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Bradicardia sinusal é grave? Tem cura?
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Médico

Bradicardia sinusal (frequência cardíaca abaixo de 60 batimentos por minuto, confirmada por eletrocardiograma), pode ser muito grave ou não trazer nenhuma repercussão clínica, depende do caso. Em casos em que é necessária alguma intervenção, existe tratamento capaz de normalizar a frequência cardíaca.

O tratamento da bradicardia sinusal geralmente não é indicado para aqueles que não apresentam sintomas (falta de ar, fraqueza, cansaço, tontura, mal estar, etc).

Para os que apresentam sintomas, o tratamento deverá ser direcionado para a causa da bradicardia sinusal. Se for causada por algum medicamento, a simples suspensão pode solucionar o problema (a retirada de qualquer medicamento deve ser autorizada pelo médico). Em caso de sintomas após a suspensão, deve-se procurar o pronto socorro imediatamente. Caso não seja possível suspender a medicação, pode ser necessário o implante de um marca-passo artificial.

O marca-passo também pode ser utilizado nas síncopes neuromediadas (vaso-vagal, situacional e neurogênica), associadas a crises de bradicardia intensas e/ou desmaios repetitivos que não respondam a outras modalidades de tratamento, ou na síncope de seio carotídeo.

É importante ressaltar que um médico clínico geral ou preferencialmente um cardiologista deve ser consultado para avaliação e tratamento, se necessário, caso a caso.

Dor e dificuldade ao engolir. O que pode ser e o que fazer?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Dor e dificuldade ao engolir podem ser sintomas de garganta inflamada. As infecções de garganta podem ser causadas por vírus ou bactérias e podem atingir as amígdalas (amigdalite), laringe (laringite) ou a faringe (faringite).

Os sintomas de garganta inflamada podem incluir:

  • Dor de garganta;
  • Dificuldade para engolir alimentos sólidos;
  • Febre;
  • Inchaço dos gânglios do pescoço e da mandíbula;
  • Irritação na garganta, que pode estar avermelhada;
  • Presença de placas de pus na garganta (amigdalite);
  • Rouquidão.

Para tratar a garganta inflamada é necessário primeiro saber se a infecção é bacteriana ou viral. Se for causada por vírus, o tratamento é feito com anti-inflamatórios e sintomáticos; se for causada por bactérias é preciso tomar antibióticos.

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O que fazer para aliviar a dor ao engolir?

Fazer gargarejos com água morna e sal ajuda a aliviar a dor de garganta, sobretudo se for causada por amigdalite, pois limpa a garganta e ajuda a soltar o muco que se forma pelo pus.

Basta misturar uma colher (chá) rasa de sal em um copo de água morna e fazer o gargarejo durante alguns minutos.

Os gargarejos devem ser feitos pelo menos 3 vezes ao dia e podem ser repetidos sempre que for necessário.

Não coloque vinagre nem limão na solução, pois são ácidos e podem irritar ainda mais a garganta.

É importante lembrar que os gargarejos apenas aliviam a dor e não tratam a inflamação ou a infecção.

Veja também: Tomar sorvete faz mal para quem está gripado ou com a garganta inflamada?

Por isso, procure um médico clínico geral, médico de família ou vá diretamente a um otorrinolaringologista para que sejam prescritos os medicamentos adequados e a causa da dor seja devidamente tratada.

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6 causas de mau cheiro no umbigo e como tratar
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O umbigo é uma região do corpo que quase sempre está fechado e úmido, por isso se não for limpo e seco adequadamente, pode causar mau cheiro e feridas no local.

Além da má higiene, outras situações que causam odor desagradável no umbigo são a foliculite (pelo inflamado), infecção, piercing inflamado, persistência do úraco e diabetes descompensada.

1. Má higiene

Como é a causa mais frequente do mau cheiro no umbigo, a primeira recomendação é sempre de lavar a região do umbigo com água corrente e sabão neutro no banho, diariamente.

Se mesmo assim o cheiro permanecer, ou se perceber outros sinais como vermelhidão e dor local, é preciso procurar atendimento médico, para pesquisar a presença de uma infecção ou inflamação local.

No caso de infecção é preciso iniciar antibiótico tópico, como neomicina®. A pomada deve ser aplicada após limpar e secar bem a região, e sempre em pequena quantidade, para não deixar a região ainda mais úmida.

2. Foliculite (pelo inflamado)

O umbigo possui pelos no seu interior, embora pequena quantidade. O acúmulo de umidade, restos de células mortas e fungos naturais da região, podem dar origem a uma inflamação nesse folículo piloso. Os sintomas são de dor e vermelhidão.

O tratamento deve ser feito com a mesma limpeza local, com cuidado, secar bem a região. Pode ser preciso ainda incluir pomada anti-inflamatória ou antibiótico, no caso de sinais de infecção (como secreção com mau cheiro).

3. Infecções

A infecção bacteriana se caracteriza pela proliferação de bactérias, geralmente após uma inflamação mal cuidada. Os sintomas nesse caso incluem secreção amarelada, com mau cheiro, dor intensa, calor e vermelhidão, algumas vezes, febre.

O tratamento é feito com antibióticos, em pomada e/ou comprimidos. Uma pomada bastante utilizada nesses casos é o Nebacetim®.

A infecção fúngica é desencadeada pelo crescimento desordenado da quantidade de fungos. A secreção tem aspecto mais esbranquiçado, com mau cheiro e grumos.

O tratamento deve ser feito com pomadas antifúngicas, como Cetoconazol® creme. Por vezes pode ser acrescentado medicamento oral antifúngico.

Pós-operatório, seja de uma pequena cirurgia, como correção de hérnia umbilical ou uma endometriose umbilical, podem evoluir com infecção da ferida, o que causa mau cheiro, dor e secreção purulenta na região.

Nesse caso, de infecção cirúrgica, pode ser preciso iniciar antibióticos, ou até avaliar uma possível drenagem do local.

4. Piercing inflamado

Pessoas com piercing no umbigo, precisam limpar diariamente o umbigo, aplicar pomadas cicatrizantes nos primeiros dias, como o Bepantol®, e pelo menos 1x por semana retirar o acessório, para uma limpeza mais criteriosa.

Limpar o orifício sem o piercing e enquanto faz a limpeza mantém o acessório um tempo imerso em água salgada ou álcool 70%, para evitar o acúmulo de bactérias.

Se, mesmo assim, permanecer com sinais de inflamação, dor, vermelhidão e calor local, procurar um médico para avaliar o início de medicamentos como anti-inflamatório e antibiótico tópico, como a Nebacetim® pomada.

5. Persistência do úraco

O úraco é uma ligação entre a bexiga que o umbigo, que durante a formação do bebê dentro do útero materno, é fundamental para levar os nutrientes até o bebê. Mas após o nascimento é naturalmente fechado. Quando esse canal se mantém, pode formar cistos e secreção com mau cheiro, devido a presença de urina.

O tratamento é feito com anti-inflamatório e antibiótico, se for confirmado sinal de infecção e cirurgia para o fechamento definitivo do canal.

6. Diabetes

Pessoas portadoras de diabetes tem uma maior tendência a proliferação de fungos, pois são germes que se alimentam do açúcar. Para evitar infecções fúngicas de repetição, é importante sempre ter atenção as regiões mais fechadas e úmidas, como o umbigo, virilhas, axilas e ente os dedos dos pés e adotar o hábito de limpar e secar diariamente.

Contudo, na presença de dor vermelhidão, coceira ou secreção, informar ao seu médico endocrinologista.

Mau cheiro em umbigo de criança, o que pode ser?

Na maioria das vezes também é uma situação de má higiene, porém, em crianças pequenas ou com umbigo mais profundo, é fundamental olhar com atenção no interior da cavidade, com o dedo ou com uma lanterna, porque podem em situação de brincadeira, colocar um objeto pequeno e esquecer, o que chamamos de corpo estranho, e o organismo em resposta, dá origem a uma infecção grave de pele ou até formação de abscesso local.

O tratamento pode ser feito com a retirada do objeto e limpeza local, ou quando preciso, drenagem do abscesso.

Para maiores esclarecimentos sobre mau cheiro no umbigo, converse também com o seu médico de família.

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Referência

SBD. Sociedade Brasileira de Dermatologia.

O que posso comer após cirurgia da apendicite?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Após a cirurgia de apendicite você deve comer alimentos leves, fazendo uma dieta baseada em alimentos cozidos (legumes, carne branca, peixes). A ingestão de líquidos é permitida, devendo evitar bebidas alcoólicas e com gás.

O ideal é que nas primeiras 24 horas depois da cirurgia você tome líquidos (água e sucos) e coma apenas alimentos pastosos ou semissólidos, como mingau, iogurtes e cremes.

Depois do primeiro dia de pós-cirúrgico, o mais importante é evitar doces e alimentos gordurosos, como carne vermelha, frituras, chocolate, bolacha, sorvete, queijos, molhos, entre outros.

Coma alimentos ricos em fibras, como frutas, verduras, legumes, aveia, cereais integrais, pois favorecem o funcionamento do intestino.

É importante também manter uma boa hidratação para que o intestino trabalhe adequadamente, principalmente se aumentar a ingestão de fibras. Por isso, procure beber pelo menos 2 litros de água por dia.

As refeições devem ser fracionadas e pequenas. Não repita o prato. O ideal é fazer 6 refeições ao longo do dia, procurando comer a cada 3 horas: Café da manhã, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar, ceia.

Uma semana após a cirurgia de apendicite, a alimentação já pode voltar ao normal. Contudo, é recomendável que a reintrodução de carne vermelha e outros alimentos mais gordurosos seja feita aos poucos.

Para mais informações, converse com o/a médico/a cirurgiã/o que vai lhe acompanhar para realização da cirurgia e pós operatório.

Qual o tratamento para micose na virilha?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

O tratamento para micose na virilha é feito com medicações de uso tópico.

A micose na virilha é uma doença cutânea infecciosa, causada por fungos, que tem cura e pode ser tratada. Hoje em dia, há diversas opções de pomadas, cremes e loções antifúngicos que podem ser utilizadas, cito alguns exemplos abaixo:

  • cetoconazol;
  • isoconazol;
  • miconazol;
  • ciclopirox olamina;
  • clotrimazol.

Cremes e pomadas à base de nistatina não tratam os fungos que causam a maioria das micoses inguinais.

Deve-se evitar pomadas que contenham corticóides na sua fórmula, como betametasona ou triancinolona, pois elas podem atrapalhar o tratamento e mascarar os sintomas, além de causar efeitos colaterais locais.

Há alguns casos, como em pacientes imunossuprimidos ou se houver falha ao tratamento tópico, em que será necessário o uso de comprimidos de antifúngicos por via oral, como terbinafina e itraconazol.

Outros cuidados locais devem ser tomados para evitar a recorrência da micose inguinal:

  • manter a região seca, por exemplo, com a aplicação de talcos;
  • evitar banhos quentes e roupas apertadas;
  • evitar roupas íntimas apertadas e de tecido sintético, que impede a transpiração corpórea;
  • secar bem a região após o banho, com toalha ou secador de cabelos;
  • evitar utilizar a mesma toalha que enxugou a região infectada em outras áreas e não compartilhar toalhas;
  • trocar diariamente a roupa íntima.

Para avaliar a micose inguinal e tratá-la adequadamente, deve ser procurado um médico dermatologista.

Tosse, falta de ar e um catarro branco que parece cola. O que pode ser?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Tosse, falta de ar e catarro podem ser sintomas de asma, pneumonia ou ainda outro problema respiratório de origem alérgica ou viral.

A asma é uma doença inflamatória crônica que atinge as vias áreas. Também conhecida como bronquite alérgica, a asma deixa as vias respiratórias inchadas e mais estreitas, dificultando a passagem do ar.

Os principais sintomas da asma são:

  • Tosse que piora à noite ou após esforço físico;
  • Chiado no peito;
  • Falta de ar;
  • Cansaço;
  • Respiração curta.

Veja também: Como identificar uma crise de asma?

O tratamento da asma é feito com broncodilatadores (“bombinhas”), fisioterapia respiratória e com o afastamento dos alérgenos que desencadeiam as crises.

Já a pneumonia é uma inflamação dos pulmões de causa infecciosa, que pode ser causada por vírus, bactérias, fungos ou parasitas.

Os sintomas mais frequentes da pneumonia são:

  • Febre;
  • Tosse com ou sem catarro;
  • Dificuldade para respirar;
  • Respiração acelerada;
  • Dor no tórax.

Saiba mais em: Quais são os sintomas de uma pneumonia?

O tratamento da pneumonia inclui:

  • Fornecer oxigênio, quando necessário;
  • Hidratação;
  • Medicamentos antibióticos, antivirais, antifúngicos ou antiparasitários, dependendo da origem da infecção;
  • Medicações anti-inflamatórias ou ainda outras, dependendo do caso.

Para saber a causa da sua tosse e falta de ar, consulte o/a médico/a de família, clínico/a geral ou pneumologista para receber um diagnóstico e tratamento adequados.

Também pode lhe interessar: Tenho dificuldade para respirar, o que pode ser?

Gastrite crônica tem cura? Qual o tratamento?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

A gastrite crônica é a inflamação da mucosa do estômago e tem cura, se realizadas algumas mudanças de hábitos e uso correto de medicações.

Alguns cuidados devem ser seguidos por todos os pacientes:

  • respeitar o horário e não "pular" refeições;
  • preferir pequenas refeições, 6x/dia, ao invés de grandes refeições, poucas vezes ao dia;
  • mastigar bem os alimentos;
  • dar preferência a frutas, verduras, carnes magras e evitar frituras, refrigerantes, bebidas com cafeína;
  • não fumar;
  • evitar bebidas alcoólicas;
  • evitar o uso de anti-inflamatórios sem prescrição médica.

Se houver infecção pela bactéria H. pylori, que pode ser detectada na endoscopia, é necessário curso de tratamento com terapia tríplice durante 7 dias, para sua erradicação. A terapia tríplice consiste no uso de inibidor da bomba de prótons 2x/dia (omeprazol, lanzoprazol, pantoprazol, esomeprazol ou rabeprazol), associado a amoxicilina 1g, 2x/dia, e claritromicina 500mg, 2x/dia. Há combinações das três drogas disponíveis.

Na ausência de infecção, pode ser necessário tratamento com medicamentos, como inibidores de bomba protônica, como omeprazol, e/ou bloqueadores H2, como a ranitidina.

O seguimento deve ser feito com médico clínico ou gastroenterologista.

Leia também:

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H. pylori tem cura? Qual é o tratamento?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, H. Pylori tem cura. O tratamento normalmente inclui três medicamentos: um inibidor da produção de ácido gástrico e dois antibióticos, que devem ser administrados entre 10 a 14 dias. A associação desses medicamentos pode eliminar completamente o H. Pylori em até 95% dos casos.

O tratamento para erradicar o H. Pylori é indicado apenas quando a bactéria provoca alguma doença no portador, como gastrite, úlcera no estômago ou no duodeno. Lembrando que o H. Pylori está presente em mais da metade da população mundial, mas só uma pequena parcela da população irá desenvolver alguma patologia causada por essa bactéria.

Não está indicado o rastreio de H. Pylori para adultos que não tenham sintomas. Apenas em casos em que o risco para desenvolvimento gástrico é considerável, como em familiares de 1º grau de pacientes com câncer de estômago, pode haver algum benefício em realizar o rastreio do H. Pylori e tratá-lo em seguida.

Veja também: O que é úlcera gástrica e quais os sintomas?; Úlcera gástrica tem cura? Qual o tratamento?

Ainda não existe uma vacina para o H. Pylori. Vários estudos têm sido realizados com ratos, porém sem grandes resultados em humanos.

Caso tenha dúvidas sobre H. Pylori procure o seu médico de família ou clínico geral para maiores esclarecimentos.

Saiba mais em:

Como deve ser a dieta para quem tem H. pylori?

O que é H. pylori?

Quais os sintomas do H. pylori?

H. pylori positivo é sinal de câncer de estômago?