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Dispepsia tem cura? Qual é o tratamento?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Dispepsia tem cura, embora seja uma doença crônica e recorrente. Isso significa que, mesmo com tratamento, os sintomas podem voltar a aparecer.

Qual é o tratamento da dispepsia?

O tratamento da dispepsia funcional inclui a eliminação do Helicobacter pylori (quando se confirma a infecção pela bactéria), uso de medicamentos para aliviar os sintomas, cuidados com a alimentação e mudanças no estilo de vida.

A presença do Helicobacter pylori é confirmado através da biópsia colhida no exame de endoscopia digestiva alta, e sendo confirmado, deve ser tratado com medicamentos antibióticos específicos

Os medicamentos usados para tratar a dispepsia reduzem a acidez estomacal ou estimulam o esvaziamento do estômago, o que costuma ser muito eficaz no alívio dos sintomas.

Os cuidados com a alimentação incluem se alimentar várias vezes ao dia, com pequenas porções, não pular refeições, comer devagar e em ambiente tranquilo,evitar bebidas e alimentos que possam agravar os sintomas, como menta, hortelã, tomate, comidas apimentadas, chocolate, bebidas quentes, café e bebidas alcoólicas.

Já as mudanças no estilo de vida incluem praticar atividade física regularmente, perder peso, não fumar, evitar o excesso de álcool, controlar o estresse e a ansiedade.

Entretanto, o tratamento nem sempre alcança a cura completa, algumas vezes tem como objetivo apenas manter os sintomas sob controle, diminuindo a frequência e a intensidade dos mesmos.

O médico gastroenterologista é o especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento da dispepsia funcional.

Saiba mais em: O que é dispepsia?

Estou grávida de 6 semanas, o ultrassom detectou pequeno hematoma...
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Depende. A única maneira de saber com certeza se as medicações interagem é avaliando todos os substratos que estão na composição do medicamento homeopático que faz uso. A princípio não interferem, no entanto é preciso avaliar ambas as medicações.

De qualquer forma, é fundamental que informe ao seu médico tudo o que está em uso durante a gravidez, mesmo que não seja diariamente ou que seja algo "natural". Porque muitas vezes tratamentos naturais ou homeopáticos podem prejudicar ou interferir no programa de acompanhamento da gestação.

Principalmente se está havendo algum contratempo na sua gravidez, como é o caso da formação do hematoma, o médico precisa saber todas as possibilidade de riscos e causas para esse problema.

Portanto, sugerimos que retorne ao seu médico obstetra assistente, levando o medicamento homeopático que está em uso, para adequada avaliação.

Leia também: O que é hematoma retrocoriônico?

Importante saber também, que o hematoma é uma coleção de sangue, devido a um descolamento da placenta e lesão de pequeno vaso, que pode ser resolvido com repouso e medicamentos, conforme orientado pelo médico assistente, mas pode evoluir com piora do sangramento e com isso o risco de descolamento do óvulo e aborto.

Sendo assim, todos os cuidados são necessários para evitar essa evolução. Um deles é o cuidado com a coagulação. Existem alguns alimentos e chás que são contraindicados durante a gestação, exatamente por esse motivo, por aumentar o risco de sangramentos.

São exemplos os chás de arruda, chá de canela, entre outros. Totalmente contraindicados durante a gravidez.

Saiba mais sobre esse assunto no artigo: Grávida pode tomar chá de hibisco?

Recomendamos sempre que mantenho o contato e o acompanhamento rigoroso do seu pré-natal, converse e esclareça todas as suas dúvidas com a equipe de saúde, para que tenha uma gravidez saudável e segura.

Pode lhe interessar também: Quais os sintomas de descolamento de placenta?

Quais são os riscos de ter osteoporose?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O maior risco oferecido pela osteoporose é a ocorrência de fraturas, devido ao enfraquecimento dos ossos e perda de massa óssea, principalmente na coluna, quadril e punho.

Além disso, as vértebras da coluna são achatadas, causando encurvamento das costas ("corcunda"), diminuição da altura e dor lombar.

Situações comuns como pequenas pancadas, quedas simples, tropeços, e até mesmo crise de tosse, podem ocasionar uma fratura espontânea em pessoas portadoras de osteoporose. É comum a pessoa fraturar o osso da coxa e cair pensando que a queda originou a fratura, quando na verdade foi o oposto, a fratura que ocasionou a queda.

A osteoporose é uma doença silenciosa, que muitas vezes não provoca sintomas. A dor, quando presente, está normalmente relacionada a fraturas espontâneas.

Dentre os fatores de risco para desenvolver osteoporose estão a menopausa (diminuição dos níveis de estrógeno), envelhecimento (perda de massa óssea), hereditariedade (casos de osteoporose na família), baixa ingestão de cálcio na alimentação, excesso de álcool e cigarro, imobilização prolongada e uso de medicamentos, como os corticoides.

O tratamento da osteoporose inclui uso de suplementos de cálcio e vitamina D, medicamentos, exercícios físicos e mudanças no estilo de vida. Além disso, é altamente recomendado o acompanhamento com exames de rastreio para diagnóstico precoce de osteoporose.

O médico ortopedista é o especialista indicado para diagnosticar e tratar a osteoporose.

Saiba mais em:

LDL e HDL altos ou baixos: o que significa?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O colesterol LDL alto significa maior risco de doenças cardiovasculares, como o infarto e o derrame cerebral. O LDL baixo, também não é adequado, porque participa de funções essenciais do organismo.

O HDL alto representa um fator de proteção para o organismo, enquanto o HDL baixo, aumenta o risco de doenças vasculares, já que uma das suas funções é retirar da parede das artérias, as placas de gordura.

Quais os valores normais de LDL e HDL?

Os valores de referência variam de acordo com alguns critérios. Para homens é um pouco diferente dos valores para as mulheres, variam com a idade e principalmente, com a quantidade de fatores de risco que a pessoa apresente.

Quanto mais risco, menor deve ser o valor do colesterol ruim. Mas, em geral, podemos dizer que os valores adotados como adequados, mundialmente, são:

Valores normais de LDL e HDL
LDL HDL
ótimo abaixo de 100 mg/dl acima de 40 ou 50 mg/dl
normal 101 - 130 mg/dl 41 - 60 mg/dl
alto 130 - 190 mg/dl acima de 60 mg/dl
muito alto acima de 190 mg/dl acima de 60 mg/dl
O que é LDL e HDL?

O LDL e HDL são tipos de colesterol que recebem o nome de acordo com a lipoproteina que o carreia pelo sangue. Por ser uma substância gordurosa, o colesterol não consegue transitar sem a ajuda dessas lipoproteínas pela circulação sanguínea.

Produzidas no fígado, as lipoproteínas são classificadas de acordo com a sua densidade, em:

  • Lipoproteínas de baixa densidade - LDL
  • Lipoproteínas de alta densidade - HDL
  • Lipoproteínas de muito baixa densidade - VLDL
  • Lipoproteínas de densidade intermediária - IDL

As proteínas mais leves (LDL ou VLDL), conseguem se depositar mais facilmente nas artérias. A proteína de maior peso (HDL), além de não se depositar, quando passa pela artéria, carrega aquelas placas aderidas na parede, e leva até o fígado para ser eliminada.

Por isso o LDL e VLDL são considerados os tipos de colesterol ruim, com maior propensão a se acumular dentro da artéria e causar as placas de gordura que impedem o fluxo normal de sangue. O HDL, considerado o "bom colesterol", limpa as artérias quando passa.

O que é colesterol não-HDL?

O colesterol não-HDL é a soma de colesterol ruim, aquelas frações que não são o HDL.

Os exames de sangue que avaliam o colesterol, podem descrever apenas como HDL e Não-HDL (LDL + VLDL + IDL). O valor de colesterol não-HDL considerado ótimo é abaixo de 130.

O mais importante é saber que os valores de colesterol não-HDL, ou colesterol ruim, acima dos valores normais, são prejudiciais à saúde. Aumentam o risco de doenças cardiovasculares que representam a principal causa de morte súbita na população, o infarto do coração e o derrame cerebral (AVC).

Por isso é fundamental cuidar da saúde, adotar estilos de vida saudáveis e realizar o check-up com exames de rotina, pelo menos uma vez por ano, ou menos, de acordo com o que o seu médico da família orientar.

Como reduzir as taxas de LDL e aumentar as taxas de HDL?

Adotando medidas adequadas de alimentação, atividade física regular, hábitos de vida saudável, como não fumar, não beber e tomar regularmente as suas medicações, é possível reduzir as taxas de LDL e aumentar o HDL.

Sempre que possível, mantenha acompanhamento com os profissionais da área, nutricionista, nutrólogo, e educador físico. As tarefas bem orientadas por esses profissionais, tornam a atividade mais prazerosa e os resultados são mais eficazes

Algumas dicas para ajudar na redução de colesterol ruim e aumentar o colesterol bom:

  • Adotar um plano alimentar pobre em açúcares e gorduras;
  • Aumentar o consumo de vegetais e frutas;
  • Trocar cereais refinados por cereais integrais;
  • Reduzir o consumo de carne vermelha e aumentar o consumo de peixes e carnes brancas sem a pele e retirando a gordura visível;
  • Ingerir oleaginosas, sementes e leguminosas;
  • Evitar uso de óleo e manteiga trocando-os, sempre que possível, por azeite ou óleos vegetais em pouca quantidade;
  • Praticar atividade física, pelo menos, 4 vezes por semana;
  • Evitar hábitos como: fumar, consumir bebida alcoólica em excesso, sedentarismo.

O hábito de fumar cigarro, reduz o HDL e aumenta o LDL, aumentando diretamente o risco de doenças cardiovasculares.

O uso de medicamentos para regular as taxas de colesterol deve ser efetuado sob orientação médica após consulta e avaliação de exames laboratoriais e/ou de imagem.

Referências:

  • SBC - Sociedade Brasileira de Cardiologia
Parto normal ou cesárea (cesariana), quais as vantagens e os riscos?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os dois tipos de partos, normal e cesariana ou cesárea, têm vantagens e desvantagens. Por isso, essa decisão deve ser tomada com bastante cuidado, pela gestante e seu/sua médico/a.

Qual dói mais?

Entre as mulheres, é frequente acreditar que a cesárea não dói. É fato que a anestesia realizada bloqueia totalmente a dor durante o procedimento, mas não se pode esquecer que se trata de uma cirurgia abdominal e, assim como qualquer outra, pode apresentar dor no pós-operatório, dependendo do limiar de dor de cada mulher, mas costuma ser mais intensa ou durar mais tempo do que no parto normal.

Entretanto, quando ocorre a necessidade de realização de uma abertura maior no canal do parto em um parto normal, chamado episiotomia, também leva a dor no pós operatório além do risco de infecção na cicatriz cirúrgica, devido à proximidade com o ânus.

Parto cesariana

A cesariana, é a forma mais indicada em situações médicas específicas em que a via vaginal ofereça riscos para a mãe ou o bebê. Por exemplo, quando o bebê está na posição transversa ("atravessado", "de lado" na barriga da mãe), no caso de desproporção cefalo-pélvica (cabeça do bebê maior que o canal de parto da mãe), ou na ocorrência de placenta prévia, em que a placenta se localiza na frente do bebê, impedindo a sua passagem.

A cesariana está indicada como via obrigatória nos casos de mãe HIV ou com feridas de herpes genital, em atividade. Evitando a contaminação pela via do parto, no bebê.

Como é feito o parto cesárea ou cesariana?

O parto cesárea ou cesariana é uma cirurgia, realizada com anestesia raquidiana ou peridural, aplicada no espaço entre as vértebras da coluna. O tempo de duração de uma cesariana costuma ser de uma hora.

Como é a recuperação da cesariana?

Após o parto, a mulher só pode se levantar depois de 6 a 12 horas. Os pontos do local da cirurgia são retirados cerca de 10 a 15 dias após o parto. No pós-operatório, é comum a ocorrência de dor e distensão abdominal.

Quais são os riscos do parto cesárea?

O maior risco da cesariana é a ocorrência de infecções e trombose, que são os riscos comuns em cirurgias dessa dimensão.

Parto cesárea traz vantagens para o bebê?

Depende. Nos casos que oferece risco para a vida do bebê, como asfixia neonatal (falta de oxigenação) durante o parto, quando o parto não evolui, ou existe risco de contaminação, é evidente o benefício. Sem indicação efetiva para a cirurgia não há vantagens específicas para o bebê.

Parto normal

O parto normal é a forma considerada "natural" do nascimento. Acredita-se que ofereça menos riscos de complicações tanto para a mulher quanto para o bebê nesse tipo de parto. A mulher, em geral, se recupera mais rapidamente do que na cesárea, há menor chance de infecção, trombose e hemorragia.

Como é feito o parto normal?

Durante o parto normal, existe um trabalho de parto que provoca contrações uterinas e dilatação do colo do útero quando o bebê vai nascer. A dilatação do colo do útero é verificada e deve estar medindo 10 cm. No caso da dilatação não ser suficiente para o bebê passar, é feito um corte cirúrgico na região perineal.

Assim que o colo do útero atinge a sua dilatação máxima e as contrações ficam mais fortes, o bebê é pressionado pelas paredes do útero e, com a ajuda da mãe, acaba por ser expulso do útero.

O parto normal também pode ser feito com uma anestesia que reduz a dor, sem interferir na participação da gestante no trabalho de parto. As anestesias usadas no parto normal são as mesmas usadas na cesárea, porém, em doses menores.

Quanto tempo dura um parto normal?

Todo o trabalho de parto até à expulsão do bebê pode levar até 15 horas, caso seja o primeiro parto. Como é a primeira vez que o corpo da mulher está sofrendo essa dilatação, ele costuma ser mais lento, ao ritmo de 1 cm por hora.

Como é a recuperação do parto normal?

No parto normal, a recuperação é mais rápida e simples, do que comparada à cesárea, caso não haja problemas. A mulher pode se levantar logo depois do parto e os pontos saem naturalmente.

Qual é a vantagem do parto normal para o bebê?

A vantagem para o bebê é a saída do excesso de líquido que está acumulado nos pulmões, pois precisa passar pela pelve estreita e apertada da mãe. A saída desse líquido diminui os riscos de complicações respiratórias.

Quais são as desvantagens e riscos no parto normal?

No parto normal também existem desvantagens e riscos, os quais as mulheres devem ser informadas, como risco de laceração do assoalho pélvico, músculos que sustentam os órgãos da pelve, causando incontinência de urina ou fezes. Pode apresentar dor intensa, e o bebê pode sofrer complicações neurológicas, como asfixia, ou lesão de nervos (como o plexo braquial), caso a evolução do parto não aconteça conforme o esperado.

Existem casos, na maioria das vezes, favoráveis sim ao parto normal, e casos bastante desfavoráveis.

Portanto, com avaliação de critérios adequados e acompanhamento regular do pré-natal, o parto poderá ser definido entre a gestante e seu/sua médico/a obstetra.

O que é degeneração macular e quais os sintomas?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A degeneração macular relacionada à idade (DMRI) é uma doença que afeta a porção central da retina (mácula), responsável pela captação de detalhes visuais. Os seus principais sintomas são perda progressiva da visão central, distorção visual das linhas retas e diminuição da nitidez das cores.

Se não for devidamente tratada, a degeneração macular pode provocar danos irreversíveis à visão e levar à perda da visão de leitura e da nitidez, mas não chega a causar cegueira total.

A degeneração macular normalmente ocorre em pessoas com mais de 50 anos e está relacionada com o desgaste da retina. A doença normalmente afeta os dois olhos, mas não ao mesmo tempo. É frequente um olho já estar numa fase avançada, com perda significativa da visão, e o outro estar numa fase inicial.

Existem 2 tipos de degeneração macular relacionada à idade:

- Degeneração macular seca ou atrófica: É a forma mais comum e leve da doença, sendo observada em até 90% dos casos. Caracteriza-se pelo desgaste contínuo da retina que provoca atrofia ou perda das células da mácula. O seu sintoma característico é a diminuição progressiva e lenta da visão central.

- Degeneração macular úmida ou exsudativa: Representa cerca de 10% dos casos de degeneração macular relacionada à idade. Porém, esta forma de DMRI provoca uma perda mais acentuada da visão central e pode ter início súbito. Caracteriza-se pelo crescimento de pequenos vasos sanguíneos por baixo da retina, que formam uma película. Esses vasos são frágeis e causam sangramento e extravasamento de líquido para dentro da retina ou abaixo dela, com risco elevado de piora acentuada da visão.

Devido ao acúmulo desses líquidos, a degeneração macular úmida ou exsudativa provoca distorção das imagens e o paciente refere pontos ou manchas escuras no campo visual.

À medida que a doença avança, forma-se uma espécie de tecido cicatricial no local afetado pelos vasos, com consequente perda irreversível da percepção visual. A cegueira só não é total porque esse processo atinge somente a área central da retina e a visão periférica é preservada.

No início, os sintomas da degeneração macular são bastante discretos e imperceptíveis. Dentre os mais comuns estão:

  • Embaçamento da visão;
  • Cores mais opacas;
  • Palavras borradas;
  • Mancha escura ou embaçada no centro da visão;
  • Linhas retas distorcidas, parecendo onduladas;
  • Presença de pontos cegos (escuros ou brancos) no campo visual;

Existem diversos fatores podem favorecer o aparecimento da degeneração macular, como história da doença na família, ter a pele clara e os olhos azuis ou verdes, exposição em excesso ao sol, alimentação rica em gorduras, tabagismo, pressão alta e doenças cardiovasculares.

O diagnóstico e tratamento da degeneração macular relacionada à idade é da responsabilidade do/a médico/a oftalmologista.

Saiba mais em: Degeneração macular tem cura? Qual o tratamento?

Queimação no estômago: medidas caseiras e remédios para aliviar a azia
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Para aliviar a queimação de estômago, você pode utilizar medidas caseiras, como chás naturais e hábitos de vida mais saudáveis. Para os casos de dor intensa ou não responder as medidas naturais, é preciso iniciar medicamentos, como o omeprazol e pantoprazol.

As plantas medicinais que descreveremos, foram testadas cientificamente e aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Isto significa que o seu consumo é seguro e que pode prepará-las em casa, seguindo a dosagem máxima recomendada.

Os medicamentos devem ser orientados pelo médico que o acompanha, definindo a melhor dose e tempo de uso, caso a caso. Tanto o tratamento natural quanto os medicamentos, têm o objetivo de reduzir a produção de ácido gástrico no estômago, acelerar o seu esvaziamento e proteger a parede deste órgão.

1. Chás para queimação de estômago Alcachofra (Cynara scolymus L.)

O uso das folhas de alcachofra ameniza a sensação de queimação no estômago, dor, desconforto abdominal, gases e náuseas. Além das folhas secas e moídas, adequadas para fazer o chá, a alcachofra pode ser encontrada em cápsulas e comprimidos.

Como fazer: A alcachofra deve ser administrada por via oral. Se você preferir o chá, pode tomar de 1 a 2 g da folha seca por dia em 150 ml de água. Para tomar duas vezes ao dia: ferva 150ml de água em fervura e adicione 1 g de folhas de alcachofra. Para ingerir quatro vezes ao dia faça o mesmo procedimento colocando na água até 0,5g da planta.

Já os comprimidos ou cápsulas, podem ser ingeridos de duas a quatro vezes ao dia. Ao optar pelos comprimidos ou cápsulas, siga as instruções do fabricante.

Contraindicações: Mulheres grávidas ou amamentando e pessoas com obstrução do ducto biliar, não podem usar alcachofra em nenhuma das suas formas (chá, cápsulas ou comprimidos).

Espinheira-santa (Maytenus ilicifolia e Maytenus aquifolia)

As folhas da espinheira santa funcionam no tratamento da queimação do estômago, como protetoras da mucosa gástrica e antiácido. Entretanto, é indicado apenas em casos em que não há presença de úlcera gástrica.

Como fazer: O chá de espinheira-santa deve ser feito com 3g de folhas secas em 150 ml de água quente. Deve ser tomado logo depois do preparo, de três a quatro vezes ao dia. Nos casos das cápsulas ou comprimidos se deve tomar 860mg de duas a três vezes ao dia, entretanto, não deixe de ler as orientações do fabricante.

Contraindicações: Não deve ser usado na gravidez e durante a amamentação, pois há indícios que o uso de espinheira-santa causa redução do leite materno. Crianças com menos de seis anos também não devem usar a planta.

Gengibre (Zingiber officinale)

O gengibre é indicado para queimação no estômago, azia e vômitos. A parte da planta utilizada é o caule subterrâneo chamado rizoma. Pode ser encontrado em forma de cápsulas ou comprimidos, em pó e em rizomas, que é a forma mais facilmente encontrada.

Rizoma: caule subterrâneo do gengibre utilizado para fazer chás.

Como fazer: Corte o rizoma do gengibre em pedaços de 0,5 a 1 g, junte 150 ml de água em uma panela com tampa e leve ao fogo. Ferva por cinco minutos. A seguir, desligue o fogo e aguarde de 3 a 5 minutos. Após esse tempo o chá estará pronto para beber.

O gengibre em pó deve ser usado na dose de uma colher de chá rasa para uma xícara de 150ml de água. Você dever ferver a mistura da água com o pó de gengibre durante 1 minuto em uma panela tampada. A seguir, apague o fogo e deixe em infusão por 5 minutos. Recomenda-se beber de 3 a 4 xícaras de chá por dia.

Ao usar cápsulas ou comprimidos de gengibre, siga as recomendações dos fabricantes. A dose máxima deve ser de 4g do rizoma por dia para fazer o chá.

Contraindicações: O gengibre é contraindicado para pessoas com pressão alta e cálculos biliares e menores de 12 anos. Pessoas que tomam anticoagulantes ou que apresentam distúrbios da coagulação sanguínea devem consultar o seu médico antes de usar gengibre.

2. Remédios para queimação de estômago Omeprazol, pantoprazol

Alguns dos medicamentos inibidores da produção de ácido clorídrico no estômago são indicados em doenças que provocam o aumento da secreção gástrica como, por exemplo, o refluxo. Nestes casos, os remédios mais usados são o omeprazol, pantoprazol, esoprazol e rabeprazol.

Efeitos colaterais: Náuseas, diarreia, dor de cabeça, dor abdominal, prisão de ventre, flatulência, erupções cutâneas.

Ranitidina, cimetidina

Existem também os medicamentos que inibem a secreção de ácidos no estômago induzidas pela histamina e gastrina, substâncias que provocam o aumento dos ácidos estomacais. A cimetidina, nizatidina e famotidina são os mais usados.

Efeitos colaterais: Cansaço, sonolência, dor de cabeça, dor muscular, diarreia e prisão de ventre.

Metoclopramida, domperidona

A queimação e dor no estômago, especialmente quando acompanhadas de sensação de estufamento e de dificuldade de digestão, pode ocorrer quando o estômago se encontra muito cheio.

Nestas situações, os medicamentos usados têm o objetivo de estimular a motilidade intestinal e promover o esvaziamento do estômago de forma mais rápida. Estes medicamentos são a metoclopramida, domperidona e cisaprida.

Efeitos colaterais: Fraqueza, sonolência ou agitação, queda da pressão arterial, sonolência e diarreia. Já o uso de domperidona e cisaprida, embora seja raro, pode causar diarreia ou prisão de ventre.

Sucralfato e os sais de bismuto

Os protetores gástricos são um grupo de medicamentos que formam uma barreira de proteção contra a ação dos ácidos no estômago e no esôfago. Esta proteção evita que a sensação de queimação no estômago ocorra. Os mais utilizados são o sucralfato e os sais de bismuto.

Efeitos colaterais: Prisão de ventre, boca seca, náuseas, vômitos, dor de cabeça e irritação de pele. Os sais de bismuto apresentam como efeitos colaterais: dor de cabeça, tontura, náuseas, vômitos, diarreia e fezes escuras.

Hidróxido de alumínio, hidróxido de magnésio e bicarbonato de sódio

Embora sejam bastante populares, os antiácidos são pouco indicados para aliviar a queimação devido à sua ineficácia e ao risco de efeito rebote, ou seja, a pessoa melhora rapidamente quando ingere o medicamento e a seguir a queimação retorna de forma mais intensa.

Os antiácidos mais utilizados para inibir a ação ácido clorídrico do estômago são o hidróxido de alumínio, hidróxido de magnésio e bicarbonato de sódio.

Efeitos colaterais: Prisão de ventre e diarreia.

Quando devo procurar atendimento de emergência?

Alguns sintomas servem de alerta de que algo mais grave pode estar acontecendo no seu organismo. Estes sintomas incluem:

  • Permanência da queimação e dor de estômago por mais de 2 semanas,
  • Febre,
  • Vômitos com sangue,
  • Perda de peso.

Na presença de qualquer um destes sinais de alerta, procure um atendimento médico em uma emergência hospitalar.

Para saber mais sobre queimação no estômago, você pode ler:

Como tratar queimação no estômago?

Um copo de água ou leite alivia a azia?

Senti uma dor muito forte com queimação no estômago...

Referências:

  • Angência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA. Memento Fitoterápico da Farmacopeia Brasileira. Brasília: ANVISA, 2016.
  • Ganguly, S.; Roy, S. Medicinal Plants and Herbs: A Review. International Journal of Pharmacy & Life Sciences, 6(3):4288-4290, 2019.
  • Federação Brasileira de Gastroenterologia
Quais são os sintomas do descolamento de retina?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Os principais sintomas do descolamento de retina são:

  • Alterações no campo de visão: manchas escuras, bolhas ou pontos difusos no campo de visão que aparecerem e desaparecem com a aparência de uma mosca grande, imagens semelhantes a teias de aranha;
  • Visualização de faíscas e flashes de luz;
  • Perda da visão;
  • Cegueira.

O descolamento da retina é uma condição grave que provoca alterações na visão, perda da visão e até cegueira.

O descolamento da retina acontece quando há o desprendimento da retina da parte posterior do olho.

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