Perguntar
Fechar
Queratose pilar tem cura? Qual o tratamento?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Queratose pilar não tem cura definitiva. O tratamento raramente é necessário e pode haver melhora espontânea. Quando necessário, podem ser usados hidratantes e medicamentos queratolíticos, que amenizam os depósitos de queratina da pele e fazem as bolinhas desaparecer temporariamente.

Dentre os produtos dermatológicos usados para tratar a queratose pilar estão pomadas ou cremes à base de ureia, esfoliantes e, mais raramente, ácidos. Também podem ser indicados cremes com tretinoína ou vitamina D.

As loções hidratantes são usadas para suavizar a pele e melhorar a sua aparência. Pomadas esteroides podem ser utilizadas para diminuir a vermelhidão.

Não é indicado espremer, cutucar ou mexer nas bolinhas para não machucar a pele e causar infecções.

A melhoria dos sintomas geralmente demora meses e é comum o reaparecimento da queratose, mesmo após o uso da medicação.

Apesar de não ter cura definitiva, a queratose pode desaparecer lentamente com a idade em alguns casos.

O que é queratose pilar?

Queratose pilar é uma condição cutânea em que uma proteína da pele, chamada queratina, forma tampões rígidos dentro dos folículos pilosos. A queratose pilar é benigna e parece ser hereditária. Geralmente piora no inverno e melhora no verão.

Quais as causas da queratose pilar?

A queratose pilar ocorre devido ao acúmulo de queratina, uma proteína que forma a barreira de defesa da pele. Esse excesso de queratina bloqueia a saída do pelo e forma-se então a "bolinha", chamada pápula.

As pápulas são pequenas e ásperas, sendo muitas vezes confundidas com cravos ou espinhas. As bolinhas podem surgir em qualquer parte do corpo que tenha pelos.

A queratose pilar está presente em cerca de 30 a 40% da população. Indivíduos com pele seca ou dermatite atópica têm maior risco de ter o problema.

Quais os sintomas da queratose pilar?

A queratose pilar caracteriza-se pelo aparecimento de pequenas bolinhas do tamanho de um grão de areia na pele, semelhantes a "arrepios". As bolinhas são muito ásperas e a pele ao redor delas pode ter coloração rosada.

Caso apresente queratose pilar procure o médico de família para uma avaliação inicial, em alguns casos pode ser necessário o tratamento realizado por um dermatologista.

O que é lúpus discoide e quais são os sintomas?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Lúpus eritematoso discoide é uma doença inflamatória crônica que afeta apele. O lúpus é uma doença autoimune, o que significa que o corpo produz anticorpos que atacam o próprio organismo. Sua causa é desconhecida, mas sabe-se que está relacionada com fatores genéticos, sendo mais comum em mulheres.

Os sintomas do lúpus discoide caracterizam-se por manchas arredondadas e avermelhadas na pele, com bordas bem definidas. Podem surgir lesões semelhantes a espinhas e placas vermelhas que rapidamente ficam com o aspecto de uma pele muito áspera.

As lesões geralmente evoluem com vermelhidão e pigmentação nas bordas. O centro tende a ficar mais claro, como uma cicatriz atrofiada. Numa fase mais avançada do lúpus discoide, essas lesões podem se fundir e formar extensas áreas de cicatriz na pele.

Os locais mais afetados pelo lúpus discoide são o rosto, o couro cabeludo, as orelhas, o tórax, e as partes expostas dos braços. As lesões também podem ocorrer nas mucosas da boca, nariz, olhos e órgão genital.

O lúpus discoide é a forma mais comum de lúpus eritematoso cutâneo. A doença normalmente não afeta órgãos internos e fica restrita à pele. Em alguns casos, pode haver acometimento de órgãos internos e evoluir para lúpus eritematoso sistêmico.

Os médicos reumatologista e dermatologista são os especialistas envolvidos no diagnóstico e tratamento do lúpus discoide.

Também pode lhe interessar:

Lúpus discoide tem cura? Qual é o tratamento?

Quais são os sintomas do lúpus?

Qual o tratamento para um furúnculo?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Para tratar furúnculo, recomenda-se aplicar compressas mornas sobre a região para ajudar a drenar a secreção e melhorar a dor local. Esse tratamento pode ser feito pela própria pessoa, em casa.

Nos casos em que as compressas não são suficientes e o furúnculo não apresenta melhoras, pode haver necessidade de usar antibiótico e fazer uma drenagem da secreção.

Com a drenagem da secreção, o pus é retirado e a dor reduz bastante. A drenagem deve ser indicada pelo/a médico e realizada na unidade de saúde.

É importante lembrar que não se deve espremer o furúnculo nem furá-lo com materiais inapropriados, pois isso pode agravar e espalhar a infecção.

O uso do antibiótico deverá ser feito com indicação médica e o tratamento deve ser mantido até o fim, mesmo com melhora dos sintomas. Um antibiótico muito usado para tratar furúnculo é a cefalexina.

Lembrando que não é recomendado usar aleatoriamente medicação sem receita médica e por um tempo inferior ao indicado na prescrição.

O que é furúnculo?

O furúnculo é uma infecção do folículo piloso (pelo e glândula sebácea), causada por bactérias. A lesão é semelhante a uma espinha com pus e normalmente começa a partir de uma pequena infecção bacteriana superficial. Depois, a infecção torna-se mais profunda, formando um abscesso com pus.

As bactérias causadoras do furúnculo habitam naturalmente a superfície da pele. Quando, por alguma razão, essas bactérias penetram no corpo por alguma lesão, pode ocorrer uma foliculite superficial que pode resultar num furúnculo.

Como identificar um furúnculo?

O furúnculo é parecido com uma espinha. Surge na pele na forma de um abscesso avermelhado com pus no centro.Depois, o abscesso fica mais flácido e o pus começa a sair. Ao toque, verifica-se dor e aumento da temperatura local.

Em caso de dúvidas é importante procurar uma unidade de saúde para avaliação e orientação do tratamento apropriado.

Alopecia tem cura? Qual o tratamento?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Em muitos casos a alopecia pode ter curar, contudo em outro o tratamento pode ser muito difícil e com pouco resultado. A eficácia do tratamento e a forma como será realizado dependerá do tipo de alopecia (queda de cabelo). 

Os tipos mais comuns de alopecia e seus respectivos tratamentos são:

  • Alopecia cicatricial: o tratamento pode ser realizado através do uso de medicamentos tópicos como tetraciclina e corticoesteroides;
  • Alopecia areata: O tratamento pode incluir pomadas ou aplicações intralesionais de corticoesteroides, em casos muito graves pode-se ainda usar medicamentos de ação sistêmica, como corticoides e imunomoduladores. Eventualmente ao se afastar a situação de estresse que pode ter desencadeado a queda de cabelo, as lesões melhoram e o cabelo volta a crescer.
  • Alopecia mecânica (por tração): Evitar situações de tração física ou estresse ao couro cabeludo que podem levar à queda de cabelo;
  • Queda de cabelo devido a doenças infecciosas: Nesse caso o tratamento se volta para a doença infecciosa que está a causar a queda de cabelo, com o controle da doença os cabelos voltam a nascer espontaneamente;
  • Queda de cabelo de causas sistêmicas: Em geral, tratando-se as causas, os cabelos crescem novamente;
  • Alopécia androgenética: Em relação ao tratamento da alopécia androgenética podem ser usados medicamentos como o minoxidil ou a finasterida. Na alopécia androgenética que acometem mulheres alguns medicamentos de modulação hormonal como anticoncepcionais orais ou espironolactonas Algumas opções cirúrgicas também podem ser tentadas como transplantes de folículos, retalhos de couro cabeludo, embora ainda careçam de comprovação cientifica de sua eficácia.

Em caso de alopécia consulte um clínico geral ou médico de família para uma avaliação inicial, em muitos casos pode ser necessário o encaminhamento a  um médico dermatologista.

Também pode ser do seu interesse:

O que é alopécia?

Como saber se meu bebê tem alergia ao calor e o que fazer para tratar?

Os sintomas da alergia ao calor em bebês manifestam-se através de pequenas bolinhas parecidas com bolhas, que aparecem sobretudo no tronco, pescoço, axilas e dobras da pele, causando coceira e queimação.

Contudo, os sinais e sintomas da alergia ao calor podem variar conforme o tipo de alergia. Há casos em que podem ocorrer lesões mais profundas e avermelhadas nas axilas, virilhas e regiões em que há maior atrito da pele, gerando coceira.

O tratamento da alergia ao calor em bebês inclui cuidados para refrescar a pele e evitar o suor excessivo, de maneira a aliviar o desconforto e melhorar as lesões.

Para isso, recomenda-se manter a casa fresca e bem ventilada, colocar roupas leves no bebê, aplicar um pano molhado sobre as regiões afetadas, usar água morna ou à temperatura ambiente para dar banho ao bebê, deixar a pele do bebê secar naturalmente após o banho, passar cremes no bebê apenas com orientação do médico pediatra e não usar amaciante para lavar as roupas do bebê.

Em casos de infecções decorrentes da alergia, o tratamento pode incluir medicamentos corticoides e antibióticos.

É importante lembrar que não existe propriamente alergia ao calor. O que acontece é que o tempo quente favorece a obstrução das glândulas que produzem suor, dando origem a reações inflamatórias na pele.

O que as pessoas geralmente chamam de "alergia ao calor" na realidade é uma inflamação da pele chamada miliária, popularmente conhecida como brotoeja. Suas principais causas são o excesso de roupa, ambientes quentes e úmidos e febre alta.

Se o seu bebê apresentar algum desses sintomas, consulte o médico pediatra.

Também pode lhe interessar: Como saber se meu filho tem alergia à proteína do leite?

Tatuagem tem contraindicação? Quais os riscos?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Tatuagem tem contra-indicação para indivíduos que tenham alguma alergia aos pigmentos utilizados ou já tenham alguma doença de pele (como psoríase e vitiligo). A tatuagem também é contraindicada durante a gravidez amamentação.

Os maiores riscos de se fazer uma tatuagem estão vinculados a infecções locais na pele ou sistêmicas que envolvem o organismo todo. Hipersensibilidade na pele ou reação alérgica é comum associada aos pigmentos que são usados para colorir a tatuagem. Apesar dos efeitos entre tatuagem e câncer não estejam bem estabelecidos, alguns pigmentos e metais (mercúrio, cobalto, cromo, cádmio, manganês) foram relacionados com a possibilidade de causar câncer a longo prazo.

O uso de agulhas e/ou tintas contaminadas aumentam a possibilidade de contaminação pelos vírus da AIDS e hepatite B e C. Se o material não estiver bem esterilizado e o local ou o tatuador não seguir rigorosamente as condições de higiene, há risco de infecções cutâneas provocadas por vírus, fungos ou bactérias, alergias, abscesso, erisipela e até uma infecção generalizada, nos casos mais graves. As tintas também podem ser tóxicas e altamente alergênicas.

Pessoas tatuadas podem sentir uma dor maior e sensação de queimação local durante a realização do exame de ressonância magnética.

No caso das grávidas e das mulheres que estão amamentando, a tatuagem não é indicada para evitar que, no caso de haver alguma contaminação, o feto ou o bebê não seja infectado.

Antes de fazer uma tatuagem, é importante recolher informações sobre os locais e visitá-los, para se certificar que os tatuadores utilizam materiais descartáveis, verificar como esterilizam esses materiais e se trabalham sempre com luvas. Além disso, é fundamental verificar se as tintas e os equipamentos têm a aprovação da Anvisa no rótulo. 

Alergia ao frio causa que tipo de sintomas?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A alergia ao frio manifesta-se através de erupções na pele, inchaço, vermelhidão e coceira. Dependendo do grau da reação alérgica, outros sintomas podem estar presentes, como febre, náuseas, queda da pressão arterial, choque e desmaio.

A urticária ao frio, como também é conhecida esse tipo de alergia, caracteriza-se pela erupção de lesões vermelhas salientes na pele, parecidas com vergões, que causam coceira intensa.

Os sintomas da alergia ao frio se manifestam quando a pessoa entra em contato com algo frio, como água, gelo, neve ou substâncias frias. Geralmente as lesões provocadas pela alergia ao frio aparecem alguns minutos após a exposição ao frio e desaparecem espontaneamente entre 30 a 60 minutos.

Pessoas com alergia ao frio devem ter cuidados para não se expor ao frio e evitar mudanças bruscas de temperatura. Em alguns casos, deve-se evitar até tomar sorvetes ou ingerir bebidas muito geladas.

O tratamento é feito com medicamentos anti-histamínicos (antialérgicos) e tem como objetivo prevenir as reações durante o contato com temperaturas mais frias. Em casos mais graves pode ser necessário evitar o contato com desencadeadores da reação alérgica, como alimentos gelados, gelo ou nadar em piscinas geladas.

Muitas pessoas deixam de apresentar os sintomas no decorrer dos anos. 

Consulte um médico de família, clínico geral ou alergologista em caso de sintomas de alergia ao frio.

Saiba mais em:

O que pode causar alergia na pele?

Urticária: saiba o que é, o que pode causar e diferentes tipos

O câncer de pele tem cura?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Câncer de pele tem cura, mas é importante que haja um diagnóstico precoce. Quanto mais cedo o câncer de pele for descoberto, maior é a chance de sucesso no tratamento e, consequentemente, de cura do paciente.

Há 3 tipos de câncer de pele: carcinoma basocelular, carcinoma espinocelular e melanoma. Dentre eles, os carcinomas representam a grande maioria dos casos.

Contudo, é o melanoma que apresenta o maior risco de morte devido ao risco de metástase (alastramento do câncer para outros órgãos do corpo). Porém, se for diagnosticado precocemente, o melanoma tem um alto percentual de cura.

Câncer de pele do tipo melanoma

A maioria dos casos de câncer de pele do tipo melanoma, quando há metástase, não tem cura. Por isso, é importante detectar e tratar a doença ainda nas fases iniciais. Apesar de não ter cura, o tratamento do melanoma nas fases avançadas permite prolongar o tempo de vida da pessoa e controlar a doença a longo prazo.

Como é o tratamento para câncer de pele?

O tratamento do câncer de pele depende do tamanho, do tipo e da localização do tumor. Os carcinomas podem ser curados por completo através de cirurgia.

Nos casos em que há um maior risco de metástase ou quando ela já ocorreu, pode ser necessário realizar radioterapia ou quimioterapia após a cirurgia.

Tratamento dos carcinomas basocelulares e espinocelulares Cirurgia 

O tratamento cirúrgico consiste na remoção do tumor e também de uma área de pele ao redor, como margem de segurança. Após a retirada do tumor, os tecidos são analisados para garantir que foram extraídas todas as células cancerígenas. A remoção cirúrgica do câncer de pele tipo carcinoma tem elevadas taxas de cura.

Curetagem e eletrodissecção

Esses tipos de tratamento são usados em casos de câncer de pele em que os tumores são pequenos. Os procedimentos consistem na raspagem da lesão e na destruição do tumor com um bisturi elétrico. 

Os procedimentos devem ser repetidos algumas vezes e não são indicados para cânceres de pele mais invasivos.

Criocirurgia

A criocirurgia destrói o câncer de pele através de congelamento com nitrogênio líquido. As taxas de cura nesse tipo de procedimento são menores que na cirurgia de remoção do tumor, sendo mais usada em tumores menos invasivos, menores e recorrentes.

Cirurgia a laser

A cirurgia a laser retira o tumor por meio de raio laser, sem causar sangramentos. Trata-se de uma técnica indicada muitas vezes para pessoas com distúrbios na coagulação sanguínea. 

Cirurgia Micrográfica de Mohs

Nesse tratamento, retira-se o tumor e um pedaço de pele ao redor com uma cureta. O procedimento é repetido diversas vezes, até a eliminação completa das células cancerosas. A técnica é especialmente indicada em casos de tumores mal delimitados ou localizados na face.

Terapia fotodinâmica

Na terapia fotodinâmica, é aplicado um ácido no tumor e, depois de algumas horas, a área lesionada é exposta a uma luz intensa que ativa o ácido, destruindo o câncer de pele.

Além das cirurgias, o tratamento dos carcinomas podem inclui ainda radioterapia, quimioterapia, imunoterapia e uso de medicamentos tópicos e orais.

Tratamento do melanoma

O tratamento do melanoma depende da localização, agressividade, tamanho do tumor, idade e estado geral de saúde da pessoa. As técnicas mais utilizadas são a remoção cirúrgica e a Cirurgia Micrográfica de Mohs. Também são usados quimioterapia, radioterapia e imunoterapia. 

É importante estar atento a qualquer alteração nas pintas ou feridas na pele que não cicatrizam. Se algum desses sinais for observado, recomenda-se procurar o/a médico/a dermatologista ou médico/a de família o mais rápido possível.