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Esqueci de tomar a pílula e tive sangramento. O que pode ser?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Se você esqueceu de tomar a pílula e teve um sangramento, é provável que tenha tido um sangramento de escape, que ocorre devido a variações súbitas nos níveis hormonais e pode estar relacionado com alguma falha no efeito de proteção da pílula anticoncepcional.

Esquecer de tomar a pílula é uma das principais causas destes sangramentos fora do período menstrual. O sangramento de escape é o efeito colateral mais comum das pílulas anticoncepcionais.

Porém, é importante lembrar que esse sangramento não é uma menstruação fora de hora. Ele geralmente é observado nos primeiros ciclos de uso da pílula, devido à adaptação da parede do útero que tende a ficar bem fina com o uso do anticoncepcional.

As pílulas com baixas doses de estrogênio são as que mais provocam sangramentos de escape, que tendem a diminuir e desaparecer com o passar do tempo.

Contudo, qualquer sangramento vaginal fora do período menstrual, esteja a mulher tomando pílula ou não, deve ser avaliado pelo/a médico ginecologista, médico/a de família ou clínico/a geral.

Carocinhos nos grandes lábios: o que pode ser?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A presença de caroço nos grandes lábios pode ser indicativo de Bartolinite. A bartolinite é uma inflamação da glândula de Bartholin localizada no introito vaginal.

A bartolinite é uma doença benigna e que tem cura. Leia mais em:

O que é bartolinite? Tem cura?

Algumas doenças transmitidas por via sexual podem se manifestar com caroços na região da vagina. Essas doenças devem ser tratadas para evitar agravamentos ou expansão da lesão.

Na presença de caroço nessa região é importante consultar o/a ginecologista, clínico/a geral ou médico/a de família para um exame detalhado e tratamento apropriado.

Leia também:

Estou com caroço nos grandes lábios da vagina, o que pode ser e qual o tratamento?

Toda menina sangra na primeira vez?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Não, nem toda menina sangra na primeira vez.

O sangramento pode ou não ocorrer, pois existe uma grande variedade de formatos e elasticidade entre os hímens. Algumas meninas sangram na primeira relação, outras só após várias relações e há meninas inclusive que nunca chegam a sangrar.

O hímen é uma pequena membrana localizada na entrada da vagina que geralmente se rompe na primeira relação sexual, gerando um pequeno sangramento que dura no máximo algumas horas.

Os hímens pouco elásticos normalmente se rompem logo na primeira vez. Já aqueles com mais elasticidade, conhecidos como "complacentes”, podem não se romper tão facilmente.

Alguns hímens são mais espessos e podem causar dor no momento do rompimento, enquanto outros são tão finos que a mulher nem sente que ele se rompeu.

O médico ginecologista pode facilmente detectar a presença do hímen ao fazer o exame ginecológico clínico e esclarecer eventuais dúvidas sobre o sangramento na primeira relação.

Saiba mais em:

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Anticoncepcional deixa os seios inchados?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim. Alguns anticoncepcionais podem deixar os seios inchados.

As pílulas anticoncepcionais podem ser combinadas, quando possuem na fórmula estrógeno e progestágeno juntos, ou podem conter apenas o progestágeno. Os anticoncepcionais orais que contêm estrógeno na fórmula podem aumentar a sensibilidade nas mamas. Esse efeito colateral do anticoncepcional geralmente desaparece com o passar dos meses de uso contínuo ou com a interrupção da medicação.

A maioria das mulheres que usa esse tipo de anticoncepcional oral sente os seios inchados, as mamas mais tensas e os mamilos sensíveis no início, porém isso não é sinal de malignidade e nem de preocupação maior. Esse inchaço decorre do aumento do hormônio estrogênio na corrente sanguínea e da regulação do ciclo hormonal que o anticoncepcional provoca.

Se a mulher estiver apresentando desconforto excessivo com esse efeito colateral, ela pode consultar o/a ginecologista, clínico/a geral ou médico/a de família para uma avaliação mais detalhada ou a consideração de trocar o método anticoncepcional.

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Depois que tirei a vesícula tenho muita dor abdominal...
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Bom partindo do princípio que há uma ligação com a ausência de sua vesícula, pode ser algo relacionado com a digestão das gorduras, caso não seja isto pode ser algo relacionado com a "não aceitação" por parte do seu organismo da sua nova "configuração corporal". Procure um médico homeopata.

Terminei a cartela e a menstruação não desceu, é normal? O que faço?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, é normal. A menstruação não descer após o término da cartela de anticoncepcional ou na troca de remédio, acontece com frequência, pela adaptação do organismo as doses de hormônios.

Por isso a recomendação de iniciar a próxima cartela, ou aplicar a injeção do anticoncepcional não deve ser baseada na menstruação. Siga as orientações de acordo com os dias indicados e não pelo retorno do sangramento.

No entanto, existem outras causas para essa situação, por isso, na ausência da menstruação por mais de 15 dias (considerado atraso menstrual), é importante que procure um ginecologista para avaliação.

Causas de ausência da menstruação1. Uso de anticoncepcionais

O uso regular de anticoncepcionais causa diversas modificações no corpo da mulher, sendo uma delas a diminuição da camada do útero, que reduz significativamente a menstruação e pode com o tempo, levar a ausência completa de sangramento.

Nesse caso, o fluxo da menstruação vai diminuindo gradativamente, até que o fluxo cessa. Não apresenta outros sintomas.

O que fazer?

Não precisa mudar em nada o uso da sua medicação. Inicie a próxima cartela na data programada, de preferência mantendo sempre o mesmo horário.

2. Troca de anticoncepcional

A troca de anticoncepcional é outra causa comum de ausência de menstruação, porque o organismo precisa de nova adaptação aos hormônios e diferentes dosagens. Não existem mais sintomas, apenas a ausência do sangramento.

O que fazer?

Mesmo não havendo outros sintomas, a ausência da menstruação de forma associada a uma troca de medicamentos, exige que seja descartada uma possível gravidez antes do início de uma nova cartela.

Se não houve relação no período, portanto não há risco de gravidez, pode retornar o remédio, mas se teve relação sem outro método contraceptivo, fale com o seu médico, e faça um teste de gravidez.

3. Gravidez

O primeiro sinal da gestação é o atraso menstrual, ou melhor, a ausência da menstruação. Por isso, sempre que uma mulher tem relação desprotegida e a menstruação falha, é importante uma pesquisa para essa situação.

O que fazer?

Faça um teste de gravidez antes do início da próxima cartela.

Os testes de gravidez podem ser o exame de farmácia ou exame de sangue. Os testes de farmácia são mais fáceis de encontrar, não precisam de receita médica e são bastante confiáveis. O teste de sangue, com pesquisa de Beta HCG, é o exame mais seguro, porém precisa de um pedido médico para realizá-lo.

O exame sendo positivo, indica que está grávida, por isso precisa receber as devidas orientações e iniciar o pré-natal. O exame negativo, confirma ser um efeito natural da medicação, não devendo se preocupar com esse atraso ou ausência de sangramento.

Contudo, outras situações como a síndrome do ovário policístico, doenças da glândula hipófise, ou distúrbios endocrinológicos, podem ser também uma causa para a falta de menstruação.

Sendo assim, na ausência de menstruação associada a cólicas, acne, mudança de peso (obesidade ou perda de peso sem razão) ou sintomas que não são habituais, procure um médico ginecologista, para avaliação mais criteriosa e maiores esclarecimentos.

Saiba mais sobre as causas de atraso menstrual (amenorreia), no artigo: O que é amenorreia e quais as suas causas?

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Referência:

FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

Feridas na região entre o ânus e a vagina o que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A presença de feridas na região entre o ânus e a vagina (chamado períneo), pode representar uma infecção sexualmente transmissível (IST), causada pelo Papilomavírus humano (HPV).

No entanto, pode ainda representar uma alergia, outras infecções sexualmente transmissíveis, como o herpes, sífilis; infecção de pele, ou mais raramente, um tumor.

A avaliação médica e análise das feridas, as suas características e história, ou seja, quando começou, se sente ardência, coceira, secreção ou mau cheiro, são dados essenciais para identificar esse problema.

Causas de feridas no períneo feminino

A região perineal da mulher (que engloba toda a região da vagina e ânus), é uma região pequena, por isso os órgãos estão sempre próximos, o que permite a troca de secreções e maior risco de infecções e formação de feridas.

Podemos citar como doenças comuns nessa região, e que causam feridas, as seguintes:

1. HPV (Papilomavírus Humano)

O HPV é uma das infecções sexualmente transmissíveis mais comuns, e como está relacionada ao maior risco de outras doenças, como o câncer de colo de útero, é fundamental essa investigação e tratamento.

No HPV, a mulher pode não ter sintomas, e aparecerem apenas as feridas, como verrugas, na região da vagina, períneo ou ânus. Mas pode também apresentar coceira no local e desconforto nas relações.

As feridas podem aparecer e desaparecer espontaneamente, mas devem ser tratadas para evitar complicações. Procure um ginecologista para avaliação, mesmo que não cause qualquer sintoma.

2. Herpes

Na herpes, as feridas são pequenas bolhas na região do períneo, caracterizadas por bolhas agrupadas, com líquido em seu interior, que causam sintomas de coceira e ardência local.

3. Sífilis

A sífilis se apresenta com uma ferida única, indolor e secretiva. Tem uma base endurecida, lisa e com aspecto brilhante. A ferida costuma desaparecer após 3 a 6 semanas, o que dificulta o tratamento precoce.

Trata-se de mais uma doença que pode permanecer "escondida" no organismo, o que parece não fazer mal, porém quando retorna causa grandes problemas. A sífilis pode evoluir com doença neurológica, após anos de incubação (período que não causa nenhum sintoma).

Portanto, mesmo que não cause sintomas, o aparecimento de uma lesão ou ferida nessa região, deve ser informado ao médico que o acompanha, para definir os exames que devem ser realizados.

4. Alergia

A alergia, seja a um sabonete inadequado para a higiene íntima, ou tecido da roupa, pode desencadear feridas, que tem como características as queixas de pequenas bolinhas, vermelhidão, coceira e ardência. Ao exame, é possível ver uma vermelhidão e por vezes feridas em alto-relevo.

5. Infecção de pele

Nos casos de infecção de pele, formação de um abscesso ou folicute (inflamação de pelo "encravado"), as queixas são de ferida localizada, dolorosa, presença de calor e vermelhidão local, secreção purulenta e mau cheiro.

As infecções de pele geralmente está associada a um "cabelo inflamado" ou machucado por depilação, por exemplo, que se tornou uma porta de entrada para a bactéria e consequentemente a infecção. Pode ocorrer também em pessoas que fazem uso de roupas apertadas, por períodos prolongados.

6. Tumor

Os tumores nessa região são mais raros, mas podem acontecer. Os sintomas são variados e pode haver queixa de cansaço, perda de apetite e perda de peso, associados.

O médico responsável por essa avaliação e conduta, é o ginecologista.

O diagnóstico das feridas e planejamento do melhor tratamento, só pode ser feito após a avaliação médica.

Enquanto aguarda a consulta, recomendamos manter a higiene local com sabonete específico para a higiene íntima, ou limpar apenas com água corrente. Evitar roupas apertadas ou muito quentes e evitar o contato íntimo.

No caso de perda de peso, febre ou mal-estar, procure um atendimento de urgência médica para avaliação e orientações.

Saiba mais sobre a infecção pelo HPV, causa mais frequente de feridas no períneo, no seguinte artigo: Como é feito o diagnóstico do HPV?

Referência:

FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia

Ministério da Saúde (Brasil)

Tenho um cateter duplo J. Que cuidados devo ter?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Após a colocação do cateter duplo J é importante ter alguns cuidados para não agravar os incômodos que ele pode causar. Recomenda-se ingerir bastante líquido, evitar bebidas ácidas (refrigerantes, bebidas alcoólicas, café, suco de frutas cítricas), alimentos condimentados e apimentados.

Além dos cuidados com a alimentação, quem está com um cateter duplo J deve evitar atividades físicas intensas. Apesar de não ser propriamente proibido, o esforço físico pode agravar o desconforto e provocar pequenos sangramentos na urina.

Convém também não fazer força para urinar para não piorar a dor na coluna lombar, que pode ocorrer nos primeiros 3 dias após a colocação do cateter duplo J.

atividade sexual pode ser mantida normalmente, mas deve ser evitada se a pessoa estiver com um cateter duplo J com fio externo para a sua retirada, pois o cateter pode ser deslocado durante a relação.

Outra recomendação é tomar corretamente os medicamentos analgésicos e antibióticos prescritos pelo médico urologista.

O cateter duplo J pode causar uma série de sintomas, como aumento da frequência urinário, urgência urinária, dor ou ardência para urinar, incontinência urinária, presença de sangue na urina, esvaziamento incompleto da bexiga, desconforto pélvico e dor na região lombar. Grande parte desses sintomas e incômodos é devida à irritação da bexiga causada pela extremidade do cateter, não representa risco ou sinal de algo errado.

Apesar de ser feito com um material flexível e não-alérgico, o cateter duplo J não deixa de ser um corpo estranho para o organismo. É comum ocorrer uma inflamação da mucosa da bexiga, que provoca sintomas semelhantes a uma cistite (infecção urinária na bexiga) e pequenos sangramentos observados na urina.

Outro incômodo frequente é a dor nas costas (lombar) causada pelo retorno da urina da bexiga para os rins.

A retirada do cateter duplo J deve ser feito o mais rápido possível, porém esse tempo deverá ser determinado caso a caso, pelo médico responsável, dependendo do motivo do tratamento. O tempo máximo que a pessoa pode permanecer com o cateter duplo J é discutível, mas descrito recentemente por estudos, tempo máximo de 3 meses. 

Contudo, na maioria dos casos, o cateter é deixado durante o pós-operatório até haver uma melhora do processo inflamatório ou até que ocorra a cicatrização, o que geralmente leva de uma a quatro semanas.

Saiba mais em: Como é feita a retirada do cateter duplo J?

O médico urologista é o responsável pela colocação, acompanhamento e pela retirada do cateter duplo J e poderá orientar o paciente quanto aos cuidados que deve ter para amenizar esses desconfortos.