausa e uso de anticoncepcional hormonal também podem causar alterações hormonais que levam à secura vaginal, o pode causar coceira na vagina.

O que fazer: uma vez que a coceira na vagina nesse caso é causada pela falta de lubrificação, o uso de lubrificantes vaginais pode ajudar a aliviar a coceira. Se o prurido for muito intenso, pode ser indicada a aplicação de pomada vaginal de estriol.

6. Líquen escleroso

Causa coceira na vagina e o aparecimento de vários pontinhos brancos na pele. O líquen escleroso pode estar relacionado com alterações hormonais e imunidade baixa.

O que fazer: o objetivo do tratamento do líquen escleroso é aliviar os sintomas e acelerar a cicatrização. Se os sintomas forem leves, pode não ser necessário tratamento. O tratamento pode incluir:

  • Anti-histamínicos;
  • Medicamentos para acalmar o sistema imunológico (em casos graves);
  • Corticoides orais ou em pomadas para diminuir a inflamação e reduzir a resposta imune;
  • Injeções de corticoides na lesão;
  • Vitamina A em pomada ou comprimido;
  • Terapia com luz ultravioleta.
7. Líquens vulvares

Caracteriza-se pelo aparecimento de lesões na vagina e não tem uma causa conhecida. Provoca coceira intensa na vagina e pode evoluir para câncer de vulva.

O que fazer: o tratamento da coceira na vagina causada por líquens vulgares geralmente é feito com pomada vaginal de corticoide. A pomada pode eliminar completamente os sintomas em mais de 70% dos casos.

A aplicação da pomada vaginal, em geral, é realizada duas vezes ao dia, por três meses, além de doses de manutenção posteriormente. Em alguns casos, pode ser necessário manter as doses de manutenção por até 10 anos.

8. Câncer de vulva

Em casos raros, a coceira na vagina pode ser um sintoma de câncer de vulva, que é a parte externa do órgão genital feminino. Inclui os lábios interno e externo da vagina, o clitóris e a abertura da vagina.

O câncer de vulva nem sempre causa sintomas. No entanto, quando os sintomas ocorrem, eles podem incluir coceira, sangramento anormal ou dor na região vulvar.

O que fazer: o tratamento do câncer de vulva normalmente é feito através de cirurgia para retirar o tumor. A radioterapia também pode ser indicada. O tratamento é feito por meio da aplicação de radiação no local para destruir as células cancerosas.

Quando procurar um médico em caso de coceira na vagina?

É importante consultar um médico ginecologista ou médico de família quando a coceira na vagina for intensa. A mulher também deve procurar o médico se a coceira persistir por mais de uma semana ou vier acompanhada de algum dos seguintes sintomas:

  • Feridas ou bolhas na vulva;
  • Dor ou sensibilidade na região genital;
  • Vermelhidão ou inchaço na vagina;
  • Dificuldade para urinar;
  • Corrimento vaginal;
  • Dor ou desconforto durante a relação sexual.

Em caso de coceira na vagina, na vulva ou em qualquer local das partes íntimas femininas, consulte um médico ginecologista ou médico de família para fazer uma avaliação e receber o tratamento adequado.

Tuberculose miliar tem cura? Como é o tratamento?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, tuberculose miliar tem cura, mas é muito importante iniciar o tratamento o mais rápido possível, caso contrário a doença pode ser fatal. O tratamento da tuberculose miliar pode inclusive ser iniciado antes de haver um diagnóstico definitivo, uma vez que a taxa de mortalidade é alta sem um tratamento precoce.

O tratamento da tuberculose miliar segue o mesmo esquema da tuberculose pulmonar, com o uso de 4 medicamentos antibióticos: rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol.

A primeira fase do tratamento tem uma duração de 2 meses e inclui a rifampicina, a isoniazida, a pirazinamida e o etambutol. A segunda fase do tratamento dura 4 meses e inclui apenas a rifampicina e isoniazida. Todas as medicações são tomadas por via oral. O tratamento pode durar mais tempo caso haja acometimento do sistema nervoso central.

Pacientes que nunca receberam qualquer tratamento para tuberculose ou que abandonaram o tratamento em menos de 30 dias, são tratados com o seguinte esquema:

⇒ 1ª fase (2 meses): Rifampicina + Isoniazida + Pirazinamida + Etambutol

⇒ 2ª fase (4 meses): Rifampicina + Isoniazida.

Dependendo da gravidade do caso ou se houver ausência de resposta a esse esquema terapêutico, o tratamento da tuberculose miliar pode ser prolongado com outras combinações de medicamentos.

Lembrando que o tratamento da tuberculose é disponibilizado gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Saiba mais em:

Tuberculose miliar é contagiosa? Como se transmite?

O que é tuberculose miliar? Quais os sintomas?

Tuberculose tem cura? Qual o tratamento?

Usar lentes de contato coloridas faz mal?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Usar lentes de contato coloridas (com ou sem grau) não faz mal, desde que as lentes sejam utilizadas corretamente. O fato da lente de contato ser colorida não prejudica a visão, mas o seu uso requer os mesmos cuidados que as lentes de contato convencionais.

O grande risco para as pessoas que usam lentes de contato coloridas apenas para fins estéticos é o fato de não conhecerem os procedimentos corretos de limpeza, cuidados e uso das lentes.

Há inclusive quem chega a compartilhar a lente com outras pessoas, sem saber que as lentes de contato nunca devem ser partilhadas pois podem transmitir infecções.

É importante lembrar que o uso inadequado de qualquer lente de contato, mesmo sem grau, pode provocar sérias complicações para a visão, que vão desdedor e visão embaçada a infecções e úlceras que podem levar à cegueira.

Sem os cuidados adequados de manuseio e limpeza das lentes de contato, elas podem acumular bactérias e fungos que podem causar alergias e infecções na córnea. Nos casos mais graves podem ocorrer úlceras, com necessidade de transplante de córnea.

Veja aqui as complicações que as lentes de contato podem causar à visão.

Por isso, se pretende usar lentes de contato coloridas deve primeiro marcar uma consulta com um médico oftalmologista.

Hidrocefalia tem cura? Qual o tratamento?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, hidrocefalia tem tratamento e pode ser curada a depender da causa. O tratamento da maioria dos casos de hidrocefalia é feito com as chamadas válvulas de derivação.

Neste procedimento, um cateter é colocado em contato com o liquor dentro do cérebro para drenar o líquido para outra parte do corpo. O sistema é composto por um cateter ligado a uma válvula que limita a quantidade de líquido a ser drenado.

Uma extremidade do cateter fica dentro do cérebro em contato com o liquor, enquanto que a outra é passada por baixo da pele até um local do corpo capaz de receber o líquido, que pode ser a veia jugular ou a cavidade abdominal.

Em alguns casos pode ser realizado por algum tempo uma derivação externa, ou seja, uma das extremidades drena o excesso de líquido para um suporte fora do corpo.

Outra forma de tratar a hidrocefalia é através da neuroendoscopia, geralmente utilizada em casos de hidrocefalia obstrutiva, que ocorre quando existe algum impedimento no fluxo do liquor.

A neuroendoscopia funciona da seguinte forma:

  1. Realiza-se um pequeno furo no crânio;
  2. Um tubo com uma câmera de vídeo (endoscópio) é introduzido até o cérebro;
  3. Faz-se uma pequena perfuração numa membrana muito fina do cérebro para servir de passagem para o líquido cefalorraquidiano poder fluir, corrigindo a obstrução;
  4. O liquor volta a circular mais facilmente e a hidrocefalia é curada.

A grande vantagem da neuroendoscopia no tratamento da hidrocefalia é a possibilidade de tratar a hidrocefalia sem introduzir um material estranho no organismo. Contudo, nem sempre é possível utilizar o método, que é mais indicado para hidrocefalias obstrutivas.

Consulte um médico neurocirurgião para esclarecer as suas dúvidas em relação ao tipo de hidrocefalia e a melhor forma de tratamento.

Leia também: O que é hidrocefalia e quais os sintomas?