O valor do TSH está satisfatório, porém o valor do T4 livre está um pouco baixo.
Entretanto o exame deverá ser avaliado em conjunto com o exame clínico e demais exames. Na concordância dos exames pode haver a necessidade de ajustar a dose do medicamento.
Tratamento do hipotireoidismoNo hipotireoidismo, acontece uma deficiência na produção dos hormônios T3 e T4 pela tireoide, devido a causas diversas, sendo a mais comum a doença autoimune - Tireoidite de Hashimoto. A hipofunção da tireoide leva a uma redução do metabolismo, dando origem a todos os sinais e sintomas encontrados na doença.
Feito o diagnóstico, o paciente deverá manter um acompanhamento regular com médico endocrinologista ou clínico geral, para toda a vida, porque sempre que houver alguma alteração no seu organismo, seja estilo de vida, alimentação ou mesmo situações emocionais, pode haver necessidade do ajuste das doses da medicação, sem que haja prejuízo para a pessoa.
Da mesma forma que acontece em outras doenças crônicas, como a hipertensão, diabetes mellitus, entre outras.
Leia também: Hipotireoidismo tem cura? Qual o tratamento?
O que é o exame de TSH?O exame de TSH (hormônio tireoestimulante), consiste na dosagem sérica desse hormônio, que é produzido pela glândula hipófise e tem a função de estimular a tireoide. A tireoide por sua vez, tem a função de produzir e secretar os hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina), os quais regulam o metabolismo do organismo.
A produção do TSH é diminuída quando a tireoide está funcionando de forma adequada. Ou seja, os hormônios estão com níveis normais ou acima do normal. Ao contrário, quando existe uma produção insuficiente de T3 e T4, o organismo sinaliza por estimulação retrógrada, para a hipófise, que então aumenta sua produção de TSH para tentar compensar estimulando ainda mais a glândula tireoide.
Portanto, quando a dosagem de TSH está aumentada fala a favor de hipotireoidismo, hipofunção da tireoide. O TSH reduzido, pode ser sinal de hipertireoidismo.
Os valores de referência variam pouco, de acordo com os critérios de cada laboratório, por isso é obrigatório a descrição dos valores de referência ao lado dos resultados: Prematuros (28 a 36 semanas): 0,7 a 27 mUI/L Até 4 dias: 1,0 a 39,0 mUI/L 2 a 20 semanas: 1,7 a 9,1 mUI/L 21 semanas a 20 anos: 0,7 a 6,4 mUI/L 21 a 54 anos: 0,4 a 4,2 mUI/L 55 a 87 anos: 0,5 a 8,9 mUI/L
E o T4 livre...O T4 livre (tiroxina livre circulante no sangue) é um dos hormônios produzidos pela tireoide.
Sua dosagem no sangue, junto aos demais exames, TSH e por vezes o T3, auxiliam no diagnóstico de hipo e ou hipertireoidismo. No hipotireoidismo, os níveis costumam estar reduzidos, provocando os sintomas de lentidão, pele seca, sonolência e constipação, devido a redução do metabolismo.
Leia também: O que é hipotireoidismo e quais os sintomas?
Já no hipertireoidismo, os níveis estão elevados, o que resulta nos sintomas de hiperfunção, como agitação, ansiedade, irritabilidade, pele quente e úmida, perda de peso, taquicardia e olhos saltados.
Leia também: O que é hipertireoidismo e quais os sintomas?
O exame de T4 livre é mais útil e por isso mais solicitado na prática clínica, do que o teste de T3 ou T3 livre.
Valores de referência para a maioria da população é: Recém-nascidos e crianças: 2,6 a 6,3 ng/dL Adultos: 0,8 a 2,7 ng/dL.
Existe um cuidado que deve ser lembrado para uma maior confiabilidade nos exames, que é o preparo do paciente. É preciso estar em jejum por pelo menos 8 horas e colher o sangue antes de tomar a medicação da manhã, ou no mínimo, quatro horas após a ingestão do medicamento.
Para maiores informações, procure um médico clínico geral ou endocrinologista.
Os sintomas do hipoparatireoidismo, quando presentes, estão relacionados com os baixos níveis de cálcio na circulação. O hormônio da paratireoide, conhecido como paratormônio ou PTH, regula a quantidade de cálcio no sangue. Logo, a falta desse hormônio faz cair a concentração do mineral, prejudicando diversas funções importantes do organismo.
Assim, uma pessoa com hipoparatireoidismo poderá apresentar formigamentos, espasmos e dores musculares, cãibras, cansaço e fraqueza. Nos casos graves sintomas como convulsões, tetania, papiledema e laringospasmo podem estar presentes.
O hipoparatireoidismo caracteriza-se pela baixa produção de hormônios pela glândula paratireoide. Trata-se de uma condição rara, diferente do hiperparatireoidismo (paratormônio alto), que é mais comum.
As principais causas do hipoparatireoidismo são as lesões causadas na glândula durante as cirurgias que envolvem o pescoço, a tireoide ou paratireoide. O tratamento cirúrgico para câncer na cabeça também pode afetar o funcionamento da glândula e diminuir os níveis de paratormônio (PTH).
Uma vez que o hormônio da paratireoide PTH regula a quantidade de cálcio no sangue, a sua falta requer medidas para aumentar a absorção desse mineral. Por isso, o tratamento para hipoparatireoidismo é feito com suplementos de cálcio e vitamina D.
O hipoparatireoidismo pode ser temporário ou permanente. Se a paratireoide não voltar a produzir paratormônio, a suplementação deve ser mantida por toda a vida.
O médico endocrinologista é o especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento das alterações na paratireoide.
Saiba mais em:
Hormônio da paratireoide (PTH) alto: quais os sintomas e como tratar?
Acidose é o acúmulo de ácidos no sangue. O quadro caracteriza-se pela diminuição do pH sanguíneo para valores inferiores a 7,35. Para que o organismo funcione adequadamente, o pH do sangue deve ficar entre 7,35 e 7,45. Quando está acima de 7,45, ocorre a alcalose.
A acidose respiratória ocorre quando há um acúmulo de gás carbônico (CO2) no organismo. Esse é o gás que é eliminado pelos pulmões durante a expiração. A retenção de CO2 no corpo aumenta a concentração de ácido carbônico, levando à acidose.
A acidose respiratória surge quando os pulmões não conseguem eliminar adequadamente o gás carbônico. Isso pode acontecer em casos de doenças pulmonares como a pneumonia, intoxicação por álcool ou medicamentos sedativos, traumas torácicos, doenças ou problemas neurológicos, entre outros.
Saiba mais em: Quais são as causas da acidose respiratória?
Já a acidose metabólica pode ocorrer devido ao acúmulo de ácidos no organismo ou perda de bicarbonato pelas fezes ou urina. Suas principais causas são: diabetes, acúmulo de ureia no sangue (uremia), acúmulo de ácido lático (acidose lática), jejum prolongado, diarreia e fístulas no intestino delgado.
Os sinais e sintomas da acidose incluem dificuldade respiratória, perda de apetite, náuseas, vômitos, alterações neurológicas, dor de cabeça, confusão mental, cansaço, diminuição da produção de urina, hálito cetônico, redução da capacidade de contração do músculo cardíaco, entre outros.
A acidose metabólica é sinal de alguma doença de base, por isso o seu tratamento é direcionado para a causa. Em casos de acidose grave, o tratamento inclui a administração de bicarbonato de sódio.
Já o tratamento da acidose respiratória tem como objetivo melhorar a respiração, mantendo uma boa oxigenação e uma ventilação pulmonar adequada. O tratamento pode incluir a administração de oxigênio, remoção de secreções respiratórias, tratamento da infecção pulmonar, entre outras medidas.
O diagnóstico, acompanhamento e tratamento da acidose metabólica é geralmente feito pelo médico clínico geral.
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Sim, amamentar aumenta o apetite porque a produção de leite queima muitas calorias. É por isso que a amamentação auxilia no processo de redução do peso pós parto, contribuindo para que a mulher recupere o peso que tinha antes da gravidez.
Contudo, esse aumento de apetite proporcionado pela amamentação pode fazer aumentar de peso se não houver atenção com a quantidade e qualidade dos alimentos.
Por outro lado, as calorias da alimentação da mulher que amamenta devem ser reajustadas, pois o seu corpo precisa de mais energia para produzir leite.
Para aproveitar o benefício da amamentação é preciso ter uma alimentação balanceada, com cerca de 2.500 calorias por dia.
Como deve ser a alimentação durante a amamentação?Não há uma dieta específica que deve ser seguida durante a amamentação, mas é importante que ela seja saudável e rica em nutrientes, com lanches nos intervalos entre as principais refeições e abundante em líquidos.
A alimentação deve ter:
- Verduras;
- Legumes;
- Cereais;
- Vegetais verde-escuros;
- Carnes brancas com moderação;
- Leite e derivados;
- Frutas.
Saiba mais em: Qual a alimentação ideal para quem está amamentando?
Alimentos ricos em ômega 3, como peixes (sardinha, atum, salmão, arenque), sementes de linhaça, castanhas e nozes, devem ser consumidos pelo menos 2 vezes por semana.
Amamentar também aumenta a sede, pois a produção de leite requer uma grande quantidade de água. Por essa razão, recomenda-se beber pelo menos 2 litros de água por dia durante a amamentação.
Para seguir uma dieta saudável e equilibrada, que garanta os nutrientes e as calorias necessárias para a mulher que amamenta e seu bebê, o mais indicado é consultar o/a nutricionista.
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A falta de apetite pode ter muitas causas. Pode ser sintoma de problemas gastrointestinais, distúrbios hormonais, transtornos psiquiátricos, efeito colateral de algum medicamento, anemias, infecções, entre outras.
Pessoas com gastrite, enjoo, úlcera ou que sentem dor ao mastigar ou engolir podem ter falta de apetite. A ansiedade e a depressão também podem fazer a pessoa perder o apetite, assim como doenças endócrinas como hipotireoidismo ou insuficiência adrenal e até hábitos alimentares inadequados.
Porém, a falta de apetite nem sempre é sinal de algum problema de saúde. O calor, por exemplo, geralmente tira a fome de muita gente. Há quem faça apenas uma refeição por dia devido à falta de apetite. Essa alteração faz parte da adaptação do organismo à temperatura ambiente.
Vale lembrar que nos dias mais quentes o metabolismo fica mais lento, já que o corpo precisa de menos energia para manter a temperatura corporal constante.
Nesses casos, recomenda-se fazer várias refeições pequenas ao longo do dia, com alimentos leves e de fácil digestão, como saladas, frutas e legumes frescos ou cozidos.
É importante observar se a falta de apetite vem acompanhada de outros sinais e sintomas. Se a perda de apetite persistir, consulte o/a médico/a clínico/a geral ou médico/a de família para investigar melhor o seu caso.
O exame do estradiol é um exame de sangue, também conhecido como E2.
Pode ser solicitado para identificar causas de:
- Alterações no desenvolvimento das características sexuais femininas ou masculinas;
- Distúrbios no ciclo menstrual, irregularidade, sangramento vaginal anormal, puberdade precoce ou tardia;
- Infertilidade;
- Distúrbios nas glândulas suprarrenais, entre outras indicações.
Através do exame de estradiol é possível avaliar se os ovários estão funcionando corretamente, uma vez que esse hormônio é produzido por esses órgãos.
O/A médico/a pode solicitar que o exame de estradiol seja realizado em uma determinada hora do dia ou em um momento específico do ciclo menstrual, uma vez que os níveis de estradiol podem sofrer variações ao longo do dia e do ciclo.
Níveis altos de estradiol podem sinalizar presença de tumores ovarianos, tumores feminilizantes adrenais, puberdade precoce, doença hepática, gravidez, ginecomastia masculina, entre outras situações.
Valores baixos de estradiol podem indicar insuficiência ovariana, menopausa, síndrome de Turner, uso de contraceptivos orais, puberdade tardia e gravidez ectópica.
Níveis elevados de estradiol aumentam o risco de câncer de endométrio, acidente vascular cerebral ("derrame") e câncer de mama.
Veja também: Nível alto ou baixo de estradiol, o que pode ser?
Vale lembrar que o resultado do exame de estradiol pode sofrer alterações se a pessoa for portadora de outras comorbidades como: anemia, hipertensão arterial, doenças renais e hepáticas, ou se estiver fazendo uso de medicamentos como anticoncepcionais orais, estrogênio, corticoides, antibióticos (tetraciclina, ampicilina) e certas medicações psiquiátricas, como as fenotiazinas.
Portanto sempre informe o uso de medicamentos aos médicos que o/a acompanham.
Os níveis de estradiol na mulher devem ser acompanhados pelo/a médico/a ginecologista ou endocrinologista.
O estradiol também pode ser solicitado para homens, sendo os valores normais sempre baixos. Nesse caso o/a médico/a responsável será o/a Urologista ou endocrinologista.
Saiba mais em: Qual é a função do estradiol?
A Hiperplasia adrenal congênita (HAC) não tem cura definitiva em sua forma clássica mais comum, mas o tratamento pode minimizar os sinais e sintomas decorrentes da doença, proporcionando ao paciente qualidade de vida.
A HAC é um distúrbio congênito, caracterizado pela deficiência na biossíntese do cortisol, associado ou não à deficiência de aldosterona e, consequentemente, à superprodução de andrógeno.
Essa condição atinge tanto homens como mulheres. No sexo feminino, acarreta virilização da genitália externa em graus variados. No sexo masculino, nenhuma anormalidade se apresenta fenotipicamente ao nascimento.
Na forma clássica perdedora de sal da doença, que corresponde a 60% ~ 75% dos casos, o tratamento típico consiste na reposição diária de glicocorticoides e mineralocorticoides.
Novas terapias têm sido propostas com intuito de se obterem resultados mais satisfatórios; dentre elas, existem: análogos do LHRH, GH, inibidores da aromatase, antiandrógenos e a adrenalectomia (remoção das glândulas adrenais - método controverso).
Os sintomas variam com a manifestação da doença. Na forma clássica perdedora de sal, há:
- virilização da genitália (aumento do clitóris, fusão dos lábios e formação de seio urogenital) decorrente do excesso de andrógenos durante a vida intrauterina.
Como também há deficiência de aldosterona, ocorre:
- desidratação,
- hipotensão (pressão baixa),
- hiponatremia (diminuição do sódio no plasma),
- hiperpotassemia (aumento de potássio no plasma),
- taquicardia (aumento da frequência cardíaca, acima do normal para a idade),
- vômitos,
- perda de peso,
- letargia (prostração).
Na forma clássica não perdedora de sal, também ocorre virilização dos recém-nascidos do sexo feminino. Como não há, nesta forma, diminuição na produção de aldosterona, os recém-nascidos do sexo masculino só podem ser identificados em idade tardia por hiperandrogenismo (aumento dos níveis de andrógenos): velocidade de crescimento aumentada, maturação óssea acelerada ou pubarca (idade em que surgem os primeiros pelos) precoce.
Finalmente, a forma não clássica costuma ser totalmente assintomática para indivíduos do sexo masculino e os pacientes do sexo feminino apresentam aumento de clitóris, pubarca precoce, ciclos menstruais irregulares e hirsutismo (crescimento excessivo de pelos na mulher).
Em caso de suspeita de hiperplasia adrenal congênita, um médico endocrinologista deverá ser consultado para avaliação e tratamento, se necessário.
Leia também: Hiperplasia pode virar câncer?
Alguns dos sinais que podem indicar baixa testosterona são:
- Diminuição da libido (desejo sexual);
- Dificuldade de ereção;
- Perda de massa muscular, diminuição da força muscular;
- Rarefação de pelos;
- Instabilidade emocional;
- Distúrbios de sono;
- Falta de concentração;
- Aumento da gordura abdominal;
- Osteoporose, dores ósseas.
Quando os níveis de testosterona estão baixos, os órgãos que são estimulados por esse hormônio têm sua resposta reduzida, trazendo muitas mudanças ao corpo.
A testosterona é um hormônio produzido nos testículos e nas glândulas suprarrenais, com a mesma importância para o homem, que o estrogênio para a mulher.
Porém, mesmo entre homens saudáveis, existe uma grande variação nos níveis de testosterona sem que sinalize um problema, e quando há mudanças nem todos irão sentir as mesmas alterações ou com a mesma intensidade.
Quais são as funções da testosterona?- Auxilia na síntese de proteínas, contribuindo para a massa muscular;
- Desempenha um papel fundamental no comportamento sexual normal e na ereção;
- Responsável pela produção de espermatozoides, portanto atua na fertilidade masculina;
- Além de estar envolvida em diversas atividades metabólicas do corpo como:
- Produção de células na medula óssea;
- Aumento de massa muscular;
- Formação do osso, reduz risco de osteoporose;
- Metabolismo de lipídios, mantem níveis adequados de colesterol no sangue reduzindo risco de doenças cardiovasculares;
- Metabolismo de carboidratos;
- influencia no crescimento da próstata.
No entanto, a testosterona pode estar baixa devido ao envelhecimento natural do corpo, como na andropausa, uma condição hormonal caracterizada por baixa testosterona, que geralmente ocorre em homens com mais de 40 anos de idade.
Leia também: Quais os sinais de excesso de testosterona?
O/A médico/a endocrinologista ou urologista, são os responsáveis pelo diagnóstico e tratamento da testosterona baixa.