Perguntar
Fechar
O que fazer para ajudar a menstruação a descer?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

Existem algumas dicas que podem ajudar a menstruação descer, como:

  • Tomar um banho quente ou colocar uma bolsa de água quente na barriga;
  • Tomar um pouco de vinagre de maçã (pode misturar 2 ou 3 colheres de sopa com suco ou chá);
  • Comer alimentos ricos em vitamina C (como laranja, kiwi, acerola, goiaba, morango e caju) e ferro (espinafre, feijão-preto, lentilha, gema de ovo e carne vermelha);
  • Usar ervas como gengibre, salsa, alecrim, sálvia, erva-cidreira e quebra-pedra branca, na forma de chás ou temperando seus alimentos.

Se sua menstruação está atrasada, a primeira coisa que precisa verificar é se está grávida. Você pode fazer um teste de gravidez de farmácia, que consegue detectar a gravidez desde o primeiro dia de atraso menstrual.

Se o atraso persistir, procure um ginecologista ou médico de família para investigar o que está acontecendo. Poderá ser um sinal de problemas hormonais, estresse, síndrome de ovários policísticos ou alterações da tireóide, por exemplo.

Veja também:

Referências:

Birch S. My Period Is Late | How Do I Bring On or Induce A Period? Trimester talk.

Osborn CO, Mariz F. How late can a period be? Plus, why it is late? Healthline.

Rodrigues AP, Andrade LHC. Levantamento etnobotânico das plantas medicinais utilizadas pela comunidade de Inhamã, Pernambuco, Nordeste do Brasil. Rev Bras Pl Med. 2014; 16(.3, supl. I): 721-30.

30 semanas são quantos meses de gestação?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

30 semanas de gravidez são 7 meses de gestação. No entanto, como os profissionais de saúde sempre usam a semana como unidade de tempo, não é necessário converter o tempo de gravidez para meses.

Nesta fase da gravidez, as visitas de pré-natal são quinzenais. O bebê já pesa entre 1,250 kg e 1,800 kg. Os movimentos fetais permanecem com o mesmo padrão e, no caso de diminuírem, é importante falar com o médico.

Durante todo o período de uma gravidez normal, é importante manter os exercícios. Na fase final, eles são ainda mais importantes para diminuir o risco de dores no pé da barriga e no quadril. É recomendada atividade física leve a moderada, pelo menos 3 vezes por semana, para as mulheres grávidas saudáveis.

Leia também:

Referências:

NOTA TÉCNICA PARA ORGANIZAÇÃO DA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE COM FOCO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE E NA ATENÇÃO AMBULATORIAL ESPECIALIZADA — SAÚDE DA MULHER NA GESTAÇÃO, PARTO E PUERPÉRIO. / Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein. São Paulo: Hospital Israelita Albert Einstein: Ministério da Saúde, 2019. p. 27-28.

Chames MC, Bailey JM, Greenberg GM, Harrison RV, Schiller JH, Williams CB. Guidelines for Clinical Care Ambulatory. Prenatal care. Michigan Medicine, University of Michigan. Last review: January 2019. https://www.med.umich.edu/1info/FHP/practiceguides/newpnc/PNC.pdf

Kiserud T, Piaggio G, Carroli G, Widmer M, Carvalho J, Neerup Jensen L, et al. (2017) The World Health Organization Fetal Growth Charts: A Multinational Longitudinal Study of Ultrasound Biometric Measurements and Estimated Fetal Weight. PLoS Med 14(1): e1002220.

Bepantol líquido e pomada: para que serve e como usar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O Bepantol ® é um medicamento encontrado sob a forma de líquido, pomada e mais recentemente, em spray. Constituído pelo princípio ativo dexpantenol (pró vitamina B5), que ao penetrar na pele é transformado em vitamina B5 (ácido pantotênico), estimulando a formação e a regeneração natural da pele.

O Bepantol ® penetra nas camadas mais profundas da pele, atuando e protegendo as camadas de dentro para fora, deixando-a mais nutrida e fortalecida.

A vitamina também age estimulando a multiplicação das células da pele, inclusive daquelas que produzem colágeno, responsável pela sustentação (firmeza) da pele.

Para que serve Bepantol ®?

Devido às propriedades do dexpantenol, o Bepantol ® serve para prevenir e tratar assaduras e rachaduras na pele, mamilos, lábios e região anal. Além disso, o Bepantol ® também estimula a cicatrização de feridas e escaras (úlceras de pressão), e auxilia no tratamento de queimaduras causadas pelo sol.

O Bepantol ® líquido também costuma ser indicado para hidratar os cabelos, sendo usado para deixar os cabelos mais brilhantes e macios. As propriedades do Bepantol ® previnem que os fios de cabelo percam água em excesso, o que deixa o cabelo ressecado.

Mais uma indicação comum para o produto, é no processo de cicatrização de tatuagens.

Como usar Bepantol ®?

O Bepantol ® pomada deve ser aplicado diretamente na pele, que deve estar limpa e seca. Geralmente, recomenda-se aplicar a pomada duas a três vezes ao dia. Entretanto, o número de aplicações pode variar, conforme orientação médica.

Já o Bepantol ® líquido pode ser aplicado puro ou diluído numa mesma quantidade de água, diretamente sobre a pele limpa.

Veja também: Para que serve Bepantol Derma líquido e como usar a solução?

No tratamento das assaduras em bebês, o Bepantol ® líquido deve ser aplicado cada vez que se mudar a fralda da criança, depois de limpar e secar a pele do bebê.

Para tratar outras lesões na pele, o Bepantol ® líquido normalmente é aplicado uma a três vezes ao dia, assim como na pomada, ou conforme a indicação médica.

Quais são os efeitos colaterais do Bepantol ®?

O uso de Bepantol ® pomada ou líquido não requer muitas precauções, uma vez que o medicamento é, em geral, bem tolerado. Raramente, o uso de Bepantol ® pode causar efeitos colaterais.

Contudo, se a pessoa for alérgica a algum componente da fórmula ou dependendo da sua sensibilidade, podem ocorrer casos de urticária, embora seja bastante raro. Atualmente o relato de casos está entre 0,01% a 0,1%.

O uso de Bepantol ® deve ser feito apenas com orientação médica, de preferência por um/a dermatologista.

Transtorno de Estresse pós-traumático (TEPT), tem cura?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Estresse pós-traumático pode ter cura, embora o tratamento seja difícil e uma parte dos pacientes possam permanecer com sintomas por muitos anos, necessitando manter acompanhamento por tempo indeterminado.

Trata-se de um transtorno psicológico crônico, que ocorre após a exposição de eventos traumáticos graves, como participação em guerras; sofrer ou presenciar abusos e violências, seja sexual ou física; uma grande perda, como o falecimento de um familiar, entre outros.

Qual é o tratamento do estresse pós-traumático?

O tratamento deve ser realizado com:

  • Psicoterapia e
  • Medicamentos. Os Antidepressivos são os medicamentos de primeira escolha nesse caso, embora existam outras opções a serem associadas em casos mais graves.

Após 3 meses de tratamento, os sintomas do transtorno de estresse pós-traumático tendem a se estabilizar. Porém, a doença poderá retornar se houver novamente uma situação traumática ou que seja semelhante àquela que originou o estresse.

Em geral, a psicoterapia, através da terapia cognitivo-comportamental, é a primeira opção de tratamento para o estresse pós-traumático. Contudo, a medicação tem papel importante, principalmente no início do tratamento, minimizando os sintomas e auxiliando na adesão ao tratamento psicológico.

A escolha do tipo de medicamento depende de vários fatores, como a condição de saúde do paciente, presença de outros transtornos psiquiátricos ou doenças, efeitos colaterais da medicação, entre outros.

Atualmente os medicamentos mais indicados nesses casos são os antidepressivos: Fluoxetina, Sertralina, Paroxetina e a Venlafaxina.

Muitas vezes é necessário incluir mais de um tipo de medicamento, especialmente quando não há resposta à terapia com antidepressivos ou em casos muito graves. Nesses casos está indicado a associação de antipsicóticos em doses baixas. Esses medicamentos coadjuvantes também atuam no tratamento dos transtornos do sono (insônia, pesadelos, terror noturno),da ansiedade, agitação e sintomas de agressividade.

Nos casos mais graves, os antipsicóticos devem ser iniciados de imediato, devido aos riscos e prejuízos à saúde física e mental do paciente.

Os benzodiazepínicos (ansiolíticos) não são recomendados para tratar o transtorno. Além de não terem eficácia comprovada nesse tipo de situação, podem causar ansiedade e insônia pelo efeito rebote. Quando prescritos, deve-se dar preferência aos de meia-vida longa para evitar o efeito rebote e não prolongar o uso por mais de 4 semanas.

Mesmo com a remissão completa dos sintomas, deve-se manter o tratamento do estresse pós-traumático por algum tempo. Lembrando que a manifestação dos sintomas é cíclica e pode piorar se a pessoa ficar exposta a situações que lembrem o trauma.

Não há um tempo definido de tratamento. Cabe ao médico psiquiatra e ao psicoterapeuta avaliarem o caso, de maneira que os medicamentos sejam retirados gradualmente e o tratamento não seja interrompido abruptamente nem se prolongue por tempo demasiado, quando o paciente já não apresenta sintomas.

Causas de dores nas pernas
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A dor nas pernas pode ter muitas causas, sendo as mais comuns:

  • Cansaço muscular,
  • Cãibras;
  • Problemas de circulação;
  • Problemas de articulação e
  • Compressão do nervo ciático, por doenças de coluna.

Para identificar a causa e planejar o melhor tratamento, é preciso procurar um médico especialista, neste caso, o angiologista.

Causas de dores nas pernas1. Cansaço muscular

O mais comum é que o cansaço nas pernas ao fim do dia seja desencadeado pelo esforço ou por longos períodos em uma mesma posição (em pé ou sentada). As dores costumam atingir as duas pernas, na região das coxas e nas panturrilhas.

Para aliviar as dores pode ser feito uso de compressas mornas ou bolsa de água quente (bolsas térmicas) na região dolorida e exercícios de alongamento.

Os exercícios de alongamento promovem o alívio das dores musculares, favorecem a circulação do sangue e ajudam na postura, flexibilidade e amplitude dos movimentos. O ideal é que o alongamento seja orientado por um profissional de educação física ou fisioterapeuta.

2. Cãibras

As cãibras são as causas mais comuns de dor na panturrilha, também chamada de batata da perna. São contraturas musculares involuntárias que acontecem, normalmente, após atividade física intensa ou mesmo durante o sono.

Durante o episódio de cãibra ocorre uma dor aguda e progressiva que aumenta na medida em que a musculatura da panturrilha vai se contraindo.

Para aliviar esta dor e relaxar a musculatura, é recomendado realizar alongamento e massagem do músculo durante a contratura. A massagem com movimentos circulares deve ser feita no local da cãibra, lentamente.

Outra forma de relaxar ou alterar a movimentação do músculo, é tentar ficar de pé e colocar o peso do seu corpo sobre a perna acometida pela cãibra. Se você não consegue ficar em pé, sente-se em uma cadeira, estique a perna e puxe os pés para trás com as mãos.

3. Problemas circulatórios3.1. Varizes

A sensação de queimação nas pernas é o sinal típico das varizes. Varizes são veias dilatadas, tortuosas e de calibre aumentado, que dificultam a circulação sanguínea.

O comprometimento da circulação causa outros sintomas, que são: dor nas pernas, formigamento, coceira, inchaço e mudanças na cor da pele, que se tornam mais esbranquiçadas ou escurecidas.

Para aliviar os sintomas de dor por varizes, o mais indicado é evitar manter-se muito tempo de pé movimentar as pernas para ativar a circulação sanguínea, várias vezes durante o dia.

Elevar as pernas acima do nível do coração por alguns minutos 2 a 3 vezes ao dia e usar meias de média compressão também são medidas que ajudam no retorno venoso, melhorando a circulação das pernas.

A meia deve ser vestida assim que acorda, para adaptar melhor a perna e retirar ao deitar. Não é recomendado dormir com as meias, a não ser que seja uma recomendação médica.

A avaliação pelo cirurgião vascular ou angiologista é fundamental para definir o tratamento definitivo nos casos de varizes.

3.2. Trombose

A trombose é o entupimento de um vaso sanguíneo. Quando atinge uma veia é chamado trombose venosa profunda e quando acomete uma artéria, trombose arterial.

O local mais frequente de ocorrer uma trombose é a perna, mas pode haver trombose no coração (infarto), no pulmão (tromboembolismo pulmonar), no cérebro (AVC isquêmico) e carótidas. Os sintomas dependem da localização e condições de saúde da pessoa.

A trombose venosa profunda na perna apresenta como principais sintomas: dor súbita e intensa na panturrilha, edema e calor local. A dor se torna mais intensa quando fazemos grandes esforços físicos, ao subir ladeiras, escadas ou quando as temperaturas estão muito frias.

Na suspeita de um trombose, procure imediatamente um atendimento médico com angiologista ou emergência, devido aos riscos de complicação.

4. Artrose

A artrose do joelho acontece por um desgaste das suas cartilagens. É uma causa comum de dor nas pernas, sendo bastante frequente em pessoas com mais de 50 anos e em pessoas com excesso de peso.

As características dessa dor incluem: dor no joelho após esforços físicos que melhoram com o repouso, rigidez ao se levantar pela manhã ou após longos períodos de repouso, presença de estalos (crepitações) quando movimenta o joelho, inchaço (edema) e dificuldade de caminhar.

Exercícios de alongamento aliviam a dor no joelho, no entanto é preciso que sejam acompanhados por um fisioterapeuta.

Para o tratamento definitivo pode ser preciso acrescentar medicamentos analgésicos, anti-inflamatórios e suplementos alimentares que ajudam na restauração dessa articulação. Nos casos de artrose mais avançada pode ser indicado infiltração (injeção) de corticóide dentro da articulação do joelho ou cirurgia.

Para definir o melhor tratamento consulte um ortopedista.

5. Cisto de Baker

O cisto de Baker é um cisto cheio de líquido que se forma na região posterior do joelho. Pode estar associado ao desgaste da cartilagem do joelho, artrite ou lesão da cartilagem.

Quando essas causas são resolvidas, o cisto costuma desaparecer. Os sintomas são: dor atrás do joelho, dificuldade de dobrar a articulação e inchaço. Além disso, o cisto pode facilmente encontrado na palpação.

Se o cisto provocar dor ou limitar os movimentos do joelho, impedindo esticar ou flexionar a perna, o tratamento com fisioterapia pode ser necessário. O ortopedista pode também indicar a retirada de líquido através de uma aspiração feita com uso de uma seringa.

6. Dor ciática

A dor provocada pela compressão do nervo ciático costuma ocorrer após um esforço ou pegar um peso além do habitual.

Os sintomas são de dor em formigamento, choque ou dormência que se inicia na coluna e segue para o glúteo, região posterior da coxa, lateral da perna, tornozelo ou até o pé, do lado comprometido.

Para aliviar a dor, deve permanecer em repouso, aplicar compressas mornas na região da coluna e fazer uso de um relaxante muscular ou analgésicos.

Adotar uma boa posição para dormir também é importante para aliviar a dor e/ou evitar o seu agravamento. Durma de lado, o mais curvado possível, ampliando o espaço entre as vértebras. Pode usar um travesseiro embaixo do pescoço e outro travesseiro entre as pernas.

O médico neurologista ou ortopedista são os responsáveis por avaliar e definir o melhor tratamento, para cada caso.

O que posso fazer para aliviar a dor nas pernas?
  • Repouso: o repouso é, na maior parte dos casos de dor nas pernas, o modo mais rápido de promover o alívio da dor. Especialmente nos casos em que a dor tem relação com o esforço físico;
  • Elevar as pernas: Deitar-se com as pernas elevadas favorece a circulação sanguínea;
  • Banho morno: Tomar um banho morno para relaxar a musculatura e estimular a circulação sanguínea;
  • Alongamentos: Se você trabalha por muito tempo sentado ou em pé, movimente-se e alongue as pernas a cada duas horas de trabalho. Os exercícios de alongamento promovem o relaxamento da musculatura em torno dos ossos, o que leva ao alívio da dor;
  • Compressas de gelo podem ajudar a aliviar dores provocadas por pancadas nas pernas e quedas, sempre por cima de um pano, para evitar queimaduras;
  • Meias elásticas de média compressão: Em casos de varizes a dor pode ser amenizada com uso de meias de média compressão e alongamentos.

Em algumas situações, o tratamento pode envolver o uso de medicamentos anti-inflamatórios que controlam a dor, sessões de fisioterapia ou mesmo cirurgias. Estes tratamentos devem ser indicados por um ortopedista, médico de família ou clínico geral.

Dor na perna esquerda pode ser infarto?

Na verdade a dor na perna, devido ao entupimento da artéria, não é um dos sinais da doença, mas é considerado um sinal de maior risco para o infarto. Isso porque, a aterosclerose, doença caracterizada pela formação de placas de gordura dentro do vaso sanguíneo, pode acometer qualquer artéria do corpo.

A doença arterial na perna, compromete a circulação sanguínea e tem como sintomas: dor e sensação de cãibra ao caminhar, fisgada e sensação de cansaço nas pernas. Outros sintomas menos comuns são, a perda de pelos nas pernas, unhas dos pés enfraquecidas, coloração esbranquiçada das pernas e infecções constantes nos pés.

Essas placas de gordura podem soltar pequenos pedaços, que chamamos de êmbolo, que seguem pela circulação até encontrar um vaso mais estreito e causar um entupimento. Essa é a principal causa, por exemplo, de tromboembolismo pulmonar. Uma doença grave que pode levar à morte.

É importante que você observe e descreva para o médico a sua dor, intensidade, quando surgiu e o que você fez para aliviar. Na suspeita de trombose na perna ou má circulação, procure o quanto antes uma avaliação médica.

Não utilize nenhum medicamento sem orientação médica.

Leia mais sobre esse assunto no artigo: Sinto muita dor nas pernas. O que pode ser?

Referências:

  • Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia. Consensos Brasileiros de Ortopedia e Traumatologia.São Paulo: Agência NaJaca, 2019.
  • Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular
O que são eosinófilos? O que pode alterar os seus valores?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os eosinófilos são células de defesa do organismo, também conhecidos por glóbulos brancos, ou leucócitos. O seu valor é encontrado dentro do hemograma, na contagem de série branca (leucograma).

Os leucócitos são divididos em 5 tipos de células: os neutrófilos, linfócitos, monócitos, eosinófilos e basófilos. Cada uma delas exerce uma função no sistema imunológico. Os eosinófilos têm como principal função, combater germes e parasitas, auxiliar e mediar as reações inflamatórias.

A contagem normal de eosinófilos no sangue, varia de 50 – 500 células/microlitro. No entanto, esse valor deve ser analisado em conjunto com os sintomas e exame clínico. Isoladamente, não tem um significado exato.

Eosinófilos altos - o que pode ser?

O aumento dos eosinófilos chama-se eosinofilia e ocorre, principalmente, nos casos de alergia, asma e verminoses. Com menor frequência, outras situações também podem cursar com esse aumento. Sendo assim, as principais causas de eosinofilia são:

  • Alergias (rinite alérgica, dermatite, urticária)
  • Verminoses (ascaridíase, ancilostomíase, oxiuríase)
  • Asma
  • Doenças auto-imunes (lúpus, artrite reumatoide)
  • Linfoma, Leucemias
  • Doença de Crohn, retocolite ulcerativa
  • Uso de certos medicamentos (anfotericina B, alopurinol, anticonvulsivantes)
Eosinófilos baixos - o que pode ser?

A redução dos eosinófilos é menos comum, chamada de eosinopenia. As causas mais frequentes incluem:

  • Estresse,
  • Uso crônico de corticoides (oral ou venoso),
  • Gravidez,
  • Infecção bacteriana ou viral,
  • Síndrome de Cushing,
  • Febre alta.
Como tratar?

O tratamento varia de acordo com a causa dessa alteração, e nem sempre será preciso um tratamento específico.

Por exemplo, na rinite alérgica e pessoas asmáticas, a eosinofilia leve é um achado comum devido às constantes ativações alérgicas, mas não representa um sinal de risco ou gravidade. Na febre alta, a redução dos eosinófilos é passageira, quando a doença que causa a febre for tratada, o valor se normaliza.

Em contrapartida, nos casos de linfoma ou leucemia, a alteração será importante com um valor muito elevado, podendo ultrapassar o valor de 2.000 células / microlitro. Nesse caso, é preciso procurar um atendimento médico com urgência.

Ainda, se perceber uma alteração dos leucócitos com ou sem aumento de eosinófilos, associado a febre alta (acima de 38,5o), manchas no corpo ou perda de peso sem motivo aparente, procure imediatamente uma avaliação médica.

Saiba mais sobre esse assunto, nos seguintes artigos:

Referências:

Peter F Weller, et al.; Eosinophil biology and causes of eosinophilia. UpToDate: Aug 13, 2020.

Thomas D Coates, et al.; Approach to the patient with neutrophilia. UpToDate: Jan 20, 2020.

Suco Detox emagrece mesmo? Como funciona?
Dra. Juliana Guimarães
Dra. Juliana Guimarães
Enfermeira doutorada em Saúde Pública

O suco detox é um suco natural, feito de com frutas, legumes e verduras que favorecem o processo de desintoxicação do organismo e, por este motivo, ajuda no emagrecimento. As fibras, vitaminas e minerais presentes no suco detox são essenciais para a manutenção da saúde.

Como funciona o Suco Detox

As substâncias presentes nas verduras, frutas e legumes utilizados para fazer o suco detox atuam efetuando uma limpeza geral no organismo, especialmente, por meio do fígado, dos rins e dos intestinos. Seu mecanismo de atuação nestes órgãos do corpo é que favorece o emagrecimento.

Fígado

No fígado, os componentes do suco detox auxiliam na eliminação da gordura extra que vem com a alimentação.

Rins

Nos rins, as substâncias presentes no suco detox reduzem o volume extra de água, o que provoca uma melhora na circulação sanguínea e redução da retenção de líquidos.

Intestinos

Especialmente as fibras que constituem o suco detox promovem um melhor funcionamento dos intestinos, favorecendo assim o trânsito intestinal. As toxinas, eliminadas pela urina e pelas fezes, completam o processo de desintoxicação.

Outros Benefícios do Suco Detox
  • Melhora episódios de enxaqueca
  • Aumenta a capacidade de concentração
  • Reduz o cansaço
  • Melhora o humor
  • Otimiza a digestão e o funcionamento intestinal
  • Favorece o bom funcionamento cerebral

Este benefícios se devem à ação de desintoxicação promovida pelo melhor desempenho das funções hepática, renal e intestinal, provocadas pela ingestão do suco detox.

Alimentos que podem sem usados para fazer o Suco Detox Couve

Contém clorofila, cálcio, ferro, potássio e fibras. Melhora o funcionamento intestinal.

Pepino

Rico em água e fibras. Ajuda a eliminar líquidos.

Água de Coco

Rico em água e fibras. Ajuda a eliminar líquidos

Limão

Possui alta concentração de vitamina C.

Alface, acelga, espinafre, hortelã

Possuem clorofila e fibras que ajudam na motilidade intestinal e possibilitam a sensação de saciedade.

Gengibre

É um termogênico natural, o que viabiliza acelerar o metabolismo e a queima de gordura corporal. Além disso, atribui mais sabor ao suco detox.

Cúrcuma

É um antioxidante e anti-inflamatório natural. Ajuda a reduzir o excesso de líquidos corporais.

Aipo

Rico em fibras e água, auxiliam a diminuir a retenção hídrica e a melhorar o funcionamento intestinal.

Chás

Os chás de hortelã, salsinha, gengibre e chá verde podem ser adicionados no suco em substituição a água.

Frutas

Melancia, melão, laranja, morango, maçã e outras frutas pouco calóricas, adicionam mais vitaminas e sabor aos seu suco detox.

Cuidados
  • Não se deve coar o suco detox para que a fibras e seus benefícios não sejam retirados.
  • O segredo é bater bem as folhas no liquidificador.
  • É importante combinar à ingestão do suco detox à uma alimentação saudável sem alimentos industrializados, e atividade física regular.

Para uma orientação mais completa e uma maior eficácia da sua alimentação para fins de emagrecimento, consulte um/uma médico/a nutrologista ou nutricionista.

Meu filho acordou vomitando, o que pode ser?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Uma das principais causas de vômitos em crianças é a gastroenterite viral. A gastroenterite é a inflamação do sistema gastrointestinal, incluindo o estômago e intestino.

Outras possíveis causas para vômitos em crianças são: a doença do refluxo gastroesofágico e a obstrução intestinal.

Durante o episódio de gastroenterite, além de vômitos, também é muito comum a criança apresentar diarreia. Febre, inapetência e mal-estar também podem ser sintomas encontrados.

Uma das principais complicações é a desidratação, que é mais comum em crianças pequenas. Por isso, é essencial manter a criança bem hidratada, oferecendo água e outros líquidos que sejam bem tolerados.

Na presença de episódios de vômitos repetidos, consulte um médico de família ou pediatra para uma avaliação.

Também pode ser do seu interesse: