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Pomadas para feridas nas partes íntimas: qual devo usar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Atualmente encontramos uma variedade grande e eficaz de pomadas para áreas íntimas, mas para definir a melhor opção, é preciso identificar a causa da ferida.

Para feridas originadas por proliferação de fungos, as pomadas antifúngicas são as mais indicadas. No caso de infecção bacteriana, com secreção amarelada (pus) e mau cheiro, é preciso incluir antibióticos.

Por isso, descrevemos nesse artigo opções de pomadas para diferentes situações e a forma de uso, mas lembramos que o primeiro passo deve ser sempre procurar uma avaliação médica para definir qual o agente causador dessa ferida, e ainda, se existe a necessidade de tratar o parceiro sexual ou não.

1. Feridas causadas por fungos

As feridas mais comuns são causadas por fungos, devido a região ser mais úmida e quente. Os sintomas são de ferida mais "esbranquiçada", dor e ardência local. As pomadas indicadas são as antifúngicas, como o clotrimazol, nistatina e isoconazol.

Clotrimazol creme vaginal - 10mg/g

O creme intravaginal de clotrimazol está indicada para candidíase vaginal, uma infecção fúngica que causa coceira intensa, vermelhidão e corrimento, geralmente, esbranquiçado.

  • Modo de uso: aplicar na vagina através do aplicador encontrado na embalagem, uma vez ao dia, de preferência a noite, já deitada, durante 7 dias consecutivos.

O produto pode ser aplicado também na área externa da vagina (grande lábios e vulva), além da região peniana do parceiro, para aliviar os sintomas de coceira e desconforto.

Nistatina creme vaginal

O creme de nistatina também é indicado para tratamento de candidíase vaginal.

  • Modo de uso: aplicar intravaginal, com os aplicadores do produto, durante 14 dias, todos os dias a noite, de preferência já deitada, para ajudar na absorção e menor perda do produto.
Nistatina + oxido de zinco pomada

A associação de nistatina com óxido de zinco, tem como principal indicação a prevenção e o tratamento de assaduras em bebês e crianças pequenas.

  • Modo de uso: aplicar fina camada nas áreas avermelhadas ou com muito atrito com a pele, como as axilas, virilha e dobras pescoço, de 1 a 2 vezes ao dia, após limpar e secar a região.
Isoconazol creme tópico a 1%

O creme é indicado para casos de balanite (candidíase peniana), vulvovagintes e candididase feminina. Encontrado como Gyno-Icaden®, medicamento de referência ou similares, o produto deve ser usado da seguinte forma:

  • Modo de uso:
    • Para homens, na balanite micótica por cândida: aplicar uma quantidade pequena de creme sobre a glande, região mais interna do prepúcio e nas áreas avermelhadas, 2 vezes por dia, durante 7 dias consecutivos.
    • Para mulheres: aplicar pequena quantidade de creme, com o uso do aplicador, uma vez por dia, sempre a noite já deitada, durante 7 dias consecutivos.

No caso de muita coceira e vermelhidão na parte externa da vagina, pode aplicar fina camada nessa região 2x por dia, para aliviar os sintomas.

2. Feridas causadas por bactérias

Em feridas com secreção purulenta, vermelhidão e calor local, a principal suspeita é uma infecção secundária, e precisa ser tratada com pomadas que contém antibióticos, como a pomada de metronidazol ou clindamicina.

Metronidazol gel 0,75%

O metronidazol tópico é apresentado em gel, e tem a indicação de tratar vaginoses bacterianas, infecção bacteriana comum na mulher durante a idade reprodutiva. Os sintomas são de corrimento acinzentado, com odor forte, semelhante a "peixe podre".

  • Modo de uso: aplicar fina camada, ao se deitar, por 5 dias consecutivos.

Durante o tratamento é recomendado abstinência de bebidas alcoólicas durante todo o tratamento e até 24 horas após o seu término, além de abstenção de atividade sexual ou o uso de espermicidas, ou camisinha, para evitar reação com o produto e evitar gravidez já que o medicamento pode interferir na eficácia da contracepção.

Clindamicina creme vaginal

A clindamicina é um antibiótico, com apresentações orais e tópicas. O creme vaginal de 20g, vem com 3 aplicadores e está indicado para o tratamento de vaginoses bacterianas (infecção vaginal por bactérias).

  • Modo de uso: deve ser aplicado com o aplicador do produto, uma vez ao dia, de preferência ao se deitar, durante 7 dias.

Mulheres grávidas não devem fazer uso, a não ser que seja mesmo necessário e orientado pelo obstetra.

3. Feridas por falta de hormônio estrogênio

Creme de estrogênio é um tipo de pomada indicado em mulheres que apresentam carência do hormônio, como ocorre, por exemplo, na menopausa. Os sintomas são de ressecamento vaginal, dor e ardência durante a relação.

Estriol creme vaginal 1mg/g
  • Modo de uso: O creme deve ser aplicado uma vez ao dia, a noite, já deitada, durante 7 dias. Depois a dose pode ser reduzida para 1x por semana ou de acordo com as orientações médicas. Recorra ao aplicador que vem junto com o produto, descartando após o seu uso. Nunca guarde o aplicador.

Mulheres com risco aumentado de trombose, câncer ou mulheres gestantes, não devem fazer uso desse produto, sem antes conversar com o seu médico ginecologista.

4. Feridas por queimadura ou assadurasBepantol® creme

Devido às propriedades do dexpantenol, o Bepantol® serve para prevenir e tratar assaduras e rachaduras na pele, mamilos, lábios e região anal. Além disso, o Bepantol® também estimula a cicatrização de feridas e escaras (úlceras de pressão), e auxilia no tratamento de queimaduras causadas pelo sol.

  • Modo de uso: aplicar pequena camada da pomada na região avermelhada ou ferida, 2 a 3 vezes ao dia, após limpar e secar a região. A limpeza deve ser apenas com água corrente, e quando necessário, sabonete líquido.
Como aplicar a pomada na vagina?

A aplicação correta do creme, ou pomada, são fundamentais para o sucesso do tratamento, por isso tenha atenção a cada etapa.

Procure também antes de aplicar, separar o produto, tomar o seu banho e fazer toda a sua higiene habitual, para que após a aplicação se manter deitada, promovendo melhor absorção do medicamento.

Para aplicar o produto siga os seguintes passos:

1. Retire a tampa do tubo e vire ao contrário, verá que a parte de cima da tampa tem uma parte pontiaguda que deve usar para perfurar completamente o seu lacre da pomada,

2. Depois abra um aplicador e conecte esse aplicador com o bico do tubo,

3. Bem fixados, puxe o êmbolo do aplicador até o final, e, a seguir, aperte delicadamente a base do tubo de modo que o creme comece a entrar no aplicador, até preencher completamente todo o espaço do aplicador,

4. Desencaixe o aplicador e tampe o tubo de medicamento imediatamente,

5. Agora, deite-se de costas, procure se manter relaxada e introduza o aplicador na vagina suavemente, sem causar dor ou desconforto,

6. Em seguida, empurre o êmbolo do aplicador com o dedo indicador até o final de seu curso, depositando assim todo o creme na vagina,

7. Retire o aplicador do canal vaginal e após o uso, o aplicador deve ser imediatamente descartado.

Faça isso uma vez ao dia, de preferência a noite, durante o tempo determinado pelo seu médico, que varia para cada medicamento.

Posso ter relação durante o uso de pomadas vaginais?

Não. É muito importante evitar relação sexual, uso de espermicidas ou camisinha enquanto faz tratamento para não causar interação ou efeito colateral do produto.

Saiba mais sobre esse assunto, nos artigos abaixo:

Referências:

Iara Moreno Linhares, et al.; Vaginites e vaginoses. FEMINA 2019;47(4): 235-40.

Robert Sidbury, et al.; Acute genital ulceration (Lipschütz ulcer). UpToDate: May 05, 2020.

FEBRASGO - Manual de Orientação em Trato Genital Inferior e Colposcopia. 2010.

Teste de farmácia tem que ser feito com a 1ª urina do dia?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Teste de gravidez de farmácia pode ser feito com a urina de qualquer hora, entretanto, dê preferência à primeira urina do dia, quando o HCG está mais concentrado, oferecendo melhores resultados. Quanto mais intensa a cor da risca que aparece no teste, mais beta-HCG está presente na urina.

O ideal é esperar 8 dias de atraso menstrual para realizar o teste, pois após esse período o teste se torna ainda mais fidedigno, alcançando eficácia próxima a 100%.

Embora, o teste de gravidez de farmácia possa dar resultado positivo a partir do 1º dia de atraso menstrual, para o teste detectar uma gestação, é necessário que os níveis do hormônio beta-HCG (produzido durante a gravidez) estejam altos o suficiente para serem detectados na urina, o que só ocorre pelo menos 8 dias depois da fecundação.

Portanto, é necessário que ocorra a implantação do óvulo fecundado no útero para que o corpo da mulher comece a produzir esse hormônio. Para evitar os resultados chamados "falso-negativo", o recomendado é aguardar uma semana de atraso menstrual para realizá-lo. Se ainda assim der negativo e ainda houver suspeita de gravidez, o teste deve ser repetido após uma semana ou buscar pedido médico para realização de teste de sangue.

A eficácia do teste de gravidez pela urina varia entre 97% e 99,5%. Resultados falso-positivos, ou seja, a mulher não está grávida e o resultado é positivo, são raros. Portanto, se o resultado for positivo, a probabilidade da mulher estar grávida é muito alta.

O exame de gravidez beta-HCG feito através da análise do sangue é ainda mais confiável que os testes de farmácia, uma vez que a concentração desse hormônio é bem maior na circulação sanguínea do que na urina. Vale lembrar que para fins médicos, a gravidez só é confirmada pelo exame de sangue.

Para maiores esclarecimentos, consulte o(a) médico(a) de família, clínico(a) geral ou ginecologista.

Leia também:

Referência

FEBRASGO. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

Dor pélvica na mulher, o que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Dor pélvica na mulher é uma queixa muito comum nos consultórios médicos, principalmente de ginecologia, e podem ter diversas causas. O que gera um grande desafio para os profissionais, pois requer uma investigação profunda e detalhada do problema.

As causas mais comuns são infecção urinária, doença inflamatória pélvica e gravidez, entretanto, existem casos mais graves, que são emergências médicas, com risco de morte, como a apendicite, ruptura de uma gravidez tubária e, portanto, necessita de um atendimento médico emergencial.

Outras doenças e condições que devem ser investigadas são: vulvodinia, endometriose, fibrose uterina, adenomiose, cistos ovarianos e mioma uterino.

O que é a dor pélvica?

A dor pélvica pode ser sentida na forma de um desconforto ligeiro na pelve ou como dores intensas e incapacitantes. A dor pode ser aguda, surgindo repentinamente ou crônica, com duração mínima de 3 a 6 meses.

A dor pélvica, normalmente, é sentida no baixo ventre ou “pé da barriga”. Fazem parte da pelve o útero, os ovários, as tubas uterinas, a vagina, o reto e a bexiga, além de diversos músculos, nervos e ossos.

Portanto, as causas que geram a dor pélvica podem ser as mais diversas e para seu diagnóstico correto deve ser feita uma anamnese detalhada, um exame físico cuidadoso e exames complementares quando necessários.

Na investigação, é fundamental avaliar dados como a idade, antecedentes pessoais, início dos sintomas, concomitância com febre, sangramentos ou outros sinais e sintomas de gravidade e as características específicas da dor pélvica. Algumas perguntas são fundamentais para auxiliar na investigação, por isso tenha atenção e se possível anote alguns detalhes que podem ser esquecidos durante a consulta médica, como:

  • Onde exatamente dói?
  • Qual o tipo da dor - pontada, peso, pulsação, aperto, queimação?
  • É intensa? Quão intensa? É a mais forte da vida?
  • Chega a despertar do sono ou vomitar nas crises?
  • Irradia ("espalha") para algum lugar ou é restrita a essa região específica?
  • Há quanto tempo está com dor?
  • Ela é cíclica (vai e volta) ou contínua, durando dias?
  • Quando vem a dor dura quanto tempo?
  • Você já teve antes? É comum?
  • Tem algum horário do dia ou do mês em que acontece com mais frequência?
  • Melhora com alguma coisa?
  • Está piorando, ao longo do tempo, ou apresentando novos sintomas concomitantes?
  • Piora nas relações sexuais?
  • Tem relação com o período menstrual?
  • Tem corrimento vaginal associado? Se houver, qual a coloração, tem cheiro ruim?
  • Ardência ao urinar? Está indo mais vezes ao banheiro e fazendo pouco xixi?
  • Qual a sua frequência sexual?
  • Sente tontura ou enjoo juntos com a dor? Data da última menstruação?

Em caso de dor pélvica, procure um/a médico/a, preferencialmente um/a ginecologista, para avaliação inicial.

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Referências

FEBRASGO. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

O que significa lactobacillus sp no preventivo?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Lactobacillus sp no resultado do preventivo é considerado um achado normal e não é sinal de infecção. Os lactobacillus sp são bactérias que fazem parte da flora vaginal e, juntamente com outras bactérias, constituem um mecanismo de defesa natural contra micro-organismos causadores de doenças.

Os lactobacillus sp contrabalanceiam a proliferação de fungos, bactérias e outros micro-organismos no interior da vagina. Quando, por alguma razão, o desequilíbrio da microbiota vaginal é alterado, os micro-organismos patogênicos se proliferam, causando infecções.

Dentre os agentes infecciosos estão a Gardnerella vaginalis e a Candida sp. A Gardnerella vaginalis é uma bactéria que está presente naturalmente em pouca quantidade na flora vaginal da maioria as mulheres. Já a Candida é um fungo.

Quando há algum desequilíbrio dessa flora, a Gardnerella pode se proliferar e causar vaginose. O mesmo ocorre com a Candida, que provoca candidíase.

Portanto, os lactobacillus sp são achados normais no papanicolau e a presença dos mesmos não caracteriza uma infecção. Contudo, a presença de sinais e sintomas, como corrimento, coceira ou odor desagradável, deve ser investigada por um médico ginecologista ou médico de família e comunidade.

Saiba mais em:

É possível menstruar no primeiro mês de gravidez?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim. O início da gravidez pode ser marcado por sangramento vaginal que lembra a menstruação e ocorre no período esperado por ela. Porém, normalmente esse sangramento costuma ter um aspecto diferente do sangramento da menstruação e tende a ser mais curto, em menor quantidade. Essa situação é bem menos comum e menos observada, mas pode ocorrer.

Os sangramentos que ocorrem durante a gravidez surgem na primeira e na segunda metade da gestação.

Quando ocorrem na primeira metade, entre a 20ª e a 22ª semana de gravidez, podem ser um sinal de abortamento, gravidez ectópica (gestação fora do útero) ou doença trofoblástica gestacional. Os sangramentos da segunda metade da gestação podem indicar a presença de placenta baixa.

O sangramento também pode não ter nenhuma relação com a gestação. Quando o sangramento é observado após relações sexuais, por exemplo, pode ser um sinal de lesão no colo do útero. Em geral, não provoca nenhuma complicação para a gestação.

Sangramento e cólicas podem ser sintomas de aborto?

Às vezes, o sangramento pode vir acompanhado de cólicas. Nesses casos, pode ser o resultado de um processo de abortamento. Em caso de descolamento da placenta, observa-se um aumento do fluxo sanguíneo acompanhado de cólicas. Contudo, se for caso de placenta baixa, normalmente não há dor.

Quais são os sintomas de gravidez?

Um dos primeiros sinais de suspeita de gravidez é a ausência de menstruação no período esperado pela mulher, observando um atraso menstrual de 1 ou mais semanas. Nesse início da gravidez outros sinais podem ser observados como náusea, aumento da sensibilidade nas mamas, cansaço e aumento da frequência urinária.

Por isso, caso a mulher tenha feito relações sexuais desprotegidas no período fértil e não esteja em uso de nenhum anticoncepcional, é válido fazer um teste para confirmar a gravidez. Procure uma Unidade Básica de Saúde para uma consulta e orientação mais detalhada.

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É possível menstruar estando grávida?

Quanto tempo usando anticoncepcional poderei ter relação?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Após sete dias tomando os comprimidos ja pílula já é considerada eficaz e consegue exercer plenamente o seu efeito contraceptivo, antes de 1 semana é possível ter relações sexuais, mas recomenda-se o uso de algum outro método contraceptivo de barreira como a camisinha.

Por precaução, muitos médicos preferem orientar que durante toda a primeira cartela, no primeiro mês de uso a mulher use preservativos.

A pílula anticoncepcional deve ser tomada todos os dias à mesma hora, sem mastigar. Para ajudar a não esquecer de tomar o medicamento, recomenda-se associar a sua toma a outras atividades que a mulher faça todos os dias, mais ou menos à mesma hora.

Durante o1º mês de uso da pílula anticoncepcional, a medicação só é eficaz para prevenir a gravidez se a mulher começar a tomá-la no 1º ou 2º dia de menstruação.

No caso da mulher começar a tomar a pílula anticoncepcional num outro período do mês, não há problema, desde que ela tenha a certeza de que não está grávida. Nesse caso, são necessários 7 dias seguidos tomando a pílula para que o medicamento seja eficaz.

Para maiores informações sobre o uso da pílula anticoncepcional, fale com o médico que receitou o medicamento ou consulte um ginecologista ou médico de família.

Caso tenha mais dúvidas sobre anticoncepcional leia:

Dúvidas anticoncepcional

Com quantas semanas é possível ouvir o coração do bebê?
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Médico

É possível ouvir o coração do bebê cerca de 22 dias após a concepção, ou seja, por volta da quinta semana após a última menstruação, através de um Doppler fetal, ultrassom vaginal e abdominal ou um fetoscópio.

Ultrassom vaginal: O batimento cardíaco fetal pode ser visto através de um ultrassom vaginal cerca de 6 semanas após a DUM.

Ultrassom abdominal: Os ultrassons abdominais normalmente detectam o batimento cardíaco fetal por volta de 7 a 8 semanas de gravidez.

Doppler fetal: Pode-se ouvir o coração do bebê com 12 semanas de gestação, desde que a mulher tenha pouca gordura abdominal.

Fetoscópio: Próximo da vigésima semana de gestação, um fetoscópio pode detectar um batimento cardíaco fetal.

Detecção tardia: Se a mulher tiver a placenta unida à parte anterior útero e gordura abdominal, pode interferir a detecção dos batimentos do coração do feto, podendo atrasá-la por 7 ou 14 dias. Contudo, esses fatores não interferem quando é feita uma ecografia vaginal.

Toda e qualquer gestação deve ser acompanhada por um ginecologista. Ele poderá ajudá-la a sanar quaisquer dúvidas adicionais sobre sua gestação.

Conheça mais sobre esse assunto nos artigos:

Corrimento esverdeado sem cheiro e sem coceira, o que pode ser?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Corrimento vaginal esverdeado que não apresenta cheiro nem coceira pode ser decorrente de alterações da flora vaginal. A flora vaginal pode se modificar em diferentes situações como:

  • Idade: no começo dos ciclos menstruais e na período próximo a menopausa ou após a menopausa, a vagina passa por modificações que pode alterar as bactérias ali presentes, favorecendo o aparecimento de corrimentos com um padrão diferente do habitual.
  • Alterações do ciclo menstrual: durante o ciclo menstrual, as alterações hormonais podem modificar o ambiente vaginal, modificando a flora e causando alterações no corrimento e modificando a sua cor.
  • Hábitos de higiene: alguns hábitos de higiene como a utilização excessiva de sabonetes e cremes com odor ou a realização de duchas vaginais também podem mudar o corrimento vaginal O uso de sabonetes impróprios para a região genital podem prejudicar a flora bacteriana normal, mas mesmo o uso de sabonetes íntimos em excesso também podem levar a modificações na cor e características do corrimento.
  • Doenças como o diabetes mellitus, podem modificar a flora vaginal, inclusive aumentando a chance de infecções fúngicas, como a candidíase.
  • Infecções vulvovaginais: infecções como a vaginose bacteriana e a tricomoníase podem ocasionar corrimento esverdeado sem cheiro se sem coceira.
Tricomoníase: Principal infecção vaginal que pode causar corrimento verde

Entre as infecções que atingem a vagina, se destaca a infecção pelo protozoário chamado Trichomonas vaginallis, chamada tricomoníase. Usualmente está associado a coceira intensa e odor desagradável, porém estes podem estar ausentes. Também pode apresentar-se como corrimento amarelado, pastoso ou grosso e, muitas vezes, bolhoso.

A mulher pode apresentar ainda, dor nas relações sexuais e ao urinar.

O diagnóstico da tricomoníase é realizado através do exame de papanicolau ou após análise do líquido vaginal (Swab). É importante frisar que a tricomoníase é considerada uma doença sexualmente transmissível e o parceiro deve ser examinado e tratado em conjunto, para não haver recontaminação.

Outras situações que podem causar corrimento vaginal verde

Há algumas fases da vida em que é mais comum a ocorrência dos corrimentos vaginais, como no período que antecede a primeira menstruação e na menopausa.

Outra época em que o corrimento é mais comum é no verão, porque o calor favorece a proliferação de bactérias e fungos. Ambientes abafados, quentes e úmidos, como a vagina, propiciam crescimento desses germes.

Na gravidez, corrimento esverdeado também é possivelmente causado pela tricomoníase e não traz prejuízo ao bebê. O tratamento é feito usualmente com antibiótico, de preferência o metronidazol, e não costuma deixar sequelas.

O diagnóstico e tratamento devem ser feitos por médico ginecologista.

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