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Como calcular o Período Fértil?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O cálculo do período fértil e do dia fértil pode facilmente ser feito a partir de um sinal presente todos os meses na vida da mulher: a menstruação.

Porém, a menstruação apenas deverá ser considerada como um sintoma clínico confiável para o calcular o período fértil quando existir uma regularidade. Menstruações irregulares inviabilizam esse cálculo, tornando-o pouco confiável. No caso de ciclos irregulares o cálculo pode ser feito de outra maneira.

Cálculo do período fértil em ciclos regulares

Para calcular o período fértil, e montar a sua tabelinha, primeiro você precisa saber quantos dias tem o seu ciclo menstrual. Lembrando que o primeiro dia do ciclo é o dia que vem a menstruação e o último é o dia anterior à menstruação seguinte.

Vamos usar como exemplo um ciclo de 28 dias. Ilustrando para facilitar: primeiro dia de menstruação foi dia 01/ janeiro e no dia 30 de janeiro veio de novo, seu ciclo foi de 01 até 29 de janeiro, ou seja, 28 dias, o próximo ciclo do dia 30 de janeiro até por exemplo dia 27 de fevereiro, também 28 dias, e quando assim acontecer podemos dizer que é um ciclo regular.

Nesses casos de ciclo regular (28 dias) o cálculo se faz da seguinte forma:

1. anote o primeiro dia de menstruação

2. Conte 14 dias - exatamente a metade - esse é o seu dia mais fértil

3., Mais 3 dias antes e 3 dias depois - 11º ao 17º dia - semana fértil da mulher, a semana que a mulher apresenta maior probabilidade de engravidar.

Portanto, o período fértil de uma mulher que tenha 28 dias de ciclo começa 11 dias após a vinda da menstruação, ou seja, no 11º dia do seu ciclo menstrual.

No caso do ciclo ser regular, mas de 29 ou 30 dias, fazemos o mesmo cálculo, com o dia exatamente do meio do ciclo sendo o mais fértil, três dias antes e três dias depois.

Dessa forma, para conseguir engravidar, o ideal é que tenham relações dentro desse período. Quanto mais próximo do 14º dia e mais frequentes forem as relações, maiores são as chances de engravidar. Caso você não queira engravidar deve evitar ter relações nesse período.

Saiba mais em:

O que devo fazer se estiver com Dor no Peito?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Em caso de dor no peito, a primeira coisa a fazer é observar as características dessa dor. A intensidade, localização, duração, verificar se piora ou melhora com o movimento e se existem outros sintomas associados à dor.

Com esses dados consegue considerar alguns dos motivos mais comuns para dor no peito e buscar a emergência nos casos mais graves.

Deve procurar uma emergência imediatamente quando...

Nos casos de dor no peito com algumas dessas características abaixo, você deve procurar uma emergência imediatamente, as características são:

  1. Dor que não melhora ou piora com nada;
  2. Tipo aperto ou queimação;
  3. Com irradiação para o braço esquerdo, mandíbula, face ou para as costas;
  4. Com duração de mais de 10 minutos;
  5. Associado a suor frio, mal-estar e/ou tonturas.
Quais são as principais causas de dor no peito?1. Infarto

Dor no peito, seja qual for a intensidade, que irradia para braço esquerdo, pescoço e queixo, e que não melhora ou piora com o movimento, pode ser sintoma de infarto.

Se a causa da dor no peito for infarto agudo do miocárdio, outros sintomas podem estar presentes, como falta de ar, respiração ofegante, pulsação fraca ou irregular, suor frio, tonteira, mal-estar e dor no estômago.

O que fazer se a dor no peito for sugestiva de infarto?
  • Dirigir-se imediatamente a um serviço de urgência mais próximo ou chamar uma ambulância pelo nº 192;
  • Desapertar a roupa, principalmente no pescoço, peito e cintura;
  • Evitar fazer esforços;
  • Permanecer em local arejado;
  • Respirar profundamente.

Se a pessoa sofrer uma parada cardíaca, o que pode ser verificado pela ausência de pulsação ou respiração, deve ser iniciado imediatamente o que chamamos de reanimação cardiopulmonar, ou a massagem cardíaca.

A realização de massagem cardíaca reduz de forma considerável o risco de morte da pessoa, portanto entenda como realizar uma massagem cardíaca em casos de urgência.

Como fazer massagem cardíaca

1. Deite a pessoa no chão, em local seguro;

2. Fique de joelhos ao lado da vítima;

3. Inicie a massagem com 30 compressões fortes e ritmadas no osso localizado bem no centro do tórax (esterno), afundando o peito pelo menos 5 cm;

4. Reavalie o paciente, se responde ao chamado ou se já encontra batimentos no pescoço ou no pulso;

Repetir os procedimentos até que chegue auxílio ou a vítima retorne a consciência.

É muito importante pedir ajuda, e sempre que possível revezar com outra pessoa a realização das massagens, para que seja o mais eficaz possível, visto que demanda muito esforço de quem está massageando.

Não pare as compressões até a chegada de ajuda; pois isso possibilitará a manutenção do fluxo de sangue no corpo da vítima, reduzindo a chance de óbito e ou complicações.

2. Angina

Quando a dor no peito aparece após esforço físico intenso, exposição a baixas temperaturas e emoções fortes, a causa provável é a angina, dor causada pela má circulação nas artérias que irrigam o coração. Nesses casos, outros sintomas podem estar associados, como sensação de aperto ou peso no peito, queimação e medo.

O que fazer se a dor no peito for angina?
  • Sentar ou deitar;
  • Descansar (a dor geralmente passa em 10 a 15 minutos);
  • Respirar calmamente;
  • Fazer uso do medicamento vasodilatador, caso tenha sido prescrito pelo médico assistente;
  • No caso de permanência da dor procure um atendimento de urgência imediatamente.

Saiba mais sobre o assunto em: O que é angina e quais os sintomas?

3. Gases

Dor no peito localizada abaixo das costelas pode ser causada por gases. Outros sintomas que costumam estar associados: dor abdominal, barriga dura e inchada, flatulência, cólicas intestinais e piora da dor com o movimento ou respiração profunda.

O que fazer se a dor no peito for gases?
  • Tomar medicamentos para eliminar os gases, como a Dimeticona;
  • Fazer uma massagem na barriga, com movimentos circulares e profundos no sentido dos ponteiros do relógio;
  • Deitar e abraçar os joelhos com as pernas dobradas, puxando contra a barriga.

Além do infarto, da angina e dos gases, a dor no peito pode ter ainda muitas outras causas, como pericardite, pneumonia, câncer no pulmão, embolia pulmonar, herpes-zoster, gastrite, úlcera, lesão em músculos ou costelas, ansiedade, síndrome do pânico, depressão, entre outras.

Nos casos de dor no peito, que sugira problema cardíaco procure imediatamente serviço de emergência; caso contrário, agende uma consulta com Clínico/a Geral, médico/a da família ou Cardiologista.

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Minha menstruação veio só um dia e parou, o que significa e o que posso fazer?
Dra. Juliana Guimarães
Dra. Juliana Guimarães
Enfermeira doutorada em Saúde Pública

Pequenas alterações no ciclo menstrual como, por exemplo, a menstruação vir por um dia somente e parar, são consideradas normais. Geralmente, ocorrem devido ao início da menstruação, ao uso de anticoncepcionais e outros medicamentos, estresse, ovulação, gravidez.

As mesmas causas também podem explicar o fato de a menstruação descer por 2 ou 3 dias e parar. Entretanto, quando estas alterações ocorrem frequentemente podem ser provocadas por problemas na tireoide, pólipo uterino e Síndrome do Ovário Policístico (SOP).

Vejamos mais sobre as causas de a sua menstruação vir por 1, dois ou três dias somente:

Começo do ciclo menstrual

No início do ciclo menstrual é comum que você perceba pequenos sangramentos, geralmente, descritos por algumas mulheres como “pouca menstruação” ou “menstruação fraca”.

Nos casos em que o endométrio descama lentamente, é normal que a menstruação ocorra por apenas um dia antes de a menstruação ocorrer em seu fluxo habitual.

O que posso fazer: Nestas situações apenas observe a sua menstruarão, pois, o fluxo menstrual se regulariza espontaneamente sem a necessidade de intervenção.

Uso de anticoncepcionais e outros medicamentos

Quando a mulher está começando o tratamento com pílulas anticoncepcionais ou quando há a interrupção abrupta do uso do anticoncepcional pode ocorrer sangramento menstrual em pouca quantidade e este sangramento pode ser confundido com a menstruação.

Este sangramento pode ser confundido com o início da menstruação que ocorre durante apenas um dia e é semelhante à borra de café. Além das pílulas anticoncepcionais, os antibióticos também podem causar alterações no ciclo menstrual.

O que posso fazer: Retome o uso regular da pílula anticoncepcional diariamente e em um mesmo horário, se você esqueceu de tomar ou suspendeu seu uso por conta própria. Se pretende deixar de usar a pílula é importante consultar o médico de família ou ginecologista. No caso de alterações do ciclo devido ao uso de antibióticos, busque orientações com o médico que prescreveu a medicação.

Estresse emocional

Nas situações em que o estresse emocional é muito intenso, podem ocorrer alterações na produção de hormônios como estrogênio e progesterona. As variações hormonais podem levar a mulher a menstruar somente por um dia.

O que posso fazer: Busque formas de reduzir o estresse como a prática de atividade física, adote de hábitos que tragam sensação de satisfação e felicidade, medite, crie momentos de lazer na sua rotina. Tente não se preocupar excessivamente com seu ciclo menstrual, pois esta atitude agrava o estresse e pode prolongar as alterações no seu ciclo.

Ovulação

No período em que ocorre a liberação do óvulo durante a ovulação, em torno do 14o dia do ciclo menstrual, o rompimento do folículo pode provocar um sangramento breve. Este sangramento não indica nenhuma gravidade, dura somente um dia e pode ser confundido com a menstruação.

O que posso fazer: Estes pequenos sangramentos da ovulação são esporádicos e não precisam de intervenção, pois cessam de forma espontânea.

Gravidez

Durante a gravidez a menstruação não ocorre. Entretanto, no início da gestação algumas mulheres apresentam um pequeno sangramento chamado nidação. O sangramento de nidação dura de 1 a 3 dias, apresenta uma coloração rosada e é considerado normal.

O que posso fazer: Apenas observe o sangramento. Se ele se tornar intenso e/ou demorar mais de 3 dias, busque o médico de família ou obstetra para avaliar o seu estado de saúde e o do seu bebê.

Menopausa

No período da menopausa, pode ocorrer a redução do ciclo menstrual e a menstruação pode se tornar irregular provocando sangramento de apenas um, dois ou três dias. Isto acontece devido à redução dos níveis de estrogênio do corpo.

O que posso fazer: Por ser uma situação normal que surge com a idade da mulher, não é necessário preocupar-se. Entretanto, se os sintomas da menopausa como presença de ansiedade e depressão, secura vaginal, insônia e fogachos causarem muito incômodo ou comprometerem o desenvolvimento das suas atividade diárias, procure um médico de família ou ginecologista.

Hipertireoidismo e Hipotireoidismo

O hipertireoidismo é caracterizado pelo aumento da atividade da glândula tireoide que provoca o aumento exagerado da produção de hormônios e, por este motivo, a aceleração de funções vitais do organismo. Já o hipotireoidismo é a redução da atividade da tireoide que, por sua vez, causa a diminuição da produção hormonal.

Entre as alterações causadas pelo hipertireoidismo e pelo hipotireoidismo está a irregularidade menstrual que pode se manifestar com sangramentos que podem durar um, dois ou 3 dias.

O que posso fazer: Nos casos de suspeita de hiper ou hipotireoidismo é preciso procurar o médico de família ou endocrinologista para a realização de exame de sangue e ultrassonografia da tireoide para definir o tratamento adequado.

Pólipo uterino

O pólipo uterino é o crescimento anormal de células na parede interna do útero (endométrio). Este crescimento forma nódulos dentro do útero e são comuns durante a menopausa. Estes pólipos podem causar menstruação que dura apenas um dia.

O que posso fazer: É necessária a avaliação do ginecologista para definir tratamento que pode ser feito com anticoncepcionais em mulheres que apresentam sintomas como, por exemplo, sangramentos intensos ou apenas acompanhamento de 6 em 6 meses para acompanhar se o pólipo cresce ou não.

Síndrome do Ovário Policístico (SOP)

A Síndrome do Ovário Policístico é caracterizada pela presença de vários cistos nos ovários e desequilíbrio dos níveis de hormônios no sangue. Isto pode provocar irregularidade menstrual com menstruações que duram apenas um dia, acne, crescimento de pelos em excesso no corpo, facilidade para ganhar peso, acne e queda de cabelo.

O que posso fazer: Uma avaliação médica com a realização de exames de sangue e ultrassom é a melhor forma de definir o tratamento mais adequado.

Quando devo me preocupar?

A menstruação em pouca quantidade e que dura um dia ou mesmo dois ou três dias não é, por si, um motivo de preocupação. Entretanto, vice deve estar atenta se surgirem os seguintes sintomas:

  • Menstruação que não ocorre por tempo superior a 3 meses,
  • Dor intensa durante as menstruações,
  • Sangramentos frequentes entre as menstruações,
  • Aumento da quantidade do sangramento,
  • Tonturas,
  • Desmaios.

Na presença destes sintomas, procure a avaliação de um médico de família ou ginecologista. Em caso de sangramento intenso e sensação de desmaios ou tonturas, se dirija à uma emergência hospitalar.

Para saber mais sobre menstruação, você pode ler:

Dúvidas sobre menstruação, sangramentos e escapes

Durante a pausa desse mês a menstruação veio diferente?

Minha menstruação veio duas vezes este mês, é normal?

Minha menstruação está irregular. O que pode ser?

Referências

FEBRASGO. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

Primo, W.Q.S.P.; Corrêa, F.J.S.; Brasileiro, J.P.B. Manual de Ginecologia da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia de Brasília. SBGO, 2017.

O que é cervicite crônica?
Dr. Ivan Ferreira
Dr. Ivan Ferreira
Médico

Cervicite crônica é uma inflamação prolongada da mucosa interna do colo do útero (endocérvix) é muito comum, principalmente em mulheres jovens com vida sexual ativa. Pode ocorrer com a presença de corrimento com aspecto amarelo-esverdeado (mucopurulento) ou sangramento, mas na maioria das vezes não apresenta sintomas e por isso não é diagnosticada e tratada, podendo tornar-se crônica.

Sua causa pode estar relacionada à uma reação alérgica ou irritativa provocada pelo uso de produtos vaginais, como desodorantes e espermicidas, ou devido à traumas, como no caso de duchas e tampões vaginais.

Já a cervicite infecciosa é causada, principalmente, por bactérias como na gonorreia (Neisseria gonorrhoeae) e na infecção por clamídia (Chlamydia trachomatis), mas também por outros micro-organismos como os vírus da herpes (Herpes simplex) e do HPV (Papiloma vírus humano).

Como geralmente não é tratada até aparecerem os sintomas, as doenças causadoras da cervicite continuam a desenvolver-se podendo tornar-se graves e causar infertilidade ou complicações durante a gestação.

Para diagnosticar e tratar as cervicites é importante consultar um ginecologista anualmente, mesmo na ausência de sintomas.

Hérnia hiatal tem cura? Qual o tratamento?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, a hérnia hiatal tem cura. O tratamento varia de acordo com os sintomas e tamanho da hérnia. Podem ser indicados:

  • Mudanças nos hábitos de vida,
  • Medicamentos e ou
  • Cirurgia corretiva.

Nos casos mais leves de hérnia hiatal, em que a pessoa apresenta poucos sintomas, podem ser prescritos apenas mudanças nos hábitos de vida e orientações alimentares. Nos casos de hérnias volumosas ou que não respondem ao tratamento inicial será preciso a cirurgia corretiva.

Mudanças no estilo de vida

Não é fácil mudar os hábitos de vida, mas essas mudanças devem ser encaradas como um plano de tratamento sério, simples e a principal alternativa para que não seja preciso passar por uma cirurgia.

Por isso siga todas as recomendações médicas, com cuidado e perseverança.

  1. Evitar alimentos gordurosos, condimentados e frituras.
  2. Evitar doces e pão branco. Bebidas alcoólicas, café, cítricos e bebidas com gás também devem ser evitados.
  3. Não fumar!
  4. A dieta deve contemplar alimentos como frutas, verduras, vegetais e fibras.
  5. Evitar líquidos durante as refeições.
  6. Evitar comer em excesso próximo da hora de dormir e fazer a última refeição pelo menos duas horas antes de se deitar.
  7. Realizar refeições menores, mais leves e mais vezes durante o dia.
  8. Praticar exercícios físicos, pelo menos 40 minutos, 5 vezes por semana.
  9. Perder peso é outra medida importante, procurando manter o índice de massa corporal (IMC) igual ou menor que 25.
  10. Para dormir, prefira travesseiro mais alto, e mantenha a cabeceira da cama elevada cerca de 30º.
Tratamento medicamentoso da hérnia hiatal

Os medicamentos usados para tratar a hérnia hiatal são indicados quando a pessoa não apresenta melhora dos sintomas apenas com as mudanças nos hábitos.

Nesses casos o uso de antiácidos ou inibidores da bomba de prótons, colaboram no tratamento, porque reduzem a acidez gástrica. O tempo mínimo de uso, para alcançar o efeito desejado, são oito semanas.

Cirurgia para hérnia hiatal

O tratamento cirúrgico pode ser feito por vídeo, através da videolaparoscopia. A cirurgia é indicada para casos de hérnias de hiato volumosas ou quando não respondem ao tratamento inicial, como mudanças dos hábitos e tratamento clínico medicamentoso.

A cirurgia pode ser uma opção para pacientes que por outras razões, entendem que não são capazes de manter, seja por ordem pessoal, econômica ou intolerância aos medicamentos.

Casos de esofagite grave, estenose de esôfago ou esôfago de Barrett, também podem necessitar de cirurgia. O esôfago de Barret se caracteriza pela transformação das células do esôfago, devido às constantes lesões e agressões na mucosa, por refluxos.

O que é hérnia de hiato?

A hérnia do hiato é a passagem de uma parte do estômago pelo músculo diafragma, levando à formação de uma protuberância na cavidade torácica. O diafragma separa o abdômen do tórax. Por ele passa o esôfago, antes de se ligar ao estômago, através de uma abertura chamada hiato diafragmático.

Assim, o estômago está localizado abaixo do diafragma, na cavidade abdominal, enquanto o esôfago está acima do diafragma, no tórax.

O posicionamento do tubo digestivo em relação ao diafragma pode variar um pouco, conforme a posição do corpo, a pressão no abdômen e a respiração.

A hérnia hiatal ocorre quando uma parte do estômago sobe, ultrapassando o orifício por onde passa o esôfago, em direção a caixa torácica.

Quais as causas da hérnia de hiato?

A hérnia de hiato pode ser um defeito presente desde o nascimento, com a característica de um diafragma mais fraco, podendo levar à formação de um orifício mais largo do que o habitual, que permite a passagem de parte do estômago por ele.

Decorrentes de traumatismos no tórax ou no abdômen. Outros são causados por esôfago mais curto que o normal, ou mesmo pelo aumento da pressão abdominal, como na obesidade ou na gestação, por exemplo.

O esforço para vomitar pode levar à formação temporária de uma hérnia de hiato, assim como tosse intensa, espirros prolongados, esforço para evacuar e levantamento de peso. Todas essas situações aumentam a pressão no interior do abdômen, que empurra o estômago para cima, para o tórax.

Portanto, existem as hérnias de hiato que estão presentes desde o nascimento (congênitas), ou causadas por situações que aumentam a pressão dentro do abdomen, sendo mais comum em adultos com mais de 60 anos de idade e obesos.

Quais são os sintomas da hérnia de hiato?

Na maioria dos casos de hérnia de hiato não existem sintomas, ou quando estão presentes, costumam ser inespecíficos, por isso pouco relevantes.

Isso acontece porque para que ocorra a regurgitação é necessário que haja também um defeito no funcionamento do músculo localizado no final do esôfago (o esfíncter esofagiano inferior) que desempenha a função de impedir o retorno desse conteúdo.

Contudo, quando a hérnia é grande ou existe uma deficiência nesse esfíncter, encontramos como sintomas mais comuns a azia, mau hálito, dor no peito, a regurgitação (passagem de conteúdo do estômago para a garganta). Se a hérnia for grande, pode dificultar inclusive a passagem dos alimentos, causando dificuldade em engolir (disfagia).

A dor no peito às vezes é tão intensa que se assemelha à dor de um infarto agudo do miocárdio.

O refluxo do material ácido do estômago para o esôfago pode lesionar a parede do órgão, já que a parede do esôfago não está preparada para aquela acidez.

No entanto, se houver estrangulamento da hérnia, ou seja, se parte do estômago ficar encarcerada ou comprimida pelo diafragma, pode haver uma diminuição da irrigação sanguínea e consequente necrose da parede do órgão, que causa dor abdominal intensa e incapacitante. Trata-se de uma complicação grave, que provoca dor intensa e necessita de intervenção cirúrgica com urgência, podendo levar ao óbito se não tratada a tempo.

Raramente acontece quadros de lesão com hemorragia na parede da hérnia.

Em caso de suspeita de hérnia de hiato, um/a médico/a clínico/a geral, médico/a de família ou um gastroenterologista deverá ser consultado para avaliação, diagnóstico e tratamento correto.

Leia também:

Hérnia de hiato pode causar boca amarga?

O que é hérnia hiatal e quais os sintomas?

Referência:

FBG - Federação Brasileira de Gastroenterologia.

Meu filho tem 10 anos e seu pênis é muito pequeno...
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O especialista para maiores esclarecimentos nessa área é o Pediatra ou urologista pediátrico.

Entretanto, segundo seu relato, seu filho apresenta um desenvolvimento do pênis considerado normal para idade.

Como é o desenvolvimento normal do pênis da criança?

O desenvolvimento normal do pênis de criança é se manter nas mesmas proporções durante toda a infância, e iniciar seu crescimento apenas quando a puberdade se inicia, devido à ação da testosterona, o que acontece em média aos 12 anos de idade.

Esse crescimento se dá por etapas, e pode durar até os 18 anos de idade ou mais. As primeiras estruturas a crescer e se desenvolver são os testículos e a bolsa escrotal, por vezes parece bastante desproporcional, dando a impressão de um pênis ainda menor.

Em seguida, por volta dos 14 ou 15 anos, o pênis começa a ganhar comprimento. Só ao final da puberdade que acontece o aumento na largura (espessura), ganhando a forma final do órgão, que permanece durante toda fase de vida adulta.

O que é pênis recolhido?

O pênis pode se encontrar recolhido, por exemplo em caso de exposição maior ao frio, em situações de medo e ansiedade.

Pode ser considerado pênis recolhido ou pênis "embutido", aqueles que parecem um tipo de pênis muito pequeno, ou menor do que o esperado, mas na verdade é resultado da presença de grande quantidade de gordura abdominal. Comum em meninos com sobrepeso ou obesidade.

Outras situações, que devem ser investigadas pelo especialista, essas sim são alterações que precisam de acompanhamento e tratamento, são o micro pênis, pênis pequeno, pênis sepultado e fusão peno escrotal. Porém, são situações raras que o pediatra é capaz de diagnosticar precocemente.

Para mais esclarecimentos, consulte um médico pediatra ou urologista pediátrico.

Veja também: com quantos anos o pênis começa a crescer?

Qual é o tratamento para cisto no rim?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O tratamento para cisto no rim depende dos sinais e sintomas que a pessoa apresenta. Em geral, cistos renais simples que não causam sintomas não precisam de tratamento, apenas acompanhamento. Cistos grandes ou que causam dor podem ser drenados através de cirurgia ou punção. Já os cistos renais complexos malignos precisam ser retirados cirurgicamente com urgência.

A maioria dos casos de cisto renal simples (Bosniak I e II) precisa apenas de um acompanhamento regular com exames de imagem. O tratamento só é indicado se houver sintomas ou surgir alguma complicação, como sangue na urina, cálculo renal ou infecção.

O tratamento pode ser feito através da drenagem do conteúdo do cisto por meio de uma agulha (punção), introduzida através da pele. Em alguns casos, o esvaziamento do cisto precisa ser feito através de cirurgia, geralmente por videolaparoscopia.

Se o cisto estiver infeccionado devido a bactérias, é necessário realizar um tratamento com antibióticos antes de fazer a drenagem cirúrgica do mesmo.

Cistos renais complexos do tipo Bosniak IIF devem ser investigados minuciosamente. Na maioria dos casos é feito um acompanhamento regular com exames de imagem. Contudo, em algumas situações, pode ser necessário remover o cisto cirurgicamente.

Já os cistos complexos dos tipos Bosniak III e IV normalmente precisam de tratamento cirúrgico. Nesses casos, é feita a remoção completa do cisto renal com uma margem de segurança, já que esses cistos podem apresentar células cancerígenas.

O especialista responsável pelo tratamento do cisto no rim é o médico nefrologista.

Saiba mais em:

Cisto no rim pode virar câncer?

Cisto no rim: O que é e quais são os sintomas?

O que é o exame TSH ultra sensível?
Dr. Ivan Ferreira
Dr. Ivan Ferreira
Médico

O TSH ultra sensível é o nome do exame de sangue utilizado para detectar alterações nos níveis do hormônio estimulante da tireoide (TSH) que atua estimulando a produção dos hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina) pela tireoide, que é uma glândula localizada na região anterior do pescoço.

Esse exame é utilizado para auxiliar no diagnóstico de alterações no funcionamento da tireoide como o hipotireoidismo primário e o hipertireoidismo.

A produção do TSH pela hipófise, importante glândula localizada no cérebro, é regulada por um mecanismo compensatório da tireoide. Assim sendo, se a produção T3 e T4 pela tiroide estiver elevada, a secreção de TSH pela hipófise será reduzida, para que a tireoide seja menos estimulada e reduza sua produção de T3 e T4.

Caso a produção de hormônios tireoidianos esteja baixa, a hipófise aumentará a produção do TSH, mantendo um equilíbrio.

Dessa forma, resultados elevados do TSH podem significar que está ocorrendo uma baixa produção de T3 e T4 pela tireoide, o que indicaria um hipotireoidismo. Se ao contrário, os níveis de TSH no sangue estiverem diminuídos, pode significar uma alta produção de T3 e T4 pela tireoide, o que levaria ao diagnóstico de hipertireoidismo.

O endocrinologista é o especialista indicado para realizar o diagnóstico e tratamento dos problemas da tiroide.