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Como evitar espinhas?
Dr. Ivan Ferreira
Dr. Ivan Ferreira
Médico

Para se evitar as espinhas é importante a manutenção dos poros limpos e desobstruídos. Alguns cuidados para se evitar o aparecimento das espinhas são: procurar usar produtos como cremes, bases e protetores solares adequados ao tipo de pele (gel aquoso, gel creme ou oil-free) de forma a evitar o aumento da oleosidade já presente nela e obstruir os seus poros, lavar o rosto duas vezes ao dia com água e sabonete próprio para o rosto e/ou solução adstringente, remover sempre a maquiagem antes de dormir, evitar exposição prolongada ao sol, lavar o rosto e as costas com sabonete após ter enxaguado o condicionador dos cabelos, evitar a ingestão exagerada de alimentos com alto valor glicêmico como os à base de carboidratos (massas, pães, batatas, doces) e lacticínios.

O aparecimento de cravos e espinhas ocorre devido ao entupimento dos poros (cravos) seguido de sua contaminação com a bactéria Propionibacterium acnes, que está presente normalmente na pele,  levando à uma inflamação local com presença de vermelhidão e secreção amarelada (espinha).​ Além disso, também podem ser causadas por fatores internos como uma predisposição genética ou pelas mudanças hormonais que ocorrem na adolescência e durante a menstruação, que provocam um estímulo no funcionamento das glândulas sebáceas levando-as à uma produção exagerada e causando o entupimento dos poros com gordura e queratina.

Dependendo da gravidade das espinhas e da fase da vida da pessoa em que elas aparecem, elas podem ser tratadas com produtos tópicos (para passar no local) ou com medicamentos por via oral  à base de antibióticos, anti-infamatórios, ácido retinoico ou hormônios.

O dermatologista é o especialista indicado para orientar sobre os problemas da pele.

Dipirona funciona para micose de unha?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A dipirona não funciona para tratar a micose de unha. A única forma realmente eficaz e definitiva de tratar micose na unha é com o uso de medicamentos antifúngicos, que devem ser indicados e orientados por um dermatologista.

Alguns exemplos de antifúngicos que podem ser utilizados no tratamento da micose de unha são:

  • Terbinafina (comprimidos)
  • Itraconazol (comprimidos)
  • Ciclopirox (esmalte)

O tratamento da micose de unha normalmente é longo, prolongando-se por 3 a 6 meses. É muito importante ter alguns cuidados durante e após o tratamento para evitar a recorrência da micose, como:

  • Manter sempre os pés e unhas limpos e secos;
  • Cortar as unhas rentes. Remova o máximo de unha infectada tanto quanto possível;
  • Usar meias de tecidos transpiráveis, como algodão e troca-las diariamente;
  • Usar chinelos em ambientes compartilhados como balneários ou piscinas, evitando andar descalço;
  • Evitar o uso de sapatos velhos, pois podem conter esporos dos fungos e dificultar o tratamento.

Procure um médico de família, ou dermatologista para a melhor orientação e tratamento da micose de unha.

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O que é epidermólise bolhosa? Quais os sintomas e tratamento?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Epidermólise bolhosa é uma doença hereditária rara que caracteriza-se pela fragilidade da pele e das mucosas. A origem está num problema genético que interfere na produção de colágeno e queratina, proteínas que unem as células das camadas externa e interna da pele.

Pessoas com epidermólise bolhosa têm a pele muito frágil devido à falta de colágeno e queratina, que dão firmeza e garantem a integridade da pele. Como resultado, as camadas da pele se descolam facilmente ao menor atrito, dando origem a bolhas dolorosas parecidas com as de uma queimadura de 3º grau.

A forma fatal de epidermólise bolhosa afeta outros órgãos. Pode ser difícil identificar o tipo exato de epidermólise bolhosa que a pessoa tem. Contudo, existem marcadores genéticos específicos para a maioria das formas da doença.

A epidermólise bolhosa normalmente se manifesta já em recém-nascido e acompanha a pessoa até ao fim da vida, uma vez que a doença não tem cura.

Quais são os sintomas da epidermólise bolhosa?

As bolhas da epidermólise bolhosa podem se formar com atrito, pequenos traumas, calor ou até mesmo espontaneamente. Ao se romperem, formam feridas difíceis de cicatrizar, sobretudo quando não são devidamente tratadas.

Dependendo do tipo de epidermólise bolhosa, o sinais e sintomas podem incluir:

  • Queda de cabelo;
  • Bolhas ao redor dos olhos e do nariz;
  • Bolhas dentro ou ao redor da boca e da garganta, causando dificuldade para se alimentar ou engolir;
  • Bolhas na pele causadas por pequenas lesões ou alterações de temperatura, especialmente nos pés;
  • Bolhas presentes ao nascimento;
  • Cáries;
  • Choro rouco, tosse ou outros problemas respiratórios;
  • Pequenas bolinhas brancas na pele;
  • Perda de unhas ou unhas deformadas.

As formas leves de epidermólise bolhosa melhoram com a idade. Por outro lado, as formas muito graves têm uma alta taxa de mortalidade.

Nas formas graves de epidermólise bolhosa, a formação de cicatrizes após as bolhas pode causar:

  • Deformidades em dedos, cotovelos e joelhos;
  • Dificuldade para engolir, se a boca e o esôfago forem afetados;
  • Dedos fundidos;
  • Mobilidade limitada pelas cicatrizes.

A intensidade dos sintomas varia conforme o tipo de epidermólise: simples, distrófica, juncional ou adquirida.

Epidermólise simples

Caracteriza-se pela formação de bolhas nas regiões sujeitas a mais atrito, como joelhos, cotovelos, mãos e pés. Afeta apenas a camada mais superficial da pele (epiderme) e é a forma menos grave da doença.

Epidermólise distrófica

Pode causar bolhas, feridas, grandes cicatrizes e calvície devido à cicatriz, podendo atingir também olhos, mucosa da boca, esôfago e trato gastrointestinal. As cicatrizes formadas no esôfago podem reduzir o calibre interno do órgão, dificultando a alimentação. A pessoa perde as unhas e frequentemente apresenta deformidades nas mãos e nos pés.

Epidermólise juncional

É o tipo mais grave de epidermólise bolhosa. As bolhas se formam por todo o corpo e no esôfago, dificultando a deglutição. A pessoa pode apresentar os dedos dos pés e das mãos unidos devido à cicatrização que ocorre entre eles. A forma mais grave é a epidermólise juncional generalizada severa. Nesse tipo, a mortalidade é elevada devido à desnutrição provocada pela má absorção dos nutrientes e complicações secundárias as feridas.

Epidermólise adquirida

Uma outra forma de epidermólise bolhosa é a adquirida. Este tipo não é hereditário, atinge adolescentes e adultos e é menos grave que as formas distrófica e juncional. A epidermólise bolhosa adquirida é uma doença autoimune, ou seja, o sistema imunológico ataca o próprio corpo.

Quais as possíveis complicações da epidermólise bolhosa?
  • Anemia;
  • Expectativa de vida diminuída (formas graves da doença);
  • Estreitamento do esôfago;
  • Problemas oculares, incluindo cegueira;
  • Infecção, incluindo sepse (infecção generalizada);
  • Perda da função das mãos e dos pés;
  • Distrofia muscular;
  • Doença periodontal;
  • Desnutrição grave causada por dificuldade de alimentação;
  • Câncer de pele.
Qual é o tratamento para epidermólise bolhosa?

Não existem medicamentos ou tratamentos capazes de evitar a formação das bolhas e aumentar a rigidez da pele. O tratamento das bolhas consiste em proteger a pele para evitar lesões e prevenir infecções.

Pomadas com antibióticos podem ser indicadas para serem aplicadas nas lesões. Na epidermólise bolhosa adquirida, alguns medicamentos com corticoides e imunomoduladores têm algum efeito em alguns casos.

O tratamento da epidermólise bolhosa também pode incluir cirurgia de:

  • Enxerto de pele em locais onde as feridas são profundas;
  • Alargamento do esôfago se houver um estreitamento do órgão;
  • Reparação de deformidades da mão;
  • Remoção de carcinoma espinocelular, um tipo de câncer de pele.

O tratamento da epidermólise bolhosa visa principalmente prevenir lesões e complicações, favorecer o processo de cicatrização das feridas, repor nutrientes e aliviar a dor.

O médico dermatologista é o especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento da doença.

Pomada Diprogenta: para que serve e como usar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A Diprogenta ® é uma pomada ou creme com ação anti-inflamatória e antibiótica. O medicamento serve para tratar inflamações e doenças de pele como psoríase, líquen simples crônico, líquen plano, intertrigo eritematoso, disidrose, dermatite de contato, dermatite atópica, dermatite seborreica, dermatite esfoliativa, dermatite solar, dermatite de estase e coceira no ânus e na região genital.

Os princípios ativos da Diprogenta ® são o dipropionato de betametasona, um corticoide com forte ação anti-inflamatória, e o sulfato de gentamicina, que tem ação sobre as bactérias sensíveis a esse antibiótico. A Diprogenta ® começa a atuar rapidamente e o seu efeito é prolongado.

Quais as contraindicações da Diprogenta ®?

A Diprogenta ® é contraindicada para pessoas que já apresentaram alergia ou alguma reação a algum dos componentes da fórmula da pomada.

Pessoas com tuberculose de pele e infecções de pele provocadas por vírus ou fungos.

A Diprogenta ® não deve ser aplicada nos olhos e não deve ser usada em crianças com menos de 2 anos de idade.

Mulheres grávidas devem usar Diprogenta ® apenas com orientação médica. Se houver suspeita de gravidez, o médico deve ser informado imediatamente.

Não se sabe se após a aplicação de Diprogenta ®, o corticoide presente na pomada é absorvido pelo corpo em quantidades suficientes para ser excretado no leite materno. Por isso, mulheres que estão amamentando devem suspender a amamentação ou o tratamento. Nesses casos, cabe ao médico avaliar os riscos e os benefícios em usar o medicamento e decidir junto a paciente a melhor opção.

Como usar Diprogenta ®?

Aplique uma camada fina de Diprogenta ® sobre toda a área afetada de 1 a 2 vezes ao dia, que dependerá do tipo de lesão. Cabe ao médico determinar a dose e tempo de tratamento para cada caso.

No caso de esquecimento ou atraso de uma dose de Diprogenta ®, deve aplicá-la assim que se lembrar e seguir com os horários normais pré-estabelecidos nas aplicações seguintes (manhã e noite).

Quais os efeitos colaterais da Diprogenta ®?

Os efeitos colaterais mais comuns estão relacionados ao uso incorreto da pomada, seja por curativos muito apertados, mantidos fechados por tempo prolongado ou uso de quantidade excessiva da pomada, fatores que levam ao aumento de umidade local e maceração da pele.

Pode ocorrer também a infecção secundária por fungos ou bactérias multirresistentes, nesse caso quando a pomada é utilizada por mais tempo do que prescrito.

Por isso é fundamental fazer uso de pequena quantidade de pomada e apenas pelo tempo prescrito pelo médico.

Outros efeitos colaterais, que apesar de menos comuns estão descritos pelos estudos:

Efeitos colaterais incomuns (ocorrem em 0,1% a 1% dos casos): vermelhidão, coceira, reação alérgica, irritação, atrofia, manchas roxas, infecção, ardência e inflamação na pele, além de dilatação dos vasos sanguíneos da pele e inflamação dos folículos pilosos.

Efeitos colaterais raros (ocorrem em 0,01% a 0,1% dos casos): estrias, crescimento de pelos, erupções na pele parecidas com espinhas, urticária, feridas na pele, despigmentação da pele, queda de pelos, aumento da sensibilidade da pele, ressecamento da pele e formação de pequenas bolhas na pele.

Para maiores esclarecimentos sobre o uso de Diprogenta ®, consulte um médico clínico geral, médico de família ou dermatologista.

Lábios ressecados: Quais são as causas e como tratar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

As principais causas de lábios ressecados são o frio, o vento, o clima seco, a desidratação e a exposição ao sol. Os lábios também podem ficar secos em casos de reação alérgica, uso de batons e pastas de dentes, ou ainda ingestão de certos alimentos e bebidas. O tratamento consiste basicamente na hidratação diária dos lábios.

Os lábios são cobertos por uma mucosa que não possui glândulas sebáceas, ao contrário de outras partes da pele, como a do rosto, por exemplo.

Por isso, a falta de uma camada protetora de gordura e a espessura fina da mucosa deixam os lábios mais sensíveis aos agentes externos, pelo que podem ficar ressecados e rachados com mais facilidade.

Passar a língua nos lábios pode trazer algum alívio momentâneo, mas não é aconselhável. A saliva possui enzimas digestivas que agridem a mucosa da boca, que, como já foi dito, é muito sensível. Por esse motivo, esse hábito deve ser evitado, pois deixa os lábios ainda mais ressecados.

Portanto, a primeira coisa a fazer para evitar e tratar o ressecamento dos lábios é combater a desidratação labial. Aumentar a ingestão de água é o primeiro passo, principalmente se a secura for causada pelo clima frio e seco ou pela exposição solar prolongada.

Além disso, é muito importante usar hidratantes labiais, como os compostos por manteiga de cacau.

Quem tem tendência para ficar com os lábios ressecados e usa batons cosméticos regularmente, deve escolher os batons com propriedades hidratantes.

Se os lábios continuarem ressecados e começarem a rachar, consulte um médico dermatologista para receber orientações quanto ao tratamento mais adequado.

O que é psoríase e quais são os sintomas?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Psoríase é uma doença inflamatória crônica da pele, de natureza auto imune. A psoríase não é contagiosa e os seus sintomas são cíclicos, ou seja, aparecem e desaparecem periodicamente.

Grande parte dos casos de psoríase ocorre em pessoas com idade entre 15 e 30 anos, embora também seja frequente em indivíduos entre 50 e 60 anos. A doença costuma estar associada diabetes, doenças do coração, ansiedade ou depressão.

Há 5 tipos de psoríase. O mais comum é a que forma as placas avermelhadas na pele, com a superfície esbranquiçada. Lembrando que as placas são formadas por células mortas.

Quais as causas da psoríase?

A psoríase tem causa desconhecida, mas sabe-se que a doença pode estar relacionada com fatores genéticos, sistema imunológico e interações com o meio ambiente. Em muitos casos, a doença é desencadeada por estresse emocional, atrito da pele ou ainda processos infecciosos.

Acredita-se que a origem da psoríase esteja relacionada com os linfócitos T, que são células de defesa do organismo.

Os linfócitos libertam substâncias inflamatórias que produzem respostas imunológicas, com dilatação dos vasos sanguíneos e consequente infiltração de outras células de defesa na pele.

Com a resposta imunológica, as células da pele são atacadas e, consequentemente, a produção delas aumenta. A rapidez na produção de novas células gera as escamas.

Esse ciclo de maturação mais curto das células dificulta a eliminação tanto das células mortas como das mais jovens, formando então as manchas descamativas e espessas na pele.

A psoríase muitas vezes é desencadeada por eventos estressantes, amigdalites, uso de certos medicamentos, cortes na pele, além de queimaduras de sol e frio.

Quais são os sintomas da psoríase?

A psoríase caracteriza-se por lesões avermelhadas e descamativas na pele, sobretudo nos joelhos, cotovelos e couro cabeludo. Os sinais podem se manifestar também nas unhas, palmas das mãos, plantas dos pés ou ainda em toda a superfície do corpo.

Placas avermelhadas que caracterizam a psoríase

Outros sintomas da psoríase incluem ainda pele ressecada e rachada, coceira, dor, queimação, unhas grossas, descoladas e com sulcos.

Porém, existe um tipo de psoríase que acomete as articulações e pode afetar gravemente a mobilidade da pessoa, por vezes levando a incapacidade, chamada artrite psoriática. Os seus sintomas incluem dor, inchaço, rigidez e deformidades nas articulações de mãos, pés, pernas, braços ou coluna.

Os sintomas da psoríase variam conforme o tipo de doença. Nos casos mais leves, as manifestações podem causar apenas desconforto, enquanto que nos casos mais graves a dor e as alterações podem trazer prejuízos significativos na qualidade de vida e autoestima do paciente.

Qual é o tratamento para psoríase?

O tratamento da psoríase depende do local e do tamanho da área afetada. Em áreas pequenas e limitadas, são utilizados fototerapia ou cremes. Quando a psoríase prejudica a qualidade de vida do paciente, podem ser indicados medicamentos por via oral ou injetável como imunossupressores.

A fototerapia consiste na aplicação de raios ultravioleta capazes de diminuir o ritmo de multiplicação das células da pele. O médico também pode recomendar exposições moderadas ao sol, como forma de complementar o tratamento.

Muitas vezes, o uso de pomadas, hidratantes ou xampu já é suficiente para controlar a formação de placas, reduzindo a inflamação e a multiplicação celular. Em outros casos, o tratamento é feito com laser.

O diagnóstico e o tratamento da psoríase é da responsabilidade do médico dermatologista.

Que tipos de micose existem?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

As infecções fúngicas (micoses) podem acometer várias partes do corpo e podem ser classificadas em:

  • Micoses superficiais: pitiríase versicolor, piedra branca e piedra preta, tinea nigra;
  • Micoses cutâneas: tineas;
  • Micoses subcutâneas: esporotricose, cromomicose, lobomicose e rinosporidiose;
  • Micoses sistêmicas: paracoccidioidomicose, histoplasmose, coccidioidomicose e blastomicose americana;
  • Micetomas.

As micoses cutâneas (tineas) são as infecções mais comuns e podem ser classificadas quanto ao local que acometem:

  • Tinea capitis: é a micose que afeta o couro cabeludo. Clinicamente se caracteriza pelo surgimento de uma "clareira", ou seja, uma área em que há queda dos cabelos, e usualmente há presença de descamação. É muito comum em crianças e o tratamento necessariamente deve ser feito com antifúngico por via oral, sendo que a principal escolha é a griseofulvina, que deve ser utilizada durante oito semanas, no mínimo. Na maioria dos casos, o cabelo cresce novamente, sem deixar cicatrizes;
  • Tinea barbae: é a micose que afeta a região da barba. Clinicamente se caracteriza pela ocorrência de lesões avermelhadas ao redor dos folículos pilosos, algumas vezes associadas a bolhinhas de pus, que podem drenar secreção serossanguinolenta. O tratamento é também preferencialmente feito por via oral;
  • Tinea corporis: é a micose que afeta a pele glabra, ou seja, aquela sem grande densidade de pelos, como couro cabeludo e barba. As lesões são caracterizadas como "manchas" avermelhadas, com descamação nas bordas. O tratamento é feito com antifúngicos tópicos;
  • Tinea unguium: é a micose das unhas, ou onicomicose. Clinicamente se caracteriza pela presença de deformidade das unhas, que podem se tornar esbranquiçadas, tortuosas, mais espessas e descoladas do leito ungueal. O tratamento pode ser feito com antifúngicos tópicos, sistêmicos ou em associação;
  • Tinea manum/pedis: é a micose das mãos e dos pés. Pode apresentar-se de algumas formas, como lesões bolhosas interdigitais, lesões avermelhadas e descamativas, lesões esbranquiçadas interdigitais ou hiqueratose plantar/palmar (quando a região fica mais espessa e endurecida). O tratamento é feito com antifúngicos tópicos;
  • Tinea cruris: é a micose da região das virilhas. Caracteriza-se pela presença de lesões avermelhadas e pruriginosas. O tratamento é feito com antifúngicos tópicos.

Idealmente o diagnóstico e tratamento das tineas devem ser feitos pelo médico dermatologista. Contudo, o clínico geral ou pediatra também pode diagnosticar e tratar as micoses.

Aqueles casos que não responderam ao tratamento tópico devem ser encaminhados para avaliação com o dermatologista.

É importante frisar que devem ser evitadas as associações com corticoesteróides tópicos, como a betametasona, pois pode piorar o quadro ou mascarar os sintomas.

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Nistatina com óxido de zinco serve para clarear a pele?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

A pomada com nistatina e óxido de zinco não serve para clarear a pele. Ela tem como indicação principal o tratamento de assaduras infantis, protegendo a pele do bebê de irritações causadas por urina e fezes, combatendo candidíases e ajudando na cicatrização.

Outras indicações para a pomada com nistatina e óxido de zinco são candidíases na pele e infecções por outros fungos em regiões de maior umidade, como abaixo das mamas, virilha, entre os dedos ou nas axilas.

Se deseja clarear a pele, existem opções de produtos com hidroquinona, ácido kójico, ácido mandélico ou vitamina C, por exemplo. Um dermatologista é o especialista mais indicado para orientar sobre o uso desses produtos.

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Referências:

Nistatina + óxido de zinco. Bula do medicamento.

Dragonetti M, Gomes JPC, Moraes CAP. Avaliação dos ativos e coadjuvantes em produtos BB cream: a multifuncionalidade como substituição da proteção solar. InterfacEHS – Saúde, Meio Ambiente e Sustentabilidade. 2016; 11(1): 107-24.