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O que é gordura pré-peritoneal? É perigoso?
Dr. Ivan Ferreira
Dr. Ivan Ferreira
Médico

Gordura pré-peritoneal é uma das camadas que recobrem o abdômen e não é perigosa porque faz parte das estruturas normais do organismo.

A gordura pré-peritoneal é uma camada de gordura que, como seu nome diz, fica localizada antes do peritônio. O peritônio é outra camada da parede abdominal que também tem a função de revestir os órgãos abdominais. Na gordura pré-abdominal ou tecido extraperitoneal estão localizados, na parte da frente do abdômen, importantes vasos e nervos. Na sua parte posterior, próximo à coluna vertebral, localizam-se as glândulas supra-renais, os rins, a artéria aorta e a veia cava inferior.

O gastroenterologista é o especialista indicado para orientar sobre os problemas do sistema digestivo e do abdômen.

Posso tomar antibiótico antes de uma cirurgia?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim, é permitido tomar antibiótico antes de uma cirurgia. Suspender o antibiótico pode aumentar o risco de resistência ao tratamento, por isso, ele geralmente é mantido antes da operação.

Isso serve tanto para antibióticos usados para tratar infecções agudas como para aqueles usados em tratamentos mais longos, como no caso da tuberculose.

Durante o período pré-operatório, deve-se evitar mudanças bruscas e profundas no uso de medicamentos para não provocar uma descompensação da doença de base, o que pode ser muito mais prejudicial do que manter a medicação.

Se for realmente necessário parar de tomar o antibiótico antes da cirurgia, o/a seu/sua médico/a irá lhe informar. Por isso, é essencial que você informe na consulta pré-operatória todos os medicamentos que você faz uso.

Contudo, dependendo da cirurgia, durante o período de jejum pode não ser possível continuar tomando o medicamento.

Nesses casos, o antibiótico pode ser administrado por via intramuscular, endovenosa ou ainda enteral, através de sondas.

Para maiores esclarecimentos, fale com o/a médico/a que irá realizar a cirurgia ou tire as suas dúvidas durante a entrevista com o/a médico/a anestesiologista.

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Cisto pilonidal pode voltar após cirurgia?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim, o cisto pilonidal pode voltar após a cirurgia. As chances de recidiva variam entre 2% e 27%, de acordo com a técnica cirúrgica utilizada:

  • Marsupialização: 4%;
  • Eletrocauterização: 2% a 12%;
  • Incisão e curetagem: 10% a 27%;
  • Ressecção com fechamento primário (cirurgia fechada com pontos): 0% a 20%;
  • Ressecção com fechamento secundário (cirurgia aberta, a ferida cicatriza sozinha, sem pontos ): 12% a 16%;
  • Retalho cutâneo de Limberg: 2% a 5%.

A cirurgia fechada com retalhos cutâneos ("pedaços de pele") parece ter os melhores resultados gerais no pós-operatório, com pouca dor, retorno rápido às atividades diárias, poucas complicações e baixo risco do cisto pilonidal voltar.

A técnica consiste na remoção do cisto e fechamento do local da lesão com retalhos cutâneos, associando procedimentos de cirurgia plástica aos métodos cirúrgicos tradicionais.

Esse procedimento diminui o longo tempo de cicatrização das cirurgias abertas e elimina as complicações comuns dos métodos fechados. Suas principais vantagens são:

  • Baixas taxas de recidiva: A chance do cisto pilonidal voltar é de cerca de 12%;
  • Método pouco doloroso: A maioria dos pacientes não precisa tomar analgésicos pós-operatório;
  • Poucas chances de complicações: Cerca de 70% dos casos não apresentam complicações após a cirurgia;
  • Rápida recuperação: Permite andar e retornar às atividades habituais precocemente.

O tratamento cirúrgico do cisto pilonidal é a única forma de curar definitivamente o problema, mas existe muita discussão quanto à melhor técnica que deve ser utilizada.

Cabe à equipe médica cirúrgica ou dermatológica esclarecer o/a paciente quanto à técnica empregada, bem como as suas vantagens e desvantagens.

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Minha mãe fez uma cirurgia para retirar a vesícula...
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Todas essas alterações significam uma inflamação crônica na vesícula biliar. Não parece grave, entretanto para uma melhor interpretação do laudo e prognóstico, é necessário uma avaliação conjunta de outros dados, especialmente o exame clínico da sua mãe.

Leia também: O que significa colecistite crônica?

Detalhando um pouco mais o laudo, o médico patologista descreve inicialmente qual foi o material recebido: "a vesícula biliar e o linfonodo pericístico". O linfonodo pericístico é o linfonodo localizado junto à vesícula. Depois, o médico descreve os principais achados.

Colecistite crônica

A colecistite é caracterizada por uma reação inflamatória da vesícula biliar. Existem características na anatomia do órgão, que possibilitam a diferenciação entre a doença aguda (pouco tempo de doença), e a doença crônica (mais antiga), como por exemplo:

  • O espessamento da parede da vesícula,
  • Presença de cálculos e tipos de cálculos encontrados no seu interior,
  • Capacidade de retração da vesícula.

Nesse caso, os dados evidenciados, foram compatíveis com uma doença crônica.

Linfadenite crônica

A linfadenite crônica significa uma inflamação crônica de um linfonodo. Provavelmente por episódios recorrentes de inflamações agudas da vesícula, no qual participou.

Vale lembrar que os linfonodos são órgãos responsáveis pela produção de anticorpos, células de defesa do nosso corpo, que reagem a situações de inflamação e ou infecção.

Histiocitose sinusal

A histiocitose sinusal é uma classificação utilizada para as linfadenopatias, ou reações encontradas nos linfonodos estudados. Esse padrão é descrito para casos de lesões inflamatórias, e mais raramente, para doenças malignas.

Para maiores esclarecimentos, deve procurar o médico que realizou o procedimento, o qual estará mais capacitado para esclarecer todas as dúvidas, além de dar seguimento ao tratamento e orientações da paciente.

Fiz cirurgia de apêndice faz 60 dias e ainda sinto desconforto na cicatriz da cirurgia, é normal?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim. Alguns pacientes podem sentir ainda desconforto no local da cirurgia mesmo após 60 dias de cirurgia, principalmente quando estão presentes alguns fatores como:

Tipo de cirurgia

Nos casos de cirurgias abertas como a laparotomia, por ser uma abordagem mais ampla, costuma envolver mais órgãos e estruturas, e por isso leva mais tempo para que ocorra a cicatrização completa e o término dos sintomas.

Tempo de cirurgia

Cirurgias com rotura de apêndice, ou qualquer outra complicação, que consequentemente leve a uma cirurgia mais longa também contribuem para uma cicatrização mais lenta e sintomas mais prolongados.

Fatores clínicos

A idade do paciente, se é portador de alguma doença crônica, como a diabetes ou se faz uso de medicamentos regulares que interfiram no processo de cicatrização, podem retardar a melhora do processo de pós-operatório.

Outros

Podemos citar ainda, alimentação balanceada, o grau de atividade ou esforço físico realizado ao retornar suas atividades de trabalho entre outros.

De qualquer forma, o mais adequado é que entre em contato com seu médico assistente, que realizou a cirurgia, para que seja reavaliado, esclareça suas dúvidas e seja devidamente orientado.

Saiba mais sobre o assunto nos links:

Gostaria de saber mais sobre fístula anal, o que pode ter causado? Pode tratar com medicamentos ou é preciso cirurgia?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Fístula anal, ou perianal, na grande maioria das vezes é causada por um abscesso.

O abscesso é uma coleção de pus (células mortas) que forma uma cavidade e precisa ser tratado por drenagem cirúrgica e antibióticos.

Após a drenagem, essa cavidade pode resultar numa espécie de canal que comunica dois órgãos. Esse canal é denominado fístula e o tratamento quase sempre é cirúrgico.

Causas de Fístula anal / perianal

Mais raramente, a fístula anal pode ser causada por outras doenças como:

  • Doença de Crohn
  • Tuberculose
  • Tumores
  • Diverticulite
  • Câncer anal ou retal
  • Infecção sexualmente transmissível (sífilis, linfogranuloma venéreo)
  • Traumas
  • Pós-operatório
Tipos de fístulas

As fístulas podem ser classificadas de acordo com a sua localização, suas características ou gravidade.

Pela localizada, são descritas como fístulas anais (localizadas no ânus), vesico-vaginal (comunica a bexiga com a vagina) e fístulas arteriovenosas (comunica uma artéria e uma veia).

Seguindo as suas características, podem ser fístulas superficiais ou profundas; e quanto a sua gravidade, simples ou complexas.

A identificação dos tipos de fístulas, auxiliam na definição do melhor tratamento.

Tratamento da fístula anal

O tratamento quase sempre é cirúrgico, com os objetivos de fechar esse canal anormal e mantendo a função do esfincter anal. A fístula perianal favorece a formação de nova infecção, além de causar dor e dificuldade na evacuação.

Para as fístulas mais superficiais e simples, pode ser optado tratamento por endoscopia, uso de cola de fibrina, fistulotomia ou fistulectomia.

Para os casos mais profundos ou complexos, com comprometimento do músculo do esfincter, pode ser preciso realizar mais de uma cirurgia, com intervalo de 2 a 4 meses entre elas e a técnica de retalho ou fio cirúrgico.

A complicação mais temida para esse tratamento é a incontinência fecal, pelo comprometimento do esfincter.

O que é uma fístula?

A fístula é um trajeto anormal ou "caminho" anormal, que comunica dois órgãos.

Podem ocorrer em qualquer lugar do corpo, mas as mais comuns são as fístulas anais, vesico-vaginal (entre a bexiga e a vagina) e a arteriovenosa (entre uma artéria e uma veia).

A fístula vesico-vaginal, pode ocorrer após uma cirurgia de cesariana, ou cirurgias urológicas. A fístula arteriovenosa é formada pelo cirurgião, para determinados tratamentos, como a diálise.

Doenças crônicas também podem provocar a formação de fístulas, por exemplo, a doença de Crohn.

Fístula anal em bebês

Nos bebês pode haver a formação de fístulas, geralmente é uma doença congênita e mais comum nos meninos.

Saiba mais sobre o tratamento da fístula anal no seguinte artigo: Fístula anal: como é a cirurgia e o tratamento?

Referência:

  • Portal da proctologia
  • Jon D Vogel, et al.; Anorectal fistula: Clinical manifestations, diagnosis, and management principles. UpToDate, Jan 07, 2020.
  • Elsa Limura, Pasquale Giordano. Modern management of anal fistula. World J Gastroenterol 2015 January 7; 21(1): 12-20.
Já tirei o apêndice e estou com dores agudas lado direito?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

É importante procurar um serviço médico para avaliar o seu caso clínico. Como você já tirou apêndice, provavelmente não é apendicite. De qualquer forma, precisa ser investigado.

Apendicite é um processo inflamatório e infeccioso do apêndice, um órgão intestinal localizado na região inferior direita do abdômen. Quando se realiza a cirurgia de apendicite, o apêndice é retirado e, por isso, não é possível haver outro episódio de apendicite.

Após a cirurgia, a região da cicatriz pode ficar sensível e devido ao processo de cicatrização, pode haver formação de bridas intestinais, que ocorrem entre as alças intestinais. Essas bridas pode causar desconforto e dores, o que pode justificar o retorno da dor do lado direito. Porém, essa dor é bem diferente da dor de apendicite e, geralmente, possui menor intensidade além de não vir acompanhada de outros sintomas como vômito, febre, etc.

Outras patologias e situações podem explicar a dor do lado direito inferior do abdômen como por exemplo: ovulação, cisto no ovário, gravidez ectópica, constipação ou infecção intestinal.

Caso essa dor seja persistente, procure um serviço de saúde para uma avaliação.

Dor do lado esquerdo da barriga: o que pode ser e como tratar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A dor na barriga, localizada do lado esquerdo, pode ter muitas causas, sendo as mais comuns: a diverticulite, problemas no baço, excesso de gases e problemas nos rins.

Nas mulheres devemos pensar ainda nos problemas relacionados com o ciclo menstrual, como a cólica menstrual, cisto no ovário e a endometriose.

Mais raramente, a dor pode sinalizar um problema grave, como a gravidez tubária, pancreatite ou um tumor do intestino. Por isso, é importante ter atenção aos sinais de gravidade e perceber quando é preciso procurar um atendimento médico.

Causas de dor do lado esquerdo da barriga. O que fazer? 1. Diverticulite

A diverticulite é a inflamação de um ou mais divertículos. O divertículo é uma pequena bolsa que se forma na parede do intestino grosso, semelhante a um dedo de luva. Situações como alimentação pobre em fibras, constipação crônica ou devido ao envelhecimento natural do corpo, favorecem a formação de divertículos.

A presença de diversos divertículos no intestino é chamada diverticulose e é mais frequente em pessoas acima de 50 anos, sobretudo quando associado a hábitos de vida ruins, como o tabagismo, sedentarismo e alcoolismo.

O problema dos divertículos é que podem acumular fezes no seu interior, com isso desenvolver inflamação local. Os sintomas são de dores na região inferior esquerda da barriga, que dura vários dias e pode vir acompanhada de febre baixa, náuseas e vômitos.

O que fazer?

Em casos de diverticulite leve, o tratamento envolve dieta líquida e repouso. Nas diverticulites mais graves, além da dieta é indicado o uso de antibióticos e mais raramente, a cirurgia.

2. Problemas no baço

O baço é um órgão localizado na parte superior esquerda do abdome, logo abaixo das costelas e tem como principais funções: armazenar sangue, eliminar as hemácias velhas ou danificadas, além de participar da produção de glóbulos brancos (anticorpos).

Por isso, doenças do sangue, infecções ou tumores podem aumentar o tamanho do baço, que passa a "trabalhar" mais, causando a dor deste lado. Um trauma na barriga, dependendo da intensidade, também pode causar dor por uma ruptura deste órgão, situação grave, que pode evoluir com hemorragia interna e risco de morte.

O que fazer?

Se o médico desconfiar de "baço aumentado" ou trauma no baço, deve ser realizado um exame de imagem para confirmar ou descartar esse problema. No caso de trauma ou sangramento do baço, é indicada cirurgia de urgência.

3. Gases em excesso

O acúmulo de gases intestinais provoca dor de barriga e é bastante comum em pessoas com predisposição a prisão de ventre. Isso acontece devido ao maior tempo de permanência das fezes no intestino, permitindo a fermentação das bactérias, gerando os gases. O acúmulo de gases na região abdominal pode também acontecer pelo consumo exagerado de refrigerantes.

Pode ocorrer arrotos frequentes, barriga inchada, mal-estar e falta de apetite.

O que fazer?

A alimentação saudável e atividade física regular, auxiliam na prevenção de gases. Os alimentos que devem ser evitados, devido a maior predisposição de formar gases intestinais, são as bebidas gaseificadas, feijão, repolho.

Durante a dor, a medicação com melhor resposta é a dimeticona (Luftal®).

4. Pedras nos rins

O cálculo renal ou pedra nos rins tem como principal sintoma uma dor intensa que começa subitamente, geralmente na região lombar e depois se irradia para a barriga. No caso de pedra no rim esquerdo, a dor será localizada do lado esquerdo.

A dor é tão intensa que pode dificultar até a sua descrição e vem acompanhada de sintomas como náuseas, vômitos, febre, calafrios e sangue na urina (ou urina escura).

O que fazer?

O tratamento do cálculo renal (pedra nos rins) envolve o alívio da dor com analgésicos e anti-inflamatórios potentes e fragmentação da pedra com uso de ultrassom ou procedimentos cirúrgicos mais modernos. O médico urologista é o responsável por essa avaliação e tratamento.

5. Cólicas menstruais

As cólicas no período menstrual, incomodam bastante as mulheres, mas que, em geral, não impede a mulher de realizar as suas tarefas habituais do dia a dia. Inclusive, a presença de cólicas intensas e incapacitantes durante a menstruação devem ser investigadas, não deve ser considerada normal. Uma causa comum é a endometriose.

Os sintomas são de dor tipo cólicas, principalmente no "pé da barriga", que pode vir associada a dor nas pernas, mal-estar, irritabilidade e por vezes, falta de apetite.

O que fazer?

Para aliviar a cólica menstrual coloque uma compressa de água morna na barriga, beba bastante água e se a dor permanecer, pode fazer uso de um antiespasmódico (Buscopan®) ou um anti-inflamatório (ibuprofeno), para aliviar o sintoma.

6. Cisto no ovário

Existem diversos tipos de cistos no ovário. Os cistos são formados pelos estímulos hormonais da mulher durante a vida, mas não manifestam sintomas. Porém, por vezes, os cistos podem crescer muito ou sofrer uma torção, causando uma dor intensa, do lado que está localizado (a direita ou a esquerda).

Nesse caso é comum a queixa de dor durante o ato sexual, enjoos, náuseas, vômitos, vontade de urinar frequentemente e dificuldade ou vontade súbita de evacuar. Mais raramente pode apresentar também sangramento vaginal.

O que fazer?

O tratamento dos cistos ovarianos varia com a idade da mulher e os sintomas apresentados. Inicialmente é apenas acompanhado através de exames de ultrassom, mas quando os sintomas não desaparecem ou aumentam de tamanho, a recomendação é a retirada por cirurgia.

7. Gravidez ectópica

A gravidez ectópica é a implantação de um óvulo fertilizado, em uma das trompas de Falópio. É também conhecida como gravidez tubária. Essa condição é uma emergência médica, porque a trompa pode se romper causando um sangramento grave na mulher.

Os sintomas são de dor abdominal intensa, do lado da trompa acometida (direito ou esquerdo), associado a cólicas, náuseas, vômitos, suor frio, queda da pressão. O atraso menstrual reforça a possibilidade dessa condição.

O que fazer?

O tratamento da gravidez ectópica é uma emergência médica. Tem indicação cirúrgica de urgência, e a proposta de cirurgia deve ser direcionada pelo ginecologista ou cirurgião geral.

8. Pancreatite aguda

A pancreatite aguda consiste na inflamação do pâncreas, causado por obstrução devido a cálculo biliar ou uso abusivo de bebidas alcoólicas. Os sintomas são: dor intensa em toda a região superior da barriga, irradiando para as costas, formando um "cinturão de dor".

A dor em pode vir acompanhada de febre, calafrios, náuseas e vômitos. A dor dura vários dias e piora após as refeições.

O que fazer?

O tratamento da pancreatite aguda deve ser feito em ambiente hospitalar e privilegia a hidratação intensa, jejum absoluto com suporte de reposição nutricional adequado e uso de analgésicos para alívio da dor abdominal. E cirurgia para desobstrução do ducto, quando a causa for cálculo impactado.

Para o diagnóstico da causa da dor abdominal pode ser necessário o uso de exames específicos de sangue, ultrassonografia abdominal ou tomografia computadorizada.

Em caso de dor abdominal, busque sempre avaliação médica e não utilize medicamentos sem prescrição.

Quando procurar o médico?

Procure um médico, sempre que junto com a dor na barriga, apresentar um dos seguintes sintomas:

  • Febre
  • Náuseas e vômitos
  • Sangue nas fezes
  • Perda de peso sem motivo aparente
  • Pele amarelada (icterícia)

Esses sintomas não devem ser considerados como normais. Procure um médico de família ou clínico geral para dar início a essa investigação, e não atrasar o início desse tratamento.

Referência:

  • Hayley You et al.; The Management of Diverticulitis: A Review of the Guidelines.
  • Med J Aust. Nov;211(9):421-427, 2019.
  • UpToDate - Robert M Penner et al.; Causes of abdominal pain in adults. Nov 17, 2019.
  • FBG - Federação Brasileira de Gastroenterologia