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Axila inchada durante a gravidez: o que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Axila inchada durante a gravidez pode acontecer apenas pelo edema normal, que ocorre na mulher grávida, por questões hormonais e de preparo do corpo para nutrição do bebê, principalmente se o inchaço for igual dos dois lados.

Porém, se esse aumento for assimétrico, é importante uma avaliação com o/a médico/a obstetra que a acompanha, para descartar outros problemas. Podemos citar como causas prováveis:

  • Edema natural da gestação
  • Abscesso
  • Cisto sebáceo inflamado
  • Linfonodo aumentado 
  • Tumorações

No caso de infecção, formação de um abscesso, a axila além de inchada, apresenta nódulo ou massa palpável extremamente dolorosa, avermelhada e quente. Na maioria das vezes é possível observar um ponto amarelado de pus, conhecido por "olho" do abscesso, por onde entrou a bactéria responsável pela infecção, e por onde deve ser drenado esse pus. A drenagem pode ser de maneira espontânea, outras vezes é necessário a intervenção cirúrgica.

Nos casos de cisto sebáceo, se inflamado, também apresenta dor local, mas menos intensa, pode estar avermelhado pela reação inflamatória, porém não é observado ponto de pus no local.

Quando o inchaço se dá por um gânglio linfático aumentado geralmente não causa dor, ou de leve intensidade durante a palpação, não ocorre vermelhidão ou ponto de pus. O gânglio aumenta de tamanho quando está combatendo uma inflamação em atividade.

As tumorações crescem sem causar dor ou reação inflamatória, contudo apresentam características típicas, como retração da pele, e sintomas gerais, como fraqueza, perda de peso entre outras.

Em geral, esses nódulos ou caroços que deixam a axila inchada, tanto na gravidez como fora dela, normalmente não são graves. 

O mais indicado é agendar uma consulta com seu/sua médico/a obstetra para que esse inchaço na axila seja avaliado e a sua causa devidamente diagnosticada seja tratada.

Fogo selvagem é contagioso?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Fogo selvagem não é contagioso.

Fogo selvagem é o nome popular do pênfigo foliáceo. Essa doença é uma desordem autoimune causada pelo desequilíbrio nos anticorpos produzidos pela pessoa que não reconhecem as células sãs e as atacam. Com isso, algumas lesões começam a surgir na pele e mucosa.

Diante disso, as pessoas que possuem fogo selvagem não transmitem a doença para outras pessoas, nem pelo contato direto entre pele-pele nem através do contato com objetos e utensílios domésticos como talheres, copos, pratos, etc.

Portanto, a pessoa com fogo selvagem pode se relacionar normalmente com seu entorno social sem causar nenhum prejuízo infeccioso para as outras pessoas.

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Como se pega molusco contagioso?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A transmissão do molusco contagioso ocorre principalmente pelo contato direto, seja com as lesões ou com roupas, brinquedos e outros objetos usados por alguém infectado. O vírus penetra na pele através de pequenas lesões nos folículos pilosos. O contágio também pode ocorrer através de relações sexuais desprotegidas.

As pessoas mais propensas a "pegar" molusco contagioso são as crianças e os indivíduos com a imunidade baixa, como os que têm HIV ou AIDS. Nesses casos, a manifestação do molusco contagioso costuma ser intensa, tanto no tamanho como no número de lesões, sobretudo no rosto.

Nas crianças, a infecção ocorre sobretudo naquelas que têm pele seca ou dermatite atópica, principalmente se frequentarem piscinas.

Como prevenir o molusco contagioso?

Para evitar a transmissão do molusco contagioso, recomenda-se evitar o contato com pessoas que apresentam esses sintomas e compartilhar roupas, toalhas e objetos pessoais. O uso de preservativo é fundamental para evitar o contágio pela via sexual.

Os cuidados para prevenir o contágio do molusco contagioso devem ser maiores nos casos das crianças e dos pacientes imunodeprimidos.

O que é molusco contagioso e quais os sintomas?

O molusco contagioso é uma infecção de pele causada pelo vírus do gênero Poxvirus. Os sinais e sintomas se manifestam sob a forma de elevações lisas, rosáceas e brilhantes na pele, semelhantes a verrugas.

As lesões têm, em média, 3 a 5 milímetros de diâmetro, podendo chegar aos 3 centímetros em alguns casos. Podem apresentar uma pequena depressão no centro e inflamar.

As lesões se manifestam com mais frequência nas axilas, nos braços, nas laterais do tronco, nas regiões anal e genital e no rosto.

O período de incubação do molusco contagioso, ou seja, o tempo entre a infecção e o início dos sintomas varia entre 14 dias e 2 meses.

Geralmente, cada lesão do molusco contagioso dura de 6 a 12 semanas, desaparecendo após esse período.

Em alguns casos, as lesões do molusco contagioso podem causar complicações, como inflamação, coceira, eczema e infecção bacteriana, além de deixar cicatrizes permanentes

Qual é o tratamento para molusco contagioso?

O tratamento para molusco contagioso é semelhante ao tratamento das verrugas. As lesões podem ser congeladas com nitrogênio líquido (crioterapia), destruídas com ácidos ou laser ou removidas através de eletrocirurgia ou curetagem (raspagem).

Em casa, o tratamento do molusco contagioso pode ser feito com aplicação de pomada ou cremes, modificadores da resposta imunológica ou outros medicamentos antivirais.

No caso de haver muitas lesões, podem ser necessárias várias sessões de tratamento, a cada 3 a 6 semanas, até que as lesões sejam todas removidas. É comum o molusco infeccioso voltar a aparecer, mesmo depois do tratamento.

No caso das crianças pequenas, o molusco contagioso pode não necessitar de tratamento, apenas acompanhamento até que as lesões desapareçam espontaneamente.

Em pessoas com o sistema imunológico saudável, as lesões geralmente desaparecem espontaneamente depois de meses ou anos. Por isso, em muitos casos o tratamento é opcional.

Procure um médico se apresentar os sinais e sintomas do molusco contagioso para receber um diagnóstico e tratar a infecção.

Coceira na cabeça é sinal de doença no couro cabeludo?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim, coceira na cabeça pode ser sinal de inflamações e infecções no couro cabeludo, como foliculite (inflamação no local onde nasce o fio de cabelo), micose, dermatite seborreica (caspa) e dermatite de contato (alergia).

A foliculite é uma infecção bacteriana superficial do folículo capilar, local de saída do pelo. Pode seu causada por atritos, como coçar, usar chapéus ou bonés, uso de pomadas e cremes para outros problemas do couro cabeludo ou ainda devido à falta de higiene.

A micose é uma infecção fúngica que pode ocorrer em várias partes do corpo. A Tinea capitis é a micose que afeta o couro cabeludo e caracteriza-se pelo aparecimento de uma área em que há queda de cabelos, normalmente acompanhada de coceira e descamação.

Veja também: Que tipos de micose existem? 

A dermatite seborreica é um processo inflamatório do couro cabeludo causado pelo aumento da produção das glândulas sebáceas. Os seus principais sinais e sintomas são a descamação (caspa) e a coceira no couro cabeludo.

Saiba mais em: Dermatite seborreica tem cura? Qual o tratamento?

A coceira na cabeça também pode ser causada por produtos irritantes ou alérgenos, como tinturas para o cabelo, que provocam um processo inflamatório na pele. É a chamada dermatite de contato.

Há ainda a pediculose, que é a infestação dos cabelos por piolhos. Os seus principais sintomas são a coceira intensa no couro cabeludo, presença de lêndeas (ovos dos piolhos) e pequenas manchas vermelhas no couro cabeludo decorrentes da picada do inseto.

Veja aqui qual é o melhor tratamento para acabar com piolhos.

Portanto, a coceira na cabeça é um sintoma de que algo não está bem. Nesses casos, o ideal é consultar o/a médico/a dermatologista, médico/a de família ou clínico/a geral para uma adequada avaliação do seu couro cabeludo.

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Queda de cilios é normal?
Dr. Ivan Ferreira
Dr. Ivan Ferreira
Médico

Sim, a queda de cílios é normal quando ocorre de vez em quando, porque faz parte do processo de renovação do cílios. A cada 3 a 5 meses o cílio cai e nasce um outro no seu lugar.

Quando a queda dos cílios leva à falhas ou à falta total desses (madarose ou alopécia ciliar) significa que está ocorrendo algum problema. As causas da queda dos cílios podem ser variadas, tais como  inflamações nas pálpebras (blefarites), alergia à maquiagens e poluição. Em alguns casos, a queda os cílios pode ser devida à doenças como hipotiroidismo, lúpus, alopécia areata, herpes zoster, desnutrição, sífilis, hanseníase, abuso de drogas e tumores.

Com o tratamento da causa da queda pode ocorrer a recuperação dos cílios. Nos casos em que o tratamento medicamentoso não consegue corrigir a perda, algumas técnicas de cirurgia podem diminuir o problema.

O clínico geral poderá diagnosticar e tratar da causa da queda dos cílios ou encaminhar ao especialista, quando necessário.

Urticária é contagiosa?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Não, urticária não é contagiosa nem é transmitida de uma pessoa para outra. A urticária é uma reação semelhante a uma alergia, que caracteriza-se por lesões vermelhas e inchadas que aparecem na pele repentinamente e provocam coceira intensa.

Quais são os sintomas da urticária?

Além de coçar muito, a urticária também pode provocar um inchaço das camadas mais profundas da pele, deixando boca, pálpebras, língua, garganta, órgãos sexuais, mãos e pés inchados.

Urticária

Casos mais graves podem vir acompanhados de falta de ar, dor no abdômen ou dor para engolir. Essa forma mais grave de urticária pode levar à morte e precisa receber tratamento urgente.

A urticária pode aparecer em qualquer parte da pele e os tamanhos das lesões podem ser variados. Em alguns casos, as manchas se juntam, dando origem a placas avermelhadas maiores.

Normalmente, o tempo de duração dos sintomas é de menos de 24 horas. Porém, quando as placas desaparecem, podem aparecer outras novas. As crises de urticária podem durar até 6 semanas. 

Quais as causas da urticária?

A urticária surge devido a uma reação que libera substâncias que causam coceira e inchaço na pele. Tal reação pode ser desencadeada por diversos fatores, sendo as causas mais comuns:

⇒ Medicamentos antibióticos, analgésicos e anti-inflamatórios, além de vitaminas; ⇒ Corantes, conservantes e aditivos presentes em alimentos; ⇒ Infecções causadas por bactérias, vírus e parasitas; ⇒ Calor, frio, sol, fricção, vibração e outros estímulos físicos; ⇒ Picada de insetos; ⇒ Inflamação na tireoide; ⇒ Lúpus eritematoso; ⇒ Linfomas e tumores malignos.

Muitas vezes a urticária também aparece sem uma razão aparente. Porém, independentemente da causa, a urticária nunca é contagiosa ou transmissível.

Saiba mais em: Urticária: saiba o que é, conheça as causas e diferentes tipos

Qual é o tratamento para urticária?

O tratamento é feito com o afastamento dos fatores desencadeantes da urticária, além de medicamentos antialérgicos, corticoesteroides e imunossupressores.

Os casos mais leves e moderados de urticária são tratados com medicamentos anti-histamínicos (anti-alérgico). Essa medicação alivia os sintomas, principalmente a coceira.

Outros medicamentos que podem ser indicados no tratamento da urticária incluem a cortisona, mas por pouco tempo, além de outros medicamentos para combater a inflamação.

O/a médico/a dermatologista, clínico/a geral ou médico/a de família podem detectar a urticária e indicar o melhor tratamento para o seu caso.

Queda de cabelo feminino, o que pode ser? Como tratar?
Dr. Ivan Ferreira
Dr. Ivan Ferreira
Médico

A queda de cabelo feminino pode ter muitas causas, como doenças no couro cabeludo ou no organismo, falta de vitaminas, uso de produtos químicos ou devido à herança genética. O sucesso do tratamento para a queda de cabelos no homem ou na mulher depende da identificação da sua causa. Quando não há possibilidade de interromper a queda ou estimular o crescimento do cabelo com medicamentos, o transplante de cabelos pode ser uma solução.

Algumas causas e tratamentos para a queda de cabelo:

  • herança genética, o tratamento é feito com o uso de medicamentos para para tentar minimizar a queda e estimular o crescimento dos fios,
  • doenças hormonais, como o hipotiroidismo ou doença de Addison, deve-se tratar a doença assim que for diagnosticada,
  • doenças do couro cabeludo, como caspa, foliculites e tinea capitis, devem ser tratadas com shampoos específicos e medicamentos,
  • produtos químicos, como tinturas, alisantes e descolorantes, quando usados exageradamente ou em concentrações inadequadas podem levar à queda dos cabelos,
  • o esticamento ou tração dos cabelos, tanto em penteados frequentes como mantendo-os presos e repuxados constantemente, podem contribuir para a sua queda,
  • equipamentos térmicos, como as pranchas ou chapinhas e outros aparelhos que usam calor para arrumar os cabelos, podem acelerar sua queda,
  • doenças auto-imunes, como alopécia areata e lúpus eritematoso sistêmico,
  • deficiência de vitaminas como as vitamina A, B, D podem levar à queda de cabelos, sendo evitadas com uma alimentação variada e saudável, ou com o uso suplementar de vitaminas quando houver problemas relacionados à sua má absorção,
  • tricotilomania, distúrbio psiquiátrico no qual a pessoa arranca os cabelos, deve ser tratado pelo psiquiatra e psicólogo,
  • medicamentos, como os usados para tratamento do câncer.

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O dermatologista é o especialista que poderá diagnosticar a causa da queda de cabelos, orientar o seu tratamento ou o encaminhamento à outros profissionais da saúde.

Qual o tratamento para fungo nas unhas das mãos e pés?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

O tratamento da micose das unhas (onicomicose) deverá levar em conta alguns fatores:

  • número de unhas acometidas;
  • porcentagem da unha que está acometida;
  • doenças que o paciente possui e medicações que faz uso.

Após esta avaliação e, considerando que foi realizado idealmente exame que comprove a infecção fúngica, ou se a apresentação clínica for típica, deverá ser optado por realizar tratamento com medicação antifúngica, que pode ser tópica ou sistêmica. Se forem poucas as unhas afetadas e em porcentagem de acometimento inferior a 50% da unha, deve ser tentado tratamento tópico. O esmalte deverá ser aplicado de uma a duas vezes por semana e há diversas opções disponíveis atualmente. Se forem muitas unhas acometidas, é necessário o tratamento com antifúngicos de uso oral, como terbinafina, itraconazol e fluconazol. O tratamento sistêmico pode estar associado ao uso de esmaltes. usualmente a dose é de um comprimido por dia e é necessário seguimento periódico com realização de exames laboratoriais de controle.

O tempo mínimo de tratamento é de seis a 12 meses para as unhas da mãos e seis a 18 meses para as unhas dos pés.

Uma opção relativamente recente é o uso de laser. Contudo, esta tecnologia não tem uma aceitação irrestrita na literatura e serve como método auxiliar, sendo necessário o uso de antifúngicos também.

O tratamento da onicomicose deve ser feito pelo médico dermatologista.

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