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Câncer no sangue tem cura? Qual é o tratamento?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Câncer no sangue pode ter cura, dependendo do tipo de câncer e do tempo que demorou para ser diagnosticado. No caso do mieloma múltiplo, a doença ainda não possui uma cura definitiva e completa, enquanto que nas leucemias e nos linfomas as chances de cura aumentam de acordo com o tempo que a doença levou para ser detectada e o tipo de tumor.

O mieloma múltiplo é tratado com quimioterapia, hemodiálise, medicamentos corticoides, imunomoduladores, antibióticos monoclonais e medicação para estimular a produção de hemácias (glóbulos vermelhos do sangue), além de transplante de medula óssea. As formas de tratamento são definidas conforme os sintomas e as complicações apresentadas pelo paciente.

Vale ressaltar que o transplante autólogo e os medicamentos talidomida e lenalidomida, usados para tratar o mieloma múltiplo, produzem excelentes resultados, o que pode deixar o mieloma fora da lista dos cânceres incuráveis.

O tratamento dos linfomas pode incluir quimioterapia, radioterapia, imunoterapia e transplante de medula óssea. A cura do linfoma e a forma de tratamento dependem do estágio da doença e do tipo de linfoma (Hodgkin ou não-Hodgkin).

Leia também: Linfoma tem cura?

Já a leucemia é tratada com quimioterapia e medidas para controlar as complicações provocadas pelas infecções e sangramentos, bem como para prevenir e combater o câncer no sistema nervoso central. O objetivo do tratamento das leucemias é destruir as células cancerosas para normalizar a produção de células sanguíneas normais pela medula óssea.

O diagnóstico e tratamento do câncer no sangue é da responsabilidade do médico hematologista ou oncologista.

Saiba mais em:

Leucemia tem cura? Como é o tratamento?

Quais os tipos de câncer no sangue e os seus sintomas?

Entenda para que serve a medula óssea
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A medula óssea, é um tecido gelatinoso localizado no interior dos ossos, onde são formadas as células sanguíneas (glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas).

A medula óssea pode ser vermelha ou amarela. A primeira é responsável pela produção das células do sangue, enquanto que a segunda é formada apenas por gordura e não produz células sanguíneas.

Nos bebês recém-nascidos, a medula óssea é toda vermelha. Já nos adultos, a medula óssea vermelha é encontrada apenas nos ossos chatos (esterno, costelas, crânio), nas vértebras da coluna e nos ossos longos do corpo, como fêmur (osso da coxa) e úmero (osso do braço).

À medida que a pessoa envelhece, a medula vermelha dos ossos longos é substituída por tecido gorduroso e torna-se amarela.

É na medula óssea vermelha que são produzidas as células do sangue: hemácias ou eritrócitos (glóbulos vermelhos), leucócitos (glóbulos brancos) e plaquetas.

As hemácias são responsáveis pelo transporte de oxigênio dos pulmões para os tecidos do corpo e também levam o gás carbônico dos tecidos para os pulmões para ser eliminado através da respiração.

Os leucócitos fazem parte do sistema imunológico, são as células de defesa que protegem o organismo contra infecções e agentes invasores.

Já as plaquetas são responsáveis pela coagulação do sangue. São essas células que interrompem um sangramento e impedem que a pessoa sangre sem parar.

O transplante de medula óssea é indicado em casos de doenças que afetam gravemente a produção das células do sangue, como leucemias, anemia aplástica, linfomas, mieloma múltiplo, doenças autoimunes, entre outras.

O transplante consiste na substituição da medula doente por células normais da medula óssea, de maneira que o organismo da pessoa volte a produzir células sanguíneas. A medula óssea usada no transplante pode ser do próprio paciente (transplante autogênico) ou de um doador (transplante alogênico).

O transplante também pode ser realizado a partir de células que darão origem a novas células de medula óssea, obtidas através do sangue do cordão umbilical ou de um doador.

O médico hematologista é o especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento das doenças relacionadas com a medula óssea.

Bastonetes 0 no hemograma é normal?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

É normal ter contagem de bastonetes no hemograma igual a 0. Isso acontece por os bastonetes só devem ser detectados no sangue se existir alguma condição que faça aumentar o número de neutrófilos, como acontece nas infecções.

Alterações no hemograma normalmente servem para diagnosticar ou sugerir a presença de alguma doença. Alguns exemplos são:

  • Anemia;
  • Câncer hematológico;
  • Infecções;
  • Hemorragias agudas;
  • Alergias;
  • Deficiência de imunidade.

O hemograma também pode ser usado para monitorar efeitos adversos de alguns medicamentos.

Leia também:

Referências:

Celkan TT. What does a hemogram say to us? Turk Pediatri Ars. 2020; 55(2): 103–16.

Quais os riscos da trombofilia na gravidez?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A trombofilia na gravidez aumenta os riscos de complicações, pois interfere na circulação sanguínea entre o útero e a placenta, podendo provocar:

  • Trombose venosa profunda (TVP);
  • Nascimento prematuro do bebê;
  • Pré-eclâmpsia;
  • Descolamento de placenta;
  • Aborto espontâneo.

É importante lembrar que a própria gravidez em si já provoca alterações na coagulação sanguínea que favorecem o desenvolvimento de trombose venosa profunda, mesmo em mulheres que não são portadores de trombofilia.

Porém, desde que sejam tomados os devidos cuidados, com um acompanhamento médico e tratamento adequados, a mulher com trombofilia pode engravidar.

Existem dos grupos de trombofilias as hereditárias e as adquiridas. Entre as trombofilias adquiridas uma das mais comuns é a Síndrome antifosfolípide, que consiste na produção de anticorpos que afetam a coagulação sanguínea, podendo causar complicações na gravidez.

Veja mais sobre o assunto em: Quem tem trombofilia pode engravidar?; Existem exames para detectar trombofilia durante a gravidez?

Para maiores esclarecimentos sobre os riscos de trombofilia na gravidez, fale com o seu médico ginecologista/obstetra.

O que é trombocitose e quais as causas?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

A trombocitose, ou elevação no número de plaquetas, pode ter várias causas:

  • Fisiológicas (não denotam doenças): exercício, trabalho de parto, uso de epinefrina, após hemorragia;
  • Infecciosas e/ou inflamatórias: retocolite ulcerativa, poliarterite nodosa, artrite reumatóide, sarcoidose, cirrose hepática;
  • Distúrbios do baço: após esplenectomia (retirada cirúrgica do baço), atrofia ou agenesia do baço, trombose da veia esplênica;
  • Neoplasias: carcinomas, linfomas;
  • Doenças hematológicas: síndromes mieloproliferativas, trombocitose familiar, anemia ferropriva (por deficiência de ferro), anemias crônicas, hemofilia, mieloma múltiplo;
  • Miscelânea: após procedimentos cirúrgicos e traumas, doenças renais, síndrome de Cushing e uso de medicamentos (epinefrina, isotretinoína, vincristina).

A elevação das plaquetas pode ser discreta (quando não está muito acima do valor de referência), que provavelmente denota condição benigna, ou extrema, quando o número de plaquetas está muito aumentado, que pode significar doença hematológica.

Nas crianças (trombocitose infantil), as causas mais comuns são infecções, após cirurgias, anemia, hiperplasia adrenal congênita e exposição a drogas, como a metadona. A maioria dos casos é benigna e de resolução sem necessidade de tratamento específico.

Plaquetas altas podem não causar sintomas ou podem ocorrer náuseas, vômitos, perda de noção espacial (labirintite) e formigamento nas extremidades.

A avaliação da causa da trombocitose e se será necessário tratamento deverá ser feita pelo médico hematologista.

Quem tem trombofilia pode engravidar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, quem tem trombofilia pode engravidar, apenas é preciso um cuidado ainda maior durante o pré-natal, com algumas medidas preventivas, visando reduzir os riscos de complicações inerentes a essa condição.

A trombofilia deve estar devidamente diagnosticada e o acompanhamento da gravidez deve ser feito por um médico obstetra com conhecimento desse tipo de problema.

Para prevenir complicações gestacionais relacionadas com a trombofilia, são indicados:

  • Medicamentos anticoagulantes. A heparina é o mais utilizado, principalmente a heparina de baixo peso molecular, que é bastante segura para ser usada na gravidez;
  • Acompanhamento pré-natal rigoroso;
  • Beber muita água, para evitar desidratação, fator de risco para trombose;
  • Evitar sedentarismo, sempre que autorizado pelo médico assistente, deve manter alguma atividade física;
  • Cuidados na alimentação, manter o peso adequado;
  • Evitar roupas apertadas e viagens prolongadas.

A partir do 3º trimestre de gravidez, é importante verificar continuamente a saúde e a vitalidade do feto através de diferentes exames.

Veja também: Quais os riscos da trombofilia na gravidez?; Existem exames para detectar trombofilia durante a gravidez?

Durante o parto, seja normal ou por cesárea, os cuidados com a estabilidade do estado geral da mulher e do bebê devem ser redobrados. O uso de heparina já pode ser reiniciado logo após o parto, cerca de 6 a 8 horas depois.

É importante lembrar que o puerpério (período de 40 a 50 dias após o parto) é a fase que traz maiores riscos para a mulher com trombofilia, pois aumenta a chance dela desenvolver uma trombose. Por esse motivo, a heparina deve ser mantida durante todo esse período e o acompanhamento médico e de exames de sangue, regulares.

O médico ginecologista poderá orientar e esclarecer maiores dúvidas sobre uma gravidez com trombofilia. O mais importante é manter um pré-natal adequado para que sua gestação seja agradável e segura.

Pode lhe interessar também: Quais os riscos da trombofilia na gravidez?

Prednisolona: o que é, para que serve, como tomar e efeitos colaterais
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A Prednisolona é um anti-inflamatório esteroide utilizado principalmente nos casos de inflamação, dor e edema.

A medicação pode ser indicada também para outros tratamentos como, por exemplo, alergias, doenças endócrinas, problemas de pele, problemas na articulação, doenças autoimunes, doenças respiratórias e problemas oculares.

Quando associado a outros medicamentos, a prednisolona pode auxiliar no tratamento de câncer.

Indicações 1. Alergias

O seu uso é igualmente indicado para rinite alérgica, dermatite de contacto e atópica e reações alérgicas a medicamentos. Pode ser indicado na forma de comprimidos ou pomadas.

2. Doenças endócrinas

Algumas doenças do sistema endócrino se beneficiam muito de corticoide, como doenças da glândula adrenal, doenças da tireoide e complicações do câncer.

3. Problemas de pele

Grande parte das doenças de pele, como micoses e dermatites são tratadas com corticoides, porém outras pioram com a medicação, por isso é importante fazer uso apenas com a indicação médica.

4. Problemas na articulação

É possível tratar reumatismo, artrite reumatoide, bursite, entre outras doenças articulares com prednisolona. Os resultados dependem da gravidade dos sintomas e doses utilizadas.

5. Distúrbios autoimunes

Usada no tratamento de doenças autoimunes, pela redução da imunidade natural, com menor formação de anticorpos. São exemplos as colagenoses, lúpus, psoríase e a cardite reumática aguda.

6. Doenças respiratórias

Tem indicação para os quadros agudos de asma, bronquite, pneumonias complicadas, sarcoidose, enfisema pulmonar e alguns casos de tuberculose.

7. Problemas oculares

Nos casos de conjuntivite alérgica, neurite ótica, úlceras de córnea e herpes zóster oftálmico, o uso de prednisolona é fundamental para tratar e para evitar complicações como a cegueira.

Outros problemas mais graves como distúrbios de sangue, como alguns casos de anemia, púrpura trombocitopênica idiopática (PTI) e plaquetas baixas sem causa definida, também respondem bem ao tratamento com corticoides.

Assim como o tratamento paliativo de leucemias e linfomas.

Como tomar?

A dose de prednisolona varia muito em função da idade, peso, doença a ser tratada e a forma farmacêutica.

Pode ser usada em bebês, crianças e adultos.

O medicamento é encontrado em três diferentes formas: comprimidos de 5 ou 20 mg, xarope de 3 mg/ml ou 1mg/ml e solução em gotas de 11mg/ml.

O uso da medicação, a sua dose e a duração do tratamento devem ser orientados pelo/a médico/a.

Quais são os efeitos colaterais de Prednisolona? Efeitos coletaris mais comuns

Durante o tratamento com prednisolona os efeitos colterais mais relatados são o aumento do apetite e retenção de líquido, que levam ao aumento de peso; retardo na cicatrização de feridas; má digestão; fadiga, insônia, gastrite, azia e maior risco de úlceras gástrica.

Ainda, nas crianças com o uso prolongado de corticoides, observa-se um retardo no crescimento.

Efeitos raros

Apesar de serem considerados mais raros, também podem ocorrer problemas nos olhos como catarata, glaucoma, intolerância a carboidratos, aumento da necessidade de insulina ou hipoglicemiantes orais em pessoas diabéticas.

Quais as contraindicações?
  • Pessoas alérgicas à prednisolona ou algum componente da sua fórmula.
  • Em casos de infecções fúngicas sistêmicas ou infeções não controladas.
  • Mulheres grávidas ou que estão amamentando.

A prednisolona, como qualquer outro medicamento, somente deve ser utilizado com prescrição médica.

Existe diferença entre Prednisolona e Prednisona?

A prednisona é uma substância inativa que, quando ingerida, é ativada pelo fígado e transformada em prednisolona. Deste modo, a ação da prednisolona e da prednisona são as mesmas.

Para as pessoas que possuem problemas no fígado é mais vantajoso o uso da prednisolona, uma vez que esta não precisa agir na sua metabolização, para desempenhar as suas funções.

Para escolher que tipo de medicamento usar, consulte o/a seu/sua médico/a.

Quem tem epilepsia pode doar sangue?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Quem tem epilepsia pode doar sangue, desde que o tratamento tenho sido suspenso há 3 anos e durante este período não tenha havido nenhum relato de crise convulsiva. Se a pessoa que tem epilepsia estiver tomando medicamento anticonvulsivo, a doação de sangue não é permitida.

Nos casos em que a pessoa apresenta histórico de convulsão até os 2 anos de idade, normalmente associado a episódios de febre e não característico de epilepsia, ela pode doar sangue.

A portaria nº 1.353 de 2011 do Ministério da Saúde (lei brasileira que rege a hemoterapia) alterou o critério anterior que decretava que quem teve convulsões ou epilepsia na infância não estava apto a doar sangue.

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