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Má circulação nas pernas: como identificar e tratar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Os principais sinais e sintomas de má circulação nas pernas incluem inchaço nos tornozelos e pés, presença de varizes, dor nas pernas ao caminhar, sensação de dormência, formigamento ou queimação, coceira, alterações na temperatura do membro inferior, presença de feridas e manchas nas pernas.

Entretanto, os sinais de má circulação variam conforme a origem do problema. Quando a má circulação afeta as artérias, há uma diminuição da irrigação sanguínea nas pernas, causando dor ao caminhar, diminuição da sensibilidade e da temperatura nas pernas e nos pés, além de feridas que demoram para cicatrizar.

Se a má circulação estiver relacionada com as veias, o sangue terá dificuldade em retornar ao coração e ficará acumulado no membro inferior. Nesses casos, os principais sinais são o inchaço, principalmente nos tornozelos e pés, e a presença de varizes. Além disso, a má circulação venosa também pode causar coceira, dor, sensação de queimação e formigamento, feridas e manchas nas pernas.

A má circulação arterial afeta principalmente pessoas sedentárias, fumantes, hipertensas, diabéticas, com colesterol alto e história familiar de problemas de circulação. Já a má circulação venosa ocorre principalmente em mulheres e está relacionada com idade, fatores hormonais e genéticos, excesso de peso, gravidez, falta de atividade física e posturas (permanecer sentada ou em pé por muito tempo).

O tratamento da má circulação depende da causa, podendo incluir, principalmente, mudanças no estilo de vida, uso de meias elásticas, medicamentos. Não fumar, praticar atividade física regularmente, ter uma alimentação saudável, controlar a pressão arterial, o diabetes e o colesterol, evitar usar roupas apertadas, usar meias elásticas, diminuir o consumo de sal e açúcar, controlar o peso e evitar o uso de hormônios são algumas medidas indicadas para tratar a má circulação. Em alguns casos de maior gravidade pode estar indicada a realização de cirurgia.

Saiba mais em: Como posso melhorar a circulação sanguínea nas pernas?

Em caso de sintomas de má circulação, consulte um médico de família para uma avaliação inicial. Em alguns casos pode ser necessário encaminhamento para um angiologista.

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Sinto muita dor nas pernas. O que pode ser?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

As principais causas de dor nas pernas são a má circulação e os problemas osteomusculares, sobretudo a dor miofascial. Outras causas de dor nas pernas podem incluir cisto de Baker, traumas, lesões esportivas, excesso de esforço físico, compressão de nervo, entre outras. Os principais sinais e sintomas de má circulação incluem inchaço nos tornozelos e pés, varizes, dor nas pernas ao caminhar ou em repouso, sensação de dormência, formigamento ou queimação, coceira, alterações na temperatura, presença de feridas e manchas nas pernas. A má circulação também é a maior responsável pela dor nas pernas durante a gravidez. Isso ocorre porque o aumento do útero provoca uma compressão das veias da pelve, o que dificulta o retorno do sangue para o coração. O resultado é a insuficiência venosa, que além de causar dor nas pernas, aumenta o risco de trombose venosa.

Dor nas pernas pode ser sintoma de insuficiência venosa?

Sim, a insuficiência venosa dificulta o retorno do sangue, que fica acumulado em pernas e pés. Nesses casos, a dor nas pernas ocorre mais ao final do dia, podendo surgir em repouso. A pessoa sente as pernas cansadas e pesadas, os pés e os tornozelos ficam inchados e geralmente são observadas varizes. Também pode haver coceira, sensação de queimação e formigamento, feridas e manchas nas pernas. A insuficiência venosa afeta principalmente mulheres. O problema está relacionado com a idade, gravidez, posturas (passar muitas horas em pé ou sentada), falta de atividade física, excesso de peso, fatores hormonais e genéticos.

Dor nas pernas é sintoma de insuficiência arterial?

Sim, quando a má circulação afeta as artérias, temos um quadro de insuficiência arterial. A irrigação sanguínea diminui, causando dor nas pernas ao caminhar, diminuição da sensibilidade e da temperatura nas pernas e nos pés, além de feridas que demoram para cicatrizar. Esse tipo de má circulação afeta sobretudo indivíduos sedentários, fumantes, com pressão alta, diabetes, colesterol alto e história de problemas de circulação na família.

O que é a dor miofascial?

A dor miofascial é um distúrbio local de origem nervosa e muscular. A síndrome dolorosa miofascial, como é chamada a doença, caracteriza-se pela dor muscular em áreas endurecidas do músculo. A dor normalmente surge e se agrava com esforços físicos, com tendência a aliviar com o repouso. Essa dor miofascial é decorrente de tensão e contraturas em um músculo. As áreas afetadas apresentam tensão palpável na musculatura, que pode ser sentida pela presença de nódulos dolorosos. Um sintoma muito característico da síndrome dolorosa miofascial é a presença de pontos que podem desencadear uma forte dor se forem pressionados.

Esses pontos estão presentes em lugares bem definidos, cujas áreas são pequenas e apresentam muita sensibilidade à dor. Quando pressionados, despoletam uma dor local que pode inclusive irradiar para outra parte do corpo, mais distante do seu local de origem. A síndrome dolorosa miofascial afeta não só os músculos, mas também ligamentos, tendões, bursas (bolsas que recobrem as articulações), fáscias (tecido que recobre o músculo) e ainda tecidos ao redor da articulação. A dor miofascial pode ter como causa traumatismos, mau condicionamento físico, diabetes, alterações na tireoide, doenças reumatológicas, estresse, má postura, distúrbios no metabolismo, movimentos repetitivos, processos degenerativos, inflamações, infecções, câncer, entre outras. Contudo, a sua causa mais comum é o esforço muscular intenso.

Se a dor nas pernas não passar ou vier acompanhada de algum dos sintomas mencionados no artigo, procure um médico clínico geral, médico de família ou um cirurgião vascular.

Veja também: É comum ter dores na panturrilha durante a gravidez?

Dor na veia do pescoço, pode ser problema na carótida?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, uma dor em um dos vasos do pescoço pode ser um problema nas carótidas. As carótidas são duas artérias, uma de cada lado do pescoço, responsáveis por levar o sangue rico em oxigênio, até o cérebro.

Um problema na carótida pode reduzir o fluxo de sangue para o cérebro, causando além da dor, tonturas, desmaio e dores de cabeça. Além disso, esse baixo fluxo é uma das principais causas de derrame cerebral isquêmico.

Portanto, mesmo sabendo que no pescoço existem outras estruturas que podem causar dor, como os músculos, na presença de dor associada a tontura e dores de cabeça, procure o seu médico de família ou um neurologista para avaliação.

Quais são as causas de dor na carótida?1. Placas de gordura na carótida (obstrução)

A dor na artéria carótida, do lado direito ou do lado esquerdo, pode ser causada por uma obstrução, devido ao acúmulo de gordura (aterosclerose) ou de calcificação nesse vaso. O colesterol aumentado contribui para a formação dessas placas, assim como o tabagismo, a falta de exercícios e história familiar de doenças vasculares.

A placa ocupa um espaço dentro da artéria, impedindo o fluxo normal de sangue para o cérebro. Com isso, surgem os sintomas de tontura, especialmente quando se levanta rápido, dor no pescoço e dores de cabeça.

A obstrução do fluxo de sangue prolongado, devido à aterosclerose, é uma das causas mais frequentes de isquemia cerebral (AVC).

2. Dissecção de carótida

A dissecção de aorta é uma situação menos comum, de dor aguda, em uma das artérias carótidas, que origina o derrame cerebral isquêmico.

A doença se caracteriza pela separação das camadas internas desse vaso, como se fossem duas folhas coladas, que por algum motivo de descolam e o sangue entra por esse caminho, formando um hematoma. O hematoma impede o fluxo de sangue para o cérebro, da mesma forma que as placas de gordura.

A causa mais comum é um trauma no pescoço. Acidentes de carro, balançar fortemente a cabeça ou tratamento incorretos de fisioterapia nessa região, podem provocar essa lesão. Os sintomas são de dor na palpação da artéria, tonturas, dor de cabeça e derrame cerebral.

Como tratar um problema na carótida?

O tratamento varia de acordo com a doença. Na obstrução por aterosclerose, é fundamental reduzir o colesterol do sangue, para evitar a formação de novas placas de gordura, além do tratamento medicamentoso, com estatinas e anticoagulantes ou antiagregantes plaquetários, que dissolvem parte dessa gordura.

Nos casos mais graves, com mais de 70% de obstrução da artéria, e em condições de saúde favoráveis, pode ser indicada cirurgia vascular, onde é possível fazer uma limpeza desse vaso e/ instalar um stent. O stent é uma espécie de mola, que se abre dentro do vaso, impedindo um novo entupimento, consequentemente mantém um fluxo de sangue adequado.

Para a dissecção da artéria carótida, o tratamento costuma ser baseado em medicamentos anticoagulantes, e mais raramente, indicação cirúrgica. Cabe ao cirurgião vascular, decidir a melhor opção.

Como evitar um problema na carótida?

A maneira mais eficaz de evitar problemas nas carótidas, principalmente a formação de placas de gordura (aterosclerose), é mantendo um estilo de vida saudável.

As medidas recomendadas são de:

  • Parar de fumar, é o principal fator de risco para lesão nas artérias;
  • Praticar atividades físicas pelo menos 4x por semana, durante 30 minutos no mínimo, e de preferência, com orientação adequada de um profissional;
  • Manter uma alimentação saudável, evitar frituras e gordura, aumentar a ingesta de verduras, legumes e frutas;
  • Beber pelo menos 1 litro e meio de água por dia;
  • Fazer o uso correto das suas medicações habituais, como remédio da pressão, do açúcar ou do colesterol;
  • Evitar situações de estresse;
  • Procurar ajuda de um psicólogo ou psiquiatra, se perceber que tem dificuldade de controlar o estresse, ansiedade.
O que mais pode causar dor no pescoço?

No pescoço existem diversas estruturas: veias, artérias, nervos e músculos. A alteração em qualquer uma dessas estruturas pode causar dor no pescoço.

Um quadro bastante comum é o torcicolo, a contração involuntária do músculo do pescoço, geralmente após um movimento mais brusco ou dormir de mau jeito.

Os sintomas incluem dor constante ou dor em fisgadas, localizada atrás da orelha, ou em um lado do pescoço, rigidez e dificuldade de virar o pescoço.

A dor muscular, diferente da dor vascular, piora muito com a palpação e com o movimento do pescoço.

Como tratar um problema muscular no pescoço?

O tratamento recomendado é repouso, uso de colar cervical em espuma, e compressa morna. Nos casos de grande incomodo ou dor intensa, pode ser acrescentado o uso de medicamento relaxante muscular, como a ciclobenzaprina.

O colar cervical deverá ser mantido durante 24 a 48 horas, o maior tempo possível, retirar apenas para o banho e para colocação de compressas mornas.

As compressas devem ser colocadas acima do local que dói, com panos aquecidos ou bolsa de água quente, sempre com cuidado para não ferir a pele. O recomendado são 3 a 4 vezes por dia, durante 20 minutos.

Além disso, o alongamento, massagens e exercícios orientados por um profissional de saúde, podem ajudar a aliviar os sintomas de dor e relaxar a musculatura mais rapidamente.

Portanto, nos casos de dores no pescoço, que não aliviam após 24 ou 48h, ou que estejam associadas a sintomas de tontura e dores de cabeça, procure um médico clínico geral, ou angiologista, para avaliação mais detalhada.

Saiba mais:

O que é flebite e quais os sintomas?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Flebite é um processo inflamatório que acomete a parede de uma veia superficial, sobretudo nas pernas. Sem um tratamento adequado, a flebite pode evoluir para uma tromboflebite, com a formação de coágulos sanguíneos (trombos).

Embora seja mais comum nas veias superficiais dos membros inferiores, sobretudo em pessoas com varizes, a flebite pode acometer também as veias dos braços, após a instalação de um soro, por exemplo.

Os sintomas mais frequentes da flebite são:

  • Vermelhidão;
  • Dor localizada;
  • Inchaço;
  • Sensação de ardor e calor na veia inflamada;
  • Febre;
  • Endurecimento da veia (quando evolui para tromboflebite).

São várias as causas de uma flebite. Entre elas estão:

  • Bactérias e outros micro-organismos patogênicos;
  • Reação a medicamentos;
  • Trauma físico;
  • Fatores genéticos;
  • Imobilização prolongada, após uma cirurgia ou durante uma viagem longa de carro ou avião.

Pessoas obesas, sedentárias, que fazem uso de anticoncepcionais e fumantes apresentam uma maior predisposição para desenvolver flebite.

O diagnóstico e o tratamento da flebite é da responsabilidade do/a médico/a que está acompanhando o/a paciente ou do/a médico/a angiologista ou cirurgião/ã vascular.

Ter veias saltadas é normal?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A ocorrência de veias saltadas nos pés, mãos, braços e pernas é algo normal, pois se trata de uma característica física da pessoa, muitas vezes relacionada com a proximidade das veias com a pele, ou seja, quando as veias são mais superficiais mais saltadas ficam.

As veias podem ainda ficar ainda mais evidentes se houver menos gordura subcutânea ou aumento de massa muscular, como ocorre em pessoas magras ou musculosas. Podem também tornar-se mais visíveis em dias quentes por conta da vasodilatação dos vasos sanguíneos.

No entanto, veias saltadas nas pernas podem ser sinal de varizes. Nesse caso, as veias são dilatadas e tortuosas, de cor púrpura-azulada e surgem nas pernas ao longo dos anos. São mais comuns em mulheres, mas os homens também podem ter. Além disso, as varizes geralmente podem vir acompanhadas de alguns sinais e sintomas como:

  • Dor, peso ou cansaço nas pernas;
  • Inchaço nas pernas e nos pés no período da tarde.

Com o passar dos anos, há um aumento de pressão nas veias das pernas, dificultando o retorno do sangue dos pés para o coração. À medida que o tempo passa, os mecanismos que permitem o retorno adequado do sangue podem falhar, o que provoca uma dilatação das veias comprometidas, tornando-as saltadas e tortuosas.

Os principais fatores de risco para varizes são:

  • Hereditariedade;
  • Gravidez;
  • Obesidade;
  • Sedentarismo;
  • Permanecer muitas horas em pé ou sentado no trabalho.

Se não forem devidamente tratadas, as varizes podem trazer complicações, como:

  • Inchaço;
  • Trombose venosa profunda;
  • Atrofia ou distrofia da pele da perna;
  • Erisipela;
  • Dermatites;
  • Úlceras varicosas.

Leia também: O que é úlcera varicosa?

Algumas formas de prevenir e aliviar os sintomas das varizes são:

  • Evitar manter as pernas pendentes ao se sentar ou permanecer em pé por muito tempo;
  • Praticar exercícios aeróbicos leves, como caminhar ou andar de bicicleta, pois ajudam a tonificar os músculos das pernas, melhorando a sua função de bombear o sangue;
  • Manter-se dentro do peso adequado;
  • Usar meias elásticas de compressão.

O tratamento das varizes varia de acordo com o tipo de problema. Em caso de sintomas de varizes, deve-se procurar um médico para avaliação.

Qual o tratamento para ateromatose aórtica?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O tratamento da ateromatose aórtica se baseia no controle ou eliminação dos fatores de risco, atividade física regular e medicamentos anticoagulantes. Em alguns casos, o tratamento cirúrgico deve ser indicado.

O controle dos fatores de risco inclui principalmente em deixar de fumar, perder peso ou manter o peso dentro do normal, controlar hipertensão, colesterol, triglicerídeos e diabetes, ter uma alimentação equilibrada e saudável, evitar abuso de bebidas alcoólicas.

Alguns dos fatores que sabidamente aumentam o risco para desenvolver ateromatose aórtica são: idade entre 50 e 70 anos, sexo masculino, colesterol e triglicerídeos altos, tabagismo, hipertensão arterial, sedentarismo, história familiar de ateromatose.

É imperativo deixar de fumar, pois os componentes do cigarro são muito nocivos para os vasos sanguíneos e para a coagulação do sangue.

A atividade física deve ser orientada por um educador físico, fisioterapeuta ou médico e é importante para auxiliar no controle da pressão arterial, reduzir o colesterol e melhorar a circulação sanguínea, além de ajudar na perda ou manutenção do peso.

O uso de medicamentos tem como principal objetivo reduzir os riscos de infarto e "derrames", que estão entre as principais complicações da ateromatose aórtica. Para isso são indicados remédios anticoagulantes para prevenir a formação de trombos que podem entupir as artérias e provocar isquemia (sofrimento) ou necrose (morte) em áreas do coração, cérebro e membros.

Já o tratamento cirúrgico da ateromatose aórtica é indicado principalmente quando os sintomas não melhoram com o tratamento clínico e causam limitações e dificuldades nas atividades diárias do paciente. A cirurgia não é indicada se o paciente apresentar limitações cardiovasculares importantes, uma vez que o infarto é a principal causa de morte no pós-operatório.

Vale lembrar que os sintomas da ateromatose só começam a se manifestar quando boa parte da artéria já está obstruída. Por isso, quanto mais precoce for o diagnóstico, melhor será a resposta ao tratamento.

O médico angiologista e/ou cirurgião vascular é o especialista responsável pelo tratamento da ateromatose aórtica.

O que é adenite e o que pode causá-las?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Adenite é a inflamação aguda de um gânglio linfático, popularmente conhecida como "íngua". As adenites podem ser causadas por bactérias, vírus, fungos ou protozoários que chegam ao gânglio linfático e geram a infecção. Esses micro-organismos podem alcançar o linfonodo em casos de doenças virais ou bacterianas, como sífilis e tuberculose, ou ainda através de uma infecção na pele, ouvido, nariz ou olhos.

Os gânglios linfáticos ou linfonodos fazem parte do sistema imunológico e atuam como filtros da linfa, um fluido que circula pelo corpo através dos vasos linfáticos. Esses gânglios podem reter, retardar ou até mesmo destruir bactérias, vírus, protozoários e células cancerosas que circulam pelo corpo.

As adenites podem ser classificadas de acordo com a localização dos linfonodos afetados ou com o agente causador:

- Adenite mesentérica: é a inflamação dos linfonodos presentes no mesentério (tecido que liga o intestino à parede abdominal), causada principalmente por infecções intestinais bacterianas. A adenite mesentérica causa febre e dor abdominal muito semelhante a apendicite aguda.

- Adenite inguinal: é a inflamação dos gânglios linfáticos da virilha, causada por uma infecção bacteriana. Os sintomas da adenite inguinal incluem dor, inchaço e vermelhidão local. Leia também: O que pode causar íngua na virilha?

- Adenite cervical: Inflamação dos gânglios linfáticos da região da coluna cervical, ou seja, do pescoço. Saiba mais em: Íngua no pescoço: o que pode ser?

- Adenite bacteriana: Infecção do linfonodo causada por bactérias.

Em geral, a causa da adenite é uma infecção próxima ao local. Quando a origem da infecção não é facilmente identificada, retira-se uma amostra de tecido (biópsia) para identificar o agente responsável pelo processo infeccioso.

A adenite pode afetar vários gânglios linfáticos ou acometer somente os que estão localizados numa determinada área do corpo. Em geral, o gânglio linfático fica inchado, sensível e dolorido, e a pele que o recobre pode ficar quente e avermelhada, podendo haver formação de abcessos com pus. 

Veja aqui a diferença entre adenite e linfoma.

O tratamento da adenite depende do agente que está causando a infecção. No caso das adenites bacterianas, o tratamento é feito com antibióticos, enquanto que os abscessos são drenados através de cirurgia. Em geral, os gânglios linfáticos voltam ao tamanho normal depois de tratada a infecção.

Leia também:

Íngua no pescoço: qual o tratamento?

Qual o tratamento para íngua na virilha?

O que são linfonodos?

Trombose venosa profunda tem cura? Qual o tratamento?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim. A trombose venosa profunda (TVP) tem cura.

O tratamento é feito com medicamentos anticoagulantes, uso de meias elásticas e repouso. Dependendo do caso, pode ser necessário realizar cirurgias para dissolver ou retirar os coágulos, prevenindo complicações graves como a embolia, e consequente tromboembolismo.

O tratamento da trombose tem como objetivos diminuir o risco de embolização, principalmente para os pulmões, impedir o crescimento do trombo e a formação de novos trombos.

A embolização é um processo aonde um desses coágulos se soltam e ganham a corrente sanguínea, podendo parar em qualquer outro sistema aonde o calibre do vaso sanguíneo seja mais estreito; obstruindo a passagem de sangue e originando uma isquemia. Os órgãos mais acometidos são o pulmão - tromboembolismo pulmonar ou TEP, o cérebro - derrame ou AVC isquêmico "embólico" e coração - infarto agudo embólico

Estima-se que até 50% dos casos de trombose venosa profunda nas pernas evolua com embolia pulmonar se não tratada a tempo, com risco elevado de morte.

Sinais de trombose venosa profunda nas pernas Qual o tratamento da trombose venosa profunda? Anticoagulantes

O tratamento da trombose venosa profunda é feito com medicamentos anticoagulantes, como a heparina. O medicamento é eficaz para diminuir o risco de embolia pulmonar e de formação de novos trombos.

Após 5 dias de heparina, que é administrada com injeções subcutâneas, o paciente passa a receber apenas anticoagulantes em comprimido, como a warfarina. A warfarina é mantida por pelo menos 6 meses, dependendo da gravidade e dos fatores de risco do paciente.

Atualmente, além da warfarina dispomos dos chamados "novos anticoagulantes" com maior facilidade de ajustar doses e posologia. Mas cada caso deve ser avaliado para qual a melhor opção de medicamento além do tempo que deverá fazer uso.

Repouso e meias elásticas

O indivíduo com trombose deve permanecer na cama em repouso absoluto durante os primeiros dias de anticoagulação, pois movimentar o membro acometido aumenta o risco de embolização.

Contudo, assim que houver autorização médica, a pessoa deve começar a andar o quanto antes. Já o uso de meias elásticas é recomendado para diminuir o inchaço nos membros inferiores e favorecer a circulação sanguínea nas pernas.

Implante de filtro

Nos pacientes que apresentam contraindicação a anticoagulantes ou que, apesar da anticoagulação, continuam a apresentar novos episódios de tromboembolismo, indica-se a implantação de um filtro na veia cava.

O filtro de veia cava é um tipo de rede localizada dentro da veia cava, na região abdominal, e que impede que êmbolos vindos das pernas cheguem aos pulmões.

O tratamento da trombose venosa profunda pode ser feito em ambiente hospitalar ou domiciliar, conforme avaliação médica.

É preciso estar atento às alterações que a trombose venosa profunda pode provocar, principalmente se existe predisposição para a doença ou houve exposição a fatores de risco que favorecem a formação de trombos.

Em caso de suspeita de trombose venosa profunda, um médico angiologista ou cirurgião vascular deverá ser consultado. Ele poderá avaliar detalhadamente, através de anamnese, exame físico e eventuais exames complementares, qual é o seu diagnóstico correto e prescrever o melhor tratamento, caso a caso.

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