A presença de hemácias ou eritrócitos na urina significa que tem sangue na urina, a presença de sangue na urina é chamada de hematúria.
As hemácias podem ser percebidas na urina pela cor avermelhada, quando em altas quantidades, ou pode ser identificada no exame de urina de rotina (EAS).
No exame de urina normal, a presença de hemácias é raro. Os valores considerados dentro da normalidade são descritos de 3 formas, dependendo do laboratório:
- Menos de 10.000 células/mL ou
- 3 a 5 hemácias por campo ou
- hemácias ausentes / raras hemácias.
Se no resultado do seu exame o valor das hemácias for superior aos valores descritos, significa que as hemácias estão elevadas na urina. As causas mais comuns de hematúria são a cistite, pedras nos rins, período menstrual, uso de medicamentos e as doenças na próstata.
Hemácias na urina, o que pode ser?1. CistiteA cistite é a infecção urinária que se localiza na bexiga. A infecção causa dor, urgência para urinar, ardência, urina muito amarelada com cheiro forte e incômodo constante. A hematúria, embora não seja um dos sintomas mais comuns, pode também estar presente, especialmente nas infecções mais graves.
Se você perceber sangue na urina, ardência e mau cheiro, aumente a ingestão de água por dia enquanto procura o médico de família, clínico geral ou urologista. Pode ser necessário iniciar o tratamento com antibióticos, por 7 a 10 dias.
O cálculo renal ou pedra nos rins, é uma condição que nem sempre causa sintomas. A pessoa pode apresentar dor e sangue na urina apenas quando essas pedras passam pelo ureter e provocam machucados.
Se a pedra obstruir completamente o fluxo da urina, a urina fica acumulada no ureter e no rim o que causa a dor intensa, náuseas, vômitos. A dor se inicia nas costas, apenas do lado acometido, depois irradia para o abdome e virilha. Nos homens pode irradiar para os testículos e, nas mulheres, para a vulva. Esse quadro é chamado de cólica renal.
Durante uma crise de cálculo renal, evite a ingestão exagerada de líquidos. Beber água e outros líquidos em excesso podem aumentar a pressão da urina no rim e, por este motivo, aumentar a sua dor. Por causa do dor intensa, dirija-se rapidamente à emergência hospitalar.
O tratamento deve ser determinado pelo médico urologista, com o uso de medicamentos para dor, antibióticos, ondas de choque (litotripsia) e/ou cirurgia de urgência.
3. PielonefriteA pielonefrite é uma infecção nos rins que, geralmente ocorre devido à infecção urinária. Os sintomas incluem dor, ardência e mau cheiro na urina, associado a hematúria, calafrios, febre alta, dor lombar do lado direito ou esquerdo, náuseas e vômitos.
Nestes casos é preciso procurar uma emergência médica, pois a pielonefrite pode levar à uma infecção generalizada ou doença renal crônica, se não tratada rapidamente.
O tratamento consiste no uso de antibióticos por 14 dias, de preferência por via venosa, em ambiente hospitalar.
4. Período menstrualDurante o período menstrual, é comum que as mulheres percebam a presença de sangue na urina, porém o sangramento é uterino e não do sistema urinário, por isso não é recomendado colher o exame neste período.
Se for realmente necessário realizar o exame no período menstrual, informe a situação ao laboratório, no momento da coleta e entrega do material.
5. Uso de medicamentosO uso de medicamentos, especialmente os anticoagulantes como a aspirina, podem causar o surgimento de sangue/hemácias na urina. É mais comum que isto ocorra entre os idosos.
Nestes casos, o mais indicado é procurar o médico que indicou o uso deste remédio para que possa ser feito um ajuste na dosagem ou mesmo a troca da medicação.
6. Doenças na próstataA próstata é uma glândula presente nos homens, localizada abaixo da bexiga, com a função de produzir o líquido seminal que compõem parte do sêmen, nutrir e proteger os espermatozoides.
O aumento dessa glândula, a hiperplasia benigna da próstata, é uma doença comum no homem da terceira idade, que devido a sua localização, acaba por comprimir a uretra, causando dor, diminuição do jato de urina e hematúria.
Os sintomas ajudam no diagnóstico precoce e acompanhamento da doença, que embora seja benigna, tem um risco baixo de evoluir para um câncer de próstata. Portanto, se sentir esses sintomas, procure um médico de família ou urologista para avaliação.
A sociedade de urologia indica o exame de próstata de rotina, com toque retal e exame de PSA no sangue, para todos os homens a partir dos 50 anos, ou 45 quando houver história da doença na família.
7. Câncer renalO câncer renal pode causar aumento de hemácias na urina, dor na região entre as costelas e o quadril do lado direito ou esquerdo (flancos), pode levar a episódios de febre baixa sem causa aparente, perda de peso e inchaço abdominal.
Perceba que estes sinais e sintomas podem ser provocados por outras doenças. Por este motivo a mais indicado é procurar um médico de família, clínico geral ou nefrologista o mais rápido possível.
Além da história clínica, podem ser necessários exames como tomografia ou ressonância magnética. O tratamento pode consistir no uso radioterapia e/ou quimioterapia e/ou remoção do rim. Somente em uma consulta médica com avaliação de exames é possível definir o melhor tratamento.
O tratamento da hematúria (hemácias altas na urina) depende da sua causa. Por exemplo: se as hemácias na sua urina estão elevadas por causa de uma cistite, o tratamento será efetuado com uso de antibióticos.
Em alguns casos, como pedra nos rins, alterações na próstata ou mesmo o câncer renal, podem ser necessários tratamento medicamentoso e cirúrgico. O médico urologista é o responsável por tratar e acompanhar esses casos.
Hemácias na urina durante a gravidez é normal?Não. Se você está grávida, não é normal urinar com sangue e nem apresentar hemácias altas no exame de urina.
As infecções urinárias como a cistite (infecção da bexiga) e uretrite (infecção da uretra) são comuns na gravidez devido ao aumento do trato urinário e ampliação do útero. Quando não são tratadas adequadamente estas infecções podem provocar hemácias altas na urina.
Se durante a gestação você perceber sangue na urina ou sentir sintomas como dor ou ardor ao fazer xixi, dor na virilha, náuseas, vômitos e fraqueza é importante aumentar a ingestão de água e procurar o seu ginecologista ou obstetra.
O médico avaliará se estes são sintomas da própria gravidez, como náuseas vômitos e fraqueza, ou se estão relacionados a doenças. É possível que você precise fazer exame de urina para identificar a causa da presença de hemácias.
É importante você buscar rapidamente um médico de família, clínico geral, urologista (para os homens), ginecologista (para as mulheres) ou nefrologista, se você sentir ou perceber:
- Dificuldade para urinar
- Dor ao urinar
- Urina com odor desagradável
- Incontinência urinária
- Dor no baixo ventre
- Suspensão ou redução da quantidade de urina
- Dor lombar do lado direito ou esquerdo
- Urina com sangue persistente, por mais de 48 horas
- Febre
- Vômito
- Edema (inchaço) nas pernas
- Pressão alta
- Edema (inchaço) no abdome
- Perda de peso
Estes sintomas indicam problemas das vias urinárias e/ou renais que precisam ser devidamente investigados e adequadamente tratados.
Se você perceber que a sua urina está avermelhada (hemácias na urina) ou qualquer outro sinal não se automedique. Procure um médico de família, clínico geral ou urologista.
Veja também:
- Hemoglobina na urina é grave? O que pode ser?
- Hemácias altas na urina: o que pode ser e como tratar?
- Exame de Urina: como se preparar e entender os resultados
- Quais os valores anormais na sedimentoscopia?
Referências
Brasil. Ministério da Saúde; Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Endocrinologia e nefrologia. Brasília: Ministério da Saúde, 2016.
Brasil. Ministério da Saúde; Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Urologia. Brasília: Ministério da Saúde, 2016.
Não, HPV não tem cura definitiva, já que não existe tratamento ou medicamento capaz de eliminar completamente o vírus do organismo.
O objetivo do tratamento é destruir as lesões (verrugas) através da aplicação de medicamentos locais, uso de medicação para estimular a imunidade, cauterização, laser, crioterapia (congelamento) ou remoção cirúrgica. Mesmo depois de tratado, o HPV volta a se manifestar em cerca de 25% dos casos.
O HPV é um vírus que se transmite pelo contato com uma pessoa contaminada. Assim que entra no corpo, o vírus se aloja nas várias camadas de células da pele ou mucosa, na região exposta.
Apesar do HPV permanecer no organismo e estar presente na maioria da população, muitas vezes não causa sintomas. Isso porque o sistema imunológico de grande parte das pessoas consegue combater eficazmente o vírus.
Leia também: Quais são os sintomas do HPV?
É importante lembrar que apesar de não ter cura, apenas uma pequena parte dos tipos de HPV (menos de 10%) pode causar câncer. Há centenas de tipos de HPV e somente cerca de 12 deles podem desencadear algum tipo de câncer no colo uterino, na boca, na garganta, no ânus, no pênis ou na vagina.
Existe tratamento para HPV?O tratamento do HPV depende da localização e da extensão das lesões, podendo envolver uso de cremes e medicamentos à base de ácidos para aplicar no local, crioterapia (congelamento), cauterização (queimar), aplicação de laser ou ainda remoção através de cirurgia.
O tratamento mais comumente utilizado, que envolve a remoção das lesões da pele, não é capaz de eliminar completamente a presença do vírus, uma vez que não é possível detectar a sua presença dentro das células sem lesões.
Sendo assim, é comum que as lesões retornem após algum tempo, com a reativação do vírus causada por fatores emocionais, estresse e quedas de imunidade.
Algumas medicações mais modernas, chamadas de imunomoduladores, têm o objetivo de melhorar a imunidade e tentar eliminar os vírus, porém seu uso é restrito para casos muito específicos e tem uma série de efeitos colaterais.
Veja também: Qual é o tratamento para HPV?
O HPV pode permanecer silencioso, sem manifestar sintomas ou desenvolver câncer durante muitos anos, até décadas. Durante esse período, a infecção passa por diversas fases.
Se o HPV não tem cura, como prevenir?O uso de preservativo em todo tipo de relação sexual é a melhor forma de prevenir não só a transmissão do HPV como de todas as outras infecções sexualmente transmissíveis (IST). No entanto, a camisinha não é totalmente eficaz para evitar o contágio por HPV, já que a pele não recoberta pelo preservativo fica exposta.
Além, disso, não é necessário haver penetração para que a pessoa fique infectada pelo vírus. Basta passar a mão sobre o local da lesão já é suficiente para espalhar a doença para outras partes do corpo.
No caso das mulheres, além do uso de preservativos, é importante a realização do exame de rastreamento de câncer de colo de útero, quando indicado pelo/a médico/a. Existe ainda a vacina, que é essencial para proteger contra determinados tipos de HPV responsáveis por grande parte dos casos de câncer de colo de útero e verrugas genitais.
Saiba mais sobre a vacina contra o HPV em: Como tomar a vacina contra HPV?
Mesmo os HPV que causam câncer têm tratamento na maioria dos casos. Contudo, é importante que a infecção seja diagnosticada precocemente para que as lesões pré-cancerígenas sejam tratadas antes de evoluírem para tumores malignos.
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A principal forma de transmissão da gonorreia é através de relações sexuais sem uso de preservativo com uma pessoa infectada, seja através de sexo oral, vaginal ou anal.
Além disso, a gonorreia também pode ser transmitida para o bebê na gravidez ou durante o parto normal, caso a mulher esteja contaminada. A transmissão da gonorreia durante o parto pode afetar gravemente os olhos do bebê, causando conjuntivite e podendo levar à cegueira. Por isso, na maioria das maternidades, há a prática de pingar colírio de nitrato de prata nos olhos dos recém nascidos para combater essa transmissão.
Mesmo sem apresentar sintomas, as gestantes infectadas podem transmitir a bactéria que causa a infecção. Além de cegueira, a gonorreia pode causar infecção no sangue e nas articulações do bebê. O período de incubação da gonorreia varia entre 2 e 8 dias. O risco de uma pessoa infectada transmitir a doença para o/a parceiro/a é de 50% por cada relação sexual. O tratamento adequado interrompe rapidamente a transmissão.
Como saber se peguei gonorreia?Os sinais e sintomas da gonorreia começam a se manifestar de 2 a 8 dias após o contágio. Depois desse período de incubação, a pessoa sente ardência e dificuldade para urinar. Pode ainda surgir um corrimento amarelado ou esverdeado (até mesmo com sangue) saindo pelo canal da urina, tanto em homens como em mulheres.
Conheça os sintomas da gonorreia em: Quais os sintomas da gonorreia?
O tratamento da gonorreia é feito com antibióticos que atuam de forma eficaz. É importante que as duas pessoas do casal façam o tratamento e durante este período não tenha relações sexuais.
Veja também: Qual o tratamento para gonorreia?
Mulheres grávidas devem se submeter ao tratamento o quanto antes para evitar complicações para o bebê.
Se não for devidamente tratada, a gonorreia pode provocar esterilidade, meningite, afetar os ossos e também o coração.
Para maiores esclarecimentos, consulte o/a médico/a de família ou clínico/a geral para receber um diagnóstico e tratamento adequados.
Saiba mais em:
O tempo de incubação do HIV varia de 5 a 30 dias. Este é o período que vai do momento que a pessoa é contaminada pelo HIV até o início dos primeiros sintomas da doença.
Depois do período de incubação, podem surgir sintomas semelhantes aos de uma gripe, como:
- Febre;
- Dor de garganta;
- Dor de cabeça;
- Manchas na pele;
- Diarreia;
- Dores no corpo.
Esses sintomas iniciais do HIV desaparecem espontaneamente após 2 ou 3 semanas. Depois, vem um longo período de latência, no qual o vírus se multiplica no organismo, mas sem causar sintomas.
Veja mais sobre o assunto em Quais os sintomas do HIV?
Esse período pode ser superior a 10 anos, sendo o tempo médio de 5 ou 6 anos. Durante esse tempo de latência, a pessoa infectada com o HIV não apresenta sintomas de imunodeficiência, ou seja, ainda não tem AIDS.
Depois do período de latência, podem então aparecer os sintomas da AIDS, como:
- Perda de peso significativa;
- Diarreia;
- Sapinho;
- Infecções recorrentes de pele;
- Infecções respiratórias frequentes.
A doença vai destruindo o sistema imunológico do paciente, deixando-o exposto a doenças oportunistas. Estas doenças são chamadas de oportunistas porque se desenvolvem em indivíduos com o sistema imunológico debilitado, como no caso da AIDS. Geralmente são de origem infecciosa, embora vários tipos de câncer também podem ser considerados "oportunistas".
É importante lembrar que mesmo durante o período de incubação ou período de latência, o vírus já está se multiplicando nas células do corpo e por isso pode ser transmitido e danificar mais o organismo.
O exame de sangue para detectar o vírus HIV pode ser feito gratuitamente nas Unidades de Saúde do SUS.
As possíveis reações adversas ou efeitos colaterais da vacina da gripe são:
Dor, vermelhidão e endurecimento no local injeção: Ocorrem em 15% a 20% das pessoas que tomam a vacina da gripe e geralmente desaparecem espontaneamente em 48 horas.
Abscessos: Normalmente estão associados a uma infecção secundária ou a erros técnicos de aplicação da vacina.
Febre, mal estar e dor muscular: Ocorrem em menos de 1% das pessoas vacinadas. Podem surgir de 6 a 12 horas após a aplicação e persistir durante 1 ou 2 dias. São mais frequentes em indivíduos que não tiveram um contato anterior com os antígenos da vacina da gripe.
Os antígenos são as substâncias responsáveis pela formação de anticorpos específicos no organismo. No caso da vacina da gripe, os antígenos são vírus mortos.
Reações anafiláticas (hipersensibilidade): São extremamente raras e podem ser causadas por qualquer componente da vacina. Atualmente já sabe-se que as pessoas com alergia ao ovo podem tomar a vacina da gripe, visto que o risco de reações alérgicas graves é muito pequeno.
Como aliviar os efeitos colaterais da vacina da gripe?A aplicação de compressas frias ajudam a aliviar a reação no local da aplicação. Se a dor for muito intensa, podem ser indicados medicamentos analgésicos.
Qualquer reação ou efeito secundário observado após tomar a vacina contra a gripe deve ser notificado ao serviço que realizou a aplicação.
Caso os efeitos colaterais se prolonguem por mais de 3 dias, deve-se investigar a origem dos sintomas, que nesses casos provavelmente têm outras causas.
Vacina da gripe pode causar gripe?Não. É importante lembrar que a vacina da gripe não provoca gripe. Nem mesmo uma "gripezinha". Os vírus utilizados na vacina estão mortos e não são capazes de causar qualquer infecção.
A vacina da gripe é segura e bem tolerada pela grande maioria das pessoas. No entanto, deve-se ter algumas precauções em determinadas situações.
Em caso doença febril moderada ou grave, recomenda-se adiar a vacinação até a cura completa do quadro, para que as manifestações da doença não sejam atribuídas à vacina.
Em relação a aplicação da vacina em pessoas alérgicas ao ovo já sabe-se que o risco para essas pessoas é muito pequeno, portanto recomendações antigas de observação após a vacina não são mais necessárias.
Quem pode tomar a vacina da gripe?Qualquer pessoa com mais de 6 meses de idade pode tomar a vacina contra a gripe. No entanto, quem já teve reação alérgica grave (anafilaxia) ao ovo ou a alguma dose anterior da vacina da gripe, devem evitar a vacinação. Nesses casos, recomenda-se consultar um médico para avaliar o risco benefício de tomar ou não a vacina.
Salvo nesses casos excepcionais, praticamente todas as pessoas podem tomar a vacina da gripe. Contudo, devido ao maior risco de ficarem doentes e apresentarem complicações, o Ministério da Saúde dá prioridade a certos grupos de risco durante as campanhas de vacinação.
Esse grupo de risco é composto por: crianças entre 6 meses e 6 anos de idade, grávidas, puérperas (mulheres que ainda estão nos 45 dias de pós-parto), trabalhadores da área da saúde, professores, povos indígenas, pessoas com 60 anos ou mais, pessoas com doenças crônicas, indivíduos entre 12 e 21 anos de idade que não estão em liberdade devido a medidas socioeducativas, pessoas que estão presas e funcionários das prisões.
Como tomar a vacina da gripe?Pessoas que não fazem parte do grupo de risco podem recorrer à rede privada. Já aquelas que fazem parte do grupo de risco podem ser vacinados na rede pública.
Para crianças dos 6 meses aos 9 anos de idade, são administradas duas doses, com intervalo de 1 mês entre elas. Depois, a vacinação deve ser repetida anualmente.
Depois dos 9 anos de idade, crianças, adolescentes, adultos e idosos recebem uma única dose anual.
O médico de família ou um clínico geral podem esclarecer eventuais dúvidas sobre a vacina da gripe e alertar sobre os seus possíveis efeitos colaterais.
Sim, meningite é contagiosa, principalmente a viral e a bacteriana, que são transmitidas de pessoa para pessoa através de gotículas de saliva ou secreção expelidas por indivíduos infectados ao falar, tossir, espirrar ou beijar.
No caso da meningite viral causada por enterovírus (vírus que habitam o intestino), a transmissão ocorre pelo contato com fezes infectadas pela via fecal-oral.
É importante lembrar que não é preciso estar com meningite para transmitir a doença. A pessoa pode ter o vírus ou a bactéria e não desenvolver meningite, mas pode transmitir a doença mesmo assim. Isso pode ocorrer na meningite meningocócica, por exemplo, em que a pessoa tem a bactéria na garganta, não está doente, mas pode transmitir o micróbio, sobretudo pelobeijo.
Para ocorrer a transmissão da meningite é necessário haver contato íntimo e prolongado (morar na mesma casa, compartilhar o mesmo quarto). Daí o convívio com pessoas doentes ou infectadas ser importante para o contágio.
As crianças com menos de 1 ano são as mais suscetíveis às meningites, pois ainda não desenvolveram anticorpos capazes de combater os vírus e as bactérias que causam a doença.
Como prevenir a meningite?- Tomar a vacina, que protege contra os tipos A, B, C, W e Y da meningite meningocócica (saiba mais em: Vacina para meningite B provoca alguma reação ou efeito colateral?);
- Evitar locais com aglomeração de pessoas;
- Manter os ambientes bem ventilados;
- Lavar as mãos depois de ir ao banheiro;
- Limpar e higienizar adequadamente os ambientes;
- Detectar e tratar precocemente os casos de meningite para evitar que a doença seja transmitida.
Procure imediatamente um médico se tiver tido contato com alguém doente ou se apresentar algum dos sintomas da meningite.
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Meningite tem cura? Qual o tratamento?
A toxoplasmose é o nome dado a uma doença infecciosa que é provocada pelo protozoário Toxoplasma gondii, que pode ser transmitida através da ingestão de cistos do parasita (verduras e carne mal cozida) ou durante a gestação (intra-útero). A toxoplasmose pode afetar vários órgãos, inclusive os olhos (toxoplasmose ocular).
A toxoplasmose ocular geralmente é adquirida durante a gestação (transmissão intra-útero).
A toxoplasmose ocular pode causar lesões na parte anterior do olho (uveite anterior), forma leve e que usualmente não deixa sequelas, desde que tratada adequadamente. A forma mais grave da toxoplasmose ocular é aquela que acomete a retina e a coróide (coriorretinite).
A retina é a estrutura do olho que capta as imagens e leva ao cérebro através do nervo óptico. Quando há infecção pelo Toxoplasma, ocorre uma inflamação na retina, que deixa uma cicatriz, onde não haverá mais funcionalidade para a visão. Fica claro, então, que, quanto mais extensa a cicatriz, maior será o prejuízo à visão.
O sintoma mais importante da toxoplasmose é a diminuição da visão. Ela pode ser variada, dependendo do tamanho e da localização da lesão. Além disso, pode ocorrer vermelhidão ocular, visão de pontos pretos flutuando na frente dos olhos, dor ocular e fotofobia.
O diagnóstico é feito pelo exame de fundo de olho, associado a exames de sangue (sorologia IgM e IgG para toxoplasmose).
O tratamento da toxoplasmose ocular é similar ao da toxoplasmose em outros órgãos, com uso de antibióticos (sulfadiazina e pirimetamina), associados ao ácido folínico. Se a infecção ocorrer na gestação, é utilizada a espiramicina. Uma particularidade é a necessidade de utilizar corticoesteróides, como a prednisona, colírios anti-inflamatórios, a base de corticóide, e colírios chamados cicloplégicos (dilatam a pupila) para amenizar a dor.
Com o tratamento adequado, a toxoplasmose pode ter cura, mas, infelizmente, ainda não é possível recuperar a visão que foi perdida devida à cicatriz da toxoplasmose. É importante frisar, contudo, que mesmo após tratamento adequado, alguns pacientes podem apresentar recidivas da doença, usualmente associadas a imunodepressão. O parasita fica alojado na retina na forma de cistos, que são resistentes aos medicamentos. Quando esses cistos rompem, o parasita pode causar novas lesões na retina.
Na presença de alterações visuais, é necessário a avaliação do médico oftalmologista.
Impinge ou micose, são nomes populares utilizados para casos de tinea, infecção superficial de pele provocada por fungos. São lesões características que podem surgir em qualquer região da pele, como nos pés, mãos, face, virilha e couro cabeludo.
Lesão de pele provocada por infecção fúngica. O que causa a tinea?A tinea é causada por fungos dermatófitos que se alimentam da queratina presente na pele. A micose se desenvolve nas regiões mais úmidas do corpo. A sua transmissão se dá pelo contato direto com pessoas infectadas, especialmente quando a pessoa apresenta uma baixa imunidade.
Sintomas de infecções por tineaNo local afetado apresenta lesões com as seguintes características:
- Coloração avermelhada;
- Descamação;
- Prurido (coceira);
- Sensação de "queimação";
- Pode haver formação de bolhas;
- Mau cheiro;
- Perda de cabelos (quando afeta o couro cabeludo).
O tratamento da tinea é feito com uso de medicamentos locais (tópicos) ou orais e deve ser efetuado mediante orientação médica.
Lesões localizadasO tratamento das lesões localizadas é feito com aplicação de medicação antifúngica tópica em forma de creme ou pomada durante alguns dias ou semanas.
Lesões extensas ou de couro cabeludoAs lesões que afetam regiões corporais maiores, o couro cabeludo e/ou cabelos são tratadas com antifúngicos administrados por via oral, ou em associação com a medicação tópica. Nestes casos mais graves o tratamento pode durar até 30 dias.
Formas de prevenção da tinea- Manter a pele seca, especialmente nas regiões do corpo que possuem dobras como axilas, pescoço e virilhas;
- Não compartilhar objetos de uso pessoal como toalhas, lençóis, roupas íntimas, escova de cabelo;
- Efetuar higiene corporal;
- Adotar hábitos alimentares saudáveis de alto valor nutricional para fortalecer o sistema imune.
Para uma tratamento eficaz procure atendimento com médico/a de família ou dermatologista. Não trate micoses provocadas por tinea ou qualquer outro fungo utilizando medicamentos sem prescrição médica, pode ser prejudicial à sua saúde.
Conheça mais sobre esse assunto nos artigos:
Fungos na pele: Como identificar e tratar?
Manchas vermelhas na pele que coçam, o que pode ser?
O que pode causar manchas vermelhas na pele?
Referência:
1. SBD - Sociedade Brasileira de Dermatologia.